Há uns vinte anos atrás, ao conversar com meu falecido pai, ouvi dele algo que concordei em gênero, número e grau: que quando Silvio Santos e Pelé morressem, teríamos uma comoção internacional de grandes proporções. Hoje, infelizmente, vivi para ser testemunha da previsão do meu pai com a morte do rei do futebol e atleta do século XX Edson Arantes do Nascimento, o eterno Pelé. Os mais jovens talvez não tenham muita noção, mas Pelé era um dos ícones do Brasil no mundo. Como também dizia meu pai, os gringos de qualquer lugar do planeta conheciam o Brasil por basicamente três coisas: samba, café e Pelé. Aliás, a fama de país do futebol do Brasil muito nos foi dada pelo Pelé que nos ajudou a dar os primeiros três títulos mundiais. Apesar das contradições em sua vida pessoal, é inegável dizer que Pelé foi o maior jogador de todos os tempos. Talvez nem em mil anos vejamos coisa igual. Ainda mais se tratando de um homem negro, de origem humilde e que foi praticamente um representante atemporal do Brasil e do futebol no mundo.
Puxando um pouco pela memória, a única partida que assisti do Pelé jogando ao vivo foi num jogo comemorativo dos seus 50 anos onde o rei jogou pela última vez com a camisa da seleção brasileira em 1990 contra a seleção da FIFA. Impressionante como com meio século de vida ele jogava mais bola que muito jogador de 20 anos hoje em dia. Enfim, Edson Arantes morreu, mas a lenda Pelé durará para sempre, porque o legado do rei do futebol será eterno.
Vejo muitas pessoas criticando Pelé por ter "abandonado a filha", engraçado, as mulheres podem abortar os seus filhos/filhas, por que os homens têm que ser obrigados a cuidar? Quando os homens também vão te direitos reprodutivos? Não querer cuidar de um filho ou filha indesejado pode ser considerado tipo um aborto masculino, um direito também.
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