sábado, 14 de abril de 2018

A Lava Jato é a Inquisição do século XXI


A Lava Jato é a Inquisição dos tempos atuais. Condenações arbitrárias, sem provas e claramente tendenciosas mostram que o punitivismo lavajateiro é movido por justiceiros devido a razões ideológicas. O que muitos integrantes da força-tarefa da Lava Jato querem mesmo é satisfazer ao próprio ego narcisista, pois eles se julgam "heróis no combate à corrupção". Eles se sentem como agentes purgadores de uma catarse social simbólica. E para isso agem de forma totalmente irresponsável e incoerente com os princípios da Constituição. Os inquisidores atuais não perseguem mais os hereges e infiéis, mas sim os "corruptos". Os Tomás de Torquemadas de hoje estão encarnados em juízes, procuradores e agentes da Polícia Federal. A diferença para os tempos sombrios da Inquisição é que hoje – ao invés de usarem torturas físicas para punir e extrair as confissões – estão se utilizando das prisões arbitrárias e das delações. Os prisioneiros do calabouço do juiz Moro tornaram-se vítimas de um tribunal de exceção que atende aos interesses escusos do capital financeiro internacional. É o lawfare no seu estado mais puro e explícito para nos causar repulsa pela política e pelos princípios humanistas. Toda essa loucura tem nos tornando cada vez mais fascistoides e cada vez mais adeptos ao complexo de vira-lata. E quando surge qualquer contraponto ou denúncia contra a Lava Jato, rapidamente tratam de deixar o caso cair no esquecimento.


E nessa insanidade toda, as vozes sensatas vêm de onde menos se espera: Reinaldo Azevedo e Gilmar Mendes. A situação é tão anormal e caótica no Brasil, que até mesmo os nomes mais incisivos da direita estão sendo mais legalistas que os dos "heróis" da República de Curitiba. Até que ponto teremos que chegar para que sejamos capazes de reverter esse caos jurídico e institucional?

2 comentários:

  1. Achas possível o Lula ser libertado por orgãos internacionais como a ONU ou Anistia Internacional.

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    1. Não, porque esses órgãos internacionais não possuem qualquer poder de decisão sobre o poder judiciário brasileiro. O máximo que pode ocorrer é haver o reconhecimento de ilegalidades no processo que levou Lula à prisão, mas que não possui qualquer efeito prático. Lula não será solto antes das eleições a menos que ocorra um movimento interno no país muito forte por sua liberdade.

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