Eu me lembro quando eu tinha meus 13 ou 14 anos de idade e, naquela época, eu queria muito saber como seria viver um romance com alguém. Como eu era muito tímido e as meninas mal davam bola para a minha existência, resolvi então criar uma namorada imaginária. Eu já tinha criado amigos imaginários, mas namorada imaginária era a primeira vez. Imaginei como ela era fisicamente, a personalidade dela, a voz dela, os gostos dela e até onde ela morava. Só que não contente em imaginar uma namorada imaginária, para a coisa ficar mais realista, resolvi criar também uma sogra e um sogro imaginários. Aí criei também um cunhado imaginário, um cachorrinho de estimação imaginário, uma casa imaginária, um carro imaginário, enfim: uma vida imaginária. E além disso, criei também vários amigos imaginários que também eram amigos da minha namorada imaginária. No fim das contas, eu estava tendo uma vida paralela na minha imaginação. O que eu vivia em minha mente era algo tão bacana e reconfortante para mim que a realidade tornou-se supérflua. Eu sempre vivia agarrado com meus cadernos de escola registrando por escrito os bons momentos que vivia na imaginação com todos aqueles companheiros dos folguedos. Acho até que a minha paixão por escrever veio daí. E era engraçado, porque eu escondia isso de todo mundo e detestava quando alguém lia minhas estórias.
Ah, se eu tivesse conhecido a Sasha naquela época... |
Pois bem, não contente com tudo isso, eu acabei tendo filhos imaginários com a minha namorada imaginária. Só que quando a coisa chegou nesse ponto, eu achei que estava indo longe demais e naturalmente fui abandonando essas ilusões. Viver a vida sendo feliz apenas num mundo imaginário ideal é bom como escapismo e como exercício de criatividade. Mas levar isso a sério como eu levava acabou me deixando frustrado e até meio deprimido, porque eu comecei a detestar a minha vida real. Naquela época, eu só queria saber de ficar viajando na maionese, ficando longe das pessoas reais e fugindo dos meus problemas (estilo Hakuna Matata mesmo). Foi aí que comecei a me desinteressar gradualmente por essas coisas. Na verdade, eu sempre criei mundos imaginários desde criança onde convivia com meus heróis de infância. E creio que isso tenha sido sempre o motor central da minha criatividade que me levou a escrever romances, quadrinhos e músicas. A minha imaginação fértil sempre esteve ativa ao longo da minha vida.
Namoradas imaginárias estão sempre te chamando pra festa |
Eu revelei essa história toda porque, recentemente, quase sem querer, acabei me dando conta que os relacionamentos ideais são só os imaginários. Não há como fugir das frustrações, do tédio, das contrariedades e das desilusões dos relacionamentos reais. Às vezes algumas pessoas perguntam como posso estar há tanto tempo solteiro e costumo responder que não procuro sarna para me coçar. Relacionamentos reais são complicados, caros, instáveis e estressantes. Não temos controle sobre quase nada dentro deles. Eu mesmo costumo me sentir péssimo quando estou preso a namoros ou a qualquer compromisso do gênero. É por isso que, recentemente, estou pensando seriamente em voltar aos meus tempos de adolescente e começar a imaginar uma entidade feérica feminina para me tirar do tédio, do mau humor e do ostracismo emocional. Nem precisa ser bonita, basta gostar de rock e saber desarmar a ranzinzice desse velho reclamão e mal humorado aqui com um sorriso que, para mim, já está de bom tamanho. Qualquer dúvida, Freud explica. kkkkk!
Agora é pura diversão! |
Namastê!
amigo sou como voce minha vida social é uma bosta não tenho amigos e não gosto de ir para a escola, tenho até uma boa aparencia mas sou muito serio isso faz com que as garotas tenham medo de mim, mas não ligo muito pois nao fazem o meu tipo eu sinto atração por garotas tipo punk e na minha escola não tem nenhuma com esse estilo. vou tentar criar uma namorada imaginária com essas caracteristicas pois minha vida é um saco só espero que não aconteça o mesmo que aconteceu com voce rsrs valeu pela postagem
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