quinta-feira, 17 de maio de 2018

Precisamos trazer Ciro de volta para o nosso lado


A recente guinada do presidenciável Ciro Gomes à direita não mostra de que lado ele está, mas sim em que sentido as alianças políticas estão se vendo forçadas a tomar de acordo com a atual conjuntura. Sem o apoio do PT e hostilizado por parte da esquerda, Ciro, que até então vinha se apresentando como um candidato progressista alternativo, acabou tentando encontrar apoio da ala mais reacionária da burguesia. A prova disso é a possibilidade que o PDT está cogitando de colocar Benjamin Steinbruch, vice presidente da Fiesp, como vice na sua chapa. O apoio que Ciro está buscando da ala golpista da política ocorre por, julgo eu, falta de uma frente progressista ampla onde ele esteja inserido.
Um sujeito inteligente, preparado e competente como o Ciro Gomes não pode cair nas garras da direita. É um desperdício de talento deixar que ele vire um fantoche do sistema financeiro e das oligarquias internacionais. Não é cabível ver um homem que era um candidato reformista em 2002 se tornar um tucano travestido de progressista em 2018. A esquerda precisa trazer Ciro para junto do povo, para junto dos trabalhadores e para junto de todas as minorias oprimidas. É melhor ter Ciro como aliado do que como adversário. Hostilizá-lo e tratá-lo como um inimigo não é inteligente.

2 comentários:

  1. Respostas
    1. As esquerdas precisam chamar Ciro para uma conversa e buscar um discurso conciliador ao invés de simplesmente trocar críticas mútuas com ele. E Ciro precisa se decidir de vez: ou se alia aos golpistas, ou luta do lado da democracia. Não há como servir a dois mestres ficando em cima do muro.

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