É para isso que servem as nossas Forças Armadas?

Há alguns dias, o Exército Brasileiro fez uma homenagem ao major Otto Maximilian, um oficial nazista que foi condecorado por ninguém menos que Adolf Hitler. Esse fato recebeu críticas da Confederação Israelita, repúdio dos Judeus Pela Democracia e indignação nas redes sociais. Como se isso não bastasse, a tal homenagem referiu-se a Alemanha Nazista (um país do Eixo, inimigo do Brasil na Segunda Guerra Mundial) como sendo uma "nação amiga". Eu sabia que as Forças Armadas Brasileiras flertavam com o fascismo desde a Ditadura Militar, mas essa homenagem a um oficial nazista apenas por ele ser "um bom militar" e por ter sido assassinado por engano por um movimento de guerrilha que lutava contra a ditadura fez o meu pouco respeito que restava pelas Forças Armadas ir praticamente a zero.

As Forças Armadas Brasileiras têm tido um histórico realmente vergonhoso após o término da Segunda Guerra Mundial. Além do Golpe Militar, da ditadura, das torturas, dos assassinatos, dos desaparecidos, das censuras e de nunca terem pedido desculpas pelos crimes contra a democracia e contra a humanidade, as Forças Armadas têm se comportado de maneira antinacionalista e antidemocrática. E exemplos disso não faltam. O comandante das Forças Armadas, via Twitter, ameaçou dar um Golpe Militar caso Lula não fosse condenado pelo STF em abril de 2018. Depois disso, o alto comando aderiu ao bolsonarismo entreguista para vender o que restou do país a preço de banana. Logo em seguida, um grupo de militares ficou impune por ter assassinado brutalmente um pai de família que estava indo a um chá de bebê com mais de 80 tiros. E, mais recentemente, um sargento da Aeronáutica foi preso na Espanha com 39 quilos de cocaína no avião presidencial.

Não me sinto na obrigação de respeitar um Exército que não é nacionalista, que não respeita a democracia, que se mete com tráfico internacional de drogas, que pune e assassina inocentes e que, paradoxalmente a isso, é a favor da impunidade dos seus. Que vergonha e que tristeza que é viver em um país assim...