domingo, 8 de dezembro de 2019
Lute como um francês
Neste domingo, a França completa 4 dias de greves e protestos dos trabalhadores contra a reforma da previdência imposta pelos interesses capitalistas da burguesia francesa. Emmanuel Macron, assim como outros presidentes anteriores, está tendo o desprazer de enfrentar um povo unido e politizado que sabe muito bem lutar pelos seus direitos. Diante deste fato, é inevitável a comparação com o Brasil. As pessoas por aqui parecem anestesiadas, alienadas e conformadas com qualquer discurso capcioso de economistas neoliberais interessados em defender os interesses das classes dominantes contra o povo. É incrível a diferença entre brasileiros e franceses neste aspecto. Enquanto nós aceitamos ter nossas aposentadorias roubadas para engordar o sistema financeiro, acreditando inocentemente em um fantasioso "rombo na previdência" como desculpa, lá na França a coisa pega fogo. As pessoas por aqui não têm consciência de classe, não entendem que são roubadas e exploradas por uma elite parasita e rentista e ainda têm a cara de pau de dirigir a sua indignação contra pobres e funcionários públicos. Está tudo errado. Lá na França, os trabalhadores sabem do poder que têm e sabem que os verdadeiros inimigos são os bancos e as grandes corporações. A França dá uma aula ao Brasil e ao mundo de que somente a união entre os trabalhadores pode evitar que sejamos trucidados pela plutocracia. Você pode até ser um proletário conservador de direita, mas não pode se esquecer de quem você é e nem do seu real papel dentro sistema capitalista. Neste aspecto, como em tantos outros, a França ganha de goleada para nós.
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