A condução coercitiva de Lula foi um termômetro. Através deste ocorrido, os golpistas puderam avaliar a reação das ruas e saber como deverão conduzir os próximos passos da destruição da democracia. Daí existem duas possibilidades. Se a reação à condução do Lula fosse fraca, o golpe seria via impeachment, cassação ou extinção do partido. Se a reação fosse mais contundente, como acabou sendo, aí o caminho é instigar ainda mais o confronto odiento entre "coxinhas" e "petralhas" até que eles se ataquem fisicamente nas ruas. Um confronto corpo a corpo nas ruas entre os militantes pró e contra o PT seria a oportunidade perfeita para os militares serem convocados mais uma vez para colocar ordem e evitar uma "guerra civil". Olha só que beleza: os militares estariam de volta, mas não para combater o comunismo: e sim para manter a "ordem". Com os militares e forças policiais evitando manifestações nas ruas, o caminho estaria aberto tanto para uma nova ditadura, quanto para que os coronéis do PMDB assumissem o poder temporariamente para manter uma certa "neutralidade". Se você acha exagero ou surrealismo uma intervenção militar, te convido a dar uma lida nesta e nesta outra fonte.
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A preocupação com esse golpismo midiático-judiciário arquitetado pela elite plutocrata está tomando ares tão graves e evidentes, que a Associação Nacional de História e a Associação Juízes para a Democracia fizeram manifestos contra o que está acontecendo.
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Para quem tem a memória fraca, durante as manifestações de junho de 2013, onde milhões de pessoas "apartidárias" foram às ruas, a Globo e o resto da imprensa ficaram assustados por terem sido pegos desprevenidos. É exatamente dessa união em torno de um objetivo que os políticos e a elite que eles representam têm tanto medo. Para enfraquecer o povo, eles semeiam rivalidade dos cidadãos uns contra os outros. Enquanto o povo briga entre si, eles deitam e rolam, roubando e maquinando seus golpes ridículos contra a democracia. Para quem não se deu o trabalho de perceber, a grande mídia nunca ligou para o Brasil ou para a América Latina: ela sempre ligou para os próprios interesses. Enfraquecer o povo e mantê-lo desinformado é o grande trunfo que mantém o império deles de pé.
Patriotismo: o que falta ao nosso país é isso |
O momento agora é de união pela democracia. Afinal, unidos, triunfaremos; separados, pereceremos. Mas parece que só um lado quer democracia, o outro lado, que se acha rico e patriota por bajular a mídia e seus plutocratas, parece estar brigando por outra coisa. Mas um dia isso há de mudar, afinal a verdade é filha do tempo e não da autoridade. A internet muito em breve vai destruir a televisão, e o monopólio de informação da casa grande vai ruir. A luta pela democracia não pode parar.
Todo brasileiro politicamente consciente tem a obrigação de se manifestar a respeito do que está acontecendo. Porque se não se posicionar agora, poderá ser tarde demais.
Eu tava um post seu na época do resgate dos beagles, no qual você defendia o teste regulamentado em animais.
ResponderExcluirAgora que você quase é vegano, qual a sua opinião sobre testes em animais?
Já fui radicalmente contra teste em animais, porém não sou mais. O que eu apoio é o cumprimento severo das leis que regulam testes em animais justamente para evitar o sofrimento dos mesmos. Infelizmente, esses testes em animais ainda são necessários porque não há outras maneiras de controle de variáveis disponíveis.
ExcluirMinha simpatia com o veganismo está mais relacionado com questões ambientais e de saúde do que propriamente com o sofrimento dos animais em si.