Cansei de ver nas redes sociais e nos comentários de páginas como a G1 pessoas sendo radicalmente contra os programas sociais. Eu até entendo o rancor de algumas pessoas privilegiadas que sentem que estão perdendo os seus privilégios, mas tem certas coisas que não dá para tolerar. Recentemente, vi um comentário de alguém no Facebook que dizia, inocentemente, que "o Bolsa Família estava destruindo a nossa economia por sustentar vagabundos" e que "fazia os pobres se acomodarem, vivendo de fazer filhos graças a um programa populista". Engraçado que esse tipo de gente condena veementemente o "comunismo" por ele ter "matado milhões de fome", mas defende medidas que irão matar igualmente pessoas de fome. Sem o Bolsa família e outros programas sociais, muitas famílias não teriam dinheiro para comprar comida. Não pense que é possível uma pessoa esfomeada ter condições de trabalhar ou estudar. Fora que com a educação de má qualidade que temos no Brasil, as pessoas mais carentes têm muito mais dificuldades para conseguir empregos que exigem mão de obra especializada e boa escolaridade. É muito fácil ser contra o assistencialismo quando você sempre teve tudo e nunca passou fome. Isso sem mencionar que, ao contrário do que muitos pensam, o Bolsa Família por exemplo, é ótimo para a economia, porque ele ajuda a redistribuir a renda, fazendo o comércio ficar mais aquecido. É o consumo que faz as engrenagens do capitalismo funcionar e que gera empregos.
Portanto, antes de vociferar impropérios contra o assistencialismo, pense duas vezes nessa sua atitude. Você nunca se importou em dar quase metade do seu dinheiro para os bancos através dos juros da dívida, então por que vai se importar em dar uma pequena fração da sua renda para quem está desesperado de fome?
Desculpe a honestidade, mas se você é contra o assistencialismo, não há muita diferença entre você e Stalin. Enquanto um causou um holocausto na Ucrânia, o outro está querendo causar um holocausto no Brasil.
Reveja seus conceitos, por favor.
0 comentários:
Postar um comentário