sábado, 23 de setembro de 2017
A síndrome da classe média
Certo dia, escutei uma jovem típica de classe média se lamentar durante uma festa porque estava com o cabelo igual ao da filha da faxineira. Noutro dia, observei o desânimo de um rapaz que tinha um celular igualzinho ao do ajudante de pedreiro. Já em outra oportunidade, vi uma mulher ficar muito irritada porque a empregada dela estava usando uma bolsa mais chique que a dela...
E assim é a classe média brasileira: consumista, arrogante e mesquinha. A classe média sente a necessidade mórbida de se diferenciar da "ralé" devido a um complexo de superioridade delirante. Por isso tanta raiva da esquerda, do Partido dos Trabalhadores e do "comunismo", seja lá o que "comunismo" signifique na cabeça dos integrantes da classe média. Todos os partidos são corruptos, mas o ódio é só contra a corrupção do PT. A classe dominante, vulgo elite econômica, rouba e parasita o Estado há séculos, mas a indignação é exclusivamente contra quem recebe o Bolsa Família. Não há coerência.
A classe média sofre de síndrome da classe média. Síndrome essa que é a essência do fascismo.
A classe média é um câncer e ponto final.
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Sempre em que houver um presidente progressista, populista ou socialista no poder, há reacionária classe média nacional vai para as ruas com panelas, bandeiras e cartazes, para defender os interesses das elites e da burguesia tupiniquim e estrangeira.
ResponderExcluirSempre em que houver estudantes em universidades que simpatizam com as ideias de Marx, Lenin, Mao, Trotsky e outras personalidades que defendiam os direitos dos trabalhadores e que queriam um mundo mais igual, sempre haverá eventos como a "Batalha da Maria Antônia", sempre com a classe média apoiando.
Sempre em que a esquerda poder falar a classe média vai tentar calala, para que os pobres não tomem seu lugar na política.
É por isso que a Marilena Chauí estava coberta de razão quando disse que a classe média é uma abominação.
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