quarta-feira, 20 de junho de 2018
Tudo em excesso é veneno
Há alguns meses atrás, eu voltei a correr e a estudar música regularmente. Tenho aprimorado a cada dia mais tanto as minhas técnicas de corrida quanto as minhas habilidades com instrumentos de corda. Isso tem, de certa forma, me animado bastante, apesar das intempéries do dia a dia. O meu problema é que eu sempre tive uma baixa percepção com relação aos meus próprios limites. O resultado foi que na semana passada eu acabei ganhando uma maldita canelite por ter forçado demais minhas pernas durante as corridas e várias bolhas nos dedos devido ao excesso de tempo tocando guitarra e contrabaixo.
Acostumado a correr a velocidades entre 8 e 15 km/h, resolvi me desafiar e acompanhar o ritmo dos maratonistas que correm na mesma pista que eu a mais ou menos 24 km/h. O problema é que 24km/h é MUITO rápido. Com menos de trinta segundos nesse ritmo os meus pulmões já estavam queimando e minhas pernas pareciam perder a força. Tentei insistir nesse ritmo e, devido à minha teimosia, ganhei uma dor muito chata no osso da canela que lembra a dor de uma fratura, que é a tal canelite. Agora estou de castigo só fazendo caminhadas e corridinhas bem leves por poucos minutos. É o preço que se paga pela imprudência.
Com relação às bolhas, eu ganhei bolhas nos dedos da mão direita por estar treinando muito tapping na guitarra e double slap no baixo. Como eu toco violão já há 17 anos, meus dedos da mão esquerda são bem calejados e sentem pouco incômodo mesmo tocando por várias horas. Mas os dedos da mão direita não são acostumados com técnicas que envolvem muita pancada nas cordas, daí as bolhas. O resultado é que estou tocando só de palheta ultimamente até as bolhas sumirem. E há alguns dias, além de ter tido um aumento nos calos dos dedos da mão esquerda, também senti uma dor bem chata na ponta do dedo anelar devido ao excesso de bends e vibratos no contrabaixo.
Enfim, a moral da história é que tudo em excesso faz mal, mesmo as coisas que nos fazem bem. Devemos sempre subir um degrau de cada vez quando praticamos alguma atividade em que estamos buscando o nosso melhor.
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