A possibilidade real que o ex-presidente Lula tem de concorrer às eleições presidenciais de 2022 expõe de forma escancarada todos os porquês da empreitada golpista que durou de 2016 a 2020. A expulsão do PT do protagonismo político foi, entre outras razões, para impor a pulso as reformas antipopulares de cunho neoliberal para enriquecer as burguesias nacional e internacional.
Agora fica muito claro que o impeachment de Dilma Rousseff foi uma farsa. A prisão de Lula foi igualmente uma farsa. O teatro do TSE para rejeitar a candidatura de Lula também foi uma farsa. A negação de seu habeas corpus foi outra farsa. As eleições de 2018, como consequência, também foram uma farsa. Tudo foi arquitetado pelas classes dominantes para impor todas aquelas reformas canalhas a partir de 2016 com Michel Temer e concluí-las posteriormente com Bolsonaro, já que com o PT no poder, elas jamais passariam. Agora, já que as reformas todas passaram e a plutocracia já conseguiu o que queria, estão permitindo a volta do PT.
Portanto, não se iludam. A volta de Lula não é para reverter as reformas neoliberais: é para manter uma falsa aparência de normalidade institucional. Se Lula ousar reverter tais reformas, será golpeado imediatamente e voltará para a prisão. O jogo sempre foi esse. A luta da classe trabalhadora e dos patriotas precisa ser para que as reformas sejam desfeitas. Do contrário, viveremos para sempre em um país que será saqueado e controlado por suas elites nauseabundas e opulentas.
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