Muitos podem estar achando o título deste post muy loco, mas a verdade é que tudo que tem um começo, também tem um fim. E os robôs podem ser o começo do fim do que muitos idealizam como sendo "o menos pior dos sistemas econômicos".
Pois bem, tivemos vários modos de produção ao longo da história: primitivo, escravista, asiático, feudal, socialista, capitalista... Todos eles tiveram começo, meio e fim – menos o capitalista, que, como todos sabem, fatalmente também deixará de existir um dia. E quem destruirá o capitalismo serão as máquinas. Ficou confuso? Então chega mais.
Eis o maior pesadelo do capitalismo |
Estamos em um momento da história humana em que a tecnologia chegou ao nível da inteligência artificial, da autonomia das máquinas. Por serem mais eficazes que os humanos, os robôs já causaram demissões de muitos operários em fábricas e continuarão a causar à medida que a autonomia e a complexidade das máquinas se tornar maior. Em breve, teremos mais robôs do que pessoas com empregos – e esse será um ponto de ameaça mortal ao sistema capitalista. Os robôs tomarão o lugar dos trabalhadores e isso causará demissões em massa. Ora, se há muitos desempregados, há, consequentemente, menos gente com renda e poder de compra. Com pouca gente tendo poder de compra, o comércio começa a ter prejuízos e a quebrar. Comerciantes quebrarão, bancos quebrarão e o próprio capitalismo entrará em colapso.
Mas antes disso, haverá uma nova luta de classes: um novo conflito entre proletários e burgueses. Para evitar a quebra do capitalismo, o patronato vai retirar leis trabalhistas, reduzir salários e aumentar jornadas de trabalho para que manter um trabalhador fique mais barato que manter um robô. Mas nem isso irá evitar a queda do capitalismo. Com a tecnologia avançando cada vez mais e as máquinas autônomas se tornando cada vez mais baratas e eficientes, a queda do sistema capitalista será apenas uma questão de tempo. Logo, a grande maioria dos trabalhadores terá perdido seu emprego para os robôs.
O que virá depois possivelmente será um modo de produção fundamentado no trabalho exclusivo das máquinas. Se a lógica otimista prevista pelo Projeto Vênus se tornar real, viveremos num futuro onde ninguém mais precisará trabalhar para sobreviver. Todos os humanos serão burgueses. O trabalho será apenas um hobby, feito exclusivamente por prazer e nunca por obrigação. Os robôs farão todo o trabalho por nós. O risco é que os robôs ganhem consciência, o que levará a um novo dilema: será que os robôs aceitarão ser escravos dos humanos? Isso poderá nos levar a consequências absolutamente imprevisíveis. Mas esse assunto é tema para outro post.
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