quarta-feira, 10 de março de 2021

Generais NÃO são donos do Brasil


 

Como já era de se esperar, os generalecos brasileiros estão revoltadérrimos com a volta dos direitos políticos do ex-presidente Lula. Já estão até falando em ruptura institucional através da velha interpretação deturpada do artigo 142 da Constituição. A intoxicação ideológica via mídia hegemônica, as fake news compartilhadas nos grupos de Zap e o ressentimento com a Comissão Nacional da Verdade fizeram o alto comando das FFAA virar antipetista de carteirinha. É por isso que os generais mais reaças soltam fogo pelas ventas diante de qualquer possibilidade do PT voltar ao poder. 

Enfim, é muito tosco e sem noção que em pleno século XXI tenhamos ameaças descaradas de golpe militar e ataques frequentes de generais contra a Suprema Corte. Isso, sim, é uma afronta à Constituição Federal típica de republiquetas das bananas. Se o Brasil fosse um país sério, esses generais conspiracionistas já estariam todos no xilindró. Isso porque militares, independentemente de patente, são funcionários públicos a serviço do povo. Somos nós, brasileiros e brasileiras pagadores de impostos, que pagamos os salários deles para que eles protejam a pátria de forças externas. Portanto, conspirar contra inimigos internos imaginários para atender os próprios interesses de classe é um ataque contra a soberania popular e um desrespeito à função institucional das FFAA.

Esses milicos não dão a mínima para os mais de 270 mil mortos pela Covid e para a corrupção do governo Bozo. Mas basta Lula torna-se reelegível que começam a vociferar e espernear. Só nisso aí já fica claro que a bússola moral das FFAA é totalmente desnorteada e enviesada, mostrando que agem de forma parcial em nome da defesa de seus projetos de poder. Já passou da hora de enquadrar esses milicos golpistas que conspiram contra o estado democrático de direito. Afinal, que país é este? 

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