sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Spore - O game da evolução


Um dos melhores games que eu tive a oportunidade de jogar para PC foi o Spore. Esse game permite que o jogador comande a jornada de uma criaturinha customizada desde o seu estágio de célula até que ela evolua para a vida inteligente e mais tarde conquiste a galáxia. Parece um enredo meio absurdo, mas acontece que o game realmente é absurdo.
São ao todo cinco estágios pelos quais a criatura deve passar antes de dominar a galáxia. Cada um dos estágios tem a sua própria jogabilidade e o seu próprio objetivo. Enquanto no estágio de célula o bichinho praticamente só sabe comer, no estágio seguinte, o de criatura, é necessário buscar um novo ninho, procurar um parceiro para se acasalar, se aliar a outras criaturas ou, simplesmente, arrumar briga com outras espécies - tudo isso em busca dos preciosos pontos de DNA que servem para evoluir rumo à inteligência.
Dependendo do perfil traçado pela espécie ao longo do jogo, o jogador receberá novas habilidades que definirão a filosofia a ser seguida no estágio seguinte. Se você foi um predador e resolveu os conflitos de forma agressiva, a tendência é que a sua filosofia seja guerreira. Enquanto que se o seu histórico for pacífico e cheio de alianças, sua filosofia futura tenderá à diplomacia.
Darwin evoluindo sua criatura no Spore

Na minha opinião, Spore representou uma verdadeira revolução nos videogames, pois nunca a customização foi um fator tão preponderante num game. É possível criar quase todas as formas possíveis e imagináveis de criaturas, o limite é a imaginação do jogador. O responsável por essa obra de arte é o game designer Will R. Wright, da Maxis, que desenvolveu outros games de grande repercussão como o The Sims e o Simcity.
O Spore é uma simulação do próprio universo ou, mais especificamente falando, de uma galáxia inteira repleta de estrelas, planetas e vida. Até mesmo as goldilocks zone, cometas e classes espectrais das estrelas foram mantidas proporcionais no jogo. Acho que se eu tivesse jogado o Spore com 10 anos de idade, hoje eu teria virado astronauta, astrônomo ou até mesmo um exobiológo - tamanho foi o fascínio que tive com esse jogo.

Uma alvoroçada aliança entre tribos

Outra coisa que me impressiona muito neste game é o seu tamanho megalomaníaco e o nível absurdo de detalhes. Quando saímos para explorar o espaço sideral é que ficamos boquiabertos com a imensidão do game. São tantas estrelas e tantas formas de vida, que conhecer todos os sistemas solares soa como uma missão quase impossível.

A gigantesca galáxia do Spore

E nem pense que isso é tudo, porque aqui existem criaturas épicas gigantescas travando batalhas colossais, engraçadas coreografias representando o acasalamento, guerras insanas nas estrelas, centanas de ítens malucos: tudo isso com uma boa dose de humor caricato e um fundo musical empolgante. Além disso, há a possibilidade de fotografar e filmar os feitos do jogador no próprio game.

Um planeta habitável no game

Não há um objetivo final no Spore, mas uma das realizações finais do game é chegar ao núcleo da galáxia. Só que para chegar ao núcleo da galáxia é preciso antes passar pelos Grox. Os Grox são uma espécie de criaturas biomecânicas donas da maior, mais poderosa e mais temida civilização a galáxia.
O maior problema do game são os seus bugs, que, devem ser da ordem de mais de oito mil. Mas nada chega a tirar a diversão desse super jogo criado em meados de 2008 pela Maxis e que continua atualíssimo até os dias atuais.


Spore tornou-se tão popular que recebeu uma wikipedia só para ele, a Sporepédia.
Recomendo bastante o game, principalmente para quem gosta da mistura de games com ciências e muitas horas de risadas frente ao PC.

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