terça-feira, 7 de novembro de 2017

Mudar de opinião não nos diminui


O que diferencia um fanático de uma pessoa sensata é a capacidade de repensar sobre suas atitudes, crenças e valores. Pois como já dizia Nietzsche: "homens convictos são prisioneiros". Quando escutamos o outro e procuramos compreender o seu ponto de vista, automaticamente nos afastamos do sectarismo que nos radicaliza na direção da cegueira ideológica. Precisamos, sim, escutar quem pensa diferente de nós e procurar o debate saudável, sem agressões. E se após revermos o nosso posicionamento constatarmos qualquer equívoco, podemos e devemos, sim, mudar de opinião. Mudar de opinião é sinal de sabedoria. Se eu nunca tivesse mudado de opinião, por exemplo, hoje seria um sujeito preconceituoso, fascista, fanático religioso e apegado ao senso comum. Ainda bem que eu mudei e não tenho nenhuma vergonha de admitir isso.


É por isso que devemos sempre ler sobre o oposto do que pensamos e procurar conversar com pessoas que tenham opiniões diferentes da nossa. Como já dizia o mestre Raul: "eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo". Veja, por exemplo, os casos de Sara Winter e Patricia Lelis. Uma era reacionária, antipetista e macarthista; agora está do lado progressista e do PT. A outra era uma extremista do Femen e hoje faz campanha conservadora ao lado de Jair Bolsonaro. Nenhuma das duas está errada, porque ambas foram capazes de rever suas atitudes e repensar sobre seus conceitos. Apesar de eu nunca ter gostado da Sara Winter e de discordar de suas opiniões, eu a respeito da mesma forma que eu respeito hoje a Patricia Lelis.


Portanto, nunca tenha vergonha de aprender a se reinventar.

Namastê!

2 comentários:

  1. Você acha possível haver uma desolavificação da sociedade, retirando da cabeça das pessoas os lunáticos pensamentos de Olavo de Carvalho e tentar trazer eles para uma direita mais saudável e menos fascista?

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    1. Eu conheci um ex-olavete, o que, teoricamente, leva a crer que a cura do olavismo é possível. Mas sei lá, do jeito que a maioria dos reaças são, acho muito difícil desintoxicar toda a sociedade. Serão necessários anos e anos de uma educação libertadora para abrir a mente dessa gente quadrada.

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