sábado, 13 de fevereiro de 2021

Um carnaval sem carnaval


Eu sou um cara estranho. Não gosto de bebida alcoólica, não gosto de multidão, não gosto de dançar, não gosto de barulho, não gosto de calor e, por consequência, também detesto carnaval. Mas ao contrário de muitos haters de carnaval por aí, nunca fui contra o carnaval, porque reconheço a sua importância cultural, social e histórica. Inclusive, lamento pelo seu cancelamento em várias regiões do país por conta da pandemia do coronavírus; cancelamento esse que, diga-se de passagem, foi uma necessidade imprescindível para se poupar vidas. Aliás, será a primeira vez em muito tempo que teremos uma época de carnaval sem nenhum carnaval no Brasil. Isso na teoria, porque apesar das proibições de aglomerações, as pessoas não parecem estar dando muita bola para o isolamento. Praias lotadas, festinhas em estabelecimentos e eventos ilegais cheios de pessoas sem máscara só mostram que boa parte da população não está dando a mínima para os mais de 237 mil mortos pela Covid-19. É lamentável. 

No meu caso, vou passar o carnaval inteiro fazendo exatamente o mesmo que faço todos os anos nessa época: mofando dentro de casa. Ouço música, como alimentos enlatados, faço exercícios físicos e mexo no computador mais ou menos como o personagem Desmond da série Lost fazia dentro do bunker no início da segunda temporada. Aliás, a cena da escotilha do seriado é tão marcante que vou deixá-la abaixo para servir de inspiração para quem sabiamente decidir aderir ao isolamento. #BoraVirarDesmond


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