quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Dicionário olavético


Para quem não conhece o renomado desilustre professor de patafísica Olasno Olavo de Carvalho, ele é um ex-astrólogo que ganha a vida escrevendo sobre as teorias conspiratórias mais absurdas da Via Láctea envolvendo comunismo e fetos abortados que são usados como adoçante pela Pepsi. Devido ao seu vocabulário muito rebuscado pedante, ele acaba confundindo a sua audiência com suas palavras babélicas que possuem um sentido difícil de se compreender mesmo apelando para a mais profunda hermenêutica. Para ajudar essas pessoas com dificuldade de entender o que é proferido por esse professor astrólogo, então resolvi criar um pequeno dicionário traduzindo o significado de certas palavras, tais como:

Afrocoitadismo = Comunismo
Ateísmo = Comunismo
Capitalismo de Estado = Comunismo
Democracia = Comunismo
Direitos dos Animais = Comunismo
Direitos Humanos = Comunismo
Feminazismo = Comunismo
Feminismo = Feminazismo
Gayzismo = Comunismo
Igualdade = Comunismo
Justiça social = Marxismo cultural
Keynesianismo = Comunismo
Marxismo cultural = Comunismo
Militante do PT = Petralha
Movimento LGBT = Gayzismo
Movimento Negro = Afrocoitadismo
Petralha = Comunista
Politicamente correto = Comunismo
Social Democracia = Comunismo
Veganismo = Comunismo

Viu agora como é fácil entender as palavras do nosso grande guru aloprado?

Desenhando para quem não entendeu...

domingo, 24 de agosto de 2014

Os gays têm super poderes!


Eu sempre achei que ser homossexual fosse algo tão natural quanto ser heterossexual. A única diferença entre essas duas orientações sexuais é que uma é considerada "normal e natural" enquanto que a outra é considerada "imoral e transviada". Isso tanto é verdade que até os palavrões da nossa cultura usam práticas homossexuais como ofensa. Cansados então de viver a sua sexualidade de forma clandestina e de serem tratados como aberrações, os homossexuais resolveram se unir e lutar por igualdade, dando a este movimento igualitário o nome de Movimento LGBT. Como igualitarista, eu acho justíssima a luta desse grupo por igualdade de direitos e de respeito, sendo eu mesmo um apoiador desse movimento. Porém, como nem tudo são flores, os reacionários defensores da família tradicional e da moral e dos bons costumes resolveram implicar com o movimento LGBT e passaram a chamá-lo pejorativamente de gayzismo.
Gays superpoderosos?
Entre as alegações estapafúrdias dos reaças, está que o gayzismo está "destruindo a família", que os gays estão "disseminando a promiscuidade" e que eles querem transformar todo mundo em gays. O problema dessas afirmações é que elas só tornar-se-iam verdade se os gays tivessem super poderes. Pense bem: para ter o poder de destruir a família, de criar super mordaças gays e de transformar todo mundo em gay, os gays precisariam de um super poder nunca visto nem mesmo nos quadrinhos da Marvel. Que raios de poderes são esses que fazem todo mundo virar gay só porque viu um beijo gay na novela ou dois homens andando de mãos dadas na rua? Até onde eu saiba, a orientação sexual é algo inato do indivíduo: e não uma doença contagiosa. Aliás, para alguém virar gay tão fácil, só sendo muito enrustido mesmo. Esse medinho reacionário é realmente uma bela de uma comédia... Então das duas, uma: ou os gays têm super poderes, os reaças estão com muito medinho de sair do armário.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Estamos todos frígidos

Estaremos nós sexualmente cegos?

O título deste post não está errado. Sim, todos nós, homens e mulheres, estamos frígidos ou castrados psicologicamente. Uns estão mais, outros menos – mas todos nós vivemos inconscientemente sob as regras do (falso) moralismo. Temos fome de sexo e não sabemos por quê. A publicidade explora aquilo que nos atiça sexualmente e não percebemos o porquê. Procuramos fazer sexo e não sabemos o porquê. Homens gastam o que não podem em prostíbulos e não sabem o porquê. Tudo isso é o sintoma de uma frigidez que se mostra evidente quando buscamos soluções para problemas que não existem. Gastamos uma fortuna com psicanalistas, remédios e médicos para tratar de males meramente psicossomáticos que camuflam o verdadeiro problema. Muita da nossa insatisfação com a vida vem justamente desse controle social que reprimiu, industrializou e sequestrou a nossa sexualidade.

Seria essa a face da nossa sexualidade?

Quebrando o ciclo vicioso
O animal social homem (sexo masculino) é muito inseguro e medroso, porque tem medo de se entregar, medo de experimentar, medo de broxar, medo de virar gay, etc. E o animal social mulher (sexo feminino) é muito reprimido sexualmente pela sociedade, muitas vezes desconhecendo o básico para que ela mesma possa desfrutar de uma relação sexual minimamente satisfatória. E quando juntamos esse homem inseguro com essa mulher reprimida, o que você acha que poderia dar? Dá em frustrações, mesmices e problemas diversos no relacionamento sexual. Apesar da maioria das mulheres hoje em dia ter mais de liberdade sexual do que tinham antigamente e de vivermos numa sociedade bastante sexualizada sob certo contexto, a virgindade da mulher ainda é encarada como pureza e virtude. Sei que hoje temos mulheres falando mais sobre sexo, indo a sex shops, comprando lingeries, pensando em qual chocolate é mais afrodisíaco e em qual tipo de óleo é melhor para lambuzar o pênis do parceiro (coisa que ela aprendeu lendo numa revista feminina), porém, não há uma só mulher que não seja julgada quando suas fantasias e comportamentos saem da esfera íntima. Enquanto isso, os homens tem o grave problema de criar uma expectativa exagerada sobre o próprio desempenho, tendo medo de não conseguir imitar o ator pornô X e medo do seu membro viril não ser tão grande quanto o do ator pornô Y. A pornografia, embora deliciosa para a maioria dos homens, tem um efeito colateral muito ruim que é justamente essa expectativa equivocada que ela cria com relação à performance masculina. Os homens precisam aprender que o sexo não é uma modalidade de atletismo, como a indústria pornô coloca em sua fórmula: fórmula essa que empobrece e descaracteriza a nossa sexualidade. Enquanto a nossa educação sexual sexista continuar ensinando os meninos a verem filmes pornôs mainstream e as meninas a verem novelas baseadas em contos de fadas da Disney, nenhuma geração estará apta a deixar o nosso mundo de fantasia onde reduzimos a nossa sexualidade a um pacote padrão pré-fabricado. Devemos nos lembrar de que a nossa sexualidade também é uma forma de expressão. Os nossos corpos falam o tempo inteiro através de uma linguagem não-verbal durante de uma relação sexual. Devemos superar as nossas inseguranças e aprender a expressar sexualmente aquilo que vem da essência do nosso eu. Precisamos saber nos ouvir e ouvir os nossos parceiros. Do contrário, vamos vivendo nossas vidas mediocremente, enganando a nós mesmos ao acharmos que somos felizes, mas, paradoxalmente, sem entender o porquê dessa felicidade ser tão pouco jubilosa.

domingo, 3 de agosto de 2014

Os “nazijudeus” e a esquerda factoide

Propaganda antissionista

Quem me conhece sabe o repúdio que eu tenho pela direita conservadora cristã. Entre outras coisas, essa direita foi responsável pelas ditaduras na América do Sul e pelo nazifascismo – fora a hegemonia de classes que ela cria propositadamente como meio de se manter no poder. Essa classe, que quase sempre é formada pela elite e pelo clero (igreja), sempre usou o povo como base para sustentar o seu luxo e o seu poder (vide a Revolução Francesa). Portanto, quero que fique bem clara a minha posição de descontentamento diante dessa ideologia política antes que algum quadrúpede sedento por estereótipos venha me rotular de "direitóide" ou de "reaça" pelo que vou opinar a seguir.

Pró-Gaza ou pró-esquerda?

O conflito na Faixa de Gaza e a polarização política
Qualquer pessoa que não esteja vivendo em outro planeta deve estar estarrecida diante do conflito sangrento que se agravou entre Israel e os grupos radicais muçulmanos. Não vou discutir aqui sobre quem tem razão ou não nesse conflito, até porque numa guerra todos os lados envolvidos estão errados. Digo isso porque sou pacifista e condeno veementemente qualquer tipo de atitude que gere sofrimento para os seres humanos. Também não escrevi este post para abordar sobre a origem do conflito ou julgar se o sionismo é ou não é justo. Estou escrevendo este post com o intuito de deixar a minha opinião sobre as distorções que estão sendo criadas sobre esse conflito com a intenção de se fazer propaganda ideológica.
Muito bem, vamos aos fatos. A direita política posiciona-se claramente a favor de Israel, a favor do sionismo e a favor do atual partido (o Likud, que é de direita conservadora) que está governando Israel. A esquerda, por sua vez, está defendendo os palestinos, as vítimas muçulmanas e condenando duramente os israelenses – isso ocorre principalmente porque Israel é aliado dos EUA (o "monstro capitalista") e também por possuir maior poder bélico. O que tenho visto é que tanto a esquerda quanto a direita política estão manipulando informações sobre esse conflito para tentar convencer que o lado 'y' está certo e que o lado 'x' está errado, de acordo com os seus próprios interesses. Estou vendo a esquerda insistir que Israel é o vilão da história e a direita insistir que o Hamas é o único culpado por tudo. Na minha opinião, todos estão errados! Não existe ninguém mais certo ou menos errado: todos estão se atacando mutuamente e não faz sentido criar um maniqueísmo parcial sobre a atual conjuntura no Oriente Médio – fazendo disso uma propaganda política para atender aos próprios interesses ideológicos.
O que acontece nesse conflito entre Israel e Palestina não é uma questão de direita versus esquerda. Existem diversos fatores, que vão desde a religião até a polêmica criação do Estado de Israel, que geraram essa situação caótica na região. Acontece que esses motivadores reais do conflito, infelizmente, acabaram sendo deixado de lado para dar lugar à velha queda de braço entre dois eixos políticos fora do conflito: a esquerda e a direita.

Nazista judeu? Como pode isso?

Antissemitismo disfarçado de humanismo
Uma palavra que tem aparecido muito na internet é uma tal de "nazijudeu". Quem criou esse termo falacioso, como já era de se esperar, foi a extrema esquerda (com apoio dos antissemitas). Essa esquerda tresloucada, que se acha porta voz dos direitos humanos, está transformando Israel (e também os judeus) num espantalho para ser atacado pelo mundo todo. A associação equivocada dos judeus com o nazismo, segundo os extremistas, é porque Israel tem um governo judaico de direita e está bombardeando de forma irresponsável a Faixa de Gaza. Ora, todo mundo que conhece a história do século 20 sabe que os judeus foram vítimas do holocausto provocado pelos nazistas. Portanto, acusar os judeus de serem nazistas é uma antítese tão extrema que sequer chega a fazer sentido. O que ocorre aí é uma falácia de redução ao nazismo contra Israel misturada com apelo à emoção diante das vítimas muçulmanas. Não existe "nazijudeu". No máximo, poder-se-ia dizer que a atual liderança política de Israel (lembrando que não há só judeus em Israel) é fascista, portanto, seria menos inadequado usar o termo "fascisrael", que ainda assim é contraditório, porque o fascismo também é antissemita. Quanto aos pequenos grupos extremistas e racistas de Israel, eles não representam o país e não podemos julgar o povo (ou mesmo o Estado) israelense baseado neles.

Outra coisa desleal é comparar as mortes de civis em Gaza com os genocídios praticados nos campos de extermínio nazistas. Essa comparação forçada usada para justificar o termo "nazijudeus" é um verdadeiro disparate por se tratar de uma falsa analogia. Sei que Israel fez coisas horríveis nessa guerra, mas eles não podem ficar sentados vendo a sua própria população ser morta por terroristas do Hamas. Israel tem, legalmente, direito à defesa. Se não fosse pela maior robustez militar e pelos abrigos antiaéreos, o número de vítimas israelenses seria muito maior. Fora que o Hamas usa crianças como escudo humano para mostrar os cadáveres delas ao mundo e dizer "Israel infanticida". E a esquerda biruta antissemita vai na onda dos terroristas e culpa os israelenses e judeus por isso.
O grande problema que há na culpabilização de Israel são as consequências nefastas disso, que podem aumentar o antissemitismo e o risco de grupos neonazistas atacarem sinagogas e qualquer pessoa de origem judaica. Essa demonização israelense é irresponsável e perigosa. Temos que nos solidarizar com as vítimas (sejam judeus ou palestinos) e pedir pelo cessar-fogo. Mas atribuir toda a culpa a um dos lados para fortalecer os seus ideais políticos é que não pode ser tolerado.
Eu não estou dizendo aqui que o que Israel está fazendo é certo ou mesmo tolerável. O que eu quero que fique claro é que criar uma ideia de que há um lado bonzinho e outro malvado é totalmente errado e injusto. Os EUA estão errados em armar Israel ao invés de tentar algum acordo de paz, Israel está errado em bombardear alvos civis e o Hamas está errado em atacar Israel. Todo mundo está errado nessa história, até mesmo, quem diria, o Brasil...

Não são somente palestinos que sofrem com a perda de entes queridos

O anão diplomático
O Itamaraty, em 23/07/2014, emitiu a seguinte nota sobre o conflito entre Israel e Palestina:

"O Governo brasileiro considera inaceitável a escalada da violência entre Israel e Palestina. Condenamos energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza, do qual resultou elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças."

O Itamaraty não mentiu quando disse que a reação de Israel aos ataques do Hamas foi desproporcional. O problema é que dizer isso dessa maneira e convocar de volta o embaixador é um gesto claro de desaprovação (ou de hostilidade) no mundo da diplomacia. Como resposta, teve que ouvir do porta-voz do ministério israelita, Yigal Palmor, que somos "um país irrelevante" e um "anão diplomático" como nação. O Brasil poderia ter sido mais educado e copiar as palavras do pontífice, o Papa Francisco, que foi verdadeiramente imparcial com relação à situação em Gaza. A Sua Santidade pediu com humildade e comoção pela paz e pelo cessar-fogo – ao invés de escolher um dos lados para atribuir maior culpa por uma guerra onde todos, eu disse TODOS, são vítimas.

Benjamin Netanyahu, Hillary Clinton e Mahmoud Abbas: solução ideal para o conflito

PS 1: Antissionismo não é a mesma coisa de antissemitismo, mas no atual contexto, uma coisa leva a outra (basta ver a semântica do termo 'nazijudeu').
PS 2: Se alguém vier aqui dizer que eu sou de direita, ou que eu não sou humanista, ou que eu sou islãfóbico, ou que eu estou do lado de Israel, me desculpa a honestidade, mas você é um analfabeto funcional.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

A minha Ferrari é uma guitarra


Nessa semana, eu assisti a um vídeo do gamer/vlogueiro Leon, do canal Coisa de Nerd, em que ele estava muito feliz por ter comprado a sua Ferrari. Acontece que a "Ferrari" dele era, nada mais, nada menos, que um videogame! Isso mesmo: o Leon comprou um videogame de luxo dos anos 90 chamado Neo Geo: videogame este que pouquíssimas pessoas puderam comprar porque ele era extremamente caro.

Ferrari Neo Geo

Você deve estar se perguntando por que eu me referi ao videogame como sendo uma Ferrari. A resposta foi dada pelo próprio Leon no seu vídeo e eu vou tentar explicá-la. A palavra "Ferrari" está no sentido figurado, porque ela se refere a algo que você sempre quis ter desde muito jovem, mas que só teve condições de comprar muito tempo depois. O sonho de criança do Leon era ter o tal videogame – assim como o sonho de muito marmanjo é de ter um carro superesportivo, como é o caso da Ferrari. Há um fetiche tão grande em torno da marca Ferrari, que ela acabou sendo usada pelo Leon como uma metáfora para algo que desejamos muito. O meu irmão mais velho, por exemplo, só pôde comprar o seu Puma conversível (que era a Ferrari dele) depois de ter o desejado por mais de 20 anos. O Puma, por isso, possuía uma valor para ele maior do que seria para uma pessoa que nunca sonhou em ter esse carro desde jovem.

Essa história da Ferrari me lembrou de algo interessante a respeito de mim mesmo. Quando eu era criança, eu tinha três grandes sonhos, que eram: 1-Conhecer o Rio de Janeiro, 2-Ir à Disneylândia e 3-Ter um carrinho de controle remoto. Tive a oportunidade de conhecer o Rio de Janeiro logo cedo, aos 5 anos de idade, quando viajei para lá junto com os meus pais. O problema da minha ida ao Rio é que eu nem fui ao Cristo e nem passeei no Bondinho do Pão de Açúcar: o que foi algo muito frustrante para mim, pois foi como ter ido a um parque de diversões e não ter ido nos brinquedos. E como só fui até o Rio naquela única vez, hoje eu morro de vontade de voltar lá para poder fazer o que não pude daquela vez. Não pude e nem posso voltar no momento para o Rio por uma série de razões que não vale nem a pena enumerar, mas que não me impedem de voltar lá um dia. Então, de certa forma, a minha "Ferrari" poderia ser considerada esse passeio de volta ao Rio. Mas como um passeio não é um bem material ou uma coisa concreta, então eu teria que chamar outra coisa de "Ferrari".

Eu disse que sonhava também em ir à Disney, mas isso só tinha sentido para mim quando eu era criança, porque a Disney era, na minha cabeça pueril, uma espécie de paraíso, pois, juntamente com a Turma da Mônica, os personagens da Disney me causavam um fascínio enorme. O mais perto que cheguei da Disney foi numa apresentação do evento Disney on Ice lá no Maracanãzinho, quando eu tinha viajado naquela mesma vez para o Rio. Porém, nesse sentido, eu me dei por satisfeito. Hoje, portanto, eu não tenho mais vontade alguma de ir à Disney.
O meu terceiro sonho de infância era de ter um carrinho de controle remoto. O problema desse sonho é que eu também não tenho mais nenhum interesse em ter carrinhos de controle remoto. Apesar da minha aversão a automóveis, talvez fosse mais interessante, para mim, ter mesmo um carro de verdade. Ter um carrinho de controle remoto a essa altura do campeonato seria mais ou menos como fazer um gol depois que o jogo já terminou, ou seja: não adiantaria nada e nem teria mais sentido.

Seria essa a minha Ferrari?

Depois de perceber que eu não tenho mais nenhum sonho de infância para ser a minha "Ferrari" simbólica, então resolvi me lembrar de algo que eu queria muito durante a minha adolescência, e esse algo é uma guitarra elétrica. Desde os meus 16 anos que eu sonho em ter uma guitarra. Não pude adquirir uma por uma série de razões (especialmente financeiras) e acabei investindo em algo mais simples, que foi um violão acústico. Eu adoro violão, mas adoro ainda mais uma guitarra, especialmente as da série Stratocaster, guitarras essas pelas quais eu tenho um verdadeiro fetiche. Além do meu fetiche pela forma e pela estética da guitarra Strato, eu também curto o som mais estalado que ela produz em comparação com as guitarras de braço colado. Hoje, já um balzaquiano, eu ainda tenho muita vontade de ter uma guitarra e, pela primeira vez, tenho a possibilidade de comprá-la. Mesmo que não seja uma Fender Stratocaster ou uma Gibson Les Paul, uma guitarra menos pomposa serviria numa boa para realizar o meu sonho de ter uma "Ferrari". Então, posso dizer com certeza que a minha Ferrari é uma guitarra.

Ostentação é isso