sábado, 30 de setembro de 2017

Cuba é capitalista ou socialista?


Muita gente tem me perguntado o que Cuba é afinal de cotas. Cuba seria socialista ou capitalista? Qual seria o modo de produção cubano? Esse questionamento existe porque ainda há uma confusão muito grande sobre como Cuba funciona devido à forma distorcida como a nossa imprensa costuma tratar o país. Então vamos lá...

Cuba não é nem socialista e nem capitalista. Aí você se pergunta: "como assim?". E eu respondo: Cuba não se enquadra nem em um sistema propriamente dito e nem em outro. O que acontece em Cuba é algo único. Esse negócio de socialismo e capitalismo é uma falsa dicotomia herdada lá do século passado devido à Guerra Fria. No século XX, depois de 1959, Cuba, por estar ideologicamente próxima à URSS, era considerado um país socialista. Porém, hoje, num mundo despolarizado e monopolizado pelo capitalismo financeiro, Cuba é uma nação híbrida politicamente falando. Cuba está naquele estágio de transição do capitalismo para o socialismo (mais perto do socialismo do que do capitalismo). Daí que alguns autores se referem a Cuba como tendo um "capitalismo de Estado", outros como "socialismo cubano" e outros ainda como "socialismo de Estado". Eu, usualmente, prefiro o termo socialismo de Estado para se referir ao país, porque o socialismo cubano não tem a classe proletária como protagonista. Os meios de produção são propriedade do Estado que, apesar de simbolicamente pertencerem aos cubanos, na prática, quem os controla é a família Castro. E justamente devido a essa apropriação dos meios de produção pelo Estado, podemos dizer que Cuba está mais perto do socialismo de Estado do que do socialismo propriamente dito teorizado por Marx.
Já as características do capitalismo são muito minimizadas em Cuba. Apesar das recentes liberdades econômicas dadas aos cidadãos cubanos, lá você não tem aquelas mazelas típicas do capitalismo, como desigualdades abissais, a classe burguesa roubando a classe trabalhadora através da mais-valia, a escravidão do salário, o rentismo parasitário e nem a violência decorrente das injustiças sociais. Se Cuba não sofresse o embargo econômico criminoso imposto pelos Estados Unidos, hoje seria uma espécie de Suíça no meio do Caribe. E leia bem: talvez Cuba fosse um país capitalista hoje se não fosse pelo embargo, porque o bloqueio econômico fez Fidel Castro teimar ainda mais em manter o país sob o mesmo regime desde a Revolução.


Mas enfim, seja lá como você goste de se referir a Cuba, a única certeza que temos é que os pobres de lá vivem bem melhor que os pobres de cá. Pelo menos nisso os irmãos Castro acertaram.

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Praia? Tô fora!


Sim, eu sei que a situação política e social do país está uma lástima total, mas eu preciso refrescar um pouco a cuca de tantas notícias ruins para poder voltar a ser produtivo. E nada melhor do que falar sobre um tema bem light para relaxar um pouco e sair da rotina. E o tema relax de hoje é praia. Eu estou escolhendo este tema porque durante toda a minha infância, a praia era o meu lugar favorito para relaxar. Hoje, não mais. Explico o porquê.

Um bom motivo para não ir à praia

Quando eu era pequeno, até uns 13 anos de idade talvez, eu me amarrava em praia. Ficava de manhã bem cedo até quase o anoitecer mergulhando, nadando, surfando, fazendo castelos de areia, fazendo amigos, fazendo piruetas, jogando bola, andando de banana boat, correndo na areia fofa, tomando picolé, comendo frutos do mar... A praia era o paraíso na Terra para mim. Mas hoje, velho, careca, barrigudo, grisalho, míope e mal humorado, já vejo a praia com outros olhos.
Eu acho a praia em si um lugar encantador por ser visualmente agradável, pela calma, pelo som das ondas, pela maresia... Mas eu não tenho mais nada para fazer numa praia. Brincar, eu não brinco mais. Castelo não sei mais fazer. Nadar não consigo mais. A mulherada de biquíni não consigo mais enxergar devido aos meus mais de sete graus de miopia. Frutos do mar fazem mal para minha saúde. Picolé leva açúcar e açúcar é veneno para mim. Fora que as praias hoje em dia estão quase todas poluídas, com tubarões e cheias de assaltantes.

Praia? Só se for para morrer!

A última vez que fui a uma praia foi em 2011 e nem entrei no mar. Só andei pela areia e ainda tropecei numa montanha de sargaços. Já a última vez que entrei no mar para me molhar foi há vinte anos, lá em 1997. Eu até sinto uma saudade da época que eu gostava de praia, mas hoje, a praia em si – para mim – não serve para mais nada. Só serve para me fazer raiva, para queimar a minha pele e roubar o meu tempo.

Placa mais inútil do mundo

Portanto, se você for a uma praia, não me chame.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

O amor não é doença para ser curado


Imagine que você é um psicólogo ou um psiquiatra e chegue um paciente em seu consultório dizendo o seguinte:
-Doutor, eu tenho um problema e preciso que o senhor me livre dele.
-Qual é o seu problema? – Você questiona.
-Sou canhoto e quero ser curado da minha canhotice.

E aí? Isso faz sentido para você? Seria possível curar algo que não é doença? Ou será que a função do psicólogo neste caso seria fazer com que a pessoa se aceite e seja feliz como é? Eu poderia dar outros exemplos ao invés do canhoto. Eu poderia exemplificar a "cura" para cabelos crespos, a "cura" para a cor da pele, a "cura" para pinto pequeno ou a "cura" de uma porção de outras características que nascem conosco e que nunca foram doenças. Mas o problema aqui é muito mais absurdo que os citados, porque ele tenta "curar" a orientação sexual. Digo que é muito mais absurdo não apenas porque a orientação sexual não é doença, mas porque estão tentando curar o direito das pessoas se amarem. Pessoas homossexuais estão tendo o seu direito de amar tratado como se fosse uma doença. Consegue imaginar o quão grave é isso?


Imagine agora que você, caro heterossexual orgulhoso, vivesse numa sociedade onde a maioria das pessoas fosse homossexual e heterofóbica. E aí um juiz qualquer decidisse que a sua orientação sexual é uma doença e autorizasse, por isso, que os psicólogos pudessem ter a liberdade de "tratá-la" mesmo com o Conselho de Psicologia sendo contra. Você acharia isso justo? Pois o que estaria acontecendo, neste exemplo, seria a tentativa de curar o seu direito de amar alguém. E o que acontece hoje no Brasil é exatamente isso: a tentativa de curar o amor entre iguais.
Ao invés de considerar justa toda forma de amor, a sociedade prefere segregar e criminalizar o que une a pessoas. É um absurdo tão desproporcional essa tal de cura gay, que eu a categorizaria como um verdadeiro crime contra a humanidade. Ninguém tem o direito de tirar o direito de amar de ninguém. A homossexualidade é natural: é encontrada em centenas de espécies. O que não é natural é a homofobia, que só foi encontrada em uma única espécie do planeta: a nossa. Esse negócio de ser contra a homossexualidade é coisa de gente que não ama. Porque quem ama de verdade está muito ocupado amando para perder tempo impedindo que os outros se amem também.


Portanto, caro homofóbico, deixe de caretice e abra a sua mente e o seu coração. O amor é libertador, o preconceito é que é uma prisão. Seja livre.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Solidão é bom demais


Lembro-me, certa vez, de ter me recusado a ir a uma festa de confraternização com uma ex-colega minha de uma maneira que, muito tempo depois, descobri ter sido bastante grosseira e deselegante. Ela me perguntou docemente e com algum brilho nos olhos se eu também compareceria à festinha da nossa turma que ocorreria na casa dela. E a resposta do ogro desligado aqui foi simplesmente 'não'. Ela perguntou o porquê e eu cometi um 'sincericídio' na frente dela ao responder: 'porque não gosto de festas'. Esta foi a última vez que essa minha ex-colega me convidou para algo, porque o convite dela não foi para a festa em si, mas, sim, para nos conhecermos melhor. Atualmente, como já contei em outro post, essa minha ex-colega trabalha no TRE e ganha um salário de cinco dígitos por mês. Mas enfim, esse nem é o tema principal deste post: este evento serviu apenas como exemplo para ilustrar de maneira tragicômica o quanto eu tive (e ainda tenho) uma verdadeira alergia a eventos sociais.

Tô fora!

Hoje, eu continuo evitando ao máximo ir a festas porque nunca gostei de multidões, barulho, música alta, gente bêbada e fofocas. Festas são lugares onde as pessoas comumente se reúnem para comer, beber, ostentar e fingir que são felizes. Eu sempre fui um sujeito muito tímido, lacônico, introspectivo, reservado e caseiro. Eu sempre me senti deslocado e estranho em ambientes sociais agitados. Sou, como disse certa vez um professor de química: um verdadeiro "gás nobre", pois não me misturo com outros elementos por ser autossuficiente. Eu era aquele sujeito caladinho que sentava lá no fundo da sala de aula e passava a maior parte do tempo devaneando, desenhando, escrevendo poemas e histórias fantásticas. Sou o autêntico ponto fora da curva por não me encaixar em padrões e por sempre ter tido enorme dificuldade em aceitar restrições ao meu modo de ser.

Entre virar a noite em uma balada ou passar a noite jogando videogame sozinho no conforto da minha casa, sempre preferi a segunda opção. Sou individualista: o que é diferente de ser egoísta ou egocêntrico. Eu sempre preferi fazer as coisas sozinho, porque não gosto de depender dos outros e nem de dar trabalho a ninguém. Sou aquele tipo de pessoa que vive muito bem morando sozinha numa quitinete de 9m², longe de intrigas familiares e de problemas de convivência. Sempre fui solitário, sempre gostei muito da minha própria companhia e só me sinto plenamente capaz de atingir a paz interior através da solidão.

Escrevi este post para que outras pessoas que são como eu entendam que é normal ser assim quietinho, caseiro e introspectivo. Se você se sente bem na sua própria companhia, não busque a felicidade nos outros, porque a felicidade sempre estará aí dentro de você. Solidão é bom demais.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Três vídeos para abrir a mente


Devido a minha velha falta de tempo, ao invés de escrever um post tratando sobre a cura gay ou sobre a intervenção militar na favela da Rocinha (que devo abordar em breve), hoje resolvi deixar três vídeos esclarecedores sobre a atual conjuntura política brasileira. Jessé de Souza, PHA e Bob Fernandes expõem visceralmente a realidade brasileira que grande parte da classe média ignora. Ao invés de ficar como um tonto repetindo que nem um papagaio adestrado que o problema do país é a corrupção dos políticos, procure abrir a sua mente para entender que o buraco é mais embaixo.





segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Vai ter golpe militar?


Algumas pessoas me perguntaram o que eu achei sobre as declarações de três generais do Exército de que os militares poderão voltar a tomar o poder. E a minha opinião é franca: eu acho que tudo isso não passa de blefe. Não há sentido nos militares darem um golpe de direita em um governo de direita. Essa história de que uma nova intervenção ocorreria contra "o caos" e contra "a corrupção" é ambígua e vaga demais. Corrupção sempre existiu e sempre existirá. A corrupção nunca foi um motivo real para dar golpes: ela sempre foi uma desculpa esfarrapada para disfarçar as razões reais dos golpes. Todos os golpes de Estado neste país foram dados para retomar o status quo da burguesia ameaçado por governos progressistas ou nacionalistas. Enquanto a Globo, a Fiesp, a OAB, a elite econômica e as oligarquias norte-americanas não quiserem um golpe militar no Brasil, ele não ocorrerá. Eu só começaria a ficar preocupado se a Globo – porta voz da plutocracia que controla o país – começasse a apoiar essa ideia de intervenção militar. Enquanto isso não acontecer, as falas dos generais não passam de bravatas para pressionar o governo atual a aumentar os salários e melhorar a logística dos militares, já que os cortes de investimentos promovidos por Temer também afetaram as forças armadas.

Não existe ditadura militar progressista no Brasil
O mais engraçado nisso tudo é a ilusão de alguns setores da esquerda que acham que os militares no poder serão menos piores que Temer. Não serão. As forças armadas sempre tiveram uma linha ideológica alinhada aos EUA e de cunho fortemente fascista. Não há a menor possibilidade de se pensar em um governo progressista promovido por militares brasileiros. O alto oficialato sempre teve aversão a tudo que fosse minimamente de esquerda. Um novo governo militar, se ocorresse, seria uma tragédia ainda pior que a atual por ser inerentemente autoritário e reacionário. Teríamos um estado de exceção com novos Atos Institucionais para censurar, prender, torturar, matar e banir indefinidamente a democracia no país. Até a internet seria totalmente controlada pelos militares, o que nos tornaria mais atrasados que países sem internet de banda larga. E isso seria um tiro no pé do capitalismo (neo)liberal, que é a nova tendência mundial.

domingo, 24 de setembro de 2017

Esse garotinho me inspirou


O país está atravessando um verdadeiro inferno astral: é guerra no Rio de Janeiro, STF votando a favor de ensino religioso em escolas públicas, cura gay legalizada, três generais da ativa falando abertamente sobre um novo golpe militar, país sendo vendido e destruído pelo governo cleptocrata... Mas há uma luz no fim do túnel. O garotinho abaixo me deu esperança de que as futuras gerações poderão construir um país melhor:

sábado, 23 de setembro de 2017

A síndrome da classe média


Certo dia, escutei uma jovem típica de classe média se lamentar durante uma festa porque estava com o cabelo igual ao da filha da faxineira. Noutro dia, observei o desânimo de um rapaz que tinha um celular igualzinho ao do ajudante de pedreiro. Já em outra oportunidade, vi uma mulher ficar muito irritada porque a empregada dela estava usando uma bolsa mais chique que a dela...
E assim é a classe média brasileira: consumista, arrogante e mesquinha. A classe média sente a necessidade mórbida de se diferenciar da "ralé" devido a um complexo de superioridade delirante. Por isso tanta raiva da esquerda, do Partido dos Trabalhadores e do "comunismo", seja lá o que "comunismo" signifique na cabeça dos integrantes da classe média. Todos os partidos são corruptos, mas o ódio é só contra a corrupção do PT. A classe dominante, vulgo elite econômica, rouba e parasita o Estado há séculos, mas a indignação é exclusivamente contra quem recebe o Bolsa Família. Não há coerência.

A classe média sofre de síndrome da classe média. Síndrome essa que é a essência do fascismo.

A classe média é um câncer e ponto final.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Nunca estivemos tão perto de uma guerra nuclear


Como se não bastassem as provocações mútuas entre Donald Trump e Kim Jong-un, está ocorrendo também neste momento um aumento das tensões diplomáticas entre os governos da Índia e do Paquistão. No caso de Índia e Paquistão, sempre houve atrito entre esses dois países, principalmente devido aos conflitos envolvendo a Caxemira. Mas o problema dos dias atuais é que os ânimos estão muito exaltados entre esses dois países que possuem juntos mais de duas centenas de armas nucleares. Então imagine o problema: de um lado, EUA e Coreia se ameaçando mutuamente com armas de destruição em massa. Do outro lado, Índia e Paquistão no mesmo embalo. Qualquer falha diplomática e qualquer erro no controle do uso das armas nucleares pode desencadear um ataque nuclear generalizado com milhões de mortos.
Diferentemente da época da Guerra Fria, onde a briga nuclear era exclusividade das grandes potências, hoje a ameaça vem também de países menores. Se duvida que é uma ameaça, basta lembrar que com apenas uma centena de bombas atômicas já é possível produzir uma catástrofe global irreversível.
Por isso eu digo que é necessário sempre buscar a via diplomática para resolução de conflitos – especialmente nesta época onde qualquer conflito local pode disparar um conflito nuclear que trará consequências letais para todos os seres humanos deste planeta.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

The Witcher: O primeiro simulador de triângulo amoroso


Desde o game The Witcher 1 que o protagonista Geralt de Rivia vive enrolado em relacionamentos e casos amorosos de curto e longo prazo. Mas o que se viu no glorioso The Witcher 3 foi um verdadeiro simulador de triângulo amoroso. Neste último game, Geralt precisa tomar a difícil decisão de com quem é que ele vai terminar a sua história, se é com Triss Merigold ou com Yennefer de Vengerberg.

O que descobri em minhas pesquisas pela web foi que a maioria das pessoas que apenas jogaram os jogos preferiram a Triss. Já quem leu os livros preferiu ver o bruxeiro terminar com a Yennefer. Responder qual das duas é melhor para o nosso witcher é algo que acaba sendo uma decisão muito pessoal. Eu posso dar a minha sincera opinião, mas eu mesmo não tenho muita segurança para dar uma resposta taxativa, porque as duas feiticeiras são ótimas companheiras para Geralt. Mas enfim, vamos às minhas conclusões:

Geralt e Triss em uma das cenas mais bonitas do game.


Eu fechei o Witcher 3 três vezes começando do zero. No meu primeiro save, Geralt terminou com Yennefer porque eu conhecia a história de ambos dos livros e sei que Yennefer é a mulher da vida dele. Apesar de Geralt ser apaixonado pela Yen, eu, pessoalmente, não gostei muito dela devido ao seu temperamento difícil. Apesar de achá-la absurdamente linda, Yennefer me pareceu antipática, arrogante, enjoada, mandona e trata Geralt quase como se fosse seu capacho.

Já a Triss Merigold é uma pessoa mais afável, compreensiva e atenciosa. Dá para notar que Geralt não gosta tanto dela quanto da Yen, mas eu noto que Geralt e Triss se harmonizam melhor. Eu fiquei com a impressão, inclusive, que Triss gosta mais do bruxão que a própria Yen. Enfim, se eu fosse o Geralt, eu escolheria a Triss Merigold por ter me identificado mais com ela. Tanto que ainda no meu primeiro save me deu um dó danado naquela cena de despedida em Novigrad, tendo que ver ela ir embora com o coração partido para Kovir. Eu fiquei mal mesmo, porque desde que vi a Triss Merigold pela primeira vez lá no Bosque da Podridão que me encantei por ela. Foi só no meu segundo save que Geralt ficou com Triss.

No terceiro save, eu não pensei em ficar com ninguém, mas como eu queria jogar as expansões do game com este último save, reescolhi a feiticeira de cabelos negros e olhos lilás. No fim das contas, observando melhor a história, deu para notar que a chatice da Yen era mais devido à preocupação com o sumiço de Ciri e também por conta dos ciúmes da colega Triss. Posteriormente, Yen vira outra pessoa, mostrando seu lado mais doce. Apesar de que, para mim, Triss me pareceu mais meiga, companheira e carinhosa que ela. 

O game tenta ser imparcial para não influenciar na escolha romântica do protagonista, mas às vezes fica a impressão que os produtores puxaram mais a brasa para a sardinha da Yen. Desde o sonho do Geralt no início do game que o jogo meio que 'diz' que Yennefer é o grande amor dele. Tem também um beijo que Yen rouba do Geralt em Kaer Morhen, na frente da Triss, que mostra que ela gosta mesmo do bruxão. Isso sem falar de uma canção muito bonita cantada pela poetiza Priscilla que fala do relacionamento entre os dois, que inclusive vou deixar abaixo:



Enfim, no fim das contas, o Geralt da minha campanha final acabou terminando oficialmente sua história com a feiticeira do perfume lilás e groselha. Mas independentemente de com quem o bruxeiro termine, ele será feliz tanto com uma quanto com a outra.

Não tem feitiço que separe esses dois

PS: Eu descobri posteriormente que terminar com as duas ao mesmo tempo não dá muito certo. E nem me pergunte o porquê.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

O melhor vídeo sobre bullying que eu já assisti


O guitarrista Marcos de Ros fez um dos melhores e mais didáticos vídeos tratando sobre o bullying de toda a internet. O vídeo é bastante reflexivo e tocante. Apenas assista:

terça-feira, 19 de setembro de 2017

A era das trevas chegou


Desde que eu nasci, lá no começo da década de 80, que não me lembro de ter visto uma época pior que a atual. É Terra plana, cura gay, golpe de Estado, general de exército falando de intervenção militar, investimentos públicos congelados, perseguição política ao maior líder progressista do país, violência crescendo exponencialmente, miséria voltando, desemprego, desigualdade, desesperança, Amazônia sendo loteada, nossas riquezas sendo roubadas e até a infância das crianças de hoje é pior. Estamos entrando na verdadeira era das trevas.

Eu nem sei mais o que ainda estou fazendo neste país. Acho que vou fazer minhas malas e ir para Cuba.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

A história dos games do Sonic


Eu estava preparando mais um post da série "Jogos da  minha vida" onde eu pretendia falar sobre os jogos do Sonic para o Mega do Drive. Porém, ao buscar informações na internet, acabei encontrando alguns vídeos do canal Core das Antigas que resumiram de forma magistral tudo que eu pensei em abordar. Portanto, como estou sem tempo nesta semana, vou deixar os vídeos abaixo que esclarecem muitas coisas sobre os jogos do Sonic da era 8 e 16 bits.












domingo, 17 de setembro de 2017

Comerdários


Lembro-me dos primeiros três anos de existência deste blog... Era a era do sossego, da tranquilidade e dos comentários de alto nível. Mas agora que o blog cresceu, se popularizou e está perto de completar dois milhões de acessos, começou a aparecer por aqui um bando de trolls que têm sujado a caixa de entrada com comentários impublicáveis. Todo santo dia eu recebo uma batelada de comentários toscos, retardados, podres e sem noção de gente que só vem aqui para sujar o espaço. Daí que por conta desses comerdários (mistura de merda com comentários), tive que ativar a moderação moderada.

Retrato fiel dos trolls que comentam por aqui.

O que mais me impressiona nisso é a obsessão desse (ou desses) troll(s) por este blog, porque é muita podreira tanto nos posts antigos quanto nos atuais. É impressionante porque eu mal publico uma postagem e lá vem um monte de escrotices nos comentários. Parece até que os trolls ficam dando F5 24 horas por dia aqui no blog só para serem os primeiros a comentar asneiras. Porém, em respeito ao público que acompanha as minhas postagens, eu evito publicar esses comentários lamentáveis que não servem para nada.
E para o troll que está tentando aparecer com esses comerdários, fica o frustrante recado de que eles não serão publicados de jeito nenhum, porque este blog não é penico. Se querem comentar coisas nojentas, preconceituosas e criminosas, por favor, publiquem seus comentários lamentáveis lá no G1, onde não há moderação e há uma panelinha de imbecis que todo dia escreve merdas por lá.

Enfim, por hoje é só.

Não gostou? Então...


sábado, 16 de setembro de 2017

Como resolver os problemas do Brasil num piscar de olhos


O saudoso Antônio Abujamra resumiu de forma concisa e genial o que poderíamos fazer para resolver as mazelas sociais do Brasil a curto prazo. O vídeo desta obra de arte segue abaixo:


Como bem respondeu um colega que mora em Cuba e que publicou o vídeo acima no Facebook:

Sabe como está Cuba?
Está com o menor índice de violência do continente.
Está com a melhor saúde pública do hemisfério.
Está com zero de analfabetismo.
É o país de 3o mundo onde a população mais consome calorias diárias.
É o único país do continente sem desnutrição infantil.

Então, por favor, caro coxinha, vá a Cuba e tire as suas próprias conclusões antes de dizer bobagens por aí. Quem dera se um dia o Brasil chegasse aos pés de Cuba...

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Teremos uma nova Guerra da Tríplice Aliança?


No século XIX tivemos a última grande guerra no continente sul-americano, que foi a Guerra do Paraguai (ou Guerra da Tríplice Aliança). Brasil, Argentina e Uruguai foram instigados pela Inglaterra a atacar o vizinho Paraguai por razões políticas. Agora, em pleno século XXI, estamos ensaiando os passos para uma nova Guerra no nosso continente. Brasil, Peru e Colômbia estão sendo convencidos pelos EUA a se unirem militarmente contra a Venezuela. Trump, como mostram as manchetes abaixo, já começou as negociações.




Uma nova guerra na América do Sul seria interessante para os EUA por duas razões. A primeira é que com os sul-americanos lutando entre si, nenhum soldado norte-americano precisará arriscar a vida contra o exército de Maduro. E a segunda razão, como já alertei em outro post, é para animar o capitalismo, ou melhor: para enriquecer a indústria bélica estadunidense. Como Brasil, Peru e Colômbia estão territorialmente próximos da Venezuela e possuem governos aliados aos EUA, eu diria que a possibilidade de uma guerra não seria mera especulação.
Já imaginou que vergonha será você ser convocado pelas forças armadas para cometer um genocídio contra os nossos irmãos venezuelanos?

Fontes:
Trump e a Colômbia
Trump e o Peru
Trump e o Brasil

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Por que Bolsonaro faz tanto sucesso?


Muita gente se pergunta, com certa surpresa, como é possível que um sujeito tão politicamente incorreto como Jair Bolsonaro possa ser tão popular e fazer tanto sucesso dentro e fora do Brasil. Afinal, o que Bolsonaro tem de especial para ser tão popular? A resposta é simples: nada. Bolsonaro não tem nada de especial. O que faz Bolsonaro ser visto como o mega star, o mito e o salvador da pátria é a sociedade da qual ele faz parte. A nossa sociedade é preconceituosa, intolerante e reacionária por natureza, e o Bolsonaro apenas assumiu essa postura que sempre fez parte do senso comum e da cultura brasileira. Ele representa a luta pela manutenção do status quo e pelo conservadorismo que sempre esteve impregnado nesta ex-colônia portuguesa. Bolsonaro diz o que diz porque tem uma plateia gigantesca para aplaudi-lo e defendê-lo. E como já dizia o velho ditado: só há palhaço quando há plateia. Não há mérito algum em falar o que todo mundo já cansou de ouvir. Bolsonaro é a cara do Brasil.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Nunca mais verás infância como antigamente


Há alguns dias, publiquei um post explicando porque eu acho que esta década atual é a pior década que vi para ser criança. Citei várias coisas que eu achava positivas sobretudo durante os anos 80 e 90 e comparei com hoje. E parece que muita gente não gostou (ou não entendeu) e encheu de críticas nos comentários. Tirando os idiotas que ficaram xingando e tentando ofender, a maioria dos que comentaram por lá não prestou atenção nas três críticas centrais que fiz: a adultização precoce das crianças, os perigos desta geração violenta e a quase ausência da preocupação em se colocar as crianças de hoje como público alvo. Eu até pensei em responder alguns comentários por lá, mas como eu estou sem tempo e sei que cada resposta ia gerar mais respostas, preferi então escrever um outro post para colocar os pingos nos 'is'. Então alguns pontos precisam ser esclarecidos:

1-Hoje é uma época muito ruim para ser criança por tudo que foi dito naquele post, especialmente porque hoje o mundo está bem mais perigoso, especialmente para quem está na primeira infância. Temos mais carros nas ruas, mais violência e a pedofilia é uma ameaça constante para as crianças que acessam a internet. Além disso, a internet não tem filtro parental. A web é um universo extremamente hostil para crianças menores de 8 anos que não possuem discernimento para julgar o que é adequado ou não para a faixa etária delas. Sem um adulto para monitorar, os pequenos viram alvo fácil de toda a escória que vaga pela internet.

2-A tecnologia nos isola fisicamente SIM. Eu conheço pessoas que se comunicam dentro da própria casa por Zap ao invés de se falarem cara a cara. É claro que graças à internet é possível abrir um canal de comunicação com muito mais pessoas, mas isso teve um preço, evidentemente.

3-Ser adolescente hoje é, sem dúvida, bem melhor do que era dos anos 90 para trás, porque a tecnologia permitiu maior acesso à informação livremente. Mas para CRIANÇAS, hoje tudo é mais arriscado. Excetuando-se as criança que vivem em condomínios fechados e que são monitoradas constantemente, para todas as outras, tudo está mais perigoso e limitado por questões de segurança. Brincar na rua hoje com outras crianças – como eu fazia – é muito perigoso.

4-Nem programação infantil temos mais na tevê aberta, de forma que os bons desenhos de hoje praticamente só têm espaço na TV a cabo. Hoje criança que liga a tevê de manhã tem que assistir, por exemplo, a Ana Maria Braga preparando pratos afrodisíacos para despertar a libido dentro do casamento: assunto que não interessa a criança nenhuma.

5-A década de 2000 (de 2000 a 2009) foi um década de transição: ela teve coisas boas e ruins (mais boas do que ruim) para quem foi criança nessa época. A minha crítica é mais focada sobre a década atual.

6-As coisas que eu disse são minha opinião, não são verdades absolutas. Eu conheço outras pessoas que têm a minha idade e que discordam de mim com argumentos decentes. Mas para mim, esta última década tem sido um horror para as crianças. Eu não gostaria nem um pouco de nascer em 2017 se soubesse o que perdi antes e o que me espera no futuro.

7-E sim: só quem foi criança naquela época sabe como as coisas eram (tanto as coisas boas quantos as ruins). As pequenas idiossincrasias daquela época não voltarão jamais e foram marcadas a ferro e fogo na memória da geração Y. Portanto, se você não foi criança até os anos 90, não tente criticar algo que você não vivenciou ou não conhece.

E viva os anos 90!

Gostando ou não, a década de 90 foi única!

Ué, não gostou?
Olha a minha cara de preocupação:


terça-feira, 12 de setembro de 2017

E se eu morresse amanhã?


Quando eu era adolescente, me perguntaram despretensiosamente o que eu faria se me restassem apenas 24 horas de vida. Não me lembro o que eu respondi na época, mas devo ter associado a minha resposta a qualquer coisa ligada ao carpe diem típico dos jovens.
Esta noite, não sei por que, pensei nessa mesma questão novamente e notei como as coisas mudaram. Eu não gastaria dinheiro com extravagâncias, nem sairia fazendo farra e nem daria adeus às pessoas pelas quais tive estima nesta vida. Eu simplesmente tomaria um bom whisky, colocaria uma cadeira de balanço ao relento e sentaria nela, olhando a natureza ao meu redor e o céu estrelado, esperando pacientemente a morte chegar enquanto escutaria What a Wonderful World de Louis Armstrong na minha radiola de vinil em loop por horas. Ficaria nisso, relembrando das boas recordações da vida, até a morte chegar. Eu morreria bêbado, sozinho, tranquilo e feliz. Não consigo mais enxergar a morte como uma desgraça pela qual devemos temer. Para mim, a morte tornou-se apenas um fato inevitável da vida: é algo natural que aprendi a aceitar. Somos seres transitórios e precisamos aprender a lidar com isso. Tenho consciência que vivi da maneira mais correta possível e aproveitei a vida ao máximo que me foi permitido sem desrespeitar meus semelhantes. A única coisa que me incomodaria seria a impotência diante de toda essa merda que as elites estão fazendo com o nosso país. De resto, eu posso morrer em paz e de consciência tranquila. Ainda bem, porque eu descobri que são poucas pessoas que tem o privilégio e a dignidade de sair do palco da vida assim.


segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Momentos engraçados do Witcher 3


A dublagem em português do game The Witcher 3 está para os games assim como a dublagem de Yu Yu Hakusho está para os animes. O trabalho dos dubladores para este jogo foi, sem dúvida, espetacular. E como toda boa dublagem, não poderiam faltar os diálogos engraçados que deixam o jogo ainda mais hilário. Apesar do jogo não ser de comédia, houve vários momentos onde eu dei muita risada jogando. Algumas missões foram feitas simplesmente para fazer o jogador rolar de rir. A maratona de bebidas de Geralt com seus colegas bruxeiros em Kaer Morhen, por exemplo, quase me deixou sem ar de tanto rir. Isso sem falar nas missões jocosas das expansões que foram desde um fantasma brincalhão que possuiu o corpo do protagonista até a da égua falante com voz de homem que se manifestou após Geralt ter usado uns remédios alucinógenos.
Enfim, a seguir deixo alguns dos momentos engraçados do jogo para dar uma amostra do que o universo do game tem para oferecer em matéria de humor.







domingo, 10 de setembro de 2017

Todo apoio à República Popular Democrática da Coreia


Os EUA – país que possui milhares de ogivas nucleares e que usou duas delas contra o Japão – têm insistido desde os anos 50 em colocar a Coreia (do Norte) sob o domínio do seu imperialismo genocida. E depois que o laranja xenófobo assumiu a presidência americana, esse ímpeto imperialista tornou-se ainda mais agressivo com a desculpa porca de combater a "ameaça nuclear" da Coreia boreal (como se os Estados Unidos não fossem uma ameaça nuclear muito pior). Porém, como o Tio Sam não contava com a coragem e a resistência heroica do líder supremo da Coreia diante das ameaças e sanções, o que restou para os EUA agora foi partir para o plano B. Os norte-americanos se preparam para atacar militarmente o pequeno país asiático sob o pretexto de "combater a tirania juche" – como se os ianques "cheios de bondade" fossem os paladinos do mundo.

A Coreia, ao contrário do que a mídia burguesa vende por aí, está tendo a grandeza de desafiar o imperialismo e manter a sua autonomia e independência como nação soberana – coisa que o Brasil, por exemplo, nunca chegou nem perto de fazer. Enquanto os EUA sabotaram o nosso programa nuclear sem esforço algum, lá na Coreia eles não tiveram e nem terão o mesmo êxito, porque lá é uma nação de verdadeiros patriotas.

O programa nuclear norte-coreano é, na verdade, uma arma política para que o país ingresse de vez no Clube da Bomba e tenha respeito e relevância no cenário internacional. Os EUA temem isso e, por esta razão, estão nesse desespero para atacar a Coreia, fingindo ser a polícia do mundo. Mas, certamente, os EUA não farão isso pela mesma razão pela qual também não invadem outros países com bomba atômica. Os EUA hão de recuar porque eles não vão querer outro Vietnã. E a Coreia sairá vitoriosa para desespero do Tio Sam e dos reaças.

sábado, 9 de setembro de 2017

Imagine se fosse a Coreia do Norte...


Imagine se a Coreia do Norte interferisse na nossa política, derrubasse nossos governos, financiasse golpes de Estado no nosso país, promovesse operações que destruíssem a nossa economia, proibisse o nosso desenvolvimento, roubasse as nossas riquezas, tomasse nossos pontos estratégicos e usasse o nosso país como um paraíso rentista para enriquecer seus oligarcas. Seria terrível, não? Os coxinhas reclamariam, com toda razão deste absurdo. Mas como não é a Coreia que está fazendo isso, e sim os Estados Unidos, então não há motivo algum para indignação. Nossas crianças podem morrer de fome às centenas por dia e a desigualdade social chegar a níveis de fazer a Eritreia parecer um paraíso, mas o senso comum diz que está tudo bem, desde que os EUA estejam no comando. Haja hipocrisia...

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Esta é a pior época para ser criança


Hoje eu acordei nostálgico. Senti uma vontade enorme de escutar aquelas canções infantis dos anos 80 e fui lá no YouTube relembrar das músicas clássicas do Balão Mágico e do Trem da Alegria. E para completar a nostalgia, resolvi comer banana com goiabada: um dos meus pratos preferidos da infância.
Enquanto passei por essa experiência sinestésica de relembrar o meu passado de uma infância feliz, fiquei aqui pensando com meus botões sobre como é ser criança hoje em dia. E cheguei à conclusão de que ser criança hoje é muito ruim. Vejamos o porquê:

Sabemos que as crianças de hoje em dia são muito presas aos gadgets (celular, tablets e PCs) e não costumam ter um filtro para o que acessam na internet. A criançada de hoje parece ter perdido a essência do que representa ser criança: a inocência e a despreocupação com questões burocráticas da vida. É ridículo ver crianças hoje comentando sobre assuntos de adultos, sobre a alta do dólar e sobre coisas que não tem nada a ver com a realidade delas. Criança tem que correr, brincar, cantar, rir e explorar o mundo ao seu redor. Ficar plantada na frente de uma tela de LCD o tempo inteiro não pode ser algo saudável.

Sedentarismo não combina com infância

Quando eu era criança, lá nos anos 80 e 90, a programação infantil tomava toda a manhã das emissoras de tevê. Era muito bacana acordar com Balão Mágico, Clube da Criança, TV Colosso, Rede Manchete e aquele monte de desenhos animados – coisa que virou raridade hoje em dia. A programação infantil praticamente foi banida da tevê aberta de uns anos para cá.
Além da televisão, tínhamos as deliciosas canções feitas exclusivamente para as crianças que faziam a imaginação da gente voar longe. Hoje, as crianças escutam de funk a sertanejo universitário que possuem letras que não tem nada a ver com o universo infantil.
Tínhamos também a era de ouro de brinquedos e daqueles jogos de tabuleiro que reuniam toda a família. Tínhamos mais opções de entretenimento e até maior variedade de comidas e guloseimas. Eu sou da época que doces, balas, bombons, chicletes e pirulitos não tinham sido vítimas do "politicamente correto", de modo que nenhuma criança se sentia culpada por ter uma cárie. A comida daquela época tinha muito mais sabor, porque não tinha censura à gordura trans, ao sal e a outros ingredientes "maléficos" à saúde. Se você pudesse voltar no tempo e provar, por exemplo, as maioneses dos anos 80 e comparar com as de hoje, o resultado seria chocante. Hoje criança tem que comer comida light a pulso.

Eita tempo bão!

Outro problema hoje é que o crescimento desordenado das cidades gerou mais trânsito e mais violência nas grandes metrópoles. Não é mais possível brincar sozinho na rua com outras crianças, sempre tem o risco de assalto, sequestro, ladrão e carro desgovernado para manter as crianças enjauladas dentro de casa. Eu, mesmo morando numa grande capital, peguei aquela época boa de brincar e jogar bola na rua sem medo ou sem culpa.

Aproveitem bem que essa época é única em nossas vidas!

Mas o pior de tudo mesmo é o que esse bando de políticos safados estão fazendo com as nossas crianças hoje. O Brasil está voltando ao mapa da fome, os investimentos em educação estão subfinanciados devido à criminosa PEC do teto de gastos, as crianças de hoje terão que trabalhar muito mais quando adultas para terem o direito a se aposentar... Estamos destruindo sonhos, estamos destruindo o futuro do Brasil.

Pode até ser ranzinzice reacionária de minha parte, mas eu confesso que não gostaria nem um pouco de ter nascido nessa nossa época.