sexta-feira, 30 de julho de 2021

Bolsonaro precisa ser contido enquanto há tempo


Quando ocorreu a invasão do capitólio norte-americano no início de 2021, o nosso inominável presidente avisou com todas as letras que se ele perdesse a eleição, viríamos algo muito pior no Brasil. Se alguém achou que era exagero ou brincadeira, a live onde ele falou diversas mentiras sobre as urnas eletrônicas e o nosso sistema eleitoral foi um preparo de terreno para isso. É lógico que pessoas normais, que formam a maioria da população, sabem que as afirmações bolsonaristas sobre as urnas eletrônicas não passam de teorias conspiratórias desmioladas que já foram refutadas inúmeras vezes pela imprensa e pelo TSE. O grande problema é que a seita bolsonarista conta com cerca de 30% da população. E aquela live conspiracionista foi feita justamente com o intuito de incitar o gado a tumultuar as eleições de 2022. Então é necessário que o presidente seja responsabilizado pelas mentiras sem provas que disse em sua live. Porque se a repreensão ficar somente nas notinhas de repúdio, pode ter certeza que estaremos alimentando uma tentativa de golpe no ano que vem. Na minha opinião, Bozonazi tem que ser impichado e julgado por todos os crimes que cometeu.

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Não se fazem mais guloseimas como antigamente


Num dia desses qualquer, eu resolvi fazer meu "dia do lixo" comendo algumas barras de chocolate e constatei algo que muita gente reclama: que os chocolates de hoje em dia perderam muito do sabor em comparação com aqueles comercializados nos anos 80 e 90. Isso porque dos anos 90 para trás não existia preocupação praticamente nenhuma com o aspecto nutritivo dos produtos industrializados. O que importava naquela época era fazer a comida mais gostosa possível para vender mais. Contudo, depois de uma série de regulamentações e exigências de mercado, chocolates, achocolatados, sorvetes, salgadinhos, doces, biscoitos, bolachas, molhos, catchups, maioneses e até os macburgers ficaram muito menos saborosos. Tiraram o excesso de açúcar, de gorduras, do sal e de outros ingredientes que, apesar de impactarem negativamente na nossa saúde, deixavam a comida muito mais deliciosa. Honestamente, eu daria tudo para entrar numa máquina do tempo e comer um bom e velho Galak oitentista ou daqueles x-milho cheios de bacon e maionese que só quem viveu nos anos 90 sabe como era. E hoje, a coisa é tão radical que nem publicidade desses alimentos existe mais. Aí que a nostalgia aumenta mesmo, afinal, quem não se lembra (com a boca salivando) do "pirulito que voa-voa" ou do "Compre Baton"?

Eita, trem bão!

quarta-feira, 28 de julho de 2021

A lógica capitalista não tem lógica nenhuma


Muito trabalhador assalariado comemorou a ida do bilionário dono da Amazon para o espaço. Foi quase uma histeria coletiva nas redes sociais de tanta bajulação, impressionante. Apesar desse tipo de evento ser um marco do turismo espacial, é de rir de tristeza do tanto de gente que precisa fazer hora extra para pagar aluguel se empolgando com essa notícia como se, um dia, eles também pudessem ir ao espaço. Ora, vamos abrir os olhos e ser minimamente realistas. A dura realidade é que pessoas comuns irão morrer de tanto trabalhar só para sustentar os luxos e feitos de plutocratas como Jeff Bezos e Elon Musk. No mundo capitalista contemporâneo, os trabalhadores são escravos do sistema financeiro e iludidos por uma imprensa corporativa que esconde a realidade dos fatos. E a realidade dos fatos é que eu e você somos apenas peças descartáveis do alicerce que sustenta a riqueza absurda de uma minoria opulenta que caga e anda para toda injustiça e desigualdade social da humanidade. É neste mundo que você quer continuar a viver?

terça-feira, 27 de julho de 2021

Pois é, nós avisamos...


É impressionante como ninguém mais se choca ao ver o presidente da república do Brasil posar ao lado de simpatizantes de ideias neonazistas. Desta vez, foi ao lado de Beatrix von Storch, neta de um ministro nazista, que faz parte de um partido xenófobo da extrema-direita alemã. Durante as eleições de 2018, o mundo inteiro denunciou que Jair Bolsonaro tem diversas características ideológicas alinhadas ao nazifascismo, mas parece que 57 milhões de brasileiros ignoraram esse fato na hora de digitar 17 na urna eletrônica. E o resultado é esse que está aí: negacionismo, milhares de mortes, ameaças de golpe, agressões à imprensa e provocações nazistas. Falta de aviso não foi. Ou será que você consegue imaginar Lula, Haddad ou Dilma fazendo o mesmo? Francamente, viu...


segunda-feira, 26 de julho de 2021

Sobre os uniformes femininos nas olimpíadas


É bizarro e lamentável que em pleno século 21 atletas tenham que protestar para terem o direito de escolher que tipo de roupa querem utilizar nas competições. Essa recente polêmica envolvendo as norueguesas no handebol de praia e as alemãs na ginástica nas olimpíadas de Tóquio mostram que esse padrão engessado de uniformes, especialmente para mulheres, é completamente desnecessário. Na minha opinião, são as próprias atletas que devem escolher o que irão vestir desde que, claro, tenham como se diferenciar das atletas do outro time. É ridículo e cruel que uma pessoa seja obrigada a usar biquíni em um dia frio. As atletas não estão ali para serem bonitas ou desfilar, mas para competir. Se elas quiserem usar biquíni, usem. Se quiserem usar calças, usem. Se quiserem usar burca, usem. O que tem que valer é a decisão delas. Chega dessas federações cheias de homens sexistas decidindo o que as mulheres devem vestir. Eu sou totalmente contra uniformes e padronizações, portanto, eu sou a favor dessa causa. Lembrando que isso vale tanto para as atletas que querem usar mais ou também menos roupas, porque usar calça e mangas compridas debaixo de um sol de quarenta graus também é sacanagem.

O único problema que eu vejo nos argumentos contra o uso de "uniformes sensuais" é aquela ideia cristã medieval de ver o corpo da mulher como "fonte de pecado e luxúria" e ter que ser coberto por isso. Tem um monte de cristão falso moralista e de mulheres com baixa autoestima que protestam contra os "uniformes sensuais" só porque isso os incomoda. Ser contra a sensualidade é uma idiotice sem tamanho, porque a "maldade" está sempre nos olhos de quem a vê. Se uma pessoa socializada numa tribo/cultura que usa pouca roupa ver as atletas de collant, por exemplo, com certeza irá achar que elas estão com "roupas demais". Já pessoas de regiões muito frias do planeta irão achar justamente o oposto: que mesmo de calças as atletas estão "quase nuas". Isso é invariavelmente cultural e nada tem a ver com aquele argumento moralista aloprado da "objetificação sexual". Aliás, roupa nenhuma objetifica as pessoas, o que objetifica é o tipo de tratamento que uma pessoa recebe. Biquínis, maiôs, sungas e shorts curtos não têm que ser proibidos, eles só tem que ser opcionais. Agora obrigar a usar certos tipos de uniforme, seja fio dental ou burca, é que é um absurdo. Tem que ter liberdade para todos.

sábado, 24 de julho de 2021

Governar sem os militares agora é impossível


Uma coisa é certa aqui na Bozolândia: essa batelada de militares que tomou de assalto vários cargos do governo não irá sair de onde está tão cedo. Do Golpe de 2016 em diante, infelizmente, governar junto com militares não é mais uma escolha: é totalmente obrigatório. O próximo ocupante do Palácio do Planalto não terá somente que manter os militares onde e como eles estão, mas também terá que dialogar amigavelmente com eles para ter o mínimo de governabilidade. Qualquer atrito com esses milicos é golpe na certa. Nosso país levará anos – décadas talvez – para desinfetar essa milicada toda dos cargos públicos civis. E a culpa disso não foi somente do Bozo, mas de todos os canalhas que apoiaram aquele maldito Golpe que serviu para implantar essa milicocracia neoliberal que aí está.

segunda-feira, 19 de julho de 2021

10 anos de blog!


Hoje, 19 de julho de 2021, o blog Ideias Embalsamadas está completando dez anos de existência. Pode parecer pouca coisa, mas dez anos ativo em um mesmo canal de comunicação na internet é bastante tempo. A maioria dos blogs que visito por aí com dez anos ou mais estão abandonados ou inativos há anos. Isso porque não é fácil ter assunto para abordar por tanto tempo sem ter nenhum retorno financeiro e ainda com poucas visualizações. Já passamos há tempos da era de ouro dos blogs e quem os mantém ativos atualmente é simplesmente por amor ao que faz, por comprometimento com seus leitores ou por dedicação a uma causa específica.  

Até o presente momento, foram 3 milhões de visualizações, 124 seguidores, 1725 postagens, 6187 comentários e 33 categorias de temas. Apesar do blog ter começado com uma proposta mais voltada para divulgação científica, no decorrer do tempo, acabou virando um blog de variedades com foco em política. Eu criei este blog lá em 2011 fugindo de censuras e perseguições que vários usuários estavam sofrendo no extinto Yahoo Respostas. Então aqui foi que encontrei um espaço ideal para expor minhas ideias sem ter nenhum post excluído por fanáticos. Apesar da primeira postagem deste blog ter sido a inocente "Nomes para Frutas (sem a letra A)", os temas que tivemos aqui não foram nada inocentes, incluindo drogas, sexualidade, violência, guerra, relacionamentos entre adultos e adolescentes e muitas outras polêmicas. A postagem mais acessada da história deste bloguinho foi a Qual é a Melhor Forma de Morrer que conta, sozinha, com impressionantes 825 mil visualizações e 708 comentários.

A quantidade histórias para contar nesses 10 anos de blog, como já era de se esperar, é muito grande. Apesar deste ser um blog underground, já tive inúmeras discussões acaloradas nos comentários, haters me ameaçando, página saindo temporariamente do ar, blog sendo linkado em sites maiores, guest posts e até algumas séries. Até mesmo uma musa este blog tem, que é a indefectível Sasha Grey.

Em comemoração aos 10 anos de blog, vou mudar o banner principal com uma edição comemorativa no topo. Posteriormente, pretendo também fazer algumas mudanças no layout para dar uma cara nova a este bloguinho.

Enfim, muito obrigado a todxs que fizeram e fazem parte da história deste bloguinho, sejam leitores, seguidores, apoiadores, amigos e até alguns haters (afinal, haters aumentam as visualizações e ajudam a divulgar o blog). Valeu, meu povo!

Namastê!

domingo, 18 de julho de 2021

Vem aí o golpe do "semipresidencialismo"


No meu último post sobre política, eu abordei algumas possibilidades do que as classes dominantes deste país poderiam aprontar para malograr as eleições de 2022. Afinal, não faria qualquer sentido ter gasto tempo e dinheiro no Golpe de 2016 para depois devolver o poder ao PT e ver todas as reformas neoliberais serem desfeitas. A solução parcial para resolver esse "inconveniente" já está sendo debatida no legislativo e até no judiciário que é o tal do "semipresidencialismo".

Para quem não sabe, o "semipresidencialismo" é um parlamentarismo fantasiado de presidencialismo. Isso porque no semipresidencialismo há eleições diretas para escolher o presidente, mas quem comanda, de fato, o país é o primeiro ministro escolhido indiretamente nos conchavos do congresso. O presidente, neste cenário, é uma figura meramente diplomática e figurativa. Quem controlará o Banco Central será alguém não indicado pelo presidente e os ministérios serão um balcão de negócios dos parlamentares mais do que já é. Então, nesta conjuntura, o presidente da república seria meio o que a rainha da Inglaterra é para a política britânica.

O que eu acho absurdo é que muita gente aparentemente inteligente está aceitando isso numa boa. O problema é que não se muda o sistema de governo de um país dessa forma. Em 1993 já tivemos um plebiscito onde escolheu-se o presidencialismo ao invés da monarquia e do parlamentarismo. Qualquer mudança sem plebiscito neste sentido é GOLPE. Portanto, abram o olho.

Parlamentarismo travestido NÃO!

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Jogos da minha vida #8: Sonic The Hedgehog


Até o ano de 1990, o meu grande herói de infância era o incrível Ninja Jiraiya. Mas aí veio o saudoso ano de 1991 e um novo herói mudou a minha vida para sempre. Foi no final daquele 1991 que em uma locadora de jogos de videogame, daquelas que a gente pagava para jogar por hora, que eu conheci um personagem que revolucionou a minha infância em um jogo do Mega Drive. Era um bonequinho azul de tênis vermelhos, muito veloz, que dava saltos acrobáticos, que ficava de cabeça para baixo ao passar por loopings e libertava animais aprisionados ao dar seu ataque de giro supersônico sobre os robôs inimigos. Eu li na capa do cartucho e vi o nome dele: Sonic The Hedgehog. Foi amor à primeira vista. As fases do game eram rápidas, dinâmicas, com cenários lindos, vivos e multicoloridos. As músicas eram bacanas e a jogabilidade era extremamente simples. Não precisava mais nada para me encantar aos 8 anos de idade. Perdi a conta dos minutos e dos cruzeiros que gastei na época jogando o Sonic The Hedgehog na locadora. Eu só parei de gastar dinheiro jogando na locadora quando, finalmente, ganhei meu Mega Drive um ano depois e pude então jogar o jogo do porco-espinho azul em casa e de graça.

Sonic testava todo o poder de fogo do Mega Drive

Sobre o jogo
Não há muito o que dizer sobre este game, tamanha é a sua simplicidade. Sonic The Hedgehog do Mega Drive é o típico jogo de plataforma 2D com 6 fases onde enfrentamos o vilão Dr. Robotnik no final de cada uma. As fases são todas icônicas, em especial a Green Hill Zone, por seu colorido vivo, e a Labyrinth Zone, por sua dificuldade e chatice. Aliás, a Labyrinth Zone me deixou traumatizado até hoje com fases de água. Aquela contagem regressiva quando o ar está acabando causa uma aflição que nunca tive igual em nenhum outro jogo. Lembro que a primeira vez que zerei este game foi uma alegria absurda, parecia que eu tinha tirado na loteria de tão doido que fiquei. E ao longo da vida eu devo ter terminado este jogo algumas centenas de vezes. O que deu uma vida mais longa ao game foi o debug mode ativado por códigos. Era uma doideira poder editar as fases e criar meus próprios desafios.

O que seria dos anos 90 sem o Sonic?


Como este game marcou a minha vida
Da mesma forma que muitas pessoas se apaixonam por atores, cantores ou bandas, eu me apaixonei pelo Sonic. Tudo que eu via do Sonic, eu queria comprar. Era caderno, camiseta, lancheira, estojo, jogo de tabuleiro, revista, adesivos, biscoitos... A minha piração por Sonic era tanta que eu devaneava que ia para a ilha dele e o conhecia. Inclusive, eu contava isso para os meus colegas mais novos que acreditavam de verdade que eu conhecia pessoalmente o Sonic. Mas a loucura não parou por aí. Eu criei meus próprios jogos de tabuleiro do Sonic, criei um jogo de sorteio estilo caça-níqueis do Sonic (inspirado no Casino Night, do Sonic 2), criei esculturas de papelão do Sonic, comecei a escrever historinhas nos meus cadernos escolares contando as aventuras do Sonic e, não menos importante, criei um joguinho de futebol com bonecos de papel inspirado no Sonic. Esse joguinho de futebol eu chamava de 'Futebol de Hedgehog', porque como eu não entendia bulhufas de inglês na época, "hedgehog" para mim era o nome do mundo do Sonic. Mas esse futebol de papel não parou por aí. Criei dezenas de times, campos de futebol coloridos, vários campeonatos, várias divisões e, posteriormente, acabei criando um futebol estilo RPG, baseado em cards e dados. Mas isso é assunto para outro post.

Quadro 3D do Sonic (diorama)

30 anos do jogo
Sonic The Hedgehog completou 30 anos em 2021. Nesse tempo, foram dezenas de títulos de jogos e milhares de produtos do porco-espinho vendidos. Apesar do jogo em si não ter sido revolucionário do ponto de vista técnico, Sonic surgiu num momento onde a Sega e a Nintendo estavam em pé de guerra nos anos 90. E essa disputa entre Sega e Nintendo nos trouxe títulos inesquecíveis numa época que marcou a infância de muita gente. Atualmente, eu só jogo Sonic nos emuladores mesmo. Apesar de ter jogado recentemente o Sonic Mania para PC, não consigo mais me sentir empolgado como acontecia nos meus tempos de criança. Independentemente disso, os games da série Sonic The Hedgehog foram praticamente um marco na minha vida, porque foi a partir deles que comecei a amar videogames realmente para valer.

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Haverá eleições em 2022?


A gente sabe que a história do Brasil é repleta de golpes, mentiras e vale-tudo pelo poder. Numa eleição, um candidato morre num acidente aéreo suspeito, já na outra, outro candidato é esfaqueado. Aqui, nesta terra descoberta por Cabral, tudo é imprevisível no que se diz respeito a política. Esclarecido isso, diante do desgaste do governo Bolsonaro, diante de um governo militar autoritário, diante da falta de candidatos viáveis para tocar adiante o neoliberalismo e diante do risco da vitória do Lula nas eleições de 2022, creio que tudo pode acontecer para que os interesses da burguesia sejam atendidos. 

Como exemplo do que pode vir por aí, podemos ter fraudes nas eleições, não pelas urnas como creem os pobres reaças, mas pelo próprio TSE, caso este seja ameaçado e controlado pelo monopólio das Armas. Podemos ter também uma gambiarra legislativa para prorrogar o mandato do presidente ou do vice. Podemos ter um autogolpe, como já mencionou o próprio Mourão em 2018. Podemos ter um estado de sítio criado contra alguma ameaça imaginária que cancele as eleições. Ou podemos até ter uma quartelada clássica. Mas acho pouco provável uma tomada agressiva do poder como ocorria no século passado, porque essas sargentadas costumam ter prazo de validade e não são bem vistas pelo resto do mundo. Num golpe militar clássico, o Brasil viraria uma espécie de Venezuela de extrema-direita. Acho mais provável mesmo que prendam, chantageiem ou matem o Lula (de uma maneira que não pareça assassinato, óbvio). Ou então até aceitem um governo Lula desde que os militares é quem, de fato, governem, usando o líder petista como marionete e bode expiatório caso o governo dê errado. Eu, acho, inclusive, que manter um governo petista sob chantagem seria a melhor opção para a burguesia, porque continuaríamos sob o Golpe, só que de uma maneira que pareça que é uma democracia.

Enfim, as possibilidades são muitas. A única certeza que há é que 2022 não será um ano normal. É bom se preparar.

terça-feira, 13 de julho de 2021

Cuba não precisa de falsa solidariedade. Cuba precisa do fim do embargo.


Só existe uma coisa mais previsível que sujar a cara após cuspir para cima que é a tal "solidariedade" dos reaças do mundo inteiro com Cuba sempre que este país passa por dificuldades. O grande problema dessa "solidariedade" dos reacionários com o povo cubano é que ela é absolutamente FALSA. Se esses reaças estivessem realmente preocupados com Cuba, estariam exigindo o fim do embargo econômico. O que causou todo atraso e pobreza em Cuba foi o maldito bloqueio econômico decretado desde os anos 1960 pelos EUA. Ao contrário do que a burguesia cínica diz por aí, não foi o socialismo que atrasou Cuba, mas sim as restrições econômicas que o país sofre. O socialismo foi tão bom para Cuba que mesmo com um bloqueio econômico de décadas, o país conseguiu oferecer saúde e educação pública de qualidade para todo povo cubano.

O que está motivando os atuais protestos é que uma das principais atividades econômicas cubana, que é o turismo, foi muito prejudicada pela pandemia e isso deixou a ilha caribenha numa situação ainda mais difícil. Se não houvesse embargo, nada disso estaria ocorrendo. O que os reaças querem, na realidade, é o fim do socialismo. Eles não dão a mínima para a pobreza. Se ligassem minimamente para a miséria e pobreza, estariam fazendo protestos nas embaixadas norte-americanas pelos milhões de pessoas que vivem em situação de insegurança alimentar nos EUA. Mas reaça só se indigna quando a pobreza é cubana ou venezuelana.

Sobre os apagões e prisões políticas em Cuba, quem conhece o modus operandi do Tio Sam sabe muito bem que qualquer grande manifestação contra os governos que não estão alinhados aos EUA estão repletas de infiltrados a serviço dos interesses do capital. Se duvida disso, basta ver o que fizeram nas primaveras árabes do Oriente Médio, nos protestos contra Dilma Rousseff, nas manifestações contra Nicolás Maduro e todo o jogo imperialista por trás da Operação Condor, da Operação Brother Sam e do Consenso de Washington. O sonho dos capitalistas ianques é fazer Cuba voltar a ser o prostíbulo miserável que foi durante os tempos de Fulgencio Batista. Se duvida do que digo, basta procurar informações com o professor de história José Rodrigues Mao Júnior e o doutor em ciência política Igor Fuser: dois especialistas sobre Cuba.

domingo, 11 de julho de 2021

Porque não torço contra o Brasil

É claro que existiu um fator político nessa Copa América de 2021. Bolsomorte fez questão de trazer o torneio para cá durante o auge da segunda onda da pandemia e um título brasileiro traria moral para essa atitude governista. Eu entendo quem usou esse fator para torcer contra a seleção e acho que a derrota brasileira na final para a Argentina serviu, de certa forma, para enfraquecer o neofascismo num momento de turbulência do governo. Mas eu, pessoalmente, não consigo torcer contra o Brasil. Acho que os argentinos jogaram melhor e mereceram a taça, mas torcer contra o Brasil não dá. A consequência disso é que o Brasil deixa de subir no ranking da FIFA e fica de fora da Copa das Confederações. Além do que, o técnico Tite corre o risco de cair, o que seria lamentável por ele ser um bom treinador e também não ir com a cara do Bozo. Uma demissão do Tite só aumenta as chances de entrar um entusiasta do bolsonarismo indicado pela CBF que, como todos sabem, está envolvida até o pescoço em escândalos e politicalha.

Também não conseguirei torcer contra o Brasil nas Olimpíadas, até porque os atletas estão representando o Brasil como nação, e não o governo. Governos passam, mas o Brasil fica. No futebol até dá para argumentar uma torcida contra, porque o que temos ali é a seleção da CBF com alguns jogadores que estão mais preocupados com seus contratos nos clubes europeus do que com a seleção em si. Mas quando falamos de outras modalidades esportivas, as coisas funcionam de outra forma, especialmente nas categorias individuais. É até desrespeitoso torcer para um atleta brasileiro perder quando ele dedicou a vida toda para trazer uma medalha para nosso país independentemente de quem estava governo. Eu vou torcer pelo Brasil sempre, porque acima de qualquer governo, eu amo o meu país e quero vê-lo no lugar mais alto possível do pódio.

sábado, 10 de julho de 2021

As FFAA se desmoralizam cada vez mais


As Forças Armadas brasileiras estão afundando cada vez mais no próprio vômito. Já foi homenagem a oficial nazista, já foi avião presidencial detido com drogas no exterior, já foi general da ativa participando de ato político, já foi ameaça à Suprema Corte, já foram ameaças de golpe militar e a última agora foi uma ameaça à CPI por não estarem gostando da possibilidade de investigarem militares envolvidos nas maracutaias do governo Bolsonaro. Ora, quem não deve, não teme. Se houvesse idoneidade e respeito ao povo brasileiro por parte desses altos oficiais, a posição oficial deles tinha que ser de transparência. Eles tinham que apoiar a CPI e, se houver algum militar envolvido em escândalos, este tinha que responder por seus crimes. Mas ao ameaçar a CPI, homens como aquele brigadeiro que foi chamado de BABACA por Felipe Neto acabam desmoralizando as FFAA por tentar blindar militares corruptos. Aliás, a própria oposição de diversos militares a Comissão Nacional da Verdade é uma confissão de culpa, porque isso mostra que eles sentem medo de serem investigados. Se o Brasil fosse um país sério e democrático, todos esses militares que ameaçam a democracia e as instituições tinham que ir em cana, porque isso é CRIME. Esse vale-tudo pelo poder está apodrecendo cada vez mais as instituições militares, porque essa atitude mostra apenas o autoritarismo, a ganância e a impunidade corporativista que as Forças Armadas exalam a cada nota antidemocrática que publicam. Militares não têm que ditar as regras no sistema político. Militares têm que defender a pátria de ameaças externas. É para isso que pagamos os salários deles.

Nunca é demais dizer que essas bravatas autoritárias por parte das FFAA não ocorrem apenas pelo fato do Brasil ser uma república das bananas de passado colonial. Toda essa loucura ocorre porque o capitalismo liberal convive muito bem com quarteladas, hierarquização social e violência. O Brasil até hoje não se livrou dos traumas e fantasmas deixados pela ditadura militar porque o capitalismo precisa recorrer às armas quando se sente ameaçado ou quando quer ganhar o jogo na base da força. É por essas e outras razões que eu insisto tanto na superação do capitalismo.

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Bolsonaro e FFAA já deram o que tinham para dar


Todo mundo está vendo o desespero do presidente da república frente às acusações de peculato e prevaricação, além, claro, da sua vertiginosa queda de popularidade. Como surtar e atacar jornalistas não melhora muito a situação dele, Bolsonaro resolveu acenar ao mesmo tempo para o mercado, com a privatização dos Correios e da Eletrobras, e para o povo, com a prorrogação do auxílio emergencial. Por outro lado, para manter o gado entretido, aumentaram também as fake news, as ameaças descaradas à democracia, a caçada imaginária aos "comunistas" e a agressividade contra a imprensa. Essa epopeia segue desde 2019 e tem funcionado muito bem no plano maquiavélico de manter a familícia no poder. Porém, a grande pedra no sapato bolsonarista tem sido essa CPI da Covid. É óbvio que a CPI não derrubará Bolsonaro, mas causará um desgaste muito grande de sua imagem, ameaçando, inclusive, a sua derrota em 2022. Apesar de estar sabendo fazer o jogo do "toma lá, dá cá" para se manter no poder, o presidente sabe que se reeleger não será fácil. E é aí que entra o componente mais volátil dessa conjuntura que são as Forças Armadas. São as Forças Armadas que estão dando suporte para o presidente se manter no cargo com ameaças de anular as eleições e implantar uma ditadura. E acho que esse é que é o maior problema.

Ninguém nunca votou nesses militares para que eles chegassem ao poder e não há nenhum artigo na Constituição que determine que as FFAA devam tutelar a república e ameaçar a democracia. A função das instituições militares não é política, mas, sim, de DEFESA. Essa politização das FFAA é algo inadmissível dentro de uma democracia. Misturar militares com política nunca deu certo em lugar nenhum do mundo. Apesar disso, os generais seguem dando as cartas, protegendo Bolsonaro, defendendo a impunidade entre os milicos, se envolvendo nas enrascadas do governo e apontando seus canhões contra qualquer ação legal que os incomode. O Brasil já está farto desse autoritarismo mequetrefe do partido fardado. As forças democráticas precisam agir com contundência e autoridade diante dessas intimidações ilegais do generalato. Quem deve mandar no Brasil não são os coturnos e fuzis. Quem deve mandar no Brasil é a classe trabalhadora. Basta de milicocracia!

domingo, 4 de julho de 2021

Ser adolescente em 2001

 

De todos os anos abordados nesta série Ser Criança/Ser Adolescente, o ano de 2001 foi, na minha opinião, o pior, o mais enfadonho e com menos histórias para contar. Apesar dele marcar o início do terceiro milênio da nossa era e da chegada do século XXI, eu simplesmente detestei aquele ano.

Para começo de conversa, tivemos uma maldita crise energética durante o governo FHC que obrigou os brasileiros a racionarem a energia elétrica se não quisessem ter a luz cortada. Depois, foi a vez dos atentados terroristas de 11 de setembro lá nos EUA. Por conta desses ataques terroristas, os EUA iniciaram no mesmo ano a Guerra do Afeganistão: guerra esta que perdura até hoje. E, por fim, musicalmente falando, foi um dos anos mais pobres e decadentes que eu vi. De novidade mesmo, a única coisa que realmente veio para ficar foi a cédula de R$ 2 que foi lançada no final daquele ano.

Que ano terrível...

Tratando especificamente sobre a minha vida de adolescente na época, eu, finalmente, havia atingido a maioridade civil. Mas não tinha nada para comemorar, afinal de contas, não aprendi a dirigir, não frequentei motéis, fui dispensado do serviço militar e me tornei plenamente imputável, ou seja: eu já podia ir pro presídio (sem direito a prisão especial) caso pulasse para o "lado sombrio da força", digamos assim.

Foi naquele ano também que entrei no 3º ano do ensino médio e estava dando adeus aos tempos de colégio. Eu lembro que naquele ano horroroso eu havia mudado de turma, perdido meus amigos dos anos anteriores, sofri barbaramente de amor platônico e ainda atravessei uma fase bem depressiva após uma crise existencial-espiritual. Para piorar tudo, meus videogames estavam quebrados, não tinha PC, não tinha internet, não estava trabalhando, não tinha mesada e ainda fui reprovado no vestibular. A única coisa boa aqui foi que eu ganhei meu primeiro violão e aprendi a tocá-lo através daquelas revistinhas de cifras que eram vendidas nas bancas de revistas. Falando nisso, neste julho de 2021, eu estou completando 20 anos que aprendi a tocar violão. Eita que o tempo voa!

Mas enfim, vamos nos aprofundar mais sobre como foi a minha experiência de ser adolescente naquele maçante ano de 2001. Mas vamos por partes para não perder o fio da meada.

Eu era apaixonado por esse anime!

Televisão
Por ser um sujeito praticamente antissocial e estar sem videogames, uma das minhas poucas diversões naquela época era assistir tevê. Como eu não tinha TV a cabo, nos meus momentos de lazer eu praticamente só assistia a MTV, o Show do Milhão do SBT e Dragon Ball Z na Band. Os meus programas preferidos na MTV (além dos videoclipes, claro) eram os toscos Piores Clipes do Mundo com o Marcos Mion e o Hermes e Renato.

Com relação à programação de outras emissoras, diferentemente dos tempos atuais, as crianças ainda recebiam atenção. Na manhã da Globo, de segunda à sexta, logo após o Mais Você da Ana Maria Braga, tínhamos o Bambuluá com a Angélica com vários desenhos animados na sessão da TV Globinho, incluindo a estreia do inesquecível Dragon Ball Z. Nos sábados, era a vez do Xuxa Park, que teve o cenário destruído num incêndio no início do ano durante a gravação de um programa. Isso marcou o fim do programa que foi substituído pelo Festival de Desenhos.
Ainda na Globo, tivemos pela noite a estreia do seriado Os Normais e da minissérie Presença de Anita.

No SBT, a manhã também era voltada para as crianças com programas como Bom Dia & Cia, Festolândia, Os Simpsons, Um Maluco no Pedaço e Chaves. No finzinho da tarde, estreava a TV Cruj, da Disney, enquanto que as Chiquititas saíram do ar neste mesmo ano. A primeira edição do reality show Casa dos Artistas foi ao ar neste ano e eu confesso que assistia e gostava de ver Alexandre Frota, Supla, Mari Alexandre, Bárbara Paz, Mario Velloso e outros famosos "discutindo a relação" e fofocando na TV durante as minhas horas de ócio. Mas quem me deixava doido mesmo no SBT era a musa Ellen Roche. Inclusive, foi dela a primeira Playboy que comprei, porque eu era simplesmente apaixonado por essa mulher, tendo até criado uma seita de adoração a ela. E já que falei da Playboy, foi neste ano que surgiu a sua sucessora espiritual, a revista masculina digital Bella da Semana. Mas, enfim, isso é tema para outro post. Voltando ao assunto tevê, outra novidade no SBT foi a estreia do Cine Belas Artes que ficou mais de uma década no ar.

Ellen Roche: ai meu corassaum...

Infelizmente, como desde 1999 não tínhamos mais a gloriosa Rede Manchete, tivemos que amargar a saudade de animes e tokusatsus. Mas, em compensação, a TV Cultura seguia de vento em popa com a programação infantil. Cocoricó, Castelo Rá-Tim-Bum, X-Tudo, Mundo da Lua e O Mundo de Beakman – apesar das reprises cansativas – foram algumas das atrações que marcaram a vida de muita gente.

O canal que eu mais assistia na época (depois da MTV) era a Band. Isso por uma razão muito simples: Dragon Ball Z! Eu não podia assistir pela manhã na Globo porque estava no colégio, mas no final da tarde, a Band exibia Goku e sua turma diariamente. Eu lembro que meu passatempo predileto era assistir Dragon Ball Z comendo macarrão instantâneo. E como eu era jovem, eu podia comer vários pratos de Miojo à vontade sem medo de engordar. E só por curiosidade, o programa Brasil Urgente, apresentado inicialmente por Roberto Cabrini, foi ao ar pela primeira vez naquele ano. Bem, e como estamos falando de 'ser adolescente em 2001' e não em 'ser criança em 2001', eu posso dizer que o único programa adulto da época (na tevê aberta) era o Cine Band Privé com seus filmes eróticos softcore. Numa época onde a internet banda larga praticamente não existia e comprar ou alugar pornozão era complicado e até constrangedor, o que restava para os adolescentes da época era praticar o "autoamor" com Emmanuelle e companhia limitada.

Esse SO deixou saudades.

Informática
Estávamos na era dos Pentium 4 e dos Athlon XP, onde comprar CD-ROM pirata nos camelódromos era uma coisa bem comum, uma vez que a maioria das pessoas só tinha internet discada e não tinha como baixar jogos e aplicativos a 2 kb/s. A internet banda larga ainda dava passos lentos no Brasil e a maioria das pessoas só conseguia acesso à internet discada com ajuda daqueles provedores trash que vinham de brinde nas revistas de informática. Foi naquele ano que tivemos o lançamento da Wikipédia e do saudoso Windows XP. Também foi o início da era de ouro das Lan Houses, onde as partidas em rede de Counter-Strike reinavam absolutas.

A Microsoft entrou no mercado de games dando voadora com os dois pés!

Games
2001 foi um ano em que eu praticamente não joguei videogame, porque os meus consoles domésticos (Mega Drive e Snes) estavam quebrados, eu não tinha PC, não frequentava locadoras e não ia aos fliperamas ou lan louses. Mas, independentemente disso, vários títulos clássicos foram lançados neste ano, tais como GTA 3, Halo Combat Evolved, Diablo 2, Max Payne, Conker's Bad Fur Day, Final Fantasy 10, Advance Wars, Crazy Taxi 2, Dead or Alive 3, Tekken 4, Gran Turismo 3, Metal Gear Solid 2, Silent Hill 2, Tony Hawk's Pro Skater 3, Sonic Adventure 2, The King of Fighters 2001 e Ico.
2001 também foi o ano de lançamento do primeiro Xbox, do GameCube e do Game Boy Advance.

Os Strokes salvaram o ano, musicalmente falando.

Música
Eu considerei o ano de 2001 como um dos piores que vivi musicalmente falando. Parecia que os artistas tinham entrado em crise existencial com a chegada do novo século e junto com ele veio também uma crise de criatividade geral. Neste ano, pelo que lembro e pesquisei, os hits mais marcantes foram o Xote dos Milagres do Falamansa, Bomba dos Braga Boys, Baba Baby da Kelly Key, Clint Eastwood do Gorillaz, Last Nite dos Strokes e a clássica Malandragem da Cássia Eller. O único disco que realmente seria digno da minha atenção neste ano foi o álbum fictício da Unno intitulado A Reinvenção do Amor (tem postagens sobre ele aqui no bloguinho). Pena que ele só existiu na minha imaginação...

Só por curiosidade, neste ano, Herbert Viana, vocalista dos Paralamas do Sucesso, sofreu um grave acidente pilotando seu ultraleve. E falando em Paralamas do Sucesso, foi deles a primeira música que aprendi a tocar em julho daquele ano no violão, a melancólica Aonde Quer Que Eu Vá.

Ano do lançamento do primeiro filme da trilogia Senhor dos Anéis.

Filmes
Uma das poucas coisas que se salvaram naquele ano horroroso de 2001 foi a sétima arte. Entre as películas de maior sucesso, podemos destacar:

O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel
Harry Potter e a Pedra Filosofal
Uma Mente Brilhante
AI: Inteligência Artificial
O Retorno da Múmia
Pearl Harbor
Moulin Rouge - Amor em Vermelho
Shrek
Monstros S.A.
Lilo & Stitch
Os Outros
Falcão Negro em Perigo
Coração de Cavaleiro
Velozes & Furiosos
Hannibal
Jurassic Park 3
Bicho de Sete Cabeças
A Senha: Swordfish
Planeta dos Macacos

Guga tricampeão de Roland-Garros.

Esportes
Alguns acontecimentos importantes nos esportes em 2001 e que valem a pena lembrar foram:

  • O Vasco venceu o São Caetano por 3 a 1, sendo campeão da polêmica Copa João Havelange (que foi o Campeonato Brasileiro de 2000).
  • Gustavo Kuerten foi tricampeão do torneio de Roland-Garros na final contra o espanhol Alex Corretja.
  • Nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002, a Argentina atingiu o seu ápice com impressionantes 13 vitórias e uma única derrota, enquanto o Brasil se classificou no sufoco.
  • A França foi campeão da Copa das Confederações, chegando à impressionante marca de três grandes títulos em um intervalo de apenas quatro anos.

 

Ufa, finalmente 2001 acabou! Nem lembrava que tinha acontecido tanta coisa. Para um ano tão porcaria, até que esse foi melhor que 2020 e 2021 juntos. Quem diria...

Para mais postagens dessa série, seguem os links abaixo do que já foi publicado até agora:

Ser criança em 1986
Ser criança em 1988
Ser criança em 1990
Ser criança em 1991
Ser criança em 1994
Ser criança em 1995
Ser criança em 1996
Ser criança em 1997
Ser criança em 1998
Ser adolescente em 1999

sábado, 3 de julho de 2021

Vilões Carismáticos: quem nunca amou um?



Não me entendam mal, eu gosto dos super heróis, mas confesso que sempre tive uma queda por aqueles personagens maus, politicamente incorretos, que desafiavam as leis, que sabiam se impor, que eram estilosos e que nunca davam o braço a torcer. Sim, são eles mesmos: os vilões! Mas não estou falando de qualquer vilão, e sim dos Vilões fodásticos: daqueles que você respeita por serem carismáticos, fortes, corajosos, estratégicos, imprevisíveis, por possuírem personalidades complexas, por terem atitude, por acreditarem em algum ideal (mesmo que errado) e até pelas lições de moral que alguns chegam a dar. 


Segundo o que dizem alguns psicólogos, esses vilões atraem as pessoas por mostrarem características psíquicas que todos nós temos e tentamos constantemente esconder por razões sociais. Esses personagens funcionam como catarse, como escapismo da nossa maldade interior. Muitas pessoas enxergam os anti-heróis como vingadores simbólicos de suas frustrações ou injustiças que sofreram em algum momento da vida. Lá no fundo, vemos nos vilões os monstros interiores que temos guardados dentro de nós. Fora que os vilões, diferentemente da maioria dos heróis, são imperfeitos, coisa que toda pessoa normal é; fato este que aumenta ainda mais a empatia por eles.


No meu caso, até meus heróis favoritos têm um quê de maldade no coração. Personagens que começaram maus e depois ficaram bons, como Vegeta (Dragon Ball), Ikki (Cavaleiros do Zodíaco) e Hiei (Yu Yu Hakusho) sempre me atraíram. Eu sempre me identifiquei com o jeito arrogante, imponente, antissocial e individualistas desses personagens.
 

Enfim, vou deixar a seguir uma lista de alguns vilões e vilãs que eu e muitas outras pessoas admiramos por serem inesquecíveis de alguma forma:

Anton Chigurh (Onde os Fracos Não Têm Vez)
Coringa (Batman)
Arlequina (Batman)
Mulher Gato (Batman)
Hera Venenosa (Batman)
Zé Pequeno (Cidade de Deus)
Hannibal Lecter (vários filmes)
Darth Vader (Star Wars)
Toguro Ototo (Yu Yu Hakusho)
Saga de Gêmeos (Cavaleiros do Zodíaco)
Freeza (Dragon Ball Z)
Trevor Philips (GTA 5)  
Jason Voorhees (Sexta-Feira 13)
Freddy Krueger (Hora do Pesadelo)
Shadow Moon (Kamen Raider)
Magneto (X-men)
Mística (X-men)
Scar (Rei Leão)
Agente Smith (Matrix)
Samara (O Chamado)

O Mau e a sua gargalhada fatal!

"Disse Platão que os bons são os que se contentam em sonhar aquilo que os maus fazem." 
(Freud)