domingo, 30 de abril de 2017

Negociando com o patrão sem a CLT


A mídia corporativa e os ativistas pseudo apartidários da internet (vulgo moleques do MBL) dizem a plenos pulmões que a reforma trabalhista será "boa" para o trabalhador, que a as leis trabalhistas precisam ser "modernizadas" e que sem a CLT, o trabalhador poderá "negociar" de igual para igual com o patrãozinho lindo e bondoso suas férias, salário, décimo terceiro, jornada de trabalho, etc.

Muito bem, mas você já imaginou como será isso na prática? Parece que os roteiristas da série Família Dinossauro já imaginaram tal situação e a apresentaram de forma crítica através dos diálogos entre o patrão (o Sr. Richfield) e o empregado (Dino) em alguns de seus episódios. A seguir, vou deixar alguns trechos da série.

Vejamos como será a tal "modernização" das leis trabalhistas na prática:

Trabalhador negociando o salário com patrão:


Pedindo afastamento por acidente:

sábado, 29 de abril de 2017

Temer governa para quem?

Temer: o exterminador do futuro!

Milhões de brasileiros cruzaram os braços na greve geral dessa sexta-feira (28) contra a retirada de seus direitos – e a resposta do presidente Michel Temer diante da paralisação foi curta e grossa: "Não vou recuar". Mas peraí, quem é que manda no Brasil? É o povo ou é um presidente não-eleito e fortemente impopular? Será que Michel Temer é um ditador para não respeitar a voz do povo?

Ora, quem um governo ilegítimo – fruto de um Golpe e que tem míseros 4% de aprovação – pensa que é para negar as reivindicações da população? Tirando a Globo, o MBL, a Fiesp, a elite empresarial, alguns banqueiros e a base aliada do traíra, quase ninguém quer essas reformas. Mesmo num país dividido, ninguém quer Temer. Os próprios (pseudo) moralistas que pediram o impeachment dizem que Temer não está na presidência por culpa deles, mas sim por culpa dos "petralhas" que votaram nele para vice. Já os que votaram na Dilma dizem, com razão, que votaram no plano de governo do PT – e não no ultraliberalismo radical do Sr. Temer. Ou seja: ninguém quer assumir a responsabilidade por esse desgoverno corrupto e devorador de direitos que aí está. E se (quase) ninguém aprova esse governo, então ele está governando para quem afinal de contas?


A greve...
Sobre a greve em si, a mídia burguesa, em especial a Globo, minimizou-a, dando enfoque nos problemas e nas "badernas sindicais" causadas pelos manifestantes. Já a mídia progressista subversiva (os blogs sujos) usou hipérboles demais, dando a falsa impressão de que a greve foi muito maior do que realmente havia sido. O fato é que essa greve, até o momento, não surtiu grandes efeitos. É preciso mais pressão, mais presença nas ruas, mais manifestações e mais greves gerais. O senado precisa se sentir pressionado pelo povo para votar contra essas reformas. Do contrário, eles certamente seguirão cegamente as ordens da nossa plutocracia para destruir todos os direitos trabalhistas com a velha desculpa eufemística da "modernização". E se isso passar no senado, será irreversível. Ou melhor: a única saída para reverter isso seria uma revolução. Mas não necessariamente uma revolução socialista: teria que ser uma revolução que rompesse com o atual sistema e arrancasse do poder todos esses facínoras que não dão a mínima para o povo e para os trabalhadores.


Ah, e respondendo a pergunta do título: Temer governa exclusivamente para quem o colocou no poder. E não foram os trouxinhas que pediram para a Dilma sair que o colocaram lá, porque estes foram mera massa de manobra. Temer governa exclusivamente para os 4% que financiaram a sua chegada ao poder e que aprovam o seu governo. Se você não tem no seu networking os irmãos Marinho, Paulo Skaf, Jorge Paulo Lemann, Roberto Setubal ou a família Civita, aí realmente fica difícil de achar que Temer governa pensando em você, porque você não é uma pessoa importante: pelo menos não para Temer.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

A democracia sem revolução é uma utopia


A burguesia não tolera a democracia quando esta não lhe convém, obrigando a esquerda a usar regimes autoritários contra a burguesia para conseguir governar. É uma eterna luta entre os que lutam pelos mais pobres e os que lutam para manter os privilégios de uma minoria burguesa abastada. Quando digo "minoria burguesa", não estou me referindo ao dono de um pequeno comércio, ao profissional liberal ou ao autônomo. Estou me referindo aos donos dos grandes meios de produção, aos donos de grandes bancos privados, aos donos de grandes conglomerados de mídia e aos que recebem bilhões de reais dos juros da dívida pública. Essa é a minoria burguesa que não suporta democracia, concorrência, riscos e vive de corromper o sistema para controlar o Estado a seu favor. A democracia é impossível neste sistema plutocrata em que vivemos.

Só há uma saída para a democracia: construí-la a pulso. Não há como haver uma solução pacífica para isso. Não é justo viver em um país onde oligopólios, monopólios, corporativismo e cartéis decidam tudo através do poder do dinheiro. Não é o poder econômico que deve mandar num país, mas, sim, o poder do povo. Já não é mais uma questão de esquerda ou direita: é uma questão de lutarmos por uma democracia real, onde os interesses da população sejam levados a sério.

A classe média mais politizada precisa liderar este movimento, se unindo a sindicatos e movimentos sociais diversos para mobilizar a população em geral para que esta apoie uma mudança profunda na nossa política.
Não há outra alternativa senão a luta.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Nicolás Maduro é um herói!


Já dizia o poeta Cazuza: "a burguesia fede!". E fede mesmo. Seja a burguesia brasileira ou a internacional. No Paraguai, ela apoiou um golpe de Estado contra o ex-presidente Fernando Lugo. No Brasil, apoiou um golpe parlamentar contra Dilma Rousseff. E na Venezuela, adivinhe só: está tentando de todas as maneiras possíveis dar um golpe contra o presidente Nicolás Maduro. Isso mostra que a burguesia só tolera a democracia quando ela lhe é conveniente. Do contrário, é golpe na certa. Mas enfim, isso não é e nunca foi novidade para ninguém minimamente escolado.

Mas e o que acontece na Venezuela afinal de contas?
Se você digitar "Venezuela" ou "Nicolás Maduro" no Google ou no YouTube, só aparecem canais reaças ou portais de direita dizendo sempre as mesmas asneiras tendenciosas: que Maduro é um "ditador", que a Venezuela é "socialista", que a crise é culpa da "esquerda" e que o "povo" (coxinha) venezuelano está nas ruas contra o governo. Acontece que nenhum desses canais e sites reaças contam que a crise na Venezuela foi causada pela queda no preço do petróleo – principal riqueza do país – e pelo boicote do poder legislativo (dominado pela oposição) às reformas do executivo. Além disso, os monopólios e oligopólios venezuelanos também contribuíram na sabotagem ao governo para que ocorresse um surto de desabastecimento no país, agravando a crise e pressionando a exoneração de Maduro. E, aproveitando essa crise artificialmente inflada, a direita pôs em prática a sua especialidade: ataques antidemocráticos ao governo para voltar ao poder. Ou seja: a oposição venezuelana, com o velho apoio dos EUA, está organizando mais um golpe de Estado na América Latina.

Como bem disse Miguel do Rosário no blog Cafezinho:

"...praticamente todas a medidas de recuperação econômica enviadas pelo poder executivo ao congresso foram automaticamente rejeitadas e, assim, aprofundam e atrasam qualquer possibilidade de recuperação da economia gerando enormes sacrifícios ao povo venezuelano como o desabastecimento resultante da guerra econômica. A escalada do conflito obrigou então o governo a adotar uma série de medidas legais para continuar governando o país mesmo com a declarada sabotagem do parlamento."

Álvaro Uribe e Leopoldo López: dois carniceiros da oposição contra a democracia

Quem tentou dar o verdadeiro golpe
No dia 9 de janeiro de 2017, a Assembleia venezuelana simplesmente decidiu não reconhecer o presidente eleito como chefe de Estado da nação. Isso mesmo: não reconheceram o presidente legítimo! Eles tentaram dar um golpe ali mesmo, rompendo com a constituição venezuelana. Isso nenhum desses canais de direita diz. Eles sempre dizem – seja por desonestidade ou burrice – que a culpa é do Nicolás Maduro e do seu "bolivarianismo chavista". O parlamento dominado pela oposição está tentando desesperadamente dar um golpe de Estado e a culpa – para os apedeutas idiotizados pela mídia corporativa – é do presidente que tenta manter a democracia. Alias, o que não falta hoje em dia são pseudo comentaristas políticos na internet graduados pelo PIG para atacar Maduro ou qualquer outro líder progressista. Gente que não tem a mínima noção do que se passa na Venezuela e sai defecando pela boca impunemente, achando que está arrasando num debate só porque "leu na Veja".

Retrato falado de quem vocifera contra Maduro.

O Brasil que, infelizmente, hoje não passa de um paiseco dominado por uma elite escrota e egocêntrica, sucumbiu ao Golpe em 2016. Mas na Venezuela, a coisa é pouco diferente. Maduro não é Dilma. E a resistência dele é bastante enérgica para não tomar um golpe. A oposição está forçando um golpe – e se não conseguir, irá obrigar o próprio Maduro a dar um para que, assim, tenha razões legais para destituí-lo. Mas Maduro dificilmente fará isso, porque ele tem agido como um verdadeiro herói patriota em seu país para defender a democracia que a direita canalha insiste em dizer que foi "destruída" por ele.

Para finalizar, deixo as palavras lúcidas de Miguel do Rosário:

"Denunciar essa rede de mentiras é a tarefa para manter um presidente eleito democraticamente de um país símbolo de soberania diante do imperialismo e de conquistas inigualáveis para o povo latino-americano nas últimas décadas."

Para deixar de falar besteira sobre a Venezuela:
O golpe na Venezuela
Porque o que ocorre na Venezuela é golpe
A imprensa e o que acontece de verdade na Venezuela

terça-feira, 25 de abril de 2017

A imprensa falhou em incriminar Lula


Se Lula for realmente um bandido como a imprensa diz, então ele é o bandido mais esperto da história. Porque ninguém consegue achar prova alguma dos seus supostos crimes. São sempre acusações estapafúrdias ou toscas demais contra o ex-presidente. Esse triplex, por exemplo, seria uma das tentativas mais desesperadas de acusá-lo de algo. Se Lula é "tão ladrão" como a imprensa brasileira pinta, porque ele está sendo acusado de ter um apê brega numa região brega de uma cidade comum? Como "o maior ladrão da história" pode ter como "evidências" de seus crimes um barco de lata de 5 mil pilas e uns pedalinhos para os netos? Eu sempre achei que bandidos de verdade tinham dinheiro na Suíça, mansões de luxo em bairros chiques e pelo menos um helicóptero cheio de pasta base de cocaína. Mas nem isso Lula tem. 
E as delações da OAS e da Odebrecht contra Lula são outra piada de mal gosto. Um diz ter entregado ao ex-presidente uma quantidade humanamente impossível de se carregar de cédulas de R$100. O outro diz que destruiu as provas a mando do próprio Lula após ter o inocentado há um ano atrás. Enfim, uma palhaçada atrás da outra que não convence mais ninguém.
E para completar a marmelada, agora o juiz Moro resolveu adiar o depoimento de Lula "por questões de segurança". Parece que o medo de uma insurreição popular no caso de uma prisão arbitrária de Lula tem deixado a alta cúpula da Lava Jato preocupada. E tomara mesmo que não tentem prendê-lo, porque o couro vai comer se isso acontecer. Um líder como o Lula ser preso sem provas de seus supostos crimes é algo que recebe críticas até da própria direita. E ainda mais agora, que Lula está liderando todas as pesquisas para a presidência da república.


A lição que fica nisso tudo é que a imprensa golpista brasileira falhou miseravelmente em enganar o povo. E espero que continue falhando até que ela caia de vez para aprender a respeitar a democracia deste país. O próprio Lula já entendeu a necessidade de não confraternizar mais com essa gente.
Pois é, já vai tarde, PIG...

segunda-feira, 24 de abril de 2017

A democracia na Venezuela está sob ameaça


Qualquer pessoa com um mínimo de senso crítico sabe que a imprensa mainstream é mentirosa, sensacionalista, antiética e parcial. Não bastam as mentiras contadas sobre o nosso próprio país para que o povo aceite passivamente as reformas ultraliberais: é preciso ir mais longe. A grande mídia brasileira – juntamente com os babacas da internet – estão querendo convencer que o presidente da Venezuela Nicolás Maduro é um "ditador socialista de extrema-esquerda" que está destruindo o próprio país. Para que não fique nenhuma dúvida, vou repetir em caixa alta: isso é uma MENTIRA!

É isso que a mídia de massa faz no seu cérebro.

A Venezuela atravessa uma grave crise porque o preço da sua principal riqueza, o petróleo, caiu vertiginosamente. Juntamente com isso, os empresários de direita e a oposição estão forçando para pior a situação para que haja mais um golpe de Estado na América Latina. Está sendo criado um "surto de desabastecimento" artificial no país, porque os produtos ficam retidos pelos empresários para que eles faltem nas prateleiras e, assim, as pessoas achem que é tudo culpa do governo. A alta burguesia venezuelana, com a ajuda do velho aliado Tio Sam, está disposta a tudo para derrubar Maduro à força.


Portanto, não seja retardado de achar que a Venezuela é "socialista" ou que Maduro é um "ditador". A mídia mente e mentirá tanto quanto for necessário para manter a população do lado dos seus interesses. O que está, de fato, acontecendo é uma tentativa de desestabilizar o governo atual para colocar mais um neoliberal no poder que atenda os interesses do empresariado, da classe dominante e das oligarquias internacionais.

Não seja mais um otário.

O vídeo abaixo traz um especialista falando sobre esse assunto:

domingo, 23 de abril de 2017

Jogos da minha vida #3: Shadow of The Colossus


O ano era 2007 e eu estava na faculdade de design. Eu estava fazendo um projeto em grupo para o desenvolvimento de um videogame portátil e, durante o intervalo entre um brainstorming e outro, eu e meus colegas resolvemos dar um tempinho para jogar conversa fora. Durante a conversa que rolou no nosso happy hour, resolvemos falar sobre os nossos jogos inesquecíveis. Foi aí que um dos meus colegas citou um tal de Shadow of The Colossus. Ele descreveu este game de um jeito que me instigou seriamente a conhecê-lo melhor. Ele havia contado que este tal "game dos colossus" inovou por ter apenas chefões e também por todo mistério envolvendo a sua história. Também foi dito que as batalhas contra os colossos gigantes eram épicas, porque exigiam estratégia e inteligência para serem vencidas. Enfim, foi nessa conversa que ouvi falar pela primeira vez deste game e, apenas pela descrição dele, já fiquei com muita vontade de jogá-lo.
Cerca de um ano depois, fui a uma das poucas locadoras de games que ainda existiam perto da minha casa e finalmente pude jogar Shadow of The Colossus.

Em Shadow of The Colossus, tamanho é documento!

Primeiras impressões
Shadow of The Colossus começa com uma cutscene onde um rapaz leva o corpo de uma mulher em cima de um cavalo rumo a uma terra onírica, desolada e silenciosa. O rapaz entra em um grande templo e deixa o corpo da jovem mulher em cima de uma espécie de altar. É aí então que uma voz misteriosa ecoa dizendo que, para devolver a alma dessa mulher, o rapaz teria que derrotar os 16 colossos. Então, prontamente, o rapaz aceita o desafio sem um único pingo de hesitação. Posteriormente, descobri que o rapaz se chamava Wander, que a  mulher chamava-se Mono, que a voz misteriosa era de uma entidade chamada Dormin e que o cavalo era uma égua chamada Agro. Enfim, depois da introdução, o jogo começa.

Wander e Mono

Shadow of The Colossus, apesar de ser um game de 2005 lançado para PlayStation 2, tem gráficos bonitos até para os padrões atuais. Os efeitos de luz são muito bons, as texturas são convincentes e a física do jogo é decente. Wander, o protagonista, é um sujeito frágil, esquisito e desajeitado: o que me fez questionar como ele poderia encarar 16 monstros gigantes. As armas dele são um arco com flechas infinitas e uma espada que, ao ser erguida contra o sol, concentra os raios de luz na direção de onde estão os colossos e também revela onde ficam os pontos fracos dos mesmos. O jogo é uma espécie de mundo aberto gigante onde enfrentamos os colossos em pontos predeterminados do mapa e na ordem específicada por Dormin. No game podemos correr, pular, esquivar, se pendurar, atacar, escalar e cavalgar na Agro. A égua Agro é bastante útil em vários momentos do game, inclusive na luta contra alguns colossos.

Enfim, da primeira vez que joguei, não cheguei nem a derrotar o primeiro colosso, porque gastei quase toda a minha hora paga passeando pelo mapa gigantesco. Daí que não sobrou tempo para descobrir como chegar no seu ponto vital. Ao achar o primeiro colosso, o que me chamou atenção foi o tamanho absurdo da criatura. Você fica naquela aflição se questionando como é possível derrubar um bicho daquele porte. A impressão que dá é que estamos numa luta de Davi contra um Golias muito maior e muito mais assustador.
Depois disso, só fui jogar novamente esta obra-prima em 2009, quando finalmente consegui terminar o jogo para ter uma opinião mais bem formada sobre o mesmo.

A grandeza do game é impressionante.

O game
Não me lembro de ter visto até hoje nenhum game parecido com o Shadow of The Colossus. Um game cercado de mistérios, onde você tem uma única fase gigantesca e onde há apenas 16 oponentes para enfrentar é algo único na história dos videogames. O game tem basicamente dois desafios. O primeiro é encontrar os colossos no mapa. E o segundo é descobrir como derrotá-los. O caminho até os colossos é silencioso, solitário e quase sempre longo. A sensação de solidão e calmaria do jogo é quebrada apenas pelas lutas homéricas contra os gigantes – e essas batalhas homéricas são um espetáculo à parte. Descobrir como chegar aos pontos vitais dos colossos é um desafio que inclui observação, estratégia e paciência. Às vezes, é preciso usar o cenário a seu favor para conseguir subir nos inimigos ou expor os seus pontos fracos. Normalmente, é necessário escalar os corpos dos gigantes agarrando-se em seus pelos para chegar nos pontos vitais e cravar a espada neles. Enquanto subimos pelos corpos dos colossos, eles reagem como se realmente tivessem vida própria, se sacudindo e tentando jogar o Wander no chão como podem. E, para aumentar ainda mais o clima de grandiosidade, todas as batalhas acontecem ao som de músicas simplesmente épicas.

Todos os colossos em escala. Agro é o cavalinho branco no canto esquerdo.

Por que este game foi inesquecível?
Este jogo é uma obra de arte pelo conceito, pelo desafio, pelas músicas, pela inovação e pela ambientação. Eu senti este game como sendo um dos mais imersivos que já joguei, porque ele transmite o sentimento de solidão e desafio de Wander de uma forma muito profunda. O jogo é simplesmente impecável em todos os aspectos. Cada colosso que enfrentamos traz uma história, um desafio diferente. Muitos dos duelos são simplesmente cinematográficos, seja pela forma como são travados quanto pelas harmonias orquestradas que tocam durante as batalhas.
As batalhas mais inesquecíveis, para mim, foram contra o primeiro colosso voador, que exige uma maior aptidão do jogador – e também o penúltimo colosso, devido à interação decisiva com o cenário. Inclusive, o primeiro colosso voador é uma espécie de divisor de águas no game, porque a partir dele, o jogador se supera, perde o medo e sente que é capaz de vencer qualquer colosso.

Avion, o meu colosso favorito!

A riqueza de detalhes, as mensagens ocultas, a imersão, a trilha sonora: tudo neste jogo é marcante. O final do jogo, então, é surpreendente. Por isso tudo não há como negar que este foi um dos maiores jogos da história – e um dos melhores que já joguei na minha vida.

Shadow of The Colossus tem uma grande mensagem implícita, que é a ideia de que não importa o tamanho das dificuldades ou dos desafios que enfrentamos na vida, pois se estivermos determinados e com coragem, seremos capazes de vencer todos os obstáculos. Wander, com suas limitações, seus defeitos e o seu jeito desengonçado conseguiu superar os poderosos colossus sem hesitar, mesmo estando em clara desvantagem contra eles. Por que nós não podemos tomar essa lição e trazê-la para as nossas vidas?

Para terminar, deixo o primeiro trailer que assisti deste jogo e que me instigou de vez a jogá-lo.


sábado, 22 de abril de 2017

PC Gamer ou PS4: qual é a melhor opção para jogar?


Eu considerei com bastante convicção, durante muitos anos da minha vida, que o computador era muito melhor e mais vantajoso que os videogames para se jogar. Afinal de contas, no computador tínhamos jogos exclusivos muito bons, emuladores e uma qualidade gráfica normalmente superior a dos videogames. Porém, hoje em dia, eu já não penso mais da mesma maneira. E vou explicar o porquê.

PlayStation 4 ou Computador?
Vamos tomar como referência o PS4, que roda jogos em full HD a 60 fps. Então um PC que queira entrar na disputa com o console da Sony precisa rodar jogos, no mínimo, com esta mesma qualidade. Então, a partir disso, vamos fazer algumas comparações.
Primeiramente, temos a questão do preço. Um PlayStation 4 normal custa cerca de R$ 1.500. Já um PC gamer de configuração igual a do PS4 custa quase o dobro do preço do console da Sony. Só uma placa de vídeo que rode tudo no máximo em full HD no PC não sai por menos de R$ 1.500: valor este que já é o preço integral do próprio PS4! Isso sem incluir processador, HD, memória, placa-mãe, gabinete, fonte, etc – que vai dar, tudo junto, uns 3.000 paus.
Apesar dos jogos do PS4 serem mais caros (normalmente o dobro do preço dos de PC), o console em si tem um custo-benefício melhor por ser mais barato, por ser mais portátil e por não exigir a instalação de softwares, drivers e aplicativos. Fora que é muito mais fácil pegar um vírus no PC do que no PlayStation.

Mas o ponto que realmente faz toda a diferença são os jogos exclusivos. E no caso do console da Sony, os exclusivos são realmente espetaculares. Enquanto que os exclusivos para PC são quase sempre MMORPGs (que eu detesto), FPS estilo Counter-Strike (que eu já enjoei), jogos de estratégia (tipo Warcraft) e os indies toscos – os exclusivos da Sony simplesmente arrebentam em todos os estilos. Não há como negar que os exclusivos da Sony são os melhores. E não existem emuladores ainda para rodar jogos de PlayStation 3 e 4 no PC.

A seguir, deixo uma lista de alguns exclusivos da Sony (alguns também para o Xbox) que NÃO saíram para PC e que são obrigatórios para qualquer gamer que se preze:

Exclusivos do PlayStation:

-Days Gone
-Detroit: Become Human
-Bloodborne
-Uncharted
-Heavy Rain
-Beyond: Two Souls
-Last of Us
-Horizons Zero Dawn
-God of War
-Shadow of The Colossus 
-Last Guardian
-The King of Fighters XIV
-Red Dead Redemption 2 (também para Xbox)
-Super Street Fighter II Turbo HD Remix (também para Xbox)

Você vai precisar de um PC desses para superar um PS4

Claro que o PC hoje em dia ainda é uma ferramenta indispensável. Mas para jogar, um PS4 (ou mesmo um Xbox One) é a melhor opção – pelo menos para mim. O ideal seria ter um PC econômico para as atividades domésticas e escolares de um lado – e um console para jogar do outro. Mas gastar o dobro do preço de um PlayStation para não jogar exclusivos é uma atitude, no mínimo, burra. E mesmo que um PS4 não supere um "PC da Nasa", o que faz um jogo ser bom não são os seus gráficos, mas sim a diversão e o prazer que ele proporciona.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Melhor jogar no videogame ou no emulador?


Com o sucesso dos emuladores, muita gente passou a jogar os clássicos dos videogames antigos no PC ou no celular. Mas será que jogar um Super Nintendo simulado no computador (ou no smartphone) é melhor do que jogar no próprio console original? Para responder a essa pergunta, vou fazer uma comparação rápida com o futebol.

Certa vez, me perguntaram se era melhor assistir um jogo de futebol pela tevê ou no estádio. Na televisão, você tem a câmera sempre adaptada a cada lance, vários ângulos, replay e a comodidade e a segurança de poder assistir em sua casa. Já assistindo ao vivo no estádio, aí a coisa muda bastante. No estádio, você faz parte do jogo, torcendo, fazendo a ola, cantando, xingando o juiz, etc. A sensação de estar no estádio é muito mais completa. Além de não ter as limitações das cores, dos quadros por segundo e da resolução da tevê, você pode olhar para o campo inteiro ao mesmo tempo e é capaz de 'sentir' o jogo através dos seus cinco sentidos. Claro que estar ao vivo tem os seus problemas, porque você pode se molhar se chover, pode ser atingido por um saco de mijo, tem sempre o mesmo ângulo e distância para assistir toda a partida e tem que pagar a entrada – fora o risco de brigas entre torcidas. Enfim, cada opção tem a sua vantagem e a sua desvantagem. E bem semelhante a isso são os videogames e emuladores.


Jogar no emulador te dá a vantagem da portabilidade, de poder jogar online, de poder acelerar o game nas partes chatas e demoradas, de poder de usar o famoso save state/load state para salvar instantaneamente uma partida e também permite que você tenha uma quantidade absurda de jogos de graça. Já no videogame, você tem a possibilidade de usar o hardware original, o que significa que você terá os 60 fps juntamente com os sons e imagens originais dos games sem os bugs e distorções do emulador. Além disso, o controle original é adaptado para jogar os jogos de cada videogame. Tente jogar, por exemplo, um GoldenEye 007 do Nintendo 64 no teclado para você ver como é complicado. Fora que você pode jogar em telas grandes (desde que seja em tevês de tubo) sem distorcer a imagem dos games. Assim como no caso do futebol, cada um tem a sua vantagem e a sua desvantagem.
Jogar no videogame seria, neste caso, equivalente a assistir o jogo no estádio. Enquanto que jogar no emulador seria equivalente a assistir o jogo pela tevê.


Eu, honestamente, prefiro jogar no console original, porque eu tenho uma ligação afetiva muito grande com videogames como o Mega Drive, o Super Nintendo e o Nintendo 64. Apesar de gostar de jogar no emulador pela praticidade, jogar no próprio videogame traz uma sensação inigualável. Nada mais nostálgico que pegar um cartucho, soprá-lo, encaixá-lo no videogame e fazer calos nos polegares de tanto jogar.

Videogame é bom demais. Se for original, melhor ainda.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Nunca desista do seu voto


Pois é, caro amigo de esquerda, dizem que se votar mudasse alguma coisa, seria proibido. Mas eu não seria tão simplista assim. Votar muda, sim. Porém, é uma mudança tímida, suave, gradual e de acordo com as regras e limites estabelecidos pela plutocracia. O PT tentou esse caminho e deu mais ou menos certo enquanto durou. A vitória do PT em 2002 foi apenas um primeiro passo de uma longa estrada rumo a um país mais justo. É claro que o Golpe de 16 criou um grande retrocesso, mas não devemos, por conta disso, desistir da democracia e anular nossos votos como muitos fizeram nas eleições de 2016. A direita não anulou e nem anulará os seus votos – e ela certamente vencerá as próximas eleições se os progressistas se absterem novamente, achando que está tudo perdido. É claro que a semidemocracia representativa que temos é frágil, injusta e fortemente elitista. Mas já que fazer revoluções ou constituintes no momento é algo impossível devido à alienação da população, temos que continuar nos agarrando a única arma que nos resta: o voto.

Infelizmente, o voto é a única arma que temos no momento.

É claro que estamos numa guerra injusta contra a velha mídia, contra os bancos, contra os rentistas e contra as oligarquias de uma maneira geral que influenciam fortemente o voto do eleitor. Isso só mudará, de fato, com uma revolução. Mas se desistirmos do único meio de mudança que temos atualmente, a direita irá triunfar contra o povo e contra a democracia mais uma vez.
Não podemos dar descanso a essa gente por um segundo sequer. A direita não vence por ser maioria: ela vence por omissão da esquerda.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

O moralismo é que sustenta a extrema-direita


Um argumento recorrente na defesa de candidatos da extrema-direita no mundo é sempre aquele argumento da moral e dos bons costumes. É sempre aquela coisa de "xingam o meu candidato de fascista porque não podem chamá-lo de corrupto". Este argumento é definitivamente horrível. Primeiro porque ser honesto é obrigação moral de todo cidadão. E segundo que votar numa pessoa APENAS por ela ser supostamente honesta é uma justificativa débil e perigosa. Não basta ser honesto para merecer o voto dos eleitores. Um candidato precisa ter propostas sólidas para resolver os problemas de um país. Como ficam as questões econômicas, sociais, o emprego, a educação, a saúde, a segurança e a política externa para o seu candidato? Isso importa ou não?

E assim Hitler chegou ao poder...

Esse argumento moralista de votar em uma pessoa só porque ela veio "de fora da política" ou porque "nunca roubou um centavo" não convence ninguém que tenha um pingo de maturidade. Não estou aqui dizendo que as pessoas não devem votar em candidatos moralistas ou da extrema-direita que se agarram ao discurso da "honestidade é tudo". O que estou pedindo é uma reflexão. Estamos numa democracia e cada um é livre para votar em quem quiser. O problema é votar num candidato só por moralismo barato sem dar a mínima para as outras coisas que ele vive falando e você ignora.

Quando for votar, pesquise bem sobre o seu candidato, o seu histórico e as suas propostas. Porque votar somente porque é (supostamente) honesto é um argumento simplesmente idiota. Você pode estar colocando um irresponsável ou, pior ainda, um psicopata no poder que poderá piorar a sua vida muito mais do que você imagina. Além disso, quem disse que ele não pode se corromper depois que chegar no poder?

Esqueça, por favor, essa história de "ele é honesto e que se dane o resto". Política não é brincadeira.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Reforma da previdência ou reforma dos juros?


Se tem uma coisa que me impressiona nessa vida é em como é fácil fazer o brasileiro de bobo. A grande mídia burguesa continua mentindo sobre a previdência, e o povo, em sua maioria, continua acreditando nessa estória: nesse conto do vigário.

Apesar de alguns recuos ínfimos do Governo Federal com relação à reforma da previdência, na essência, o absurdo continua o mesmo. Além de não haver crise alguma na previdência no atual momento, as novas regras para a aposentadoria são extremamente cruéis – especialmente com trabalhadores do campo e com pessoas que executam trabalhos pesados e perigosos. Policiais e professores então, serão os mais injustiçados com essa reforma.
Mas enfim, o grande problema dessa reforma é que ela não está sendo feita preocupada com a sagrada aposentadoria do povo brasileiro. Essa reforma tem como objetivo direcionar para o sistema financeiro o dinheiro que deveria ir para a previdência, simples assim. O dinheiro que deveria servir para pagar a nossa aposentadoria será "legalmente" desviado para pagar os juros da dívida interna – dívida essa que é impagável. E sem uma auditoria da dívida pública então, ninguém sabe nem ao certo de que ordem são esses juros.


O Golpe que tirou Dilma do poder e colocou o lacaio da plutocracia no lugar dela teve como objetivo salvar a grande mídia corporativa, as operadoras, os bancos e o patronato representado pela Fiesp. Só a grande mídia teve um aumento generoso na verba publicitária juntamente com o aumento dos juros de seus investimentos. Já os bancos privados, para esses até a sonegação foi perdoada.
O Golpe, amigos, não foi contra o PT: foi contra todo mundo que não é rentista e que não faz parte da base aliada do atual governo. O que estamos tendo, na prática, não é uma reforma da previdência: mas, sim, uma reforma dos juros. É a vitória triunfante de uma casta plutocrata sobre todo um país.
Para os incrédulos, PHA resume bem tudo isso no vídeo abaixo:


segunda-feira, 17 de abril de 2017

A última sinfonia da humanidade

Professor Ilchenko, em 1942, diante do exército soviético na Segunda Guerra.

Sim, eu sei que é redundante dizer que estamos nos aproximando do fim. Pois assim como profetiza a segunda lei da termodinâmica, tudo caminha de maneira inevitável para perecer diante da finitude. Mas no caso da humanidade, a coisa é um pouco mais dramática, porque o nosso fim será precoce. Digo que 'será precoce' ao invés de 'pode ser precoce', porque estamos fazendo tudo absolutamente errado. Ao invés de disseminarmos o amor, estamos cultivando o ódio. Ao invés de nos apegarmos ao que nos une, estamos nos afastando pelo que nos separa. Ao invés de estendermos a mão para ajudar os mais necessitados, preferimos esnobar, olhando o sofrimento alheio com indiferença. Ao invés de pedir "por favor", estamos dizendo "dane-se". Ao invés de usarmos a diplomacia, estamos optando pela guerra. "Guerra" – esta palavra tão terrível que nunca sai de moda e que tanto sofrimento já causou...

Estamos atravessando o momento mais crítico da história da nossa espécie. Desde a Guerra Fria que não vivíamos com tanto receio do nosso próprio fim. Por isso, antes que tenhamos Hiroshimas e Nagasakis em vários lugares ao mesmo tempo, sugiro que cada pessoa escreva a letra de uma música ou então uma poesia. Uma letra que fale sobre o que precisamos fazer para mudar o mundo para melhor. O que você pode fazer para salvar o mundo? O que eu e você podemos fazer para construir uma humanidade mais humana? O que todos nós podemos fazer para evitar o inevitável?

Depois que escrever a letra, divulgue-a. Seja nas redes sociais, num jornal, em um blog, em cartazes, em um muro pintado de cinza, em um livro ou mesmo num concurso de poesias. Se a letra da sua música vai mudar o mundo, eu não sei. Mas se ela for a última música a ser escrita na história, que seja falando sobre o mundo que todos nós sonhamos. Sobre um mundo que jamais devemos deixar de acreditar que possa existir, mesmo quando o fim estiver próximo.

Se essa for a nossa última sinfonia, que seja então a mais bela de todas...

domingo, 16 de abril de 2017

Coreia do Norte: Mais uma guerra na conta do Tio Sam?


Algumas pessoas podem achar exagero o risco de ocorrer um holocausto nuclear devido a uma possível guerra entre EUA e Coreia do Norte. Alguns dizem que a Coreia não tem tecnologia e poder suficientes para atacar os EUA e nem os EUA estariam realmente dispostos a investir contra a Coreia. Mas o problema nem é a possibilidade de um conflito intencional entre esses dois países, coisa que até eu acho improvável. O problema – que na verdade são dois – é, primeiro, o mal-estar que toda essa loucura entre esses dois países está gerando no mundo. E, segundo, que existe o risco de um erro na detecção de mísseis causar um ataque nuclear real para qualquer um dos dois lados.

O risco de uma guerra nuclear é real
Durante a Guerra Fria, por várias e várias vezes, ocorreram erros na detecção de mísseis nucleares tanto do lado dos EUA quanto do lado da URSS. E, por muito pouco, contra-ataques nucleares foram abortados em cima da hora ao se desconfiar que os ataques detectados poderiam não ser reais, mas sim frutos de falhas no sistema de radar. Até hoje este mesmo problema continua existindo. Se a Coreia detectar um falso alarme de mísseis nucleares vindo na direção do seu território, a resposta poderá ser um ataque nuclear real. E daí para frente, eu não pagaria para ver o que acontece.

Enfim, se uma guerra realmente ocorresse, independentemente das armas utilizadas, milhares de civis inocentes seriam mortos a troco de nada. E mesmo se a Coreia do Norte fosse atacada apenas logisticamente, a Coreia do Sul e o Japão – aliados dos EUA – poderiam ser alvos de ataques militares norte-coreanos em retaliação. E isso poderia causar uma resposta enérgica dos EUA e de seus aliados, culminando no uso da força máxima.
Para piorar o quadro, a Coreia do Norte é aliada da China, que, por sua vez, tem relações próximas com a Rússia. Se a Coreia for mesmo atacada, como os EUA ficariam diplomaticamente diante do resto do mundo, especialmente diante da China e da Rússia? Possivelmente, um evento como esse geraria crises diplomáticas e até mesmo o início de uma nova Guerra Fria ou coisa pior.
Apesar de até os mais pessimistas acharem remota a possibilidade de uma guerra nuclear, se ela ocorresse, duraria apenas algumas horas: tempo suficiente para destruir toda a civilização e tornar o planeta inabitável por décadas. Portanto, ameaças entre países que possuem armas nucleares é sempre algo muito perigoso.


Trump é o responsável
Enfim, a atitude intimidatória de Trump em ameaçar a Coreia do Norte não foi sábia, assim como as provocações de Kim Jong-un também não são. A impressão que dá nisso tudo é que esses dois países estão sendo governados por dois loucos, especialmente o EUA, que ataca militarmente outros países sem nenhuma reflexão sobre as consequência dos seus atos. Na verdade, Trump tem se comportado como o verdadeiro senhor da guerra, que está disposto a ir às ultimas consequências para atingir seus objetivos.

Como bem disse Fábio de Oliveira Ribeiro sobre Trump:

"O atual presidente dos EUA não parece ter consciência de nada além das bobagens que ele escreve no Twitter. Trump não está a altura da tarefa para a qual foi eleito. Pior... todos nós teremos que suportar os resíduos tóxicos das ações dele muito embora não o tenhamos colocado ele na Casa Branca."


Mas, enfim, o problema em si nem é o Donald Trump, mas sim o mundo que permitiu o crescimento de uma extrema-direita delirante, irresponsável e belicista que coloca apedeutas como Trump no poder. Trump é a expressão máxima da insignificância, da ignorância e da decadência em que a humanidade se encontra atualmente. Ao invés de políticas cooperativas, construtivas e inclusivas, preferimos a indiferença, o ódio, a competição, a ganância e o conflito. Trump é o reflexo inexorável do que a humanidade se tornou: uma humanidade que perdeu as esperanças na política e em si mesma.

Entra presidente, sai presidente, os EUA mostram que a sua "democracia" é feita de um pseudo bipartidarismo onde nem Republicanos e nem Democratas respeitam fronteiras ou soberanias. Essa ameaça à Coreia é apenas uma prova de que a loucura imperialista dos EUA não tem limites. E essa loucura pode custar muito caro para a nossa espécie.

sábado, 15 de abril de 2017

Trump mexeu em vespeiro


Trump foi eleito, entre outras razões, por, principalmente, prometer devolver os empregos e a estabilidade aos americanos que estavam cansados de políticas neoliberais que imperavam desde a década de 1980. Porém, o que Donald Trump tem mostrado é que ele não é lá muito muito diferente dos Democratas... Pelo menos não em matéria de causar guerras e de bancar a "polícia do mundo". Não bastando o bombardeio recente contra a Síria e a mãe de todas bombas soltada no Afeganistão, Trump decidiu ameaçar a Coreia do Norte caso o país fizesse mais testes nucleares. E isso foi a gota d'água para o ditador juche Kim Jong-un.

Recentemente, andei lendo, por curiosidade, um artigo muito interessante que falava sobre quantas bombas nucleares são necessárias para tornar o planeta inabitável. O artigo revelou que cerca de 100 bombas nucleares (menos de 1% do total) seriam suficientes para causar um inverno nuclear global que duraria 25 anos com a destruição da camada de ozônio e a morte de plantas e animais – além da fome generalizada que levaria a nossa espécie à extinção. Tudo isso com menos de 1% de todas as bombas atômicas que existem no mundo hoje.
Uma guerra nuclear entre Coreia do Norte e EUA – apesar de improvável – poderia levar a uma tragédia quase desse nível em caso de resistência de ambos os lados. Apesar da Coreia do Norte ter um arsenal nuclear modesto, com poucas dezenas de bombas de fissão nuclear, se as bombas da Coreia forem detonadas simultaneamente junto com as bombas dos EUA numa troca nuclear completa, poderemos ter um desastre de proporções imprevisíveis. Afinal, estamos falando de um possível conflito entre dois países com bombas atômicas funcionais. Ameaçar de ataque um dos países do clube da bomba não é uma atitude sábia nem mesmo para os EUA. Só lembrando que, por muito menos que isso, os EUA perderam a Guerra do Vietnã.

O poder impressionante dessas bombas

Essa fanfarrice tanto dos EUA quanto da Coreia do Norte pode custar caro para a humanidade. Enquanto Trump ameaça de um lado, Kim Jong-un provoca do outro.