terça-feira, 30 de agosto de 2011

Descriminalização da maconha ou não? Eis a questão...

Cannabis Sativa - a droga da vez

A discussão a respeito da descriminalização do uso da cannabis sativa (nome científico da maconha) é algo delicado e, por isso mesmo, não pode ser ignorado ou avaliado de forma superficial. É bom salientar, primeiramente, que muitas pessoas sequer tentam abordar o tema por considerá-lo um tabu. Mas é justamente aí que está o problema: é necessário antes analisar todas as possibilidades para termos certeza de que estamos tomando a decisão mais correta.
Eu vou tentar abordar esse assunto da forma mais breve e prática possível para que as pessoas entendam a importância deste debate.

Mas antes de iniciar qualquer argumentação, é necessário que se esclareça a diferença entre a legalização e a regulamentação. Ambas são formas de descriminalizar a droga, mas com algumas diferenças cruciais.
A legalização do uso da maconha defende o comércio e o uso irrestrito da droga por qualquer pessoa em qualquer local. Com a droga legalizada, qualquer pessoa pode vendê-la em qualquer lugar e utilizá-la em qualquer ambiente. A legalização NÃO é uma alternativa racional porque o Estado não tem como controlar a sua venda e nem arrecadar impostos sobre a mesma. Além disso, teríamos sérios problemas de saúde pública, porque a droga estaria acessível a todos.
Já a regulamentação é o controle do plantio, da venda e do uso da erva pelo Estado. A droga seria vendida exclusivamente em locais autorizados, fiscalizados e supervisionados (como ocorre nos cafés, na Holanda). Além disso, os usuários só poderiam usar essa droga em locais predeterminados (fumódromos, por exemplo).

Portanto, a partir destes conceitos, a legalização está fora de questão por ser inviável e perigosa. O que está em discussão é a regulamentação, ou não, da maconha.

Para simplificar, vamos analisar as consequências de cada situação. Primeiro, analisaremos o cenário atual, e depois os prós e contras da regulamentação.


PROIBIÇÃO DO USO DA MACONHA (CENÁRIO ATUAL)

- Mais tráfico
A maconha movimenta cerca de 80% do tráfico de drogas no Brasil. A maconha é rentável para o tráfico porque a proibição aumenta a sua procura e o seu preço. Os traficantes e os intermediários que repassam a droga ganham muito com esse tráfico e incentivam o seu uso em colégios, faculdades e outros ambientes para seduzir mais clientes e ganhar mais dinheiro com o negócio.

- Maior criminalidade
Para defender o seu meio de sobrevivência, os traficantes precisam de armas. E mais armas nas mãos dos traficantes implicam em mais violência, mais pessoas envolvidas com o tráfico e mais crianças entrando na criminalidade recrutadas pelos traficantes. Sem falar nos policiais corruptos que cobram propina para permitir que os bandidos continuem vendendo a droga.

- Usuário criminalizado
Nesse cenário, o usuário da maconha é visto e tratado como um bandido ou um delinquente que contribui para violência e alimenta o tráfico ilegal. Então este usuário acaba sendo enviado para as penitenciárias quando é preso, aumentando a superlotação.

- A maconha servindo de porta de entrada para outras drogas
Quem apresenta as outras drogas pesadas para o usuário da maconha é o traficante. Se a maconha não fosse vendida por um traficante ou por seu intermediário, a chance de experimentar outras drogas seria bem menor.

- Gastos exorbitantes do Governo para combater a droga
Combater o tráfico é algo que exige muito dinheiro, pessoal especializado, investigação e também o uso da força. O dinheiro que se gasta para combater o tráfico poderia ser utilizado para fins mais construtivos na nossa sociedade. Afinal, o Governo está usando o dinheiro dos nossos impostos para combater o tráfico. Sem falar que a repressão às drogas é uma estratégia ineficaz em todos os países que a utilizam.


REGULAMENTAÇÃO DO USO DA MACONHA

-PRÓS-
- Menos tráfico
Com a droga regulamentada, a sua venda fora das condições impostas pelo Governo continuará sendo crime. Isso dará ao usuário a escolha de não precisar se arriscar a comprar a droga mais cara com os traficantes. Isso irá desestimular o tráfico, porque a oferta se tornará maior que a procura. Sem lucro na maconha, o traficante irá falir.

- Menos violência
Com o tráfico enfraquecido, haverá menos dinheiro para sustentar o tráfico de armas e, consequentemente, haverá a redução da violência.

- Maior arrecadação de impostos
Com a maconha regulamentada, teremos menos gastos com a repressão ao tráfico e mais arrecadação de impostos sobre a droga que passará a ser vendida legalmente. Isso representa, em teoria, maior qualidade de vida e mais investimentos em saúde, educação e segurança.

- Mais empregos
O processo de industrialização e venda da maconha trará mais empregos diretos e indiretos. Afinal, empresas que fazem o plantio e preparam a droga para o consumo precisam de funcionários e empregados para funcionar.

- Uso medicinal e terapêutico da cannabis sativa
O uso controlado da maconha possui diversos benefícios à saúde, como: calmante, analgésico, cura os enjoos de quem faz quimioterapia, previne o mal de Alzheimer, combate o glaucoma, etc. Todo remédio é, na verdade, uma droga controlada.

- Descriminalização do usuário
Como a maconha tornar-se-á legal, então os usuários dessa droga serão menos mal vistos. Ao invés de serem tratados como marginais, serão tratados como dependentes.

- Redução da toxidade da droga
A maconha industrializada possivelmente sofrerá uma redução da sua toxidade. Assim como já fazem com o cigarro comum de nicotina, é bem possível que o cigarro de maconha contenha filtros para evitar a inalação do excesso de substâncias tóxicas. A industrialização certamente tornará a droga menos nociva.
-CONTRAS-
- Traficantes migrando para outros ramos da criminalidade
Sem obter mais lucro com a maconha, possivelmente os traficantes terão que vender outras drogas ou terão que se dedicar a outras atividades ilegais, como roubos, sequestros, assaltos, etc.

- Viciados sem cuidados do Estado
Se o Governo não tiver uma estrutura eficaz para lidar com os viciados que queiram abandonar o uso da droga, eles ficarão perambulando pelas ruas, marginalizados e sem tratamento.

- Usuários em crise abstinência
Não são todas as pessoas que têm disciplina para fazer o uso controlado de uma substância psicoativa. Drogas como a maconha costumam trazer a necessidade de se usar doses cada vez maiores, estabelecendo, assim, o vício. E pessoas em crise de abstinência são capazes de medidas radicais para obter a droga. Basta ver que muitos alcoólatras são capazes até de beber álcool puro para suportar uma crise de abstinência.

- A droga estará mais acessível
Quanto mais fácil é o acesso a uma droga, maior é o seu consumo e a sua popularidade. Por essa razão, o Governo deverá estabelecer diversas restrições ao uso da droga e realizar campanhas de conscientização do uso da mesma.

- Riscos no trânsito
Mesmo sendo proibido o uso da maconha fora de locais específicos, sempre haverá aqueles que consumi-la-ão em situações proibidas, como ao dirigir um carro, por exemplo. Uma pessoa sob o efeito da maconha não tem condições de dirigir um veículo.



 Conclusões
Antes de qualquer manifestação contra ou a favor da liberação da maconha, é bom ter em mente que cada escolha terá as suas consequências. Ser contra deixará as coisas exatamente como estão e ser a favor trará mudanças positivas e também algumas negativas. A mudança sempre é algo perigoso, mas se não houver coragem para se abrir um diálogo, podemos estar correndo o risco de estar persistindo num erro.

Apesar de estarmos lidando com a questão da legalização de mais uma droga, é bom que se diga que as pessoas continuarão usando a maconha, seja ela legal, ou não. Aliás, o uso das drogas sempre permeou a história da humanidade. O que é preciso é ter a consciência dos seus males e saber que ninguém é obrigado a usar drogas.

A regulamentação da maconha é a alternativa mais racional à repressão, porém, o Brasil ainda não tem estrutura para lidar com essa regulamentação. Será necessário construir clínicas de tratamento para usuários que queiram deixar o vício, criar um código de lei para regulamentar o uso da maconha e fazer campanhas massivas orientando a respeito dos riscos das drogas.



A discussão a respeito da regulamentação da droga é apenas o sinal de que o tráfico de drogas precisa ser combatido de outra maneira que não seja através da violência e da repressão - mas isso não implica na liberação do uso recreativo da droga como única forma pacífica de resolver o problema. Acredito que seja necessária uma política de prevenção ao uso de drogas, que desestimule o tráfico e trate o usuário de drogas como um doente, e não como um delinquente.

A legalização da venda e do uso da cannabis sativa trará muitos benefícios sociais - isso não podemos negar - mas a liberação implica também em outros problemas. E o maior desses problemas é a questão da saúde pública. Nem todas as pessoas respeitam os próprios limites e acabam entrando no vício. E que estrutura o Estado pode ou poderá oferecer para dar apoio médico e psicológico a esses usuários dependentes? Seria necessário um plano de regulamentação específico voltado para o Brasil. 
A repressão ao tráfico é inútil e custa muitas vidas, mas a liberação radical também trará problemas de ordem de saúde pública. É preciso um meio-termo nessa questão que funcione no Brasil e que beneficie a maioria das pessoas.

Uma solução alternativa foi apresentada pelo vlogger Daniel Fraga, onde o Estado pode patentear uma nova droga legal que concorra com as atuais drogas ilícitas, desestimulando o uso das mesmas. Mas a raiz do problema está em compreender por que o ser humano usa drogas. Se isso for compreendido, poderemos combater o mal pela raiz e chegar a uma solução mais justa.

sábado, 13 de agosto de 2011

Qual é o preço do amor?


Ao contrário do que a propaganda do Mastercard diz, tudo - eu disse absolutamente TUDO na vida - tem o seu preço. Algumas pessoas acreditam que o amor não tem preço - mas tem sim, e é bem caro! Basta ver quanto um pai e uma mãe gastam para sustentar os seus filhos, para dar educação, entretenimento, vestuário e saúde a cada um deles. Mas o que está em questão aqui não é o amor de pais para filhos, mas sim o amor de um homem para uma mulher.
Num dia desses, eu vi uma planilha na internet que mostrava os gastos de um homem solteiro e de um homem casado. Nela mostrava que um homem que gasta com prostitutas tem uma despesa consideravelmente menor que o homem que é casado, dê uma olhada na figura abaixo:

Prostitutas vs esposa (clique para ampliar)

Eu achei a comparação interessante, mas há alguns exageros, como por exemplo, ninguém solteiro gasta apenas R$ 50 com supermercado em um mês e nem toda mulher vive pendurada no telefone. Há um machismo incontestável nesses valores. De fato, duas pessoas gastam mais do que uma, mas elas podem dividir suas despesas e até gastar menos que gastariam individualmente. Esses valores mostram apenas a superficialidade do problema. Vamos então tomar alguns valores práticos para simplificar a conta.
Um homem que está namorando gasta com barzinhos, restaurante, transporte, presentes, shows, cinemas, enfim, o namoro é um investimento - isso é fato. Enquanto isso, um homem solteiro que sai com prostitutas gasta apenas com transporte, motel e o valor do programa. Além disso, o namoro toma tempo, traz chateações, brigas, ciúmes, fofocas na família, etc. Eu fiz uma nova tabela abaixo, exemplificando os gastos mais comuns do namoro.

Gastos mensais com uma namorada (estimativa)


Se o homem tiver que bancar tudo sozinho, vai gastar quase dois salários mínimos com a namorada. Claro que os ítens acima estão dentro de uma estimativa média, pois nem todo mundo gosta de shows, cinema ou só faz sexo em motéis. Já um homem que saia duas vezes na semana com uma garota de programa, garota essa que ofereça o programa mais o local incluído no pacote (o que dispensa o motel), varia bastante de preço. Se um programa com uma dessas garotas custa em média R$ 60, então se o cara usa esse 'serviço' duas vezes na semana, vai gastar R$ 480 por mês - menos da metade do que gastaria com uma namorada. Então a questão do preço é muito relativa, até porque tem garotas que cobram mais de R$ 150 por programa, mais essas são as famosa garotas tops, que estão situadas entre as garotas de programa mais populares e as garotas de programa de luxo. E o gasto com elas podem superar facilmente os R$ 1050, sem falar o motel e o táxi.
Esses valores só fazem sentido se o camarada estiver buscando apenas sexo. Garotas de programa saem mesmo mais barato. Mas se o sujeito está procurando uma companheira, aí esses valores tornam-se irrelevantes, afinal, garotas de programa não dão atenção, carinho, companheirismo ou amizade.


Mas todas essas comparações não revelam que o amor pode sair ainda mais caro para algumas pessoas. Imagine um sujeito gordo, feio, tímido, careca, baixinho, pobre, esquisito e que gasta muito com remédios. Um sujeito desse, para ficar minimamente interessante para o sexo oposto, teria que mudar completamente. Ele precisaria gastar muito com academias de musculação; cirurgias plásticas; cremes embelezadores; tratamento capilar; psicólogos e ainda precisaria dar um jeito de aumentar a sua renda para poder pagar tudo isso. E pra piorar, o sujeito ainda teria que gastar tudo o que foi citado nesse post quando arrumasse uma namorada. Isso seria quase um atentado à própria identidade, porque um sujeito que passa por tudo isso, praticamente deixaria de ser ele mesmo só para ter a chance de achar um amor. Não que seja impossível conseguir um amor com tantos predicados indesejáveis, mas para ele aumentar as suas chances e se tornar interessante, teria que investir alto nisso.
Portanto, para concluir, eu repito: não se iluda, tudo na vida tem o seu preço!

Links Recomendados:
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Quer sexo? Transe com uma garota de programa!
Garotas de programa e o homem que descobriu o valor da liberdade

sábado, 6 de agosto de 2011

Paranormalidade: verdade ou mito?


O ser humano é uma criatura naturalmente influenciável. Duvida? Faça o teste. Chegue no meio de uma rua movimentada, pare e aponte para o céu alegando estar vendo algo incomum. Se você tentar convencer as pessoas de que há mesmo algo incomum no céu (mesmo sem haver nada), é certo de alguns incautos cairão facilmente na sua falácia. Lembro-me de ter visto uma situação similar numa pegadinha do Eu vi na TV (abaixo).


Isso mostra o quanto o ser humano pode ser facilmente enganado e manipulado por pessoas de má fé.
Essa argumentação exemplifica que o mesmo pode ocorrer com relação a outras situações. Uma dessas situações é quando alguém tenta se passar por paranormal. Nenhum fenômeno dito paranormal conseguiu, até hoje, se mostrar consistente. O que vemos foram fraudes, truques, ilusões, enganos e fenômenos naturais serem confundidos com coisas sobrenaturais. Fenômenos como a bilocação, projeção astral, doppelgänger, psicocinese, telepatia, precognição e clarividência são comprovadamente divagações da mente humana. Nunca houve um desses fenômenos que não tenha sido explicado pela ciência. Muitos desses intitulados 'fenômenos paranormais' são fraudes, outros são causados por má interpretação de fenômenos comuns e outros são meros delírios psíquicos.
Clarividência
Psicocinese
Projeção astral


Existem muitos supostos paranormais que foram desmascarados, como o israelense Uri Geller, que usava truques para entortar garfos; e os brasileiros Urandir Oliveira (que dizia fazer contato com ETs) e Thomas Green Morton (o homem do rá). Nunca até hoje houve um só paranormal que tenha passado pelos testes para comprovar os seus 'poderes'.
Uri Geller

Urandir Oliveira
Thomas Green Morton

O mágico canadense James Randi lançou um desafio de dar 1 milhão de dólares para quem provar que possui poderes paranormais ou sobrenaturais. Só que até hoje ninguém sequer chegou perto de levar essa bolada. Além do padre Quevedo e do psicólogo Wellington Zangari, que já desmascararam muitos dos supostos fenômenos paranormais.
O mágico James Randi

Há muitas coisas que não foram explicadas, mas isso não quer dizer que elas sejam inexplicáveis. Com o progresso da ciência, muitos dos antigos mistérios foram desvendados e nunca houve nada que não tivesse uma explicação baseada nas leis da natureza. Há muitos mistérios na vida e eles não a tornam sobrenatural. As pirâmides do Egito, por exemplo, são misteriosas, mas isso não as torna sobrenaturais.
Todas evidências apontam que a paranormalidade deve ser estudada com cautela para evitar erros. Não há provas de que a paranormalidade exista, mas também não há provas que ela não exista.

Castração feminina


Há, atualmente, um grande movimento dos países ocidentais - e até mesmo de várias nações do oriente - para combater uma prática milenar que ocorre majoritariamente em países africanos. Essa prática tão repudiada é a MGF, a mutilação genital feminina, que consiste na amputação do clitóris, de modo que a mulher não sinta mais prazer sexual. Tal prática é realizada em condições precárias de higiene, sem anestesia e coloca em risco a vida da garota que passa por esse doloroso processo. Em alguns casos, além da amputação do clitóris, há também a infibulação, que consiste na costura dos lábios vaginais. A justificativa dos países que praticam esse ritual são baseadas em conceitos errados ou puramente supersticiosos, como para evitar que a mulher perca a sua docilidade, para ela arrumar um marido, para ela parecer 'pura' e para 'facilitar' o parto. Mulheres não mutiladas são consideradas prostitutas e impuras e acabam sendo mal vistas nas culturas que conservam esse ritual.
Para a nossa legislação, uma prática dessa natureza é considerada uma lesão corporal grave, uma ofensa aos direitos humanos, um ato de tortura, um abuso sexual e uma séria questão de saúde pública. Por essa razão, têm-se promulgado leis para ilegalizar e criminalizar esse costume.

Porém, há de lembrar que a cultura ocidental, apesar de abominar a excisão feminina, também faz algo parecido. A nossa cultura faz exatamente a mesma coisa, porém de forma psicológica. Ao invés de usar giletes enferrujadas para mutilar a vulva, a sociedade proíbe as meninas de tocarem o próprio corpo, alegando que seus genitais são feios, sujos, pecaminosos e imorais. Isso também é uma forma de mutilação genital, porque coloca a culpa e a vergonha nas mulheres que sentem prazer sexual. Sem dúvida, isso é uma hipocrisia absurda. Como condenar a mutilação física, se nós praticamos a mutilação psicológica? Tanto uma quanto a outra impedem o desenvolvimento correto da sexualidade humana e é apoiada por tabus e preconceitos atrelados a cultura e a religião. Como alguém pode ser feliz indo contra a sua própria natureza? E a castração psicológica também pode trazer danos físicos irreversíveis, como o atrofiamento dos músculos pubococcígeos e circunvaginais, devido ao seu não uso. Basta ver que boa parte das mulheres têm esses músculos atrofiados. E o exercício mais indicado para exercitar esse músculo é o pompoarismo, que melhora o prazer sexual e previne a incontinência urinária.

Excisão, cintos de castidade, castração psicológica: todas são formas horripilantes de se diminuir e manipular as mulheres. É hora de dar um basta a toda e qualquer forma de mutilação.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Discos voadores: verdade ou mito?


 ideia de que estamos sozinhos no universo não parece muito aconchegante para uma espécie tão sociabilizada quanto a nossa. O ser humano, desde os primórdios, sempre teve a necessidade de interação e de se sentir acolhido por um grupo. Por isso, não é de se estranhar que ao olharmos para o céu, a imensidão e o silêncio do cosmos nos cause uma profunda angústia, a ponto de sentirmos a necessidade de imaginar que há, de fato, muitas outras civilizações entre as estrelas. Porém, as evidências não batem com os nossos anseios. A forma como a qual a vida evoluiu no nosso planeta até os seres humanos foi extremamente sinuosa e cheia de acasos. Nós, como seres inteligentes, somos um verdadeiro milagre probabilístico. Foram necessárias extinções em massa, mutações genéticas aleatórias, mudanças favoráveis na geomorfologia do planeta e um grande golpe de sorte para que certas descobertas (como a descoberta do fogo, por exemplo) viessem a nos levar ao atual estágio de consciência e desenvolvimento. Imaginar que esses mesmos eventos tenham ocorrido de forma semelhante em outros mundos é algo muito discutível. Segundo as regras da probabilidade, se os eventos são aleatórios, então a chance da vida em outros planetas ser idêntica a da Terra é praticamente nula.
E o que isso tudo tem a ver com discos voadores? Simples: a probabilidade desses supostos OVNIS serem seres de outros planetas é irrisória. Vamos analisar melhor este fato através das evidências e da razão.

Montagem fraudulenta

Analisando os relatos, os registros fotográficos e as supostas evidências de OVNIS, conclui-se que há um número exagerado de fraudes, lendas, confusões e enganos. Balões meteorológicos, aeronaves, estrelas, cometas e até aves são frequentemente confundidas com discos voadores. Até mesmo fenômenos naturais, como os parélios, por exemplo, são confundidos com a presença extraterrestre. Mas o que mais preocupa são as fraudes, porque as fraudes são criadas por pessoas de má fé querendo se evidenciar ou enganar os outros. E com o avanço da tecnologia e do aperfeiçoamento dos softwares de edição de imagens, criar fraudes virou quase uma brincadeira de criança. Truques fotográficos simples, como a perspectiva forçada, contrapondo um modelo próximo da câmera a uma paisagem ao fundo, podem responder por tais imagens.
Outra montagem

Descrição de um ET
Outro problema são as descrições físicas dos tais alienígenas. Muitos dos supostos abduzidos descrevem os extraterrestres com uma aparência quase humana: postura ereta, cabeça alongada, olhos frontais, tronco, braços e pernas numa proporção e simetria idênticas à nossa. A probabilidade de seres de outros mundos serem tão parecidos assim conosco é quase nula. Para que eles se parecessem tanto com a gente, precisariam ter um genoma quase idêntico ao nosso. Observe, por exemplo, os outros animais aqui da Terra e compare-os conosco. Com uma minhoca, por exemplo, compartilhamos 40% do nosso DNA, e apesar dessa semelhança no genoma, ela se parece conosco? Já com as galinhas, temos 60% de genes em comum. E com um camundongo, nós compartilhamos cerca de 80% dos genes. Não nos parecemos muito com camundongos, galinhas ou minhocas, apesar da nossa semelhança genética. E o que dizer de seres de outros planetas? As 'árvores da vida' de outros planetas certamente são bem diferentes da nossa.

Será que os ETs sobreviveriam ao vírus influenza?
E por que os alienígenas se dariam ao trabalho de virem pessoalmente até um planeta que fica a centenas ou, talvez até, milhares de anos luz de seu planeta natal só para atormentar seus habitantes? Seria mais sensato que uma espécie alienígena enviasse sondas ou robôs para investigarem ou realizarem o trabalho. Virem pessoalmente até aqui seria arriscado demais, porque o nosso planeta provavelmente deve ser bem diferente do deles. A menos, claro, que a Terra tenha a mesma pressão atmosférica, a mesma quantidade dos mesmos gases na atmosfera, a mesma gravidade, a mesma umidade relativa do ar, a mesma temperatura e ainda assim, seria muito arriscado. Se um ser extraterrestre respirar o ar da Terra, é provável que até as bactérias que não são nocivas a nós os matem rapidamente. Sem falar nas bactérias nocivas, vírus e vermes que podem causar danos irreversíveis em organismos que nunca tenham tido contato com eles.
Abduções ou delírios?

As abduções são também muito inconsistentes com os fatos. Só nos EUA, se fôssemos fazer uma média baseada nos relatos, teríamos cerca de uma abdução por minuto. E se as abduções são tão comuns, como é que não vemos elas ocorrerem em todo canto? Os governos não teriam como ocultar uma evidência desta proporção - se fosse mesmo verdadeira. E o detalhe é que no país vizinho dos EUA, o México, casos de abduções são raríssimos. Por que os ETs iriam gostar tanto de abduzir somente os norte-americanos, se para um ser extraterrestres somos todos da mesma espécie? É no mínimo sem sentido achar que os ETs percorreriam distâncias enormes no espaço só para abduzir os ianques. Além disso, está comprovado que grande parte das experiências de abdução ocorrem durante os sonhos. Durante a famosa paralisia do sono, as pessoas estão em um estado letárgico onde os músculos estão paralisados, mas a mente está semi-consciente. E aí que é possível ter visões com coisas ligadas a cultura. Uns sonham com bichos papão, outros com fantasmas, outros com demônios, outros com ETs...
Crop Circles: os ETs devem adorar um baseado, não?

Os crop circles (círculos nas plantações) não evidenciam presença alienígena, porque eles usam símbolos pertencentes à cultura humana, além de serem facilmente construídos com instrumentos adequados. E o estranho é que os crop circles são feitos, em sua maioria, na Inglaterra. Sem falar que os crop circles começaram com círculos simples e foram ficando cada vez mais sofisticados e cheios de detalhes. 
Os implantes alienígenas também já foram consideradas 'provas' das abduções. Mas analisando-os cientificamente, descobriu-se que eles são apenas má formações em tecidos, caroços, sinais ou pequenos objetos que se alojaram no corpo acidentalmente.
Por que os ETs construiriam estátuas humanas?

Com relação à teoria dos Antigos Astronautas levantada por Erich von Däniken, seria necessário um post inteiro para contra argumentá-la. Mas, a princípio, essa teoria simplesmente pega vários vestígios arqueológicos que ainda não são totalmente explicados e os associa a seres extraterrestres. Portanto, isso serve apenas como hipótese, e não como uma verdade. O que eu não entendo é o que motivaria seres de outros planetas a virem até a Terra para construir esculturas de pedra e depois irem embora para sempre sem deixar vestígios. E é a falta de evidências, de provas e de vestígios que tornam essa teoria pouco consistente.