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segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Estamos vivendo a era dos vícios


Desde 1960 para cá que cada década correspondeu a um período triunfal de algum entretenimento da cultura humana. A década de 1960, por exemplo, foi a década de ouro do rádio. Os anos 1970 foram os anos de ouro da música. Já os anos 1980 corresponderam à década de ouro do cinema. 1990 foi a década de ouro da televisão. A década de 2000, por sua vez, foi a década de ouro dos games. E a década de 2010 foi a década de ouro da internet. Quanto à década atual, de 2020, pelo andar da carruagem, está sendo a década de ouro das apostas online. Ou sendo mais específico: a década de ouro dos jogos de azar via smartphones. Só que diferentemente das outras formas de entretenimento, as apostas são um tipo de entretenimento que é quase um golpe, porque elas não entregam de fato o que prometem, porque tudo depende de uma sorte que estatisticamente está voltada contra você. É preciso deixar claro que essas empresas de apostas (as tais bets), como qualquer grande porcaria do capitalismo, não existem para fazer seus clientes felizes. Elas existem simplesmente para lucrar na base do vício que esse tipo de jogo gera. Para piorar, as pessoas mais afetadas são justamente as que têm menor renda. Pessoas essas que chegam ao ponto de se endividarem só para manter o vício. E como se isso não fosse o suficiente, ainda temos outros vícios "legais" que têm afetado especialmente os mais jovens que vão desde as redes sociais até o perigoso cigarro eletrônico.

Estamos vivendo a década dos vícios porque usamos esses vícios como escapismo para nossas angústias, dores e frustrações com nossas vidas. Mas a solução para nossas inquietações existenciais não está nos vícios, nem na música, nem nos games, nem nos filmes e em nenhuma forma de entretenimento. A solução para isso, individualmente falando, está em buscar uma vida saudável, em parar de se comparar com os outros, em parar de procurar soluções fáceis para problemas complexos. Se estamos com angústia, depressão ou sofrimento, precisamos buscar ajuda profissional. Seja psicológica ou psiquiátrica. Os profissionais dessas áreas são os anjos da guarda que nos darão as ferramentas necessárias para vencer as nossas crises existenciais sem recorrer a mentiras ou prazeres momentâneos que não nos darão nada além de mais sofrimento. Já a solução a nível político está na regulamentação. Não podemos deixar que da década de 2020 para frente tenhamos décadas e mais décadas de vícios disfarçados de entretenimento.

quarta-feira, 17 de abril de 2024

O grande problema do aumento da longevidade


Nós estamos vivendo um momento inédito da história humana. Pela primeira vez – graças, em especial, à internet – estamos tendo acesso gratuito a conhecimentos que não eram acessíveis para a maioria de nós no passado. Antes da internet, por exemplo, as pessoas só procuravam os profissionais da área da saúde quando estavam doentes. A medicina era, basicamente, curativa. Com a informação trazida por cientistas e médicos sobre saúde na web, hoje a medicina está se tornando cada vez mais preventiva. 

De cerca de uma década para cá, as pessoas não estão procurando o médico apenas quando ficam doentes ou para fazer exames de rotina, mas estão se preocupando também em ter qualidade de vida para não adoecerem e conseguirem viver mais e melhor. O YouTube e demais redes sociais estão cada vez mais repletos de profissionais de saúde nos ensinando como dormir melhor, como se alimentar melhor, como prevenir o estresse, como gostar de fazer atividade física e como ter uma vida mental mais saudável. Isso tudo tem feito com que as pessoas se cuidem mais desde jovens, porque a mentalidade com relação à saúde está mudando. Alie a isso os avanços da ciência e da tecnologia em produzir novos remédios, novas vacinas, novos tratamentos e cura para doenças antes incuráveis que a expectativa média de vida irá dar um salto significativo nas próximas décadas. 

A vida é uma festa para quem sabe viver.


As pessoas com menos de 50 anos de idade serão as mais beneficiadas por isso, porque ainda são jovens e, no geral, possuem a mente mais aberta a mudanças mais radicais nos seus hábitos de vida que os mais idosos. Afinal, é muito mais fácil você convencer um jovem de 30 primaveras a mudar seus hábitos de vida do que um velho ranzinza de 70 invernos. Além disso, o velho de 70 anos passou mais de meio século judiando da própria saúde com hábitos de vida errados que irão encurtar sua vida. O cigarro é um exemplo disso. É mais fácil convencer um jovem a não fumar do que fazer um velho viciado parar de usar a nicotina que ele consome desde a adolescência.

O que quero dizer com essa conversa toda é que essas gerações que nasceram de 1975 para frente terão um aumento brusco na expectativa média de vida. Atualmente, essa expectativa média de vida é de 76 anos (no Brasil), mas em algumas poucas décadas irá passar facilmente para os 80 ou até 85 anos. O grande problema disso será o impacto na previdência social, que exigirá que as pessoas trabalhem cada vez mais para se aposentar ganhando cada vez menos. Isso sem falar que o número de nascimentos tem caído ano a ano: o que contribui para o envelhecimento geral da população. 

Então a dica que eu dou para aqueles que estão cuidando da saúde física e mental é que cuidem também da sua saúde financeira. Não dá para se garantir apenas na previdência social. Então é preciso ir guardando um dinheirinho todo mês para que ele possa ser útil no futuro. O meu medo é que esses governos neoliberais queiram cortar as aposentadorias e deixem milhares de idosos desamparados como ocorreu lá no Chile. Portanto, o meu conselho de amigo é que a gente se prepare desde cedo para um futuro sombrio e incerto, porque não é todo mundo que vai aguentar trabalhar com mais de 85 anos de idade. 

domingo, 3 de dezembro de 2023

Pênis pequeno não é micropênis

 

Na postagem passada, eu apresentei alguns motivos pelos quais ter um pênis pequeno não é algo tão ruim assim como a nossa cultura falocêntrica tenta impor. Inclusive, esqueci de citar uma vantagem extra que é a de que o pênis menor, normalmente, possui uma ereção melhor por precisar de menos sangue para encher totalmente os corpos cavernosos. Contudo, eu precisei escrever este adendo para lembrar que, naquele post, eu estava me referindo a órgãos sexuais pequenos, porém, normais. Esqueci de mencionar os casos extremos envolvendo micropênis que são os genitais com menos de 7 centímetros em ereção. O micropênis é uma doença que deve ser tratada por um urologista, porque além de problemas sexuais, pode causar problemas de higiene, de fimose, de infecções reincidentes e de dificuldade até para a micção. Tem também casos de pênis embutido, de má formação congênita, de hermafroditismo, de síndromes causadas por anomalias no cariotipo e outros que podem ser confundidos com micropênis e exigem cuidados médicos e psicológicos. 

A minha intenção com a postagem passada foi para que os homens com o comprimento do membro abaixo da média não ficassem com complexo de inferioridade por conta de algo que é natural. Afinal, pênis pequeno é uma coisa, micropênis é outra. O pênis acima de 7 cm é funcional e possui o tamanho mínimo para realizar a penetração. Mas falando de tratamento, o micropênis é detectado já na primeira infância. O ideal é que o pediatra mesmo já identifique isso no menino ainda pequeno para que ele possa tratar caso tenha realmente um micropênis, porque depois de adulto, o tratamento é mais difícil por não haver uma resposta hormonal relevante para resolver o problema. Infelizmente, muitos adultos têm micropênis porque, às vezes, durante a infância, os pais não tinham conhecimento sobre o assunto, ou então porque moravam em lugares onde não havia assistência médica adequada, ou ainda porque a família era muito religiosa e encarava isso como tabu ou sem importância.

Desnecessário lembrar que é capacitismo discriminar um homem por ele possuir um micropênis. Ninguém escolhe nascer assim e isso é terrível para qualquer homem adulto. Imagine você, que se acha bem dotado, tivesse um órgão genital de 1 cm. Acho que você não se sentiria bem caso sofresse bullying por isso.

A seguir, vou deixar um vídeo didático sobre este assunto.

sábado, 29 de maio de 2021

A fórmula para ter saúde e emagrecer existe


Quem não quer emagrecer e ter saúde, né? Pois é, depois que o sedentarismo e a má alimentação tomaram conta das nossas vidas, parece que tudo no universo conspira contra nós. Isso porque os nossos antepassados - aqueles de quem herdamos nossos genes - eram recompensados com generosas doses de endorfinas quando enchiam a pança com muita comida calórica, especialmente a doce, e depois tiravam um longo descanso. Então, não por acaso, gostamos mesmo é de comer alimentos hipercalóricos e ficar no ócio. O problema é que não vivemos mais numa época de escassez como era há dezenas de milhares de anos atrás. Hoje, ninguém precisa mais caçar, coletar, fugir de predadores ou lutar. Na era contemporânea, compramos alimentos hipercalóricos e passamos o dia inteiro sem fazer atividade física. Daí que estamos levando um estilo de vida totalmente diferente do que tinham nossos ancestrais. E isso é o que ferra com a nossa saúde, causando obesidade, síndrome metabólica e diversas doenças associadas. A solução para isso é seguir a velha fórmula que os médicos tanto falam por aí: se alimentar corretamente e fazer exercícios físicos. Mas isso todo mundo já está careca de saber. O que nem todo mundo sabe são os detalhes cruciais por trás dessa "fórmula" para ter saúde e emagrecer.


O segredo para uma vida saudável está, essencialmente, na alimentação. Precisamos comer pouco, comer alimentos naturais e com baixo índice glicêmico. Este é o segredo. Como eu sei disso? Porque eu me fiz de cobaia nessa experiência e deu certo. Desde que comecei a fazer jejum intermitente e reduzi consideravelmente a ingestão de alimentos que causam pico glicêmico no sangue, eu perdi até agora 36 kg e melhorei absurdamente meu colesterol, glicose, pressão, triglicérides e insulina. Alimentos que contém açúcar, trigo, glúten, leite e as frituras são verdadeiros venenos para a nossa saúde, porque além de viciarem e causarem desequilíbrio na flora intestinal, ainda favorecem o surgimento de uma série de inflamações no corpo. Eu mesmo vivia tendo sinusite, dermatite, rinite, faringite e isso ou acabou ou reduziu de forma muito expressiva. O que eu sempre mantenho em vista é manter a minha insulina controlada, porque isso evita resistência a mesma e, consequentemente, diabetes tipo 2. É lógico que, ocasionalmente, eu saio da dieta e como, sim, alguma besteira, mas é sempre em quantidades pequenas e sempre associado a fibras e proteína para evitar o tal pico glicêmico que faz o corpo aumentar a insulina. Sair da dieta (entenda como dieta aqui comer de tudo desde que não seja industrializado ou contenha açúcar, trigo e leite) não é algo totalmente ruim, porque são as pequenas escapulidas que tornam a vida divertida.


Outro ponto que me ajudou a emagrecer e melhorar a minha saúde foi a atividade física. Eu faço atividades físicas entre 5 e 6 vezes por semana. Caminhada, ciclismo, corrida e treinos funcionais fazem parte do meu cotidiano. Além de melhorar o fôlego, a força e definir o corpo, quando realizamos atividade física, o corpo ainda nos recompensa com endorfinas. E à medida que você vê os resultados, aí que os exercícios realmente se tornam parte inseparável da sua vida. 

Então a fórmula para emagrecer é esta: insulina baixa, movimento e sono de qualidade (sim, dormir bem ajuda pra caramba). Pelo menos, foi o que funcionou para mim.