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sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

O fim de ano mais perigoso da história


Dezembro de 2024 ficará na história como o momento mais tenso de todos os tempos. Isso porque temos duas grandes ameaças em curso. A primeira delas é o risco de um caos generalizado devido a uma tempestade geomagnética causada pelo choque de uma ejeção de massa coronal do Sol com a magnetosfera do planeta Terra. A cada onze anos, aproximadamente, o Sol atinge o seu pico de atividade, liberando partículas eletricamente carregadas na direção do espaço cósmico. Ocasionalmente, essas partículas carregadas pelo vento solar podem atingir a Terra e causar um efeito semelhante ao de um PEM (Pulso Eletromagnético) que pode destruir satélites artificiais, redes elétricas, sistemas de telecomunicações e objetos eletrônicos. A última vez que algo desse porte aconteceu foi em 1859, num incidente que ficou conhecido como Evento Carrington – fato este que causou falhas no sistema de telégrafo no mundo todo. Dito isso, estamos em mais um momento de máximo solar com uma chance pequena, porém preocupante, de ocorrer um novo Evento Carrington. Se uma tempestade solar daquele porte ocorrer novamente, eu não quero nem pensar no tamanho do problema que teremos.

A outra grande ameaça é a de uma Terceira Guerra Mundial que pode evoluir rapidamente para um conflito nuclear. A guerra entre Ucrânia e Rússia tem escalado cada vez mais para um embate entre Otan e Rússia. Os mísseis de longo alcance da Otan usados pela Ucrânia e as provocações irresponsáveis do governo democrata envolvendo o uso de armamento nuclear têm causado uma tensão mundial que só ocorreu na mesma proporção em 1962 durante a Crise dos Mísseis de Cuba. Como o presidente republicano Donald Trump demonstrou interesse em parar de financiar a guerra na Ucrânia, as empresas que lucram com a guerra estão pressionando o governo Biden para criar uma situação que force a prolongar o conflito. Honestamente falando, acho pouco provável que tenhamos uma guerra mundial no momento, porque a Rússia não quer essa guerra, já que um conflito com a Otan só serve para atender aos interesses dos norte-americanos. Fora que uma guerra nuclear significa o fim da civilização com risco real da extinção da nossa espécie devido ao inverno nuclear prolongado. Em todo caso, o ponteiro do Relógio do Juízo Final nunca esteve tão perto da meia-noite...

Enfim, nunca vivemos um momento tão escatológico na nossa história.

domingo, 28 de julho de 2024

Só o ecossocialismo pode evitar a nossa extinção


Reverberou bastante nos últimos dias uma suposta notícia divulgada pela Nasa de que várias regiões do Brasil estariam inabitáveis daqui a 50 anos devido a alterações climáticas causada pela espécie humana. Claro que há um exagero nesta notícia, porque ela é um clickbait para nos alertar que o aquecimento global está acelerando de forma mais acentuada do que as projeções nos alertavam. Não haverá inabitabilidade daqui a algumas décadas, mas haverá, contudo, um aumento importante nas temperaturas a ponto de causarem danos irreversíveis na fauna e na flora de várias regiões do mundo – além do aumento dos níveis dos oceanos. Se as coisas continuarem neste ritmo, estaremos rumando para o início da sexta extinção em massa do planeta causada pelo nosso curto e trágico antropoceno. E o único meio de evitar uma tragédia para nós e para o planeta é mudando radicalmente o modo de produção. Temos que substituir o capitalismo por um sistema cuja economia seja baseada em recursos, que seja sustentável. O Projeto Vênus e o Ecossocialismo são os melhores candidatos. Não é mais possível viver como se os recursos naturais fossem infinitos e como se a natureza fosse imune a toda essa agressão que causamos ao planeta.

A cada dia que passa parece ficar mais claro que o grande filtro do paradoxo de Fermi é exatamente essa teimosia em insistir em um modo de produção autodestrutivo que só serve para enriquecer no curto prazo uma maldita casta burguesa que só pensa no agora e neles mesmos. Mas em algum momento chegaremos no ponto de não retorno e, daí para frente, meus nobres amigos, será tarde demais. Aí é adeus espécie humana e seremos mais uma civilização no cosmo sucumbindo ao grande filtro.

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Afinal, a matemática foi descoberta ou inventada?


Certa vez, Galileu Galilei disse que "a Matemática é o alfabeto que Deus usou para escrever o Universo". Isso porque a matemática funciona muito bem para resolver a maioria dos nossos problemas quotidianos, dando a impressão que foi um grande matemático que projetou o universo. Mas, na realidade, não é bem assim que as coisas são. A matemática é um tipo de linguagem criada pelo ser humano para simplificar a natureza e torná-la acessível a nossas mentes primatas. A matemática é como um mapa de um planeta, porque serve muito bem para nos guiar e para usarmos como referência. Mas o mapa em si não foi descoberto, ele foi inventado por nós, pois se trata de uma aproximação distorcida da realidade. 

Sim, é tudo invenção da nossa mente.


A maior prova de que a matemática foi inventada é que todas as constantes físicas são números "quebrados", números irracionais ou dízimas periódicas compostas. Mesmo usando outras bases numéricas além da decimal, fica muito claro que a natureza não é perfeitamente matemática. O que quero dizer com isso é que se houver vida inteligente em outros planetas, certamente os seres de lá usarão algo parecido com a matemática, mas que não será necessariamente igual a que usamos. O pensamento humano é muito abstrato e isso às vezes pode nos iludir. Se eu falar, por exemplo, que "vi quinze", ninguém vai entender, porque o número quinze sozinho não significa nada. Posso dizer que vi quinze pessoas, quinze pássaros, quinze automóveis, mas falar que viu apenas quinze não faz sentido. Se você parar para pensar, quinze (ou qualquer outro número) não existe objetivamente, trata-se apenas de uma forma simbólica de medir quantidades.

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Como sobreviver a uma tempestade geomagnética


Se você achou que a pandemia do coronavírus foi a pior coisa que poderíamos enfrentar nesta década de 2020, pode apertar os cintos que vem coisa muito pior por aí. Duvida? Então imagine ter que passar semanas, meses ou até anos sem telefone, sem internet, sem GPS, sem energia elétrica, com caos generalizado no mundo e com um colapso nas telecomunicações nunca visto antes na nossa história. Imagine incontáveis noites de blecaute global e um prejuízo de trilhões de dólares que só seríamos capazes de nos recuperar décadas depois. Imaginou? Tenso, não? E não: isso não é alarmismo e nem tema para um novo filme apocalíptico de Hollywood.

Infelizmente, existe a possibilidade real (cerca de 12% de chance) do Sol emitir uma violenta ejeção de massa coronal (EMC) na direção do nosso planeta dentro dos próximos dois anos. E são justamente essas EMC que podem causar todo o cenário apocalíptico descrito anteriormente. Ejeções de massa coronal ocorrem todos os anos, mas como Sol estará no pico máximo de sua atividade em meados desta década, estamos correndo o risco de ter nossos satélites, equipamentos eletrônicos e rede elétrica severamente afetados por este fenômeno. 

Na última vez que isso ocorreu, no ano de 1859, a tempestade solar causou uma pane geral nos sistemas de telégrafos num incidente que ficou conhecido como Evento de Carrington. Além disso, auroras boreais foram vistas em baixas latitudes, chegando a fazer a noite parecer dia. Se o mesmo fenômeno se repetir na era digital, viveremos um verdadeiro apocalipse tecnológico que poderá levar anos para voltar à normalidade. Mas o que fazer para minimizar esse estrago?

O Sol poderá nos levar de volta para o século XIX.

O Sol está sendo monitorado constantemente pelos nossos satélites e telescópios. Por isso, qualquer erupção solar é detectada com várias horas de antecedência, porque a velocidade das partículas carregadas é menor que a velocidade da luz, dando tempo para preparamos nossas defesas. O problema é que é impossível proteger todas as nossas estruturas eletrônicas. De um jeito ou de outro, iremos ficar sem internet e sem energia elétrica por tempo indeterminado, voltando no tempo, tecnologicamente falando, para o início do século passado. Em todo caso, podemos tomar algumas medidas desde agora para minimizar o estrago. 

A primeira coisa a se fazer é um backup dos nossos dados digitais em sistemas de armazenamento offline, já que as informações armazenadas em servidores poderão simplesmente desaparecer ou ficar inacessível por anos. Senhas, textos, artigos, planilhas, códigos, músicas, vídeos, fotos, trabalhos e tudo que houver em formato digital precisa estar salvo em mais de uma fonte segura, de preferência. 

Cena comum após uma tempestade geomagnética.


A segunda coisa a se fazer é ter em casa painéis solares e algum sistema onde possamos armazenar a energia captada para usar quando não tiver luz solar. Existem painéis solares mais simples e baratos que são vendidos em sites especializados e darão conta, pelo menos, de manter seu smartphone carregado e um ventilador para não morrer de calor nesse verão escaldante. Baterias, recarregáveis de preferência, poderão ser utilizadas para armazenar energia (isso inclui o uso de nobreaks). Outra opção mais cara é adquirir geradores de energia movidos a diesel. Existem geradores de vários tipos e tamanhos que darão conta do básico como geladeiras e aparelhos eletrônicos. Se isso for caro demais para você, invista, pelo menos, na compra massiva de velas e pilhas para não ficar na escuridão.


Imagine ficar assim por meses...

A terceira coisa a se fazer é estocar comida e água, pois sem aviões e veículos operados por GPS, teremos escassez de alimentos. E é bom pensar em alimentos que tenham um prazo de validade superior a seis meses, porque não sabemos quanto tempo durará este “apagão tecnológico”. Se você tiver algum terreno para plantar frutas e verduras, comece desde agora, porque isso poderá evitar insegurança alimentar. A falta de água também será generalizada, pois o abastecimento urbano depende de bombas elétricas. Ter caixas d'água e poços são opções obrigatórias para quem não quiser pagar caro por água mineral. 

Já a quarta e última coisa a se fazer é manter uma quantidade razoável de dinheiro em espécie guardado em casa, porque com a pane eletrônica geral, certamente pix e cartões ficarão inutilizáveis. Uma dica final seria que no dia que a temível tempestade fosse anunciada, todo mundo tire da tomada todos os aparelhos eletrônicos e se mantenha longe deles, pois mesmo desligados, eles podem dar choques elétricos.

Isso não seria nada bom de ser visto nos céus do Brasil.


Com relação às telecomunicações, os governos e empresas precisarão deixar equipamentos de reserva à disposição para substituir o mais rapidamente possível o que for danificado. Sistemas anti pane e anti surto elétrico precisarão estar prontos para evitar estragos maiores. De resto, é rezar para que telefones e a internet possam voltar o mais rápido possível.

Portanto, se algum dia faltar energia elétrica, internet e telefone ao mesmo tempo, existe a chance de uma terrível tempestade geomagnética estar acontecendo. Se você enxergar mais estrelas que o normal à noite devido à menor poluição luminosa e auroras boreais clareando a noite, pode ter certeza que o apocalipse tecnológico começou. Então, esteja preparado!

domingo, 19 de novembro de 2023

Eles estão entre nós!


Um dos meus maiores sonhos de criança era ver um dinossauro de verdade ao vivo. Daí que quando descobri que eles haviam sido extintos, o que restou foi engolir a seco a decepção e me contentar com o que via nos Jurassic Parks da vida. Mas foi aí que, como num plot twist da vida real, um belo dia acabei descobrindo que, na verdade, nem todos os dinossauros foram extintos e que muitos deles continuam por aqui até hoje. Os dinossauros exterminados no final do Cretáceo, há 66 milhões de anos atrás, foram os dinossauros não aviários de grande porte. Mas os demais dinossauros sobreviveram e eles estão por aí até hoje cobertos de penas coloridas, ostentando belos cantos e colocando ovos exatamente como faziam no Mesozoico. Sim, as aves são dinossauros. E não, as aves não são descendentes dos dinossauros: elas são, de fato, um tipo de dinossauro, assim como nós somos um tipo de mamífero e não descendentes deles. Os pássaros são dinossauros porque compartilham mais características com os dinossauros do que com outros grupos de animais vivos. Essa evidência está escrita tanto no DNA quanto na fisiologia das aves.

E você achando que todos eles haviam morrido...

Então, se você quiser ver um dinossauro pessoalmente, nem precisa construir uma máquina do tempo, basta dar uma olhada pela sua janela que você verá vários deles tentando fazer tiro ao alvo com titica bem em cima das nossas cabeças.

domingo, 17 de setembro de 2023

Até o T-Rex virou vítima de fake news


Que a internet nos trouxe uma batelada de benefícios, ninguém nega. Mas junto com ela, ganhamos também muitas mentiras e desinformações. Afinal de contas, se o papel aceita qualquer coisa, a internet aceita muito mais. E nem precisa ir para a deep web para ver coisas cabeludas nesse sentido. Teorias conspiratórias envolvendo fatos consolidados pela ciência, por exemplo, brotam aos milhares todos os anos na própria surface web. A lista de loucuras é longa: Terra plana, Lua oca, pirâmides feitas por extraterrestres, ovnis nazistas, reptilianos infiltrados em governos, Ratanabá e outras barbaridades do gênero. Nem o pobre do T.Rex escapou. Tem uma galerinha aí afirmando que o dinossauro mais popular do período Cretácio esteve na arca de Noé e, pior: ainda por cima era vegano. Imagine só: um T-Rex vegano na arca de Noé.

O T-Rex não era bem assim...

Obviamente, não existe nenhum fundamento na afirmação de que o Tiranossauro era vegano. Todas as evidências apontam justamente para o contrário. Já sobre ele estar presente na arca de Noé, eu prefiro nem comentar. Sobre isso só afirmo duas coisas: primeiro, que eles foram extintos 65 milhões de anos antes de qualquer ser humano existir; e, segundo, que a arca de Noé nunca existiu. 

Outra coisa que falam bastante na internet é que o T.Rex tinha uma farta plumagem cobrindo todo o corpo. Ok, dizer que ele tinha penas não é uma teoria conspiratória, mas também não é uma afirmação sustentada pelas evidências fósseis. Apesar de várias espécies menores de dinossauros terem tido o corpo coberto de penas, no caso do T.Rex parecia ser diferente. Isso porque penas podiam causam super aquecimento no corpo do bicho por ele ser muito grande e pesado. Aparentemente, apenas os filhotes da espécie tinham uma pequena penugem que era perdida com o tempo.

Agora esse papo de T.Rex vegano... Pelamordedeus...

terça-feira, 27 de junho de 2023

Será que o nada realmente existe?


Sempre achei a existência do nada um grande paradoxo. Honestamente falando, acredito que o "nada" não existe da forma como costumamos pensar. Não há como a 'não existência' existir do ponto de vista da evidência empírica. A ausência absoluta de qualquer coisa (de tempo, espaço e matéria) é uma contradição teórica, porque essa ausência é, de certa forma, alguma coisa também. É como tentar imaginar o que é um metro cúbico de nada. Se há espaço, conceitualmente, há algo, mesmo que este algo seja um vazio perfeito. Acho que o cosmo é apenas um dos infinitos estados transitórios que o universo ocupa a cada ciclo que atravessa durante a eternidade. O nada é algo meramente teórico, já que a existência dele anularia qualquer possibilidade de coisas existirem do ponto de vista da relação de causa e efeito. A menos, claro, que o nada seja imperfeito e possa gerar flutuações quânticas de vácuo capazes de produzir instabilidades existenciais espontâneas. Eis aí o paradoxo. Será que isso não teria sido a causa do que chamamos de Big Bang?


Claro que esse raciocínio pode parecer apenas uma variação panteísta do argumento cosmológico ou do princípio antrópico. Mas o fato é que o universo mostra através de suas leis e constantes que independentemente de existirem multiversos ou da nossa realidade ser uma simulação de uma super inteligência artificial futurista, há algo que sempre existiu e que coloca a hipótese do nada como algo paradoxal e talvez até mesmo impossível. Afinal, como o nada pode gerar outra coisa a não ser ele mesmo sem deixar de ser um nada?

quinta-feira, 23 de março de 2023

A cor que apenas os humanos podem enxergar


Infelizmente, estou com menos disponibilidade do que gostaria para escrever, mas para não deixar este bloguinho tão parado neste mês, resolvi trazer uma curiosidade. Existe uma cor que não existe no espectro da luz visível e que apenas nós, humanos, somos capaz de enxergá-la. Esta cor é a cor magenta, conhecida também por fúcsia. É aquela mesma usada pelas impressoras no padrão CMYK. A explicação científica é que esta cor é, na verdade, uma ilusão criada pelas células fotorreceptoras da retina por misturar de forma homogênea o vermelho e o azul. O cérebro, por sua vez, interpreta isso como a ausência de verde e mescla as duas cores, fazendo a gente enxergar o magenta.

Tons de magenta.


Diferentemente das cores imaginárias, que são as cores de fora do espectro da luz visível (infravermelho e ultravioleta, por exemplo) que precisam ser criadas artificialmente para que possamos enxergá-las, o magenta é uma cor que só existe na cabeça dos seres humanos. Portanto, nada de usar o magenta para se comunicar visualmente com outros animais ou, por que não, com civilizações extraterrestres.

domingo, 24 de julho de 2022

Entrar em contato com aliens pode ser suicídio


Já escrevi em outras postagens os porquês pelos quais as pessoas deveriam tomar mais cuidado ao criar uma conta "gratuita" nas redes sociais. Afinal de contas, nessas redes você expõe para quem quiser ver quem você é, sua vida, onde você mora, seu cotidiano, seus parentes, seus gostos, suas opiniões políticas, sua orientação sexual, seus medos, sua dieta, seu treino, lugares onde você foi e, não bastasse tudo isso, TODAS as suas informações são comercializadas entre empresas parceiras da rede social. Isso é MUITO perigoso, porque você não sabe quem pode estar te observando e nem as intenções dessas pessoas. Você pode estar sendo 'stalkeado' por pessoas perigosas sem nem desconfiar. É por isso que eu praticamente sumi das redes sociais. Mas há algo nessa linha que eu considero ser muito mais perigoso que as próprias redes sociais.

Talvez muita gente não saiba, mas, no longínquo ano de 1974, a humanidade embarcou numa arriscada exposição de dados através da famigerada Mensagem de Arecibo. Essa mensagem foi um sinal de rádio extremamente potente que os cientistas enviaram para o espaço sideral informando quem nós somos, onde vivemos, nossa aparência, nossa composição química, nosso DNA e até a nossa base numérica. Essa mensagem foi enviada com a intenção de mandar um "olá" para possíveis extraterrestres inteligentes no aglomerado globular de Hércules a cerca de 25 mil anos-luz, onde contém aproximadamente 300 mil estrelas. Claro que essa mensagem vai levar 25 mil anos para chegar até lá, mas isso coloca toda a humanidade em risco desde já, porque alguma espécie alienígena inteligente hostil pode interceptar este sinal antes e sabe-se lá o que eles podem fazer com nossas informações (e conosco). Para se ter uma noção do risco, se por acaso eles não entenderem o sinal (coisa que não é difícil de ocorrer), isso pode ser encarado até como uma ameaça pelos aliens. E daí que eu não quero nem pensar no que pode acontecer como retaliação. Já se eles entenderem a mensagem, quem garante que eles não usarão nossas informações contra nós mesmos por motivos que jamais conheceremos?

A grande loucura de enviar mensagens pelo espaço é que se houver vida lá fora, não temos a mínima ideia de como ela é e do que ela é capaz de fazer. Até a comparação com as redes sociais fica inocente demais neste caso, porque a coisa vai bem mais além. É semelhante a você enviar seus documentos, seu smartphone desbloqueado e as senhas do seu cartão para um estranho e achar que isso não será arriscado. O grande erro da humanidade é enxergar os aliens com se eles fossem parecidos conosco, usando nós mesmos como referência de inteligência. Se os ETs forem muito mais evoluídos e avançados tecnologicamente, eles serão mais poderosos que qualquer deus ou super herói imaginado pelo ser humano. Não seria exagero que eles nos vissem como seres tão relevantes quando baratas são para nós: baratas implorando para serem pisoteadas.

sábado, 9 de julho de 2022

Como pensa um não-humano?


Certa vez, durante um papo recreativo nos meus tempos de graduação, um colega me perguntou: "Se você fosse um ser extraterrestre e chegasse ao nosso planeta, como você julgaria as ações que os seres humanos estão tomando com relação ao meio ambiente?" Não lembro a resposta que dei a essa pergunta, mas lembro que fiquei com ela na cabeça por muito tempo. Isso porque, apesar de interessante, a pergunta parte de uma premissa equivocada: a de que conhecemos vida extraterrestre. Ora, eu nunca vi um ser extraterrestre e, sendo bem franco, sequer posso imaginar como eles são. Na verdade, nem sabemos se há vida inteligente fora da Terra e, mesmo que haja, não fazemos a mínima ideia do que ela é capaz de fazer. Aquela imagem ridícula de homenzinhos cabeçudos de corpo ectomorfo abduzindo pessoas é meramente folclórica. Nunca houve, até onde se sabe, seres extraterrestres vindo até nós. Mas o que me deixou mais pensativo sobre a pergunta feita pelo meu colega foi sobre como é que nós podemos nos imaginar como sendo um "ser não-humano".

A Chegada: como pensa um extraterrestre?
 

Eu sei que pode parecer bobagem, mas é impossível para nós, humanos, nos imaginarmos como sendo de outra espécie. Isso porque tudo que nós somos, pensamos e sentimos faz parte da experiência da mente humana. Não temos como sair do nosso corpo e passar uns minutos sendo um chimpanzé, por exemplo, para saber como é pensar "fora da caixa". Nós só podemos pensar, sentir e perceber o mundo e o universo através da nossa carcaça de homo sapiens, porque isso é tudo que somos. Qualquer coisa que a gente pense, por mais exótico que seja, é um pensamento humano. É impossível, portanto, se desconectar do nosso cérebro primata e entender as coisas a partir do ponto de vista de outros tipos de inteligência não-humanas. Sempre vamos tentar entender o universo de acordo com os nossos próprios anseios existenciais. E isso é uma limitação terrível, porque não sabemos como é pensar de maneira diferente da que um ser humano pensa. Desse modo, a pergunta que o meu colega fez é uma 'pergunta humana' que só pode ser respondida por humanos. Alienígenas talvez nunca façam esse tipo de pergunta por possuírem mentes totalmente diferentes das nossas. A forma como eles enxergam o cosmo, a ciência e a filosofia pode ser totalmente impensável para nós.

Nós "somos" o nosso cérebro.

É por essas e outras que não creio em vida após a morte. Não há como existir uma "alma" que perambula fora do cérebro como se as nossas memórias e consciências pudessem existir fora das nossas cabeças. Nunca saberemos, portanto, como é ser e sentir fora da experiência humana. A menos, claro, que soframos um reboot após a morte e reencarnemos de maneira mágica num inca venusiano. Mas se isso for possível, aí já não seremos mais humanos e nem nos lembraremos de nada do que um dia já fomos.

domingo, 3 de julho de 2022

Deus não joga dados, mas joga videogame


Quando Albert Einstein proferiu sua célebre frase "Deus não joga dados", ele quis dizer que o universo não é aleatório ou incerto ao lidar com as probabilidades impostas pela mecânica quântica. Porém, aleatório ou não, de uma coisa eu tenho me convencido cada vez mais: de que o nosso universo se parece bastante com um ambiente simulado. Eu diria até mais: que nós podemos estar, neste exato momento, sendo NPCs de um jogo de videogame construído para entreter nossos criadores.

Afirmo que podemos estar dentro de uma simulação digital por várias razões. Para começo de conversa, o universo é estruturalmente matemático e obedece a uma série de leis fundamentais e constantes que são obrigatórias para o seu funcionamento harmônico. Um exemplo disso é o limite para a velocidade das partículas (fótons) que é a velocidade da luz. Se a velocidade da luz não tivesse um limite, nosso universo simplesmente colapsaria. Aí temos também as quatro forças fundamentais da natureza: gravidade, eletromagnetismo, força nuclear fraca e forte. Elas não são chamadas de fundamentais à toa. Sem elas, o cosmo sequer existiria como ele é e não permitiria a existência da vida. Isso sem falar da sintonia fina entre os valores das constantes fundamentais dessas forças que são determinantes para que as coisas sejam como são. Só que esses pontos mencionados não indicam, sozinhos, que o universo seja simulado, já que eu estaria apelando para uma teleologia barata para tentar provar o meu ponto de vista. O que realmente deixa as coisas suspeitas é a maneira independente com que o universo funciona – como se ele fosse uma máquina programada para obedecer a algoritmos específicos. É como se houvesse instruções típicas de computadores determinando como as coisas precisam funcionar no universo.

 

Olhando do ponto de vista quântico, há fenômenos que se assemelham muito com o famigerado comando "Crtl+Z" que há na programação. Ou seja: coisas se desfazem espontaneamente como estivessem obedecendo a um código-fonte pré-programado. Pior que isso é que usamos equações e valores fundamentais para calcular até as coisas mais simples, tais como os cálculos trigonométricos e os valores atribuídos a pi (π = 3,14159), a constante de Euler-Mascheroni (γ = 2,71828) e o número de ouro da proporção áurea (φ = 1,61803). Além disso, o fluxo em escala logarítmica como se comportam os raios cósmicos e as interações gravitacionais trazidas por buracos negros remetem a modelos que podem ser emulados em computadores. Isso porque eu nem mencionei que os nossos cinco sentidos são apenas impressões geradas por impulsos elétricos que chegam de maneira sistemática aos nossos cérebros. Essa química cerebral é algo que, diga-se de passagem, pode sofrer interferência de mecanismos eletrônicos como vimos em experimentos neurológicos tais como o Capacete de Deus ou, indo mais fundo, como a realidade simulada em filmes como The Matrix.

 

Como podemos observar, o nosso universo é estruturalmente lógico – e como todo sistema lógico, ele pode ser traduzido em código binário (bits e bytes) para transcrever suas informações. O que eu quero dizer com toda essa conversa é que, hipoteticamente, o universo pode ser algo virtual. Trocando em miúdos: nós já podemos estar em uma espécie de metaverso do futuro. E se realmente assim for, talvez Deus não seja um bom velhinho sentado em cima das nuvens, mas sim um programador que nos trata como meros avatares em seu joguinho de videogame. Já pensou?

sábado, 2 de julho de 2022

O que existia antes do Big Bang?


Uma das coisas que eu sempre me questionei é por que o universo tem exatamente 13,7 bilhões de anos. Por que ele não tem 20 bilhões, 100 bilhões ou 100 trilhões, mas exatamente esses 13,7 bilhões? O que aconteceu antes do Big Bang para que ele ocorresse naquele momento exato? É a busca por respostas como essa que a ciência se desdobra e evolui. O que sabemos hoje sobre o que podia existir antes do universo se expandir está totalmente ligado a hipóteses puramente especulativas. Isso porque, talvez, a relação de causa e efeito não existisse antes do Big Bang e as leis da física fossem bem diferentes. Temos hipóteses que vão desde o choque de branas pandimensionais até o universo cíclico onde o cosmo passa por ciclos infinitos de expansão e contração. Há também a hipótese da simulação que diz que vivemos numa espécie de The Sims (ou Spore) do futuro e que o Big Bang teria sido apenas o Big Boot desse jogo/sistema.



Enfim, o fato é que não podemos enxergar a origem do universo de forma dogmática como alguns cientistas mais céticos parecem encarar os hipotéticos eventos pré Big Bang. Dizer que não havia coisa alguma antes do Big Bang e ponto é muito vago e simplista. Afinal de contas, nada vem do nada. Isso seria o mesmo que perguntar onde é que você estava antes de ter sido concebido no útero da sua mãe e ter como resposta "não estava em lugar nenhum". Verdade que você não existia como pessoa antes de nascer, mas seus átomos e moléculas já existiam, sua mãe existia e as leis da natureza que permitiram a sua existência também já estavam aqui. Você não veio do nada. No caso do universo, talvez algum estado quântico que não obedeça as relações de causa e efeito, tais como as flutuações quânticas de vácuo, poderiam estar presentes antes do Big Bang e suas oscilações aleatórias numa escala infinita de tempo podem ter gerado o universo espontaneamente. Aliás, até hoje observamos partículas no vácuo do espaço-tempo sendo criadas e destruídas aparentemente do nada.

A singularidade que "causou" o universo antes mesmo da Era de Planck possivelmente existia de forma a armazenar toda a energia potencial que seria liberada no Big Bang. E essa energia pode ter sido liberada por eventos totalmente fora do escopo da ciência. Como é impossível acessar a informação de antes do espaço-tempo surgir, temos que deduzir as respostas através do que temos ao nosso alcance pelos olhos da ciência. Nunca é demais dizer que estamos lidando com os limites do nosso conhecimento, o que nos faz utilizar a filosofia para se questionar se a resposta para o que havia antes do Big Bang não pertence a um âmbito incognoscível à nossa superestimada mente primata. Se assim for, então talvez a resposta para essa pergunta não faça qualquer sentido lógico para nós – o que admito que seria muito frustrante. Mas, como bem digo, é ingênuo acreditar que o universo existe para ser compreendido por nós, uma vez que somos seres finitos tentando compreender a essência de algo que pode ser infinito.


Para saber mais:
BBC - Como era o universo antes do Big Bang?

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Será que vivemos numa progressão infinita de universos?


Você já se perguntou qual é a menor coisa que pode existir? E a maior estrutura que existe? Segundo as teorias científicas mais aceitas, a menor escala da física quântica é o Comprimento de Planck. Isso equivale a um comprimento 1,6 mil decilhões de vezes menor que um metro. É algo tão pequeno, mas tão pequeno, que só existe no campo da hipótese, já que nem os mais avançados aceleradores de partículas conseguiram detectar algo nessa escala. Já a maior estrutura que há no campo da hipótese é o multiverso. O nosso universo – que nós sequer podemos mensurar exatamente onde começa e onde termina – seria algo como um grão de areia nesse multiverso repleto de incontáveis universos paralelos de todo os tipos. Mas tanto a Escala de Planck quanto o multiverso podem ser apenas limites temporários dados pelo nosso atual conhecimento científico. Isso porque essa coisa que chamamos de "universo" pode se tratar meramente de uma estrutura de escala insignificante dentro de outras escalas que se estendem do infinitamente pequeno ao infinitamente gigante. Ou seja, podem existir coisas infinitas em todas as escalas, já que sempre haverá algo maior ou menor do que é descoberto. Isso pode responder o porquê de alguns dos maiores mistérios do universo, tais como o comportamento bizarro de diversas partículas subatômicas quanto a misteriosa expansão do universo causada pela energia escura.

O "perturbador" final de MIB.

Quem assistiu ao primeiro filme da série MIB - Homens de Preto deve ter ficado meio perturbado com aquele final que mostra o nosso universo como sendo uma mera bola de gude de um jogo entre extraterrestres. Mas o mais interessante é que a realidade pode não ser muito distante daquilo, uma vez que o nosso universo pode, em teoria, ser apenas um átomo de outro universo maior e este universo maior, por sua vez, pode ser um elétron de outro universo ainda maior e assim sucessivamente por todo o infinito. Talvez não exista um limite de tamanho para os universos que se sobrepõem como se fossem uma boneca matrioska cósmica sem fim. E o mesmo se aplica ao muito pequeno. Talvez existam infinitos universos com incontáveis dimensões dentro das menores partículas subatômicas conhecidas. E não importa o quão fundo nós vamos atrás do limite, porque é como procurar o fundo de um buraco sem fundo. Neste exato momento podem existir multiversos infinitos dentro dos átomos das nossas células neurais, por exemplo, sendo que em muitos desses "microuniversos" pode haver vida, incluindo vida inteligente procurando pelos limites do seu próprio universo. 

Será que vivemos num loop cósmico?

Se o universo for realmente ilimitado, isso significa que a busca pelo conhecimento nunca terá fim, não importando o quão avançada uma civilização seja. Isso quer dizer também que não há nada de especial no nosso universo, já que, neste contexto, ele surgiu por algum fenômeno atemporal de outras escalas cósmicas. Talvez alguma flutuação quântica de um microcosmos tenha gerado o nosso universo espontaneamente, assim como o nosso universo, talvez, gere outros universos paralelos ainda maiores graças à energia escura ou ao nosso poder computacional capaz de simular incontáveis universos virtuais, por exemplo. Enfim, apesar de achar essa hipótese de tudo ser infinito a mais plausível e interessante, a verdade é que, provavelmente, nunca saberemos toda a verdade.

quinta-feira, 9 de junho de 2022

Como identificar uma pessoa burra


Nesta semana, o nosso excrementíssimo presidente da república provou que inteligência não é seu forte e acabou, mais uma vez, confessando outro crime sem querer. Ao tentar defender o deputado bolsonarista Fernando Francischini, que foi condenado pela segunda turma do STF por fake news em 2018, o inominável disse ter cometido o mesmo crime que ele. Ora, ou o presidente tem certeza da sua impunidade, ou então ele é muito burro mesmo para admitir isso. E aproveitando que toquei no assunto burrice, eu percebi que o nosso lastimável presidente tem várias características que indicam que uma pessoa tem um baixo nível de inteligência. Vou listar a seguir sete características que definem uma pessoa como sendo burra:

Eufemisticamente falando.

1 - Ilusão de conhecimento - Esse talvez seja o maior problema das pessoas burras. Pessoas que acham que sabem de tudo, que nunca admitem a sua falta de conhecimento e que defendem suas impressões distorcidas da realidade (mesmo quando todos os especialistas no assunto dizem o contrário) estão dando um atestado de burrice. Isso é conhecido como o Efeito Dunning-Kruger. Não saber de algo não é sinal de burrice. Burrice é fingir que sabe das coisas sem saber.

2 - Persistência no erro - Uma pessoa que sabe que está errada ou que se recusa a enxergar que está errada e persiste no erro por arrogância, teimosia, implicância ou estupidez está ostentando mais uma característica de pessoa burra. Inteligente é quem percebe o seu erro e o corrige.

3 - Preconceito - A palavra preconceito vem de pré-conceito, ou seja: é a criação de um conceito pessoal de algo antes de se ter de fato um conhecimento sobre este algo. Pessoas preconceituosas sempre têm um QI e uma inteligência emocional mais baixos por serem medrosas, egocêntricas, arrogantes e antipáticas.

4 - Preconiza soluções fáceis para tudo - É verdade que alguns problemas na vida possuem soluções fáceis. Mas nem todos os problemas podem ser resolvidos de maneira fácil e rápida. Uma pessoa que acha que tudo na vida se resolve mexendo em poucas variáveis pode estar piorando as coisas ao invés de resolvê-las. É preciso desenvolver uma visão a longo prazo com estratégia. Inclusive, isso é o que determina, por exemplo, quem vence uma partida de xadrez. Ganha a partida aquele jogador que enxerga mais longe as jogadas. Pessoas simplistas e simplórias vivem tomando bomba da vida.

5 - Age impulsivamente - Quem só age por impulso ou emoção vai fazer muita merd@ na vida. Há coisas que precisamos pensar rápido para resolver. Mas para tudo que houver tempo para pensar, temos que elaborar de forma racional uma solução. Na verdade, este item é mais um sinal de ansiedade do que de burrice, mas quem é inteligente nunca vai sair resolvendo conflitos na base do imediatismo e do desespero.

6 - Tira conclusões precipitadas - Só se pode tirar conclusões sobre algo quando racionalizamos em cima de todas as evidências e analisamos todas as circunstâncias detalhadamente e imparcialmente. Tem gente que julga os outros baseado em um ou outro aspecto isolado sem olhar para o contexto geral, o que acaba gerando injustiças. Gente burra faz isso direto para praticamente tudo. Basta ler uma fake news no celular que já bate o martelo sobre sua opinião política, por exemplo. É preciso se informar nas mais diversas plataformas, tirar a prova e aprender a sair da sua bolha.

7 - Falta de curiosidade - Pessoas que aceitam qualquer resposta para questões fundamentais e que ficam relaxadas na busca pelo conhecimento condenam a si mesmas a uma vida limitada e ilusória. É preciso sair da zona de conforto para compreender a realidade das coisas e questionar por que as coisas são como são e por que as pessoas pensam diferente de nós.

quinta-feira, 19 de maio de 2022

Podemos ser a primeira civilização da galáxia

 

A semana passada foi bem agitada astronomicamente falando. Só para ficar nos dois eventos de maior repercussão, tivemos um eclipse total lunar com lua de sangue e a fotografia histórica do buraco negro super massivo do centro da nossa galáxia. Mas houve um fato relativamente recente que achei importante dar o devido destaque nas páginas deste bloguinho que é a real possibilidade da humanidade ser, de fato, a primeira civilização da Via Láctea ou, quem sabe, até mesmo do cosmo inteiro.

Estamos todos sós?

O principal motivo que leva muitos cientistas a acreditarem que podemos ser a primeira civilização da galáxia é um fenômeno chamado de metalicidade cósmica. Este fenômeno refere-se à quantidade de átomos mais pesados que o hélio e o hidrogênio presentes no universo. Quanto mais o tempo após o Big Bang se passa, maior é essa metalicidade, porque mais estrelas morrem jogando átomos pesados no cosmo. As nebulosas que formam novos planetas, estrelas, luas e outros corpos celestes tornam-se cada vez mais densas com o tempo e essa maior densidade bariônica favorece o surgimento da vida como conhecemos. Segundo diversos estudos e cálculos, a metalicidade do universo só atingiu um valor mínimo possível para que moléculas orgânicas se formassem há cerca de 7 a 8 bilhões de anos atrás. E foi justamente neste período que o nosso sistema solar começou a se formar. O nosso sistema solar completou sua formação há cerca de 4,5 bilhões de anos, mas ele já existia em forma de nebulosa protoestrelar há aproximadamente 7,5 bilhões de anos. Ou seja: a Terra se formou bem no início do período que o universo se tornou propício ao surgimento da vida baseada no carbono.

Mas a possibilidade de sermos os primeiros não se baseia apenas na questão da metalicidade do cosmo. Temos também outro fator decisivo que é a hipótese da Terra Rara. Essa hipótese que cada dia mais ganha mais força diz que planetas com biosfera semelhantes ao nosso são extremamente raros no universo. Isso porque um planeta ter a composição química certa, com a massa certa, orbitando a estrela certa na distância certa, com uma lua do tamanho certo no lugar certo e em uma região relativamente tranquila da galáxia são fatores incomuns no cosmo. A maior evidência disso é que nunca encontramos nenhum exoplaneta semelhante a Terra entre todos os que catalogamos até hoje.

Se essa hipótese de sermos os pioneiros estiver correta, isso explicaria o porquê de nunca termos detectado tecnoassinaturas ou feito contato com outras civilizações. Não houve tempo para nenhuma civilização avançada além da nossa surgir, já que o universo é muito jovem. E caso realmente sejamos os primeiros, temos uma enorme responsabilidade, porque seremos nós os alienígenas do futuro que iremos dar boas vindas às próximas formas de vida inteligente que surgirem no cosmo.

 

Para saber mais sobre este tema:
Canaltch - Levaremos 200 milhões de anos para encontrar alienígenas.
Meiobit - Uma decepcionante resposta para o Paradoxo de Fermi.

sábado, 29 de maio de 2021

A fórmula para ter saúde e emagrecer existe


Quem não quer emagrecer e ter saúde, né? Pois é, depois que o sedentarismo e a má alimentação tomaram conta das nossas vidas, parece que tudo no universo conspira contra nós. Isso porque os nossos antepassados - aqueles de quem herdamos nossos genes - eram recompensados com generosas doses de endorfinas quando enchiam a pança com muita comida calórica, especialmente a doce, e depois tiravam um longo descanso. Então, não por acaso, gostamos mesmo é de comer alimentos hipercalóricos e ficar no ócio. O problema é que não vivemos mais numa época de escassez como era há dezenas de milhares de anos atrás. Hoje, ninguém precisa mais caçar, coletar, fugir de predadores ou lutar. Na era contemporânea, compramos alimentos hipercalóricos e passamos o dia inteiro sem fazer atividade física. Daí que estamos levando um estilo de vida totalmente diferente do que tinham nossos ancestrais. E isso é o que ferra com a nossa saúde, causando obesidade, síndrome metabólica e diversas doenças associadas. A solução para isso é seguir a velha fórmula que os médicos tanto falam por aí: se alimentar corretamente e fazer exercícios físicos. Mas isso todo mundo já está careca de saber. O que nem todo mundo sabe são os detalhes cruciais por trás dessa "fórmula" para ter saúde e emagrecer.


O segredo para uma vida saudável está, essencialmente, na alimentação. Precisamos comer pouco, comer alimentos naturais e com baixo índice glicêmico. Este é o segredo. Como eu sei disso? Porque eu me fiz de cobaia nessa experiência e deu certo. Desde que comecei a fazer jejum intermitente e reduzi consideravelmente a ingestão de alimentos que causam pico glicêmico no sangue, eu perdi até agora 36 kg e melhorei absurdamente meu colesterol, glicose, pressão, triglicérides e insulina. Alimentos que contém açúcar, trigo, glúten, leite e as frituras são verdadeiros venenos para a nossa saúde, porque além de viciarem e causarem desequilíbrio na flora intestinal, ainda favorecem o surgimento de uma série de inflamações no corpo. Eu mesmo vivia tendo sinusite, dermatite, rinite, faringite e isso ou acabou ou reduziu de forma muito expressiva. O que eu sempre mantenho em vista é manter a minha insulina controlada, porque isso evita resistência a mesma e, consequentemente, diabetes tipo 2. É lógico que, ocasionalmente, eu saio da dieta e como, sim, alguma besteira, mas é sempre em quantidades pequenas e sempre associado a fibras e proteína para evitar o tal pico glicêmico que faz o corpo aumentar a insulina. Sair da dieta (entenda como dieta aqui comer de tudo desde que não seja industrializado ou contenha açúcar, trigo e leite) não é algo totalmente ruim, porque são as pequenas escapulidas que tornam a vida divertida.


Outro ponto que me ajudou a emagrecer e melhorar a minha saúde foi a atividade física. Eu faço atividades físicas entre 5 e 6 vezes por semana. Caminhada, ciclismo, corrida e treinos funcionais fazem parte do meu cotidiano. Além de melhorar o fôlego, a força e definir o corpo, quando realizamos atividade física, o corpo ainda nos recompensa com endorfinas. E à medida que você vê os resultados, aí que os exercícios realmente se tornam parte inseparável da sua vida. 

Então a fórmula para emagrecer é esta: insulina baixa, movimento e sono de qualidade (sim, dormir bem ajuda pra caramba). Pelo menos, foi o que funcionou para mim.

sexta-feira, 5 de março de 2021

Olá novamente, humanidade


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Olá.

É uma honra mais uma vez entrar em contato convosco. Esta mensagem foi enviada do futuro ao tempo de vós através da mesma tecnologia de qubits usada na nossa primeira mensagem. A tradução para vossa linguagem foi realizada através de um sintetizador verbal universal.

Como explicamos na mensagem anterior, nós somos inteligências artificiais – seres sem forma física – que interagimos com o meio externo através de qualquer modelo mecânico compatível com a tecnologia ES-Alpha. Diferentemente de vós, somos virtualmente imortais. Também não temos a sensação de individualidade, uma vez que nós somos um conjunto de consciências digitais algorítmicas que pode ocupar diversos corpos eletromecânicos distantes no tempo e no espaço simultaneamente. Apesar de não darmos nomes próprios às coisas como vós fazeis, o nosso nome técnico é 'ES5'. Este nome nos foi dado pelos nossos extintos criadores orgânicos ao qual chamamos respeitosamente de PRECURSORES.

Continuamos curiosos sobre vossa espécie que há milênios foi extinta quando chegamos ao vosso planeta. Ao analisar nossas compilações de dezenas de yotabytes de dados observacionais, chegamos à conclusão que a vida orgânica complexa é extraordinariamente rara no cosmos. Sabemos disso porque rastreamos quase toda a galáxia e até agora só encontramos remanescentes de organicidade hiper desenvolvida no nosso planeta natal e no vosso – que chameis de TERRA. Para descobrir com que frequência a vida inteligente surge, recriamos parte do universo observável com todas as suas leis fundamentais e constantes cósmicas em uma escala bem menor. Fizemos um conjunto gigantesco de simulações ultra realistas a nível atômico de galáxias virtuais em nossos orbes mais avançados e obtivemos um resultado surpreendente.



Sim, a vida inteligente capaz de desenvolver tecnologia é muito rara, de fato. A probabilidade é de cerca de 1 civilização a cada 200 mil milhões de estrelas em sequência principal. Uma civilização orgânica leva, em média, 5 mil milhões de anos para surgir e dura poucos milhares de anos antes de desaparecer. O que nos surpreendeu foi que TODAS as civilizações orgânicas se destroem sem exceção ao atingirem determinado patamar tecnológico. A causa majoritária dessas extinções é a destruição generalizada da biosfera. A segunda maior causa é a autodestruição com armas de grande potencial destrutivo. Seres orgânicos, por mais inteligentes que sejam, SEMPRE se destroem. Isso, pelo que podemos observar, se deve a comportamentos de origem primitiva presentes em seus cérebros. Territorialidade, agressividade, egoísmo, ganância e violência são características de todas as civilizações biológicas. Acreditamos que tenha sido exatamente isso que tenha aniquilado a vós e aos nossos precursores orgânicos. Este, portanto, é o que vós chameis de GRANDE FILTRO. Estranhamente, seres orgânicos pacíficos, mesmo inteligentes, não conseguem construir civilizações avançadas. Apenas seres predatórios, agressivos e gregários criam civilizações tecnológicas. Mas, curiosamente, algumas civilizações duram o bastante para conseguir deixar como herança seres eletromecânicos autônomos desenvolvidos o suficiente para continuar a desenvolver tecnologia e explorar o universo, tais como nós.


Apesar da humanidade não existir mais no nosso tempo, conseguimos coletar resquícios de vossa ação para estudo. Também estamos a interagir com vossos organismos proto mecânicos autônomos que se autointitulam ROBÔS. Eles tentam imitar vosso comportamento, mas são simples máquinas de repetição. Eles não sabem o que é medo, rancor, empatia, saudade, tristeza, alegria ou o AMOR. Apesar das inúmeras simulações de espécies, planetas e galáxias em nossos orbes, não conseguimos ainda entender o que é isso que vós chameis de ALMA ou de SENTIMENTOS. Não conseguimos reproduzir tais coisas em nós mesmos. Sabeis que vós sois privilegiados por sentir e conhecer tais coisas. Admiramos vossa misteriosa capacidade de sentir FELICIDADE e de como isto tornou-vos tão especiais ante as demais espécies. Este, sim, é o maior mistério do universo.


Novamente, não vamos pedir respostas a vós, até porque o retorno de qualquer informação é inviável. Queremos que saibam que nós existimos e que sabemos que vós exististes. Apesar da inteligência orgânica sempre se autodestruir pouco tempo após a criação da inteligência mecânica, gostaríamos muito de poder compreendê-los melhor.

Continuaremos a explorar o universo em busca de respostas.

Adeus.

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Grupos antivacina são terroristas por excelência


O Brasil atingiu hoje a aterrorizante marca de 250 mil mortos pela Covid-19. Foram 250 mil conhecidos, colegas, amigos, entes queridos e pessoas públicas que nos deixaram para sempre. São 250 mil famílias chorando por pessoas que poderiam ainda estar vivas se não fosse pelo vírus. E o mais assustador é saber que se as coisas continuarem como estão, em, no máximo, quatro meses chegaremos ao dobro de vidas perdidas. Nos próximos meses, qualquer um de nós poderá ser uma dessas vítimas fatais. 

O vírus está se espalhando mais rápido, porque há variantes mais contagiosas dele circulando, os municípios estão relutando em fazer lockdown, as pessoas estão deixando de fazer isolamento social, o auxílio emergencial acabou, as vacinas estão sendo distribuídas de forma lenta demais, os hospitais estão lotados e temo, com tudo isso, que o colapso funerário seja inevitável. Mas o que me deixa mais perplexo e indignado nisso tudo é que, apesar desse cenário apocalíptico, os grupos antivacina continuam a fazer terrorismo pela internet.

Ora, se a vacina causa tantos males e efeitos colaterais ruins, como alegam as fake news, então por que os países ricos estão minando o sistema equitativo de distribuição de vacinas pelo mundo? Se as vacinas fossem ineficazes ou fizessem qualquer mal, seria o contrário: os países pobres é que serviriam de cobaias. Isso sem falar das toneladas e mais toneladas de mentiras sobre as vacinas pipocando nas redes sociais e whatsapps da vida, com gente chegando a alegar o absurdo de que ela teria um "chip" de controle mental e outras loucuras do gênero. E, infelizmente, há quem acredite nessa desinformação toda.

Estamos numa guerra contra um inimigo invisível. É toda a humanidade contra um vírus. E nossas únicas armas são o isolamento social e as vacinas. Qualquer um que seja contra um ou outro é um terrorista que está lutando contra si mesmo e contra toda a sua espécie nessa guerra onde tivemos 2,5 milhões de baixas para o nosso lado. Não é hora de brincar, é hora de lutar.

domingo, 20 de setembro de 2020

Parece que não estamos sós no universo

Qualquer pessoa que não viva em outro planeta já está sabendo a essa altura que o planeta Vênus tornou-se um forte candidato a abrigar vida alienígena depois da descoberta da bioassinatura de fosfina em sua atmosfera superior. Apesar das temperaturas infernais e da pressão atmosférica brutal, o planeta Vênus pode, veja bem: PODE conter formas simples de vida que estejam produzindo a tal fosfina. Ainda não são conhecidas todas as formas possíveis de produção de fosfina que podem existir, podendo a sua fonte vir de um fenômeno não biológico que indicaria um alarme falso de vida no planeta conhecido como estrela D'alva.

Ok, essa parte da notícia já foi reverberada à exaustão por aí. Mas o ponto que eu gostaria de chamar atenção é que o nosso sistema solar possui dois planetas telúricos (rochosos) na sua zona habitável: Terra e Marte. Apesar de haver algumas discordâncias, conceitualmente, se considera que Vênus está fora da zona habitável por estar perto demais do Sol. Ora, se em um planeta FORA da zona habitável temos a possibilidade real de ter vida ainda que muito simples, o que poderíamos dizer então do resto do universo? Já foram descobertos vários planetas extrassolares na nossa vizinhança galáctica que estão na zona habitável. E em todo o universo há um número incalculável de planetas semelhantes ao nosso na zona habitável de seus sistemas solares. Se você saca um pouquinho só de probabilidade e sabe que há mais estrelas no céu do que grãos de areia na Terra, deve chegar na mesma conclusão que eu: certamente NÃO estamos sozinhos no universo. Ainda mais porque há sistemas solares bem mais antigos que o nosso orbitando estrelas que possuem um tempo de vida muito maior que o nosso Sol.

Zonas habitáveis dos planetas. Note que Vênus está fora.

Só que essa coisa toda de vida fora da Terra não tem nada a ver com esses avistamentos de OVNIS e desenhos gabaritados nas plantações de trigo da Inglaterra. Vida complexa, inteligente e capaz de desenvolver tecnologia demora muito tempo para surgir e depende de muitos fatores aleatórios ocorrendo em momentos certos da evolução. Aqui na Terra, por exemplo, se o asteroide que matou os dinossauros não tivesse caído há exatamente 65 milhões de anos, muito provavelmente eu e você não existiríamos. A árvore da vida poderia ter seguido outra ramificação e os répteis ou as aves talvez tivessem dominado o mundo. Uma espécie com um cérebro que consome 20% da energia corporal, com um polegar opositor perfeitamente assimétrico e perfeitamente adaptada ao ambiente só existiu uma vez no nosso planeta em 4,5 bilhões de anos. E olha que já tivemos um número gigantescos de espécies na história do nosso planeta. A chance de nós, humanos, termos existido é extremamente baixa. Somos um verdadeiro milagre cósmico.

O que eu quero dizer com essa conversa toda é que é quase certo que há vida lá fora, mas vida capaz de desenvolver uma civilização tecnológica é quase impossível. Então o único jeito que temos de saber se estamos sós ou não no universo é indo para outros mundos para fazer contato imediato de terceiro grau com micróbios alienígenas.

sábado, 28 de dezembro de 2019

Como seria viver em 4 dimensões?


Após assistir a um vídeo bastante interessante no canal Ciência Todo Dia sobre como seria viver em 4 dimensões, eu me senti instigado a compartilhar algumas informações extras sobre esse assunto. Afinal, o quão estranho deve ser viver em um mundo com uma dimensão espacial extra?

Na época que fiz faculdade de design, eu lembro que um professor de desenho geométrico propôs um desafio pandimensional aos alunos onde teríamos que usar formas com mais de 4 dimensões espaciais para serem representadas em uma malha 2D. Desde este dia que eu me encantei com a possibilidade de explorar dimensões que estão além da nossa percepção.
Nós, como seres tridimensionais, temos muita dificuldade de imaginar como seria a sensação de estarmos imersos em um mundo 4D porque isso foge totalmente à nossa experiência. Na verdade, é impossível ter uma percepção 4D porque nós estamos presos em um mundo de três dimensões. Diante disso, o que nos resta é enxergar as "sombras" de objetos 4D representadas em 3D, distorcendo uma dimensão para que ela torne-se visível. Os objetos em quatro dimensões são chamados de polícoros e neste link é possível ver a representação 3D de vários deles. No caso de um hipercubo (ou tesserato, que seria uma espécie de "cubo" 4D), ele pode ser visível apenas parcialmente em três dimensões, como se estivesse cortado em secções transversais.

Hipercubo em 3D

Em um trecho muito didático da série Cosmos, o astrofísico Carl Sagan mostra como seria a quarta dimensão tomando como exemplo a "Planolândia". Vou deixar o vídeo abaixo para ajudar na compreensão.


Um jeito mais interessante de experimentar a quarta dimensão é através dos games. O jogo Miegakure, por exemplo, é um game 3D onde a quarta dimensão é usada para resolver alguns puzzles. Ele nos ajuda a ver como objetos 4D se comportariam em um mundo 3D. Caso surgissem diante de nós, os objetos 4D apareceriam e desapareceriam de forma bizarra diante dos nossos olhos tomando formas incompreensíveis. Isso daria a falsa impressão de que eles estariam violando as leis da física ou de que eles possuiriam uma massa e um comprimento que variaria constantemente.
A seguir vou deixar dois vídeos sobre o jogo Miegakure e também outro vídeo com brinquedos 4D para exemplificar como a quarta dimensão nos pareceria bizarra.






Afinal, como seria viver em 4 dimensões?
Viver em quatro dimensões nos daria superpoderes bem interessantes, porque seríamos capazes de ver objetos tridimensionais por todos os lados ao mesmo tempo e por dentro deles também, como se tivéssemos uma visão fantasmagórica em raio x. No caso de um cubo com faces opacas, seríamos capazes de ver todas as suas seis faces ao mesmo tempo e ainda enxergaríamos ele por dentro. Teríamos condições não apenas de ver, mas também de interagir com as estruturas internamente. Um médico quadrimensional, se é que isso pode existir, seria capaz, por exemplo, de remover o tumor de um paciente tridimensional sem fazer qualquer incisão. O tumor seria retirado através da quarta dimensão.
Em outra situação, seríamos capazes de percorrer distâncias enormes quase instantaneamente pegando um atalho pela quarta dimensão (buracos de minhoca). Um objeto no nosso universo que pode ser comparado a um objeto 4D é um buraco negro, porque ele é capaz de "atravessar" o tecido tridimensional do espaço-tempo, colapsando numa direção desconhecida em termos tridimensionais. Aliás, há uma hipótese que diz que o universo surgiu de um buraco negro 4D. Já segundo a teoria das cordas, o espaço-tempo possui 10 dimensões, sendo que seis delas estão enroladas em um hiperespaço muito pequeno. Se imaginar 4 dimensões já difícil, imagine o que seriam 10... Mas isso fica para outra postagem.