quinta-feira, 31 de agosto de 2017

A menina do mar


Já que eu resolvi entrar na onda de publicar os meus poemas, decidi então deixar mais um por aqui. Este poema foi um dos primeiros que escrevi, justamente quando eu tinha dezesseis anos de idade e estava perdidamente apaixonado por uma colega de classe. Aliás, foi graças a essa paixão na adolescência que despertei de vez o meu lado artístico e comecei a escrever versos, poesias, músicas e crônicas. Apesar deste ser um poeminha bem simples, ele foi marcante para mim porque ele foi lido pela menina que eu estava apaixonado na época. Note que a mensagem contida na vertical foi uma forma indireta de dizer que eu a amava. Será que ela percebeu essa mensagem?

A MENINA DO MAR
Menina linda do mar
Eu quero te encontrar
Nunca te esquecerei
Ingênua e doce
Não sei aonde você foi
Ainda espero te encontrar

Eu preciso do teu amor
Usufruindo do teu calor

Teu majestoso corpo cheira a maresia
E teu rosto de boneca é são e sapeca

As marinas bailam no oceano
Mas a sereia não está lá
Onde estará a menina do mar?

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Reitero: A Venezuela não é o Bananil


Eu tenho evitado acessar as redes sociais e ler notícias sobre política para não passar raiva. Mas como ontem tive que abrir uma exceção para ajudar um amigo no Facebook, me deparei quase sem querer na minha timeline com um vídeo que mostra como a Venezuela se prepara para enfrentar a ameaça de invasão militar por parte dos EUA. Enquanto que no Brasil os nossos políticos abrem as pernas para o imperialismo do Tio Sam com medo de algum porta-aviões ianque aparecer na costa brasileira, na Venezuela o gringo invasor é recebido à bala. A população recebe treinamento militar e armas para chutar o traseiro do Tio Sam e sua sede insaciável por petróleo. O vídeo abaixo mostra mais uma vez que a Venezuela não é o Bananil. Lá é o povo que manda.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Moro com Skank, ovadas e cuspes


Eu disse em uma postagem anterior que faria o possível para evitar falar de política, mas tem algumas coisas que não dá para ignorar. Digo isso porque há uma atitude muito feia vindo pelo lado que se julga progressista que é essa agressividade e essa hostilidade exacerbada contra os ícones da direita. Sim, eu concordo que a direita brasileira é um lixo por ser irresponsável, golpista e antinacionalista. Mas isso não significa que as pessoas de direita devem ser desrespeitadas. Não somos obrigados a gostar de ninguém, mas somos obrigados a respeitar a todos. O que não merece respeito são as ideias. As ideias, sim, merecem ser atacadas, hostilizadas e desconstruídas. Por isso mesmo eu reprovo inteiramente cusparadas, ovadas e outras agressões a políticos (ou contra qualquer pessoa). Por mais que eu ache, por exemplo, Bolsonaro um sujeito desprezível, isso não me dá o direito de jogar o que quer que seja nele. Atirar ovos no deputado, além de ser uma agressão, acaba deixando ele numa situação de vítima, o que fortalece o discurso dele de que a esquerda é intolerante, nojenta e agressiva.

Foto entre ídolos e fãs

Outro acontecimento recente foi o vomitaço feito na fanpage da banda Skank pelo fato dos músicos terem recebido o juiz Sérgio Moro nos camarins e publicado uma foto junto com ele e sua esposa. Eu entendo a ojeriza que a esquerda tem deste juiz, mas hostilizar a banda Skank por causa de uma foto? Tinha gente dizendo que iria boicotar a banda e xingando os músicos: fato este que não me parece uma atitude muito civilizada. O público leigo talvez não saiba, mas uma banda ou um grupo de artistas precisa ser respeitoso com seus fãs. Negar foto com quem quer que seja é uma grosseria. Se você não respeita as pessoas que pagam para assistir os teus shows e que compram os teus discos, você estará fadado ao fracasso. O artista precisa ter uma atitude mais diplomática e ser simpático até com gente que você preferia nunca ter visto na vida. E mesmo que o Skank seja partidário da Lava Jato e do juiz de Curitiba, é um direito deles ser a favor do que quiserem. Da mesma forma que eu sou a favor de Lula e Ciro, que são tão odiados pela direita, outras pessoas têm o direito de serem a favor de quem pensa diferente de mim e de quem eu não gosto. A democracia funciona assim.

Enfim, resolvi voltar a falar deste assunto porque ele é mais uma questão de civilidade que uma questão política. Precisamos de mais respeito e de menos briguinha de torcida. Se é contra a essa insanidade promovida pela direita brasileira na nossa política, proteste do jeito certo.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Charlene


Prosseguindo com a sequência de poemas, este foi escrito há quase 15 anos quando o cupido por pouco não me tirou do sério. Nada mais justo que homenagear um certo alguém que por mais que o tempo passe, nunca sai da nossa memória.

CHARLENE     
Calda de caramelo na voz...
Nem precisava de adoçante.
Menina-nuvem!
Ela vai e vem
E eu aqui na terra.

Silhuetas hipnóticas
E curvas infinitas
Jogando pingue-pongue
Com os meus olhos.
Acho que ela é cega!
Ou sou eu pequeno demais?

Menina-avestruz!
Pernas intermináveis,
Pescoço comprido,
Só falta voar...
Mas avestruz não voa
...Não voava!

Soberana sobre seus saltos
A princesa parece flutuar.
Palavras não estão à altura
Para descrever tamanha
For-mo-su-ra.

Cabelo trigueiro e escorregadio
Só brilham menos que seus olhos.
Só harmonia (e tentação!)

Adeus, menina
Você vai para o céu (maldita!)
E eu vou para o hospício.

domingo, 27 de agosto de 2017

O Beijo


Já que estou no embalo de publicar poesias, vou deixar mais uma de minha autoria neste post. Esta foi, inclusive, uma das preferidas do meu pai, que também era poeta.

O BEIJO
Um beijo não se traduz
Em duas bocas que se enlaçam
Ou em dois lábios que se afagam.
Um beijo de verdade
É o encontro de duas almas
Quando o coração não mais se acalma.

Um beijo não está
Nas salivas repletas de bactérias
Nem nas saburras que se confundem,
Porque um beijo transcende a matéria
No infinito onde as almas se fundem.

Um beijo não abriga
O estalo frio de um pobre ósculo
De dois beiços quase inócuos.
O beijo está na magia
De cada suspiro de euforia.

Um beijo não é
O âmago de um breve prazer
Nem o alívio para a solidão.
O beijo é uma forma de dizer
O que palavras jamais dirão.

sábado, 26 de agosto de 2017

Meus Olhos Não São Verdes


A seguir, mais uma poesia de minha autoria com tema político para não deixar o blog parado:

MEUS OLHOS NÃO SÃO VERDES
Meus olhos não são verdes
Porque a verdade não é o que vós verdes,
Verdade é o caráter que transparece
Onde a virtude não precise se tornar prece.

Minha alma é de guerreiro,
Mas meu nome não é de herói.
Neste reino eu nunca fui o primeiro,
Mas não serei mais alvo da mácula que me corrói.

Meu reino é rico em prata e ouro
E possui colheitas fartas no outono,
Mas vendo de longe, parece outro,
Com desonras que eu não outorgo.

Meu céu tem muitas estrelas,
Mas não consigo compreendê-las.
Meu coração não é de pedra,
Mas também não conserva as virtudes mais belas.

Não! Que vós não espereis de mim
A cumplicidade de um silêncio sem fim,
Nem a piedade de um pai bondoso,
Nem que eu carregue esta estampa em meu rosto.

Minha dignidade não tem preço,
Eu quero apenas o que mereço.
Não julgueis estes ou aqueles,
Sabei, apenas, que meus olhos não são verdes

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Estrelas Tortas


Para não deixar esta sexta-feira passar em branco, vou publicar um antigo poema meu que tem tudo a ver com o nosso atual momento político:

ESTRELAS TORTAS
Dói-me ouvir as palavras inconsistentes
De um verborrágico discurso mal dito
Que seduzem os frágeis tímpanos dementes
Perpetuando tudo que é translúcido e maldito.

Palavras tortas são como tenebrosos fuzis
Ocultas nos provérbios mais sutis
À espera de uma mente “çabida”
Para ser vilipendiada e abatida.

É preciso saber saber
Pois o poder de conhecer
É capaz de arremessar ovos e tortas
E destronar do poder as estrelas mais tortas.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

O Brasil não irá melhorar


Desde o Golpe parlamentar de 2016 que eu tenho visto apenas notícias ruins sobre o Brasil. E a cada dia que passa é um absurdo novo que acontece. Enquanto isso, o nosso povo está inerte, porque a nossa classe média é despolitizada, os pobres não têm acesso ao capital cultural e a nossa elite quer apenas roubar o Estado sem pagar nenhum centavo de imposto. Em mais alguns anos, esse projeto neoliberal radical vai transformar o nosso país em um Haiti gigante. Teremos o aumento da violência, da criminalidade, do desemprego, da evasão escolar e das mortes por inanição. E não haverá qualquer perspectiva de melhora em menos de 50 anos. Como se tudo isso não bastasse, a reforma política que vem por aí – que inclui o parlamentarismo – vai destroçar de vez o Brasil e enterrar qualquer vestígio de democracia que possa existir.

Não teremos revoluções ou agendas progressistas para reduzir a desigualdade e dar iguais oportunidades aos nossos cidadãos. E sempre que acharmos que será impossível piorar, o poço vai ficar ainda mais fundo. Esse país não tem mais jeito. Pode aumentar os impostos, reduzir o salário mínimo, abolir a previdência social e entregar  todo o patrimônio público para os gringos que ninguém irá fazer nada. O nosso povo apático e conformado não está preocupado com política. O que interessa, como sempre, é  futebol, religião, sexo e umas cervejinhas nos finais de semana como escapismo para a vidinha de merda que todos iremos ter de agora em diante.

Eu estou cansado e sem o menor ânimo para escrever sobre política. Acho que já disse tudo o que foi necessário nesses exatos 500 posts publicados sobre esse assunto. Esse tema está simplesmente tirando o meu bom humor, a minha saúde e as minhas esperanças. Por isso, de agora em diante, vou evitar falar sobre política neste blog. Vou procurar escrever sobre temas que eu realmente gosto e deixar que a nossa direita e os nossos coxinhas se deliciem com as ruínas de um país que tinha tudo para ser grande, mas que não será mais.

Adeus, Brasil.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Guest Post: Criança Desesperança


Sem tempo, sem ânimo e sem paciência para escrever, vou deixar hoje para reflexão um texto brilhante do jornalista Moisés Mendes sobre o programa Criança Esperança da Globo. Ele simplesmente tirou as palavras da minha boca.

"AS CRIANCINHAS DA GLOBO"
Quando fez o gol mil, Pelé produziu a famosa frase com o apelo: “Pensem nas criancinhas”. Mas o Brasil não embarcou na conversa e no choro do craque que nunca fez nada de muito importante pelos negros e pelas criancinhas pobres.
A Globo é o nosso Pelé permanente com essa campanha anual da Criança Esperança. Um grupo que sempre conspirou contra projetos de esquerda que poderiam mexer nas estruturas das desigualdades (que maltratam as crianças porque antes maltratam os pais das crianças) passa o chapéu para que tudo continue como está.
Para a Globo, as nossas misérias podem ser resolvidas com altruísmos patrocinados. Uma corporação gigantesca usa seu poder de comunicação para se apropriar da ideia da benemerência como substituta, e não como complementar de uma política transformadora e de ações coletivas permanentes e efetivas.
Prevalece a máscara do marketing oportunista da solidariedade eventual, para que alguns se consolem com um gesto por ano pelas criancinhas. Quem puder, que doe trinta reais e acalme sua consciência. A Globo usa as criancinhas para parecer bondosa.
Pergunte aos donos da Globo se eles pagariam mais impostos, para que as criancinhas e suas famílias, suas escolas e suas comunidades não dependessem das suas campanhas de donativos.
(Pretendia escrever duas linhas e saiu tudo isso, nesse tom discursivo, sob inspiração de um post do Zé Adão Barbosa, que li ontem e dizia o seguinte: “Deve ser foda pra alguns artistas da globo terem que apresentar "criança esperança". Eu morreria de vergonha”.)

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Youtuber olavista é desmoralizado outra vez


Como se não bastasse a coça intelectual que levou para o vlogger Leon, Nando Moura também foi desmoralizado por outros dois youtubers após o seu desastroso vídeo onde ele tentou convencer o seu público-alvo de que o nazismo era de esquerda.
Os vídeos abaixo são tão ricos em informações que enterram de vez não apenas as falácias do metaleiro reacionário, mas também essa ideia delirante de que o nazismo tinha alguma coisa a ver com a esquerda política. Vale a pena assistir:




segunda-feira, 21 de agosto de 2017

E agora, terraplanistas?


Hoje tivemos o eclipse total do sol para o hemisfério norte. Eu realmente estou curioso para saber o que um defensor da "teoria" da Terra plana teria a dizer a respeito deste evento. Os cérebros desses conspiradores devem estar dando tela azul para tentar explicar como pode ocorrer um eclipse em uma Terra plana. A natureza mostrou mais uma vez que contra fatos não há argumentos.

Juro que tentei sentir pena dessa gente, mas não consegui.

domingo, 20 de agosto de 2017

Abstrações ateístas


Como faz bastante tempo que eu não posto nada de relevante na tag ateísmo e também estou miseravelmente cansado e sem tempo para escrever sobre o que eu gosto, vou deixar algumas pequenas reflexões sobre o deus judaico-cristão nas ilustrações abaixo:







Não gostou?
Olha a minha cara de preocupação:

sábado, 19 de agosto de 2017

Para o mundo que eu quero descer!


Numa mesma semana tivemos uma overdose de notícias ruins que nem os piores pessimistas poderiam imaginar ser possível. Foi passeata da extrema direita nos EUA e na Europa, presidente americano condizente com neonazistas, gente sendo assassinada em protestos nos EUA, atentado terrorista em Barcelona, uma mini Guerra Fria entre EUA e Coreia do Norte, ameaça de invasão militar na Venezuela, Ministro da suprema corte brasileira soltando bandidos, redução do salário mínimo... É muita desgraça para uma semana só!
Nunca fui capaz de imaginar um futuro tão tenebroso quanto o que temos hoje. Parece que a Lei de Murphy resolveu pegar pesado desta vez.
Para o mundo que eu quero descer!

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Brasil leva outro 7 a 1, desta vez para Cuba


É engraçado como algumas pessoas são totalmente alienadas não apenas com relação à realidade de outros países, mas também com a do próprio país. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Cuba está a sete posições de diferença acima do Brasil no IDH. Cuba ocupa atualmente a 67º posição, enquanto o Brasil está na 75º. Se fôssemos comparar a riqueza do Brasil e de Cuba proporcionalmente – e tomando como referência o PIB per capita – o Brasil deveria estar muito acima de Cuba, mas não é isso que acontece. Como se não bastasse, o Brasil está atrás até da Venezuela que é tratada como um inferno na Terra pela nossa direita inculta e atrasada.

Para tirar a prova, olhe os dois gráficos abaixo e compare Cuba com o Brasil. O primeiro é uma ilustração do desempenho cubano em áreas que formam o IDH. O círculo é o desempenho esperado em função do PIB per capita. Fora do círculo desempenhos superiores aos esperados. Dentro, menores. O segundo gráfico é o desempenho do Brasil. Repare bem nos assassinatos e a desigualdade de renda onde estão (clique para ampliá-los):

IDH cubano

IDH brasileiro


O Brasil só supera Cuba em erosão da Terra. Ou seja: Cuba dá uma cacetada no Brasil muito maior que aquele humilhante 7 a 1 da Copa do Mundo. Enquanto os nossos reaças estão aí preocupados com Cuba e Venezuela, eu estou preocupado com a destruição neoliberal promovida por Michel Temer e por essa oligarquia predatória que o apoia.
O meu amado Brasil não merecia isso.

Podem comemorar, crianças, vocês venceram de goleada!

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Youtuber reaça é desmoralizado internacionalmente


O metaleiro olavista Nando Moura publicou recentemente um vídeo onde ele defendeu com dezenas de argumentos falaciosos que o nazismo era de esquerda. O vídeo dele foi uma resposta ao Leon Martins, do canal Coisa de Nerd, que refutou no Twitter essa ideia debiloide de que o nazismo era de esquerda.


Enfim, em resposta ao Nando Moura, Leon e Nilce gravaram um vídeo histórico recheado de informações e de referências acadêmicas para enterrar de vez essa história de que "o nazismo é de esquerda".
O vídeo da maior sova intelectual que alguém poderia levar segue abaixo:

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

A Coreia do norte merece mais respeito que os EUA


Eu acho uma ironia esse pessoal que adora pagar pau para os ianques, mas vive defenestrando a Coreia do Norte. Os EUA invadem países, derrubam governos, fazem embargos, matam milhares de civis, criam o caos no oriente médio, ameaçam fazer guerras nucleares, saqueiam países e vem esse monte de idiotas dizer que o problema do mundo é a Coreia só porque ela tem meia dúzia de bombas para autodefesa. Não estou aqui defendendo o regime de Kim Jong-Un: estou apenas questionando como pode existir tanta gente apedeuta a ponto de achar que a Coreia é o problema do mundo.
Pena que a Coreia não tem força militar para vencer um conflito direto contra os EUA, porque seria uma delícia ver o imperialismo ser destruído e a democracia e a paz voltarem ao mundo.

Que se danem os EUA e a sua democracia burguesa fajuta.

Não gostou?
Então pega eu!
Rarará!

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Trump: o bufão laranja


Como hoje eu estou cansado e sem tempo, vou deixar dois vídeos para reflexão sobre o pior presidente da história dos EUA: o oompa loompa bufão Donald Trump. O primeiro é um vídeo muito bacana do visionário Cláudio Prado onde ele faz uma explanação cheia de divagações sobre as peripécias dessa mudança de zeitgeist que está ocorrendo no início deste século. O segundo vídeo é do Nelson Mandela, onde ele critica os EUA por sua postura imperialista, genocida e belicosa. Trump é detonado direta e indiretamente nos dois vídeos. Afinal, não há como não criticar um presidente que põe no mesmo nível progressistas e nazistas, e que está desesperado para invadir militarmente a Venezuela e soltar armas de destruição em massa na Coreia do Norte.




segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Gwent: o viciante jogo de cartas do Witcher 3


Eu nunca fui fã de jogos de cartas, mas depois que descobri o jogo de cartas do game The Witcher 3 – o famigerado Gwent – mudei meus conceitos. À primeira vista, o Gwent parece um jogo meio complicado, mas na verdade é bem simples. Vence aquele que conseguir somar mais pontos sobre o tabuleiro ao final de duas rodadas. E para jogar, temos cartas de personagens, de heróis, de monstros e outras que alteram o clima, eliminam cartas adversárias ou que dobram o poder dos nossos cards. Enfim, só jogando mesmo para entender.
Mas o que me impressiona mesmo nisso tudo é que o Gwent é um jogo dentro de outro jogo. Para jogar Gwent, é preciso abrir o game The Witcher 3 e encontrar algum adversário para duelar com o protagonista Geralt de Rivia. Normalmente, aposta-se o dinheiro do jogo (ou outras cartas) nas partidas, o que torna a coisa ainda mais viciante.

Pense num joguinho viciante...

Como eu já terminei o Witcher 3 em três campanhas diferentes e contabilizo mais de 400 horas jogadas, o que me resta agora no game é jogar o viciante Gwent. Chega a ser engraçado, porque eu abro o game só para jogar cartas. Das 400 e tantas horas de game, acho que 1/5 delas, no mínimo, foram gastas com as partidas de Gwent. É impressionante como os jogos mais simples continuam sendo os melhores e mais viciantes.
Apesar de existir o jogo de Gwent físico e de haver outras versões virtuais dele lançadas pela produtora CD Porjekt Red, a melhor versão é a que roda dentro do próprio Witcher 3.

A seguir, um trailer muito bacana da versão online:


Enfim, este foi um post besta qualquer para sair da rotina e falar mais sobre games.

domingo, 13 de agosto de 2017

A brilhante crítica social no GTA 5


Neste domingo, eu consegui uma coisa que tem se tornado cada vez mais rara para mim: tempo livre suficiente para jogar o GTA 5. Apesar de nunca ter feito referências diretas sobre este game aqui no blog, eu jogo a série GTA deste o primeirão lançado para PC lá nos anos 90. O meu GTA favorito foi o San Andreas pela verdadeira obra de arte que aquele jogo foi. Mas enfim, voltando ao GTA 5 – que eu comprei pela Steam em 2015, mas só consegui tempo para jogá-lo agora – o jogo me impressionou bastante. Os gráficos, a jogabilidade, a grandiosidade do mapa e a complexidade de todo o jogo é maior, inclusive, que a do GTA 4. Mas o que realmente me chamou atenção jogando hoje foi a reprodução de algo que é muito pouco denunciado pela nossa mídia e que ocorre bastante nos EUA: a pobreza.

Ao sair do cinema – sim, é possível assistir a filmes em um cinema dentro do próprio jogo – eu me deparei com moradores de rua dormindo nas calçadas, catando restos de comida nas lixeiras e morando de forma muito precária debaixo de uma ponte. Isso é algo que realmente acontece nos EUA e na imensa maioria dos países capitalistas, mas muita gente prefere fingir que não existe. E, realmente, foi uma jogada de mestre da Rockstar Games reproduzir essa realidade no game como forma de criticar o sistema.

GTA 5 não esconde a realidade que fingimos não existir.

Apesar de algumas pessoas alegarem que a cidade do game não é real, ela foi inspirada em Los Angeles e possui várias referências (ou paródias) famosas da cidade. E a pobreza também existe em Los Angeles. Da mesma forma que a Rockstar faz críticas a uma série de outras coisas no game, ela também fez com relação à desigualdade social. E nós não podemos continuar fechando os olhos para um mundo onde há tantas pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, sem moradia, sem comida e sem dignidade. Temos que nos conscientizar que é preciso mudar tudo isso através da política, porque não há outro modo de se resolver as injustiças sociais senão através das políticas públicas.

Parabéns, Rockstar.

Até quando teremos que aturar isso?

sábado, 12 de agosto de 2017

Como Cuba se livrou do fascismo


Hoje eu fiquei abismado com toda a loucura que tem acontecido recentemente nos EUA. Primeiro foi o protesto da extrema-direita norte-americana onde fascistas, nazistas, supremacistas e racistas saíram às ruas com tochas, fazendo saudações nazistas e gritando palavras de ordem contra minorias. Depois foi a vez de um carro atropelar dezenas de pessoas no protesto contra a marcha dessa extrema-direita. Foram três mortos e mais de trinta feridos. Mas, de certa forma, nada disso é novidade para quem conhece a história dos EUA. Os EUA, assim como a maioria dos países capitalistas, possui uma parcela significativa de sua população formada por esses grupos de supremacia racial e fascistas. Isso é uma consequência da própria selvageria do capitalismo que nos impõe a competição, o individualismo, o egoísmo e o falso senso de superioridade. Por isso mesmo, um dos poucos países do mundo que não possui fascistas, nazistas e afins, para desespero da nossa direita, é justamente o país que os reaças mais odeiam: Cuba. Mas você sabe como foi que Cuba eliminou o fascismo do seu território?

Fidel e Malcolm X unidos contra o racismo.

Primeiramente, os fascistas foram vencidos durante a revolução cubana. Muitos deles fugiram da ilha junto com o ditador Fulgencio Batista após a tomada do poder pelos guerrilheiros de Sierra Maestra. Outros fascistas receberam pena capital no tribunal revolucionário. Também houve aqueles que fugiram de Cuba em balsas precárias para depois tentarem retomar o poder na fracassada invasão da Baía dos Porcos. Mas não foi assim que Cuba eliminou definitivamente os fascistas. Os fascistas foram varridos de Cuba pela raiz: pela excelente educação dada aos cidadãos da ilha caribenha.
Em Cuba, Fidel politizou a população e combateu veementemente toda e qualquer forma de fascismo. Juntamente a isso, Fidel combateu a miséria e a desigualdade ao investir pesado em saúde, educação e moradia para todos. Como se tudo isso não bastasse, Cuba recebeu imigrantes negros norte-americanos que eram perseguidos em seu país e Fidel teve um encontro histórico com o líder do movimento negro Malcolm X. Em Cuba houve um investimento pesado no social, no combate ao racismo e numa educação realmente libertadora. Essa foi a tática para vencer o fascismo.

Sim, eles são felizes!

Enfim, por tudo isso, Cuba não tem racistas, nazistas, fascistas ou qualquer vertente dessa extrema-direita imunda que tem voltado a crescer no mundo. O medo que os nossos reaças têm do "Brasil virar Cuba" é, lá no fundo, o medo de não poderem mais expressar impunemente o ódio contra negros, pobres e nordestinos. O medo de uma educação crítica expresso pelo projeto escola sem partido é o medo de não haver mais espaço para se tolerar discursos de ódio e de naturalização da desigualdade. Por fim, o medo do "comunismo" é o medo de uma sociedade mais fraterna, igualitária e justa.


sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Encordoamento 09 para violão: tô fora!


Sei que o tema política tem se tornado prioritário neste blog, mas para sair um pouco da rotina, hoje vou falar um pouco sobre música, ou melhor: sobre violão. Vou fazer uma análise rápida sobre um encordoamento que não me agradou muito.

Eu toco violão há 16 anos e nunca havia tocado antes em violões de cordas de aço com encordoamentos menores que o calibre 010. Então aproveitando uma manutenção geral que fiz no meu violão, resolvi experimentar um encordoamento de diâmetro menor, o 09, para ver se era mais confortável e também como ficava o som.
Como eu uso o 09 na guitarra e o acho perfeito, então fiquei curioso para saber como esse mesmo calibre se comportaria no violão. Enfim, troquei as cordas e resolvi tocar para ver no que dava...

A primeira coisa que percebi é que as cordas são MUITO moles, bem mais moles que a 010: mais moles até que as 09 da guitarra. Fazer bends fica realmente mais fácil, mas um bend que era para ser de meio tom acaba virando um bend de um tom devido ao excesso de maleabilidade da corda. Tive, inclusive, que dar uma ajustada no tensor, porque as cordas balançavam mais que o normal e começaram a trastejar.

Outro problema é que a corda mizinha é fina demais, parece até um fio de cabelo. E como a minha pegada é forte na hora da batida, com menos de cinco minutos tocando, a corda mizinha arrebentou-se. Sorte que o encordoamento já vinha com outra mizinha reserva de brinde. E falando em cordas, estranhei que a corda sol é bem mais fina, sem aquele revestimento que tem nos calibres maiores.
Mas o que realmente me deixou chateado foi a perda de corpo no timbre das cordas. O som realmente é mais magro e com menos volume. Apesar de aparentemente ter mais sustain, o encordoamento é muito ruim para dedilhar e na hora fazer uma base mais forte, fica dando a impressão que as cordas vão se arrebentar todas de uma só vez.

Corda é uma questão de gosto

Enfim, não gostei e não recomendo – exceto se for para iniciantes ou para crianças. Para violão, só presta mesmo ou a 010, ou a 011. A 012 eu achei dura demais, muito desconfortável e parece que vai arrancar o cavalete a qualquer momento devido à tensão exagerada das cordas. Mas enfim, essa foi a minha impressão.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

O meu problema com o capitalismo


Toda vez que eu critico o capitalismo aparece alguém para me perguntar por que eu não vou para Cuba ou para Venezuela. Na cabeça de quem me faz esse tipo de pergunta só há dois sistemas possíveis, o que é uma falsa dicotomia. Na Venezuela, por mais bagunçada que esteja, ainda há um Estado que protege a propriedade privada. Cuba, por sua vez, nunca passou daquele estágio de capitalismo de Estado semiditatorial semelhante ao visto na URSS. O socialismo nunca foi, de fato, colocado em prática no mundo. A classe proletária nunca tomou o poder de fato e passou a controlar os meios de produção. Além disso, não existem apenas capitalismo e socialismo. O próprio Projeto Vênus é uma alternativa bastante interessante a tudo que já foi proposto até hoje – fora os antigos modos de produção já superados historicamente.

O capitalismo não é para amadores.

O ponto que os meus críticos não entendem é que o modo de produção em si nem é o que mais importa para mim. O que importa realmente para mim é que haja um sistema onde todos possam ter os mesmos direitos e as mesmas oportunidades. Eu desejo viver num sistema onde não falte saúde, educação, moradia e alimentos. Eu quero viver num sistema onde ninguém morra de fome, onde o meio ambiente seja respeitado, onde o trabalhador não seja explorado injustamente e onde todos tenham acesso ao capital cultural e ao lazer. Eu não quero ser obrigado a pagar caro por uma saúde privada onde eu tenha que vender a minha casa para pagar o meu tratamento de câncer. Eu desejo viver em um sistema onde o consumismo e o individualismo exacerbado não moldem a felicidade das pessoas. Eu gostaria de viver numa sociedade mais humana e mais fraterna na qual todos os seres humanos sejam irmãos.
Eu não sei como deveria se chamar esse sistema, só sei que uma das razões que me motiva a viver é lutar para que ele um dia exista.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

O capitalismo deu certo? (Imagens fortes!)


Eu até estava pensando em argumentar alguma coisa neste post, mas como o brasileiro, de um modo geral, tem preguiça de ler, então eu tive a ideia de colocar apenas imagens para ver se as pessoas se tocam. Não é possível que a nossa classe média continue fechando os olhos para os males inerentes ao modo de produção capitalista, achando que ela tem alguma coisa a ganhar com esse sistema. Enquanto a direita está preocupada com Cuba e Venezuela, milhões de pessoas sofrem no Brasil, no Haiti, em Honduras, na Guatemala, no Panamá, na Colômbia e no Chile com a miséria causada pela desigualdade social criminosa do sistema capitalista.

Enfim, vamos deixar de conversa e vamos direto para algumas imagens do que acontece nos países capitalistas e que são ignoradas pelos amantes do sistema que mais matou pessoas no mundo:
(Atenção: algumas imagens são chocantes)


















A seguir, um vídeo para reflexão: