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segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Uma delícia de almoço grátis


Comer de graça é comigo mesmo. É por isso, inclusive, que eu vou a festas só para comer de graça. Ou melhor: só para dar prejuízo. Brincadeiras à parte, eu não gosto de festas e nem vou a elas só para comer. Ainda mais depois que passei por um longo processo de reeducação e redisciplina alimentar. Posteriormente, posso até compartilhar coisas importantes que aprendi sobre dieta e alimentação. Mas o assunto que me fez escrever este post é que diferentemente do que muita gente pensa por aí (alô, neoliberaloides!) existe almoço grátis SIM! Na semana retrasada, por exemplo, eu acabei degustando um delicioso almoço grátis na minha própria casa. Não paguei um único centavo. Aliás, nem eu, nem ninguém. Foi absolutamente tudo free. Explico: 

É tudo grátis.

No quintal da minha casa (sim, eu ainda moro em casa térrea com quintal) brotou um mamoeiro sozinho, sem que ninguém tivesse o plantado. Segundo a teoria mais aceita, ele nasceu graças a um passarinho que comeu a fruta e regurgitou sua semente por acaso sobre as férteis terras do meu humilde jardim. Daí que vários meses se passaram e o pé de mamão cresceu (sendo irrigado apenas pela água da chuva) e deu vários mamões. Mamões grandes, diga-se de passagem, daqueles que é impossível comer sozinho de uma só vez. Quando chegou na hora almoço, eu peguei um desses mamões maduros e comi ele quase todo. Daí eu pergunto: quanto me custou para almoçar esse mamão? A resposta, obviamente, é ZERO. Se você for parar para pensar, vai chegar à conclusão de que a natureza nos proporciona almoço grátis o tempo todo. A própria natureza se encarrega de plantar, adubar e irrigar. O único trabalho que nos resta e pegar e comer. O grande problema é que o ser humano poluiu os rios, privatizou a terra e fez da venda de alimentos um negócio. Daí que chegamos à conclusão precipitada de que todo almoço é pago. Mas, como acabei de contar, não é. Todo almoço devia ser grátis. A exceção ficaria por conta dos carnistas que se alimentam de pedaços animais assassinados. Esses precisam gastar energia e recursos para poder se alimentar. Mas se você é um bom frugívoro, vegetariano ou vegano, o mundo do almoço grátis foi feito para você.

sábado, 16 de julho de 2022

Seja vegano, mas não seja sem noção


Para começo de conversa, eu AINDA não sou vegano, mas pretendo me tornar um dia. Tenho uma simpatia enorme pela causa animal e por este maravilhoso estilo de vida. Só que quando eu me tornar vegano, não pretendo ser um vegano sectário, fanático. Digo isso porque tem gente que passa dos limites. Num dia desses, por exemplo, tinha uma galera defensora dos direitos dos animais querendo processar a produtora do game Far Cry 6 por uma rinha de galos que ocorre dentro do jogo. Acho desnecessário dizer que galos de mentira em jogos de videogame não são galos de verdade e, obviamente, não estão sofrendo, porque eles, simplesmente, não existem. Então não há motivo para tanto barulho. O que não pode é briga de galo na vida real. E ao contrário do que alguns bocós por aí pensam, jogos de videogame não "incitam" rinhas, assim como também não incitam assassinatos e outros tipos de violência. Aquilo lá é tudo de mentirinha, entende?

Fast food vegano: delicioso e saudável.
 

Outra coisa desnecessária é condenar as pessoas vegetarianas que comem ovos de galinha criadas soltas no quintal e com alimentação natural. Aqui em casa mesmo já criei várias galinhas e elas colocavam ovos naturalmente mesmo sem ter nenhum galo por perto. E os ovos eram bem mais saborosos que dessas galinhas que vivem enclausuradas, torturadas e se entupindo de drogas para colocar o máximo de ovos no menor tempo possível. Uma coisa é o ovo da galinha que chora. Outra coisa é o ovo da galinha que canta. As minhas galinhas nunca sofreram: elas botavam o ovo espontaneamente e pronto. 

Há também casos quase folclóricos como os veganos que não dão carne para animais, para plantas carnívoras e que até se recusam a beijar na boca de pessoas que comem carne. Tem certas situações em que é preciso ter só um pouquinho de bom senso para não pagar de fundamentalista biruta e bocó. De resto, nada contra, porque o veganismo é tudo de bom.

segunda-feira, 4 de julho de 2022

Por que só os seres humanos têm alma?


Antropocentrismo: este é o motivo pelos quais os seres humanos se acham os únicos seres vivos do planeta (e até do universo) a terem uma alma. É muita arrogância achar que somente uma espécie entre bilhões de outras do planeta possui a capacidade de imortalidade ligada a um espírito imaterial. Afinal de contas, o que é que nós temos para sermos tão especiais assim? Consciência? Polegar opositor? Córtex cerebral? Linguagem? Chimpanzés têm tudo isso e eles – segundo a maioria das religiões – não têm alma. Esse nosso egocentrismo especista é apenas uma maneira delirante de nos sentirmos dominantes e especiais em relação aos outros seres vivos. 

Vale lembrar que até pouco tempo atrás algumas das maiores religiões não consideravam, por exemplo, que índios e escravos tivessem alma. Humanos pré-históricos também não tinham alma e outros hominídeos que os antecederam menos ainda. Então essa história de vida após a morte não passa de uma forma de controle social e conforto psicológico, já que ela só interessa para um grupo específico de humanos do momento presente. Como os animais, mesmo os sencientes, não possuem uma capacidade de interlocução que os coloque de igual para igual com os seres humanos, então eles são tratados por nós como sendo inferiores e desalmados. Na verdade, essa história de "alma" é mais uma questão política do que espiritual. Isso porque os animais até podem ter uma alma, mas como os humanos não têm como tirar proveito disso, então considera-se que eles não têm. Eu, como cético e ateu, acho que alma nem existe. Essas historinhas de vida após a morte, EQM, espíritos, anjos, céu e inferno não passam de folclore. Quer dizer, teoricamente, vida após a morte até pode existir, mas com certeza ela não é do jeito que as religiões preconizam. Vida após a morte estaria ligada, de um ponto de vista mais científico, a multiversos, universo cíclico, a clonagem, a criogenia e ao backup de consciência. E tudo isso inclui os animais, plantas e até micro-organismos.

Lembranças de Outra Vida: já pensou em reencarnar num cachorro?

É claro que há exceções. Existem religiões que consideram que os animais possuem alma e que nós, humanos, podemos reencarnar em outras espécies, inclusive espécies extraterrestres. É menos pior, mas continuo achando delirante, porque alma, na minha opinião, é algo tão real quanto o Coelhinho da Páscoa. Qualquer coisa que seja invisível, indetectável e intangível não deveria ser levada a sério por ninguém, especialmente por quem se considera mais inteligente que os demais animais.

terça-feira, 21 de junho de 2022

A PL do Autocontrole é mais uma aberração do governo Bolsonaro


Quando parece que é impossível que as coisas piorem ainda mais neste desgoverno, é justamente aí que vem mais uma bomba contra o povo. O governo Bolsonaro lançou um projeto de lei (PL 1293/2021 ou PL do Autocontrole) através do ministério da agricultura para afrouxar a fiscalização e as regras da agricultura e pecuária no Brasil. Fiquei sabendo dessa notícia através do youtuber Fábio Chaves (vídeo abaixo) que é dono do maior canal vegano da América Latina. Esse PL vai permitir, entre outros absurdos, que os abates e condições de criação dos animais sejam fiscalizados pelos próprios abatedouros e frigoríficos ao invés de ser feito pelo Estado. Além da liberação indiscriminada de pesticidas e da "passada da boida" geral, agora vem mais essa bomba que vai deixar todas as condições de qualidade e higiene dos alimentos praticamente sem fiscalização.

Esse PL já passou pela câmara e está sendo debatido no senado. A nós resta mostrar a nossa indignação através de uma votação pública no site do próprio senado sobre este PL neste link. É importante deixar claro ao senado que esse PL é totalmente contra os interesses da população. Então independente de sermos veganos ou não, este projeto de lei é uma aberração que atinge a todos nós e não pode passar em branco.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Não reze pela Amazônia


Se você está entre as pessoas que se indignaram com os incêndios generalizados na Amazônia, é bom que saiba que muitos deles foram causados intencionalmente pela busca por novas pastagens para a atividade pecuária. Além disso, a ampliação de plantações de milho e soja – ingredientes básicos para rações de animais da pecuária – também são razões para devastar a floresta. Tanto a criação de gado quanto as plantações de soja necessitam de uma área cultivável gigantesca, o que obriga o agronegócio a desmatar florestas regularmente numa escala cada vez maior para atender à demanda. A devastação do meio ambiente é, portanto, uma consequência direta do nosso consumo desenfreado de produtos de origem animal. Leis ambientais podem atenuar e atrasar essa devastação, mas como ela é inevitável dado o crescimento populacional, a única solução eficiente para combater isso é a redução significativa do consumo de produtos de origem animal pela maioria da população, especialmente da carne vermelha.
Por isso, se permita conhecer um estilo de vida com mais saúde e com mais consciência socioambiental. Não precisa parar de comer carne da noite para o dia, basta ir reduzindo gradativamente os alimentos de origem animal na sua dieta. Procure descobrir os prazeres da culinária vegana, conheça receitas veganas, restaurantes veganos e se surpreenda com um mundo totalmente novo que está esperando por todos nós. Se tiver dúvidas quanto à suplementação de certos nutrientes, consulte um nutricionista que te indique uma dieta vegana e seja feliz. Difícil mesmo é só o primeiro passo. O sentimento de que estamos fazendo a nossa parte para um mundo melhor não tem preço.

Tamanduá cego e queimado fugindo do incêndio é mais uma vítima do nosso descaso

A seguir, vou deixar um vídeo excelente que explica porque não devemos rezar pela Amazônia:


Links base:
ONU recomenda mais uma vez alimentação vegana para proteção do meio ambiente
Tamanduá cego fugindo do incêndio viraliza nas redes
Documentário Dominion

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Um excelente documentário vegano


A cada dia que passa, cresce o número de veganos no planeta. E a tendência é que esse número aumente cada vez mais posto os inúmeros benefícios que existem tanto para os indivíduos quanto para a natureza em reduzirmos o consumo de proteína animal. Se todas as pessoas soubessem como os animais são tratados e abatidos antes de chegarem aos açougues, possivelmente teríamos muito mais produtos e alimentos veganos no mercado. E isso seria ótimo, porque teríamos uma maior diversidade nos cardápios e muito mais gente saudável no mundo. A humanidade e o meio ambiente só teriam a ganhar com uma decisão consciente das pessoas em mudar seus hábitos alimentares.
Para quem não conhece bem a causa, vou deixar um documentário muito interessante sobre o tema abaixo. Assista-o sem preconceitos e abra a sua mente.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Refutando as demências reacionárias

O humor reacionário não serve nem para fazer piada

Nesta postagem rápida, eu pretendo refutar quatro frases imbecis de reacionários que têm se proliferado na internet como uma praga. Apesar de serem "engraçadinhos", os sofismas do "vegano assassino", do "ateu no avião caindo", do "comunista rico" e da "feminista casada" têm sido usados, na verdade, para mostrar o quanto esses reacionários que elaboraram essas frases são ignorantes, dementes, rancorosos e intolerantes com tudo que é diferente ou minimamente progressista. Vamos lá.

O ser humano é vegano até a barata começar a voar
Uma das falácias mais ridículas que usam para difamar o veganismo é aquele velho sofisma de que os veganos são "assassinos de animais" porque matam baratas, insetos, vermes e ratos. Aí tem dois erros toscos. Primeiro que isso não tem nada a ver com veganismo e nem é uma contradição. Segundo que nenhum ser humano mata animais perigosos em sua casa para comê-los ou usar seus pedaços para fabricar produtos. Ser vegano é, em essência, boicotar tudo que tenha procedência animal. Veganos podem, sim, matar baratas, ratos ou pernilongos, porque quando fazem isso, eles estão agindo em legítima defesa. Eles não estão pagando para comer um pedaço de animal morto ou usando um artefato feito de pele animal descarnada. Ratos, baratas e pernilongos trazem doenças – assim como consumir carne também traz. E isso, ao contrário do que os dementes dizem, é muito diferente da caça. Porque na caça, você está matando animais indefesos que estão quietos no lugar (habitat natural) deles.

O ser humano é ateu até o avião começar a cair
Essa aqui é bem velha, mas ainda é muito usada por aí. Se um avião está caindo, quer dizer que o deus bíblico vai passar a existir só por causa disso? E vai fazer alguma diferença ser ateu ou não nessa hora, já que o avião vai cair de qualquer jeito? Pois bem, existem dois argumentos simples que destroem essa falácia tosca. O primeiro é que falar "meu deus" não significa que eu acredito neste deus, assim como quando eu digo "saravá, meu pai" não significa que eu siga uma religião afro-brasileira. São meras interjeições, assim como também é a expressão "oxalá". E, segundo, é que mesmo que em uma situação de desespero total um ateu apele para o sobrenatural para ser salvo, ele sabe que, lá no fundo, esse apelo ao sobrenatural não adianta porcaria nenhuma. Em momentos de desespero, a razão pode ser, sim, temporariamente suprimida. Mas dizer que alguém vai virar crente numa situação dessa é uma mera falácia de apelo ao medo para atacar ateus ou debochar dos mesmos.

O ser humano é comunista até ficar rico
E quando fica rico e continua comunista? Aí vira "esquerda caviar", né? Ora, ninguém precisa ser pobre para ter empatia pelos mais humildes e defender políticas que reduzam a pobreza. E mesmo assim, nada impede que um rico vire cristão praticante e doe toda a sua fortuna para os pobres para viver uma vida de santidade e caridade. Ser de esquerda não é ser contra os ricos: é ser contra as injustiças sociais e contra pessoas morrerem de fome em um mundo onde toneladas de alimentos vão para o lixo ou são incineradas.

O ser humano é feminista até se casar
E para fechar com chave de ouro, uma bela pérola machista. Quer dizer que casamento virou "antídoto" contra feminista? E como explicar as milhares de mulheres feministas que são casadas? Ser casada não muda o fato de que a sociedade continua injusta, machista, misógina e patriarcal. E muitos casamentos abusivos são um motivo a mais para que as mulheres tornem-se ainda mais feministas.

Só faltaram dizer que todo ser humano é gay até levar umas porradas... Era só o que faltava.
Enfim, por hoje chega.

domingo, 7 de agosto de 2016

Hambúrguer vegano com gosto de carne


A manchete da notícia parece meia paradoxal: "Hambúrguer sem carne para carnívoros é lançado nos EUA", mas a verdade é essa mesmo. A empresa norte-americana Impossible Foods anunciou ter criado o hambúrguer impossível: ele tem gosto de carne, cheiro de carne, textura de carne, cor de carne, mas não há carne alguma nele. Segundo o que foi divulgado pela Falha Folha de S. Paulo, esse é o resultado da mistura de proteínas de batata, trigo, óleo de coco e melão. Feita pelo bioquímico Patrick Brown em nível molecular, ela se torna um hambúrguer de "carne". Isso nada mais é que uma proposta para que os carnistas virem vegetarianos sem deixar de sentir o sabor de carne. Sem dúvida, esta é uma proposta excelente. Depois do bacon vegetal, esta foi, sem dúvida, uma das notícias que mais me animou. Provavelmente, este hambúrguer de 'carne vegana' deve ser mais caro, mas pelo bem que ele faz à saúde e ao planeta, eu arriscaria, sim, trocar o cheeseburger tradicional por ele caso realmente o seu sabor fosse bom. Apesar de não ser vegano, eu tenho uma simpatia muito forte por essa causa e não descarto a possibilidade de me tornar um vegan ativo no futuro. Propostas como essas deveriam ser mais divulgadas e incentivadas para que as pessoas tenham a possibilidade ir a uma lanchonete escolher entre comer um pedaço industrializado de animal morto ou um hambúrguer natural, saudável, saboroso e que poupa a natureza e o sofrimento de animais. E com o avanço da tecnologia e da biologia molecular, não duvido que no futuro, a maioria das pessoas tornem-se veganas por uma questão de sobrevivência, mas isso é assunto para outro post.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Censura vegana


Não sei se já disse isso neste blog, mas eu sou um simpatizante do veganismo, apesar de não ser vegano. Concordo com praticamente todos os argumentos veganos em defesa não apenas dos direitos dos animais, mas também em defesa dos seres humanos e do próprio meio ambiente. Todos têm a ganhar com o veganismo e, por isso, quanto mais a ideologia for divulgada, melhor. O que eu não concordo é com a ideia autoritária de censura que alguns veganos sugerem nas redes sociais. Assim como acho a censura da sensualidade feminina na mídia uma tolice, também acho que a censura vegana precisa de um pouco mais de reflexão. Nos tempos de Orkut, por exemplo, vi um debate entre veganos sobre um comercial da McDonald's onde aparecia um hambúrguer suculento sendo colocado dentro de um pão e várias pessoas comendo esses hambúrguers. Isso, naturalmente, gerou a revolta de vários vegetarianos e até de alguns nutricionistas. Houve uma discussão se deveria tirar o comercial do ar, se deveria colocá-lo em outro horário para não influenciar as crianças, entre outras. Naturalmente, achei as soluções propostas muito radicais e sugeri o mais correto: mais propagandas veganas na tevê. A McDonald's, a Friboi ou qualquer outra empresa que trabalhe com a venda de proteína animal tem, sim, o direito de fazer propaganda de seus produtos - assim como um restaurante vegetariano também tem esse mesmo direito. Não é censurando propagandas que vai se ajudar uma causa. É mais provável que as pessoas que consomem carne acabem ficando com raiva dos veganos e do veganismo por achar que estão tirando delas o "direito" de comer carne.
O que deveria ser feito é a propaganda e a venda de hamburguers veganos que são saborosos e mais saudáveis que os sanduíches sobrecarregados de proteína animal. Precisamos de diversidade para atender a todos os públicos: e não de censura ou essa vigilância ideológica que acaba afastando as pessoas da causa.

Por que não?