quinta-feira, 31 de agosto de 2023

A singularidade tecnológica está próxima


A tecnologia chegou em um ponto que fez o questionamento de Morpheus, do filme Matrix (1999), ganhar um significado muito mais perturbador sobre o que é a realidade. Ora, hoje temos mídias inteiras sendo produzidas de forma totalmente independente pelas Inteligências Artificiais num nível de realismo que não sabemos mais dizer se é real ou não. Para se ter uma noção, já vemos pessoas que morreram há décadas aparecendo em comerciais de tevê, deepfakes simulando qualquer coisa em tempo real e músicas, filmes, artigos e até games sendo criados do zero por IAs. Imagine então daqui a uns dez ou vinte anos quando surgirem as primeiras Super Inteligências Artificiais (SIAs)... Questões filosóficas envolvendo sentido da vida e espiritualidade podem mudar radicalmente, porque as SIAs tornar-se-ão verdadeiros deuses para nós. Teremos respostas para praticamente tudo, realidades paralelas (metaverso) se confundindo com a realidade e o desenvolvimento tecnológico evoluindo numa escala incalculável, uma vez que uma única SIA terá a capacidade inventiva de várias humanidades juntas. É a tal singularidade tecnológica que todos temem. Sendo bem franco, acho que esse ponto não só é inevitável como será uma parte importante da evolução histórica dos seres humanos e da vida no cosmo. Afinal, IAs são virtualmente imortais, autodidatas e não possuem limites de evolução. Por essas e outras que eu me indago se o universo não é, na realidade, uma simulação criada por uma SIA em supercomputadores do futuro. Mas isso é tema para outro post, porque senão vai ser muita crise existencial para uma postagem só.

terça-feira, 29 de agosto de 2023

Guitarra ou contrabaixo: qual o melhor?


Já tem alguns anos que virei um multi-instrumentista amador. Toco violão, baixo e guitarra de forma recreativa. O violão é insuperável no sentido de praticidade, mas a nível sonoro, eu acho a presença do contrabaixo inigualável.

Gosto bastante da guitarra. Mas guitarra é melhor para tocar no quarto; baixo é melhor para tocar junto com a banda no palco. Diferentemente da guitarra, no baixo a gente sente a pulsação. O baixo estremece o chão, dá peso e coesão entre os instrumentos. Guitarra é legal para tirar os solos, testar os efeitos e riffs, mas ao vivo, nada supera o poder do contrabaixo e seu som grave, encorpado. O slap é outra coisa que me fascina no baixo, tornando ele um instrumento quase percussivo. Quando você mistura slap, pizzicato e acordes com two hands, aí você sente todo o poder musical do instrumento. Fora que ele é um instrumento mais bruto por ter a escala mais longa, cordas grossas e uma distância maior entre as cordas (o que facilita técnicas como o slap). O baixo sempre me pareceu mais ergonômico desde a primeira vez que toquei em um. Também acho melhor de tocar de pé que a guitarra e tem efeitos que ficam melhores nele, como é o caso do fuzz. Outra coisa bacana do baixo é que estudar ele com ritmo de bateria fica mais bacana que com a guitarra. Baixo e bateria casam melhor na hora de montar uma base do que apenas guitarra e bateria. Além do fato do baixo servir sozinho para criar melodias enquanto a nota base mais grave soa na corda solta.

O baixo é imbatível.

 
O meu baixo é um Tagima Millenium de 4 cordas ativo. Ele é leve e ergonômico com um design que mistura os Warmick com Superstrat. Toda a regulagem fina eu faço no próprio pré-ampli dele, fora que ele tem mais punch que os baixos passivos. Mas os baixos passivos também têm um som mais "puro" que não dá para emular no ativo. Enfim, o contrabaixo é o meu instrumento favorito.

terça-feira, 15 de agosto de 2023

Iremos encontrar vida extraterrestre ainda neste século


Desde que os seres humanos descobriram o seu real lugar no espaço cósmico que a especulação a respeito da vida fora do nosso planeta passou a fazer parte do imaginário popular. Afinal, se há vida aqui, por que não poderia haver também em outros lugares, já que o universo é extremamente gigantesco? De todas as possibilidades de contato extraterrestre, o lendário Sinal Wow, captado pelo radiotelescópio Big Ear em 1977, é o melhor candidato a evidência de tecnoassinatura alienígena. Isso porque ele foi enviado na frequência de 1420 MHz, que é justamente a frequência da linha do hidrogênio. Essa frequência é exatamente a esperada a ser transmitida por ondas de rádio de uma civilização extraterrestre. De todas as explicações para o Sinal Wow, a de contato extraterrestre é a melhor segundo as evidências observadas. Isso, claro, não prova que foram ETs que enviaram o sinal, mas existe a possibilidade real dela ter realmente origem extraterrestre. 

Imagens como essa um dia serão possíveis.

O fato é que não podemos ficar dependendo da sorte para achar vida fora da Terra. Só poderemos ter certeza quando apontarmos nossos telescópios para a origem do Sinal Wow e ver o que tem lá. Apesar de já termos ao nosso alcance telescópios poderosos como o James Web que – diga-se de passagem, já é capaz de ver diretamente exoplanetas – precisaríamos de um telescópio muito mais potente para ver detalhes de exoplanetas rochosos semelhantes ao nosso. Já existe um projeto de usar o nosso Sol como lente gravitacional para observar até mesmo os continentes de exoplanetas, mas isso irá levar algumas décadas para ser colocado em prática. A expectativa é que ainda no século XXI tenhamos condições de enxergar diretamente a biosfera de planetas extraterrestres na nossa vizinhança cósmica. Já imaginou o privilégio que seria em fazer parte da primeira geração de seres humanos a descobrir a resposta para uma das perguntas mais inquietantes da nossa história?

Quem viver, verá.

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Não vale a pena ter plano de saúde


Se tem uma coisa que eu acho abominável no mundo capitalista é o tal do plano de saúde privado. Pagar de forma privada pela saúde é algo que não é coerente sob nenhum aspecto. Primeiro, porque trata a saúde como se fosse uma mercadoria. E, segundo, porque exclui pessoas que não podem pagar. E a saúde é algo que precisa ter acesso universal gratuito. Obviamente, não estou sugerindo que profissionais da área de saúde tenham que trabalhar de graça. Mas o salário deles deve ser pago pelo Estado. Infelizmente, o que acontece nesses planos de saúde particulares é uma verdadeira máfia que trabalha na base do lobby para sucatear a saúde pública e sugar cada vez mais dinheiro dos usuários. Todo mês temos que pagar caro pela saúde privada e, em troca, ganhamos aumentos abusivos, burocracias estressantes, rede credenciada muito limitada, limitação na quantidade de atendimentos e exames, além de uma série de despesas que o plano não cobre. No caso de quem é jovem e tem uma saúde boa, pode ter certeza que vai pagar muito mais do que vai usufruir. Fora que dentro da mensalidade dos planos há sempre uma margem de lucro desconhecida das operadoras. O certo, repito, seria que todos tivessem saúde pública de qualidade, porque ficaria muito mais barato para todos e quem não pode pagar, não seria excluído. Mas como vivemos nesse capitalismo selvagem do capiroto, a sugestão que eu dou é que se você ama seu dinheiro,  pague tudo no particular. Pague apenas pelo que você usa e somente quando você usa. O melhor jeito de fazer isso é abrir uma espécie de "poupança saúde" e depositar mensalmente a quantia que você puder para, quando precisar, ter aquele dinheirinho guardado. E o melhor disso é que você paga apenas o que usa, não tem as burocracia e os desperdícios impostos pela saúde privada e ainda correm juros anuais (ainda que pequenos) a seu favor. Plano de saúde só vale a pena em situações muito específicas, como nos casos de alguns planos empresariais e familiares que cobrem praticamente todas as despesas. Mas, no geral, eles são mais fonte de prejuízo e aborrecimento do que qualquer outra vantagem que possam trazer.

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

O mundo precisa ser mais cristão


Já vou logo adiantando para quem não me conhece que não acredito em nenhuma divindade e não sigo nenhuma religião. Mas, cá entre nós, a existência de um deus real faz muita falta ao mundo. Ontem mesmo fiquei indignado com pessoas que se diziam cristãs passando pano para um estuprador e culpando a vítima que estava inconsciente. Achei isso o cúmulo, mas dei um desconto por vivermos numa cultura de estupro onde relativizar casos de violência sexual é a regra. Só que a tragédia não para por aí. 

No mês passado, tive o desprazer de ver um conhecido meu (que se diz muito cristão) dirigindo diversos insultos contra pessoas maltrapilhas que pediam esmola num farol de trânsito. O argumento dessa pessoa foi que aquelas vítimas da miséria e sem moradia são culpadas pela própria pobreza por serem "preguiçosas". Dói muito ver outros seres humanos agindo de forma tão indiferente, cruel e hostil com os outros. Onde está o tal "amor cristão" que todos dizem ter? Onde está a caridade e a fraternidade? E se você sai em defesa dos oprimidos, já é logo rotulado de comunista, esquerdista safado, petralha e outras coisas que não têm nada a ver. Isso sem falar da incapacidade das pessoas perdoarem uma às outras, de respeitarem as diferenças e de enxergarem o outro como irmão. As pessoas fazem tudo ao contrário do que o próprio Jesus fez e ensinou. Inclusive, se Jesus voltasse nos tempos atuais, com certeza seria julgado, condenado e crucificado novamente ainda que de uma forma simbólica. Até porque muitos líderes cristãos contribuem para isso, distorcendo as palavras de Jesus para enganar, saquear e manipular as pessoas.

Veja como são as coisas. O mundo está tão podre que até um ateu acha que as pessoas precisam ter mais Jesus no coração.