sexta-feira, 31 de março de 2017

Revolução é a escolha dos que cansaram de sofrer


Diferentemente do que a direita diz, Fidel Castro não era um maluco ou um genocida que resolveu pegar umas armas e brincar de revolução. Havia uma grave crise social em Cuba durante a década de 1950. Havia desigualdade, sofrimento, opressão, exploração, ignorância, injustiça, inanição, sistema de saúde precário, sistema de ensino precário... Em uma situação de opressão de uma oligarquia poderosa contra um povo inteiro, a única solução quando não há democracia é a luta armada.
Somente uma pessoa muito convicta de seus ideais e disposta a sacrificar a sua própria vida pelos outros seria capaz de lutar contra elites opressoras. Foi por isso que a Revolução Cubana serviu de exemplo para todos que se opuseram e se opõem a toda forma de tirania das elites contra as classes menos favorecidas. Fidel capturou e convergiu o sentimento de insatisfação popular para liderar uma luta armada contra aqueles que governavam apenas para atender aos interesses imperialistas norte-americanos. Esse era o único e real caminho para a mudança. E eles conseguiram mudar.


Nas palavras do próprio Fidel:
"Revolucionários não escolhem a luta armada como o melhor caminho, é o caminho que os opressores impõem ao povo. Então o povo tem duas alternativas: sofrer ou lutar."

Hasta la victoria siempre! Patria o muerte! 

quinta-feira, 30 de março de 2017

Quando Nietzsche chorou... de rir


Segundo o astrólogo recalcado Olavo de Carvalho, o filósofo Nietzsche era um pobretão sifiliítico que se achava grande coisa por escrever de maneira tragicômica um niilismo barato para pessoas pedantes. Sim, foi esse o resultado resumido de sua pífia e pernóstica análise intelectual sobre Friedrich Nietzsche. O astrólogo da quarta série dessa vez acha que é um filósofo iluminado por alguma retórica freudiana de quinta categoria para decifrar o pensamento de Nietzsche a partir de uma análise mequetrefe e descontextualizada de algumas de suas obras. É bom que seja dito que compreender a fundo Nietzsche não é algo fácil e que vai muito além de uma interpretação literal e linear de seu pensamento.

Ao que me parece, esse tal Olavo é um cristão ressentido que teve a sua fé pseudocristã abalada pelas palavras desconcertantes de Nietzsche e, por isso, se chafurda numa penúria intelectual ao analisá-lo. Lá no fundo, todo mundo sabe que esse Olavo é um invejoso sem o menor gabarito intelectual para criticar um filósofo do calibre de Nietzsche. Algumas de suas críticas são tão desconexas que fica parecendo até que ele está criticando outro filósofo qualquer, tamanho é o desconhecimento do astrólogo sobre o autor.
Essas críticas pueris e amadoras do Olavo seriam uma piada para Nietzsche que, certamente, deve estar se revirando no túmulo de tanto rir de um sujeito bajulado por uma ralé subintelectualizada e que tem coragem de defender coisas antiquadas como o geocentrismo e o criacionismo em pleno século XXI.

Olavo é uma piada ambulante

Portanto, devido às suas limitações acadêmicas, Olavo de Carvalho não tem a menor condição de construir uma crítica mais aprofundada sobre Nietzsche. Que o astrólogo soberba tenha o mínimo de humildade para reconhecer a sua insignificância como crítico.

quarta-feira, 29 de março de 2017

Unidos venceremos

 
Nós estamos vivendo hoje um dos momentos de maior polarização política de toda a história do país. Apesar dessa forte polarização gerar discussões acaloradas na internet e fora dela, não existe nenhum problema nas pessoas divergirem politicamente uma das outras. Afinal de contas, é saudável que as pessoas pensem de formas diferentes numa sociedade democrática. O problema é quando nós colocamos as nossas diferenças acima dos nossos interesses em comum.
Independentemente de sermos de esquerda ou de direita, estamos sob um governo corrupto que quer tirar direitos trabalhistas, fazer uma reforma previdenciária injusta e aumentar os impostos contra o povo (entenda por 'povo' todo mundo que não seja da elite). É justamente nessa hora que temos que nos unir para que todos nós não nos ferremos juntos.

A imagem lá de cima mostra Stalin, Roosevelt e Churchill na Conferência de Yalta após a vitória dos aliados na Segunda Mundial. Esses três chefes de Estado eram totalmente diferentes entre si, mas quando tiveram um inimigo em comum, se uniram e foram vitoriosos. E é justamente isso que falta para nós agora: união. 
Vamos deixar as nossas diferenças de lado para nos unirmos em nome das nossas pautas comuns. Só assim o Brasil vai para frente.

terça-feira, 28 de março de 2017

A direita não tem moral para criticar Che


Hoje pela manhã, ao procurar no Google fotos para ilustrar um post, acabei me deparando com um blog de direita qualquer que comparava Che Guevara a um marginal, a um bandido digno de morte. A postagem que li salientava "dez frases que a esquerda esconde" sobre Che, mostrando todo o lado "assassino e psicopata" do guerrilheiro (as frases foram tiradas de contexto, mas, enfim, isso não importa pra eles). Daí que fui olhar os outros posts desse blog e me deparei com campanha pró-armamento e com apologia ao assassinato de bandidos regada pela velha frase "bandido bom é bandido morto". Eu não sei que moral essa direita acha que tem para criticar Che, sendo que ela própria defende o assassinato de bandidos tal como Che fez durante a revolução.

Che mandou muito bandido pra vala

Muita gente foi morta durante a revolução, é verdade. Porém, é bom que se diga que é impossível fazer uma revolução com flores, versos e luvas de seda – ainda mais quando se está numa guerra civil enfrentado uma ditadura: como era o caso da ditadura de Fulgencio Batista. A direita está certa quando diz que Che matou várias pessoas, porém, ela se esquece de descrever o tipo de gente que era morta e em que circunstâncias foram mortas. Todo tipo de gente perigosa, desprezível e criminosa foi executada no tribunal revolucionário. Gente que torturava, estuprava e matava inocentes a rodo em Cuba foi morta durante a revolução cubana. Eu, particularmente, abomino todos esses assassinatos que ocorreram durante a revolução – coisa que, por coerência, a direita não deveria fazer, porque ela defende o extermínio dos mesmos tipos de bandidos que foram ao paredón em Cuba. Che Guevara deveria servir de modelo para eles, isso sim.

Os reaças e Che não são tão diferentes entre si quanto eu imaginava...

segunda-feira, 27 de março de 2017

E se a TV Manchete não tivesse falido?


Você que tem mais de 20 de idade já se perguntou o que teria acontecido se a Rede Manchete ainda estivesse no ar? Se você nunca pensou nisso, eu pensei.

Pois bem, todos sabem que a TV Manchete faliu em maio de 1999 e deixou um legado histórico no Brasil por ter sido a emissora que nos apresentou os tokusatsus e os animes japoneses. Os primeiros tokusatsus que chegaram ao Brasil em 1988 foram os inesquecíveis Jaspion e Changeman e, como o povo adorou, vários outros tokusatsus vieram em seguida, tais como Jiban, Jiraiya, Flashman, Kamen Raider, Patrine, Cybercops, Maskman, etc. Já em 1994 foi a estreia do primeiro anime, um tal de Cavaleiros do Zodíaco, que abriu portas para diversos outros animes famosos no país, como Dragon Ball e Yu Yu Hakusho.
Muito bem, mas e se a Manchete não tivesse falido? Que animes e tokusatsus teríamos assistido de 1999 para cá?

O que sería de nós sem os animes?

Animes
Pelo que li em revistas especializadas e pelo que conversei com alguns amigos mais antenados no assunto, os animes inéditos Samurai X e Gundam estavam na mira da Manchete. Rourouni Kenshin, como também era conhecido o Samurai X, provavelmente seria o primeiro anime inédito a ser exibido pela Manchete depois do primeiro semestre de 1999, porque ele estava no ponto para ser lançado no Brasil na época que a Manchete faliu. Além do Samurai X, teríamos outros animes como Gundam, Love Hina, Sakura Card Captors, Bleach, Naruto, One Peace, Evangelion, Jojo Bizarre Adventure, Fullmetal Alchemist, Death Note e a própria Saga de Hades dos Cavaleiros do Zodíaco sendo exibidos com dublagem brasileira na tela da Manchete. Animes que foram exibidos em outras emissoras, como Inuyasha, Pokemon, Digimon, Yu-Gi-Oh e Dragon Ball Z, possivelmente teriam sido exibidos antes na Manchete.
A grande verdade é que a Rede Manchete seria uma espécie de Cartoon Network gratuita que faria a alegria da criançada, já que as grandes emissoras abertas não estão mais nem aí para a programação infantil.

Tokusatsus que marcaram a infância de muita gente...

Tokusatsus
Provavelmente, a exibição de seriados japoneses de ação, os famosos tokusatsus, teria continuado por vários anos na tela da Manchete. Certamente assistiríamos novas versões do Kamen Rider, do Ultraman e de vários super sentais e metal heros que prosperaram até por volta de 2009, quando começaram a entrar em decadência no resto do mundo. Isso sem falar na nostalgia de poder rever os antigos heróis dos anos 90 nas intermináveis reprises da emissora.

Imagine um campeonato de Dota 2 sendo transmitido pela tevê...

Outras produções
Indo na onda de se arriscar ao seguir certas tendências novas de programação, possivelmente a Manchete investiria hoje na transmissão de campeonatos de LOL e DOTA 2 que já contam com milhões de fãs no Brasil e no mundo. Possivelmente também haveria uma programação mais voltada para o público gamer com parceria de youtubers famosos.
As novelas da emissora possivelmente continuariam roubando audiência da Globo e da Record pela excelente qualidade que as mesmas apresentavam.Talvez até eu assistisse uma ou outra tendo em vista a qualidade da Manchete em produzir boas novelas.
Já aquelas propagandas icônicas do Teleshop seriam atualizadas com produtos que concorreriam diretamente com a Polishop (saudades das Facas Ginsu e das Meias Vivarina).

Enfim, tudo isso não passa de suposição, porque, na realidade, a coisa podia ter sido bem diferente. A única certeza que temos é que uma emissora como a Rede Manchete faz muita falta até os dias atuais.

domingo, 26 de março de 2017

A prisão de Lula pode desencadear uma insurreição


Se a alta burguesia brasileira tiver um pingo de juízo em sua cabeça avarenta, ela deverá parar com essa patifaria de perseguir implacavelmente o PT e especialmente o Lula. Uma coisa é Lula não querer ser candidato, outra coisa é inventar métodos canalhas para proibir a sua candidatura. Se Lula for proibido de ser candidato em 2018, pode ter certeza que o pau vai quebrar e não vai ser coisa suave que vem por aí dessa vez. Uma coisa é enganar o povo para evitar supostas "ditaduras comunistas" numa época sem internet; outra coisa é querer proibir uma social democracia com apoio popular em plena era digital. Prender Lula SEM PROVAS será uma verdadeira declaração de guerra contra toda a esquerda do país. Eu garanto que não vai faltar muito para uma revolução caso a grande massa que apoia Lula seja contrariada pelos interesses elitistas dessas oligarquias autoritárias que não aguentam nem 26 anos de democracia. A elite brasileira está perdendo a noção do perigo.


Se duvida da popularidade de Lula – mesmo com toda perseguição e difamação contra ele vinda da imprensa, do MPF, da PF e do judiciário – deixo dois vídeos abaixo que provam que o barbudo está muito mais em alta do que a mídia burguesa te faz pensar que está.
No primeiro vídeo temos o hino das campanhas do Lulopetismo tocado pelo The Elephant com coro da plateia no festival Lollapalooza. E depois temos uma homenagem feita pelo povo do sertão que passou a receber as águas da transposição do São Francisco.





sábado, 25 de março de 2017

O Bem-Estar Social é a melhor arma contra uma revolução

Esta charge mostra uma razão bem simples para haver uma revolução.

"Nick Hanauer é um cara rico, um capitalista sem remorsos; e ele tem algo a dizer a seus companheiros plutocratas: Acordem! A desigualdade crescente está prestes a empurrar nossas sociedades a um estado parecido com a França pré-revolução. Ouça seu argumento de por que um relevante aumento no salário mínimo poderia desenvolver a classe média, gerar prosperidade econômica... e impedir uma revolução."

Este breve texto introdutório acima tirado do site de conferências TED mostra que alguma coisa está muito errada para um plutocrata vir a público denunciar o risco de uma revolução. O que será que está acontecendo?
Assista o vídeo abaixo e depois vamos refletir um pouco:



Estamos a caminho de (mais) uma revolução
Como alguns capitalistas já perceberam, a melhor arma contra uma revolução e contra o socialismo não são opções opressivas como ditaduras, fascismo ou despotismo. O melhor jeito de preservar o sistema capitalista são as políticas fundamentadas na social democracia, porque são elas que evitam uma grande disparidade entre a elite e o resto do povo. Os países escandinavos são uma prova disso – inclusive, o capitalismo nórdico foi a melhor arma para se opor ao autoritarismo dos regimes de esquerda que ameaçaram a Europa Ocidental durante o século XX. Inclusive, os próprios comunistas perceberam isso devido à resistência dos países social-democratas em aceitar o socialismo. Dito isso, vamos refletir melhor...

Stalin sabia bem que a social-democracia era uma forma eficaz de combate ao socialismo.

No vídeo lá de cima, um plutocrata em pessoa resolveu sair das sombras para alertar sobre o risco que estamos correndo com modelos econômicos perversos e concentradores de riqueza exponencial nas mãos de minorias muito ricas. E isso não é uma conversa de esquerdopata, porque uma parte importante da classe média já percebeu que quem manda no mundo e controla o nosso sistema político e econômico é justamente este 0,05% mais rico. Essa aparição pública de um alto membro da elite econômica mostra justamente essa preocupação em acalmar os ânimos da classe média mais esclarecida que percebeu quem realmente manda no mundo e o que é preciso para derrubá-los.

Note que a grande preocupação de Hanauer é de construir um diálogo entre a classe média e a plutocracia, porque quem liderou as grandes revoluções recentes do passado contra o poder foram justamente os membros da classe média em situações de desigualdade extrema. Vladimir Lenin, líder da revolução russa, era da classe média alta. Robespierre, líder da revolução francesa, era membro da pequena burguesia (classe média baixa). Fidel Castro, que fez a revolução cubana, era da classe média alta. Então quando a plutocracia passa a se expor sugerindo modelos mais igualitários dentro do capitalismo, é porque a água está batendo no bumbum dela.


Quando a classe média sente seus privilégios ameaçados pelo aumento do poder aquisitivo dos pobres, ela tende a se proteger com o fascismo (que é o que ocorre hoje no Brasil). Mas quando a mesma classe média sente que está perdendo os seus privilégios e se igualando aos pobres por estar empobrecendo, ela tende a se proteger justamente com revoluções. E o momento que estamos vivendo com o avanço radical e obsceno de políticas neoliberais é justamente um direcionamento a movimentos revolucionários num futuro próximo. Quando a classe média perde o seu emprego, se atola em dívidas, não tem mais estabilidade e não consegue mais manter o seu padrão de vida, aí a coisa começa a feder. A classe média tende sempre a encabeçar as revoluções por ser mais politizada que a classe baixa. A classe baixa, além de já estar acostumada com desemprego, violência e pobreza, tende a achar tudo sempre igual e raramente consegue se organizar de forma politizada para derrubar o poder. É a classe média, portanto, que age como guia para as classes proletárias apoiarem uma revolução.

Enfim, a lição que Nick Hanauer deixa é que o Estado de Bem-Estar Social é a melhor arma contra uma revolução. Se a elite continuar ignorando esse fato, pode aprender tarde demais a lição. Afinal, nada mais perigoso para as elites que um membro da classe média com o conhecimento necessário para mudar o mundo. Ai, ai... Como isso me lembra aquela esclarecedora canção do Garotos Podres...

A classe média é terrível quando adquire consciência de classe

sexta-feira, 24 de março de 2017

Medo e ignorância no pais da vergonha


Tem um bando de idiotas que vive me xingando há tempos de esquerdopata, de negrista, de feministo, de gayzista e de ecochato. Mas o que para eles é xingamento, para mim é motivo de orgulho. Recentemente, com a aprovação IRRESTRITA da terceirização, com a revogação da CLT, com o golpe na previdência, com as arbitrariedades da Lava Jato, com a entrega do patrimônio nacional, com a destruição do nosso mercado de carnes, com o aumento de impostos e com esse monte de preconceitos imbecis sendo disseminados impunemente, eu sinto cada vez mais orgulho de ser progressista e de estar do lado contrário de toda essa merda que está acontecendo com o país. E quem mais vai se ferrar com todas essas mudanças negativas que não param de acontecer são justamente as pessoas da base da pirâmide social: os pobres, os negros e as mulheres, especialmente as mulheres. A vida das mulheres vai virar um inferno com aposentadoria aos 65 anos independente de jornada dupla, sem licença maternidade, sem férias, sem 13º, sem FGTS, sem segurança no trabalho, sem direito a um aborto humanizado e com as políticas voltadas para as mulheres sendo deixadas em segundo plano pelo governo golpista.

O Brasil está podre.

E depois os monstros somos nós, da esquerda, que exigimos justiça trabalhista, igualdade de oportunidades, inclusão social, respeito às diferenças, direitos iguais e o mínimo de patriotismo. Pois é, este é o Brasil do século XXI: uma colônia das multinacionais estrangeiras que só serve mesmo como puteiro de banqueiros e cassino de empresários corporativistas. Enquanto os idiotas se preocupam com ameaças irreais (a de comunistas comedores de criancinhas que querem implantar o marxismo cultural), eu me preocupo com o que a nossa elite oligárquica está fazendo contra todos nós e contra a nossa pátria. Somos mesmo o país da vergonha.



Assim como pensa Claudio Daniel, não acredito mais em saídas democráticas ou em eleições no quadro atual. Temos que pensar em lutar para restabelecer a democracia que nem existe mais. É preciso uma revolução, uma insurreição popular, se quisermos parar com essa loucura que está sendo feita contra os brasileiros e contra a pátria.

quinta-feira, 23 de março de 2017

A terceirização é um eufemismo para a escravidão


Os bajuladores da nossa elite escravocrata devem estar orgulhosos da abolição da CLT, afinal eles acreditaram no conto neoliberal que a mídia burguesa os ofereceu como alternativa ao PT. O que estamos presenciando nada mais é que a conta do golpe cobrada contra os brasileiros. E quem vai pagar essa conta somos todos nós, independente de gostar ou não do PT.


O que veremos agora devido a essa aventura golpista é a demolição total do Brasil e a precarização do trabalho. Esse sempre foi o sonho da direita brasileira, só faltava uma boa oportunidade e um pretexto para colocar todo esse show de horrores em prática. De país do futuro, agora seremos um país sem futuro. Só uma revolução salva o Brasil.


quarta-feira, 22 de março de 2017

Homem nenhum pode mandar nas mulheres


No último post sobre o aborto, algumas pessoas não entenderam a essência do que foi abordado naquela discussão. Eu não estava dizendo se o aborto deve ser legalizado ou não. O que eu escrevi, basicamente, foi uma defesa do direito à autonomia que as mulheres precisam ter sobre seus próprios corpos. Homens não têm que mandar nos corpos ou nas vidas das mulheres. Só as mulheres devem decidir o que deve ser feito com relação às suas vidas, aos seus corpos e às suas gestações. Eu foquei na questão legislativa, mas o raciocínio é o mesmo para todas as outras áreas, especialmente no que envolve o "aborto do homem".


Um exemplo mais corriqueiro de como os homens controlam os corpos das mulheres está na maneira como uma gestante é comumente tratada por seu companheiro. Quando um homem machista descobre que sua parceira está grávida, ele normalmente tenta impor a vontade dele sobre a dela. Quando ele não quer assumir o filho, costuma pressionar ou forçar a mulher a abortar, do contrário, ameaça abandonar a companheira à própria sorte de mãe solteira. Se a mulher quiser ter o bebê, o homem tem a obrigação moral de respeitar essa decisão dela, porque a última palavra é sempre da mulher. Se o homem não queria filhos, por que então não usou a camisinha? Já o caso oposto também é válido: se o homem quiser que a mulher tenha o filho, mas ela não quiser levar adiante a gravidez, o homem tem que respeitar do mesmo jeito a decisão dela. Não é o homem que vai passar nove meses com um filho na barriga para decidir o destino da mulher que se encontra nessa situação. É a mulher que decide o que fazer com o seu próprio corpo e ser contra isso é machismo puro. Mulheres NÃO são propriedade masculina.


Porém, como disse no post anterior, para que as mulheres possam ter esse direito de escolha sobre o próprio corpo, primeiro o aborto deve ser um assunto legislado exclusivamente por elas. É um absurdo que um parlamento formado 90% por homens cague regra sobre os corpos das mulheres.
Mulheres precisam de liberdade e respeito. Sem isso, nunca poderemos nos autointitular de civilização. Só há igualdade com liberdade e fraternidade.

Enquanto isso, nas clínicas de aborto brasileiras...

terça-feira, 21 de março de 2017

Um post besta pra sair da rotina


Eu tinha um amigo gay no Yahoo Respostas que fez uma pergunta um tanto heterofóbica. Ele perguntou como os homens héteros conseguem ser héteros. Isso porque, segundo ele, sentir atração por mulheres seria algo "bizarro". Ele disse que mulher tem celulite, peito mole, tpm, menstruação, mau cheiro, manias insuportáveis, demora pra se arrumar e que as mulheres são muito chatas com suas "mulherices". Pra ele, homem é que é tudo de bom por serem tesos, cheirosos, fortes, decididos, divertidos e ainda têm a parte mais gostosa da anatomia humana que nenhuma mulher tem (a não ser que seja trans). Inclusive, ele fez vários elogios ao órgão reprodutor masculino em detalhes que eu prefiro esquecer. Já com relação ao órgão sexual feminino, meldels! Só críticas! Ok, está certo que a Sra. Pepeca não é a coisa mais linda do mundo, mas ela também não fica muito atrás em feiura, fedor e esquisitice em relação ao Sr. Pinto.

Tem uns "mano" que piram muito mais! Rarará!

Enfim eu discordo inteiramente dessa opinião quase misógina do meu ex-amigo, porque, pra mim, as mulheres é que são tudo de bom. O único ponto que eu concordo com esse meu ex-amigo gay é que, sim, a vulva é feia: assim como o pinto também é igualmente horroroso. Tanto o órgão sexual masculino quanto o feminino são feios e esquisitos e dariam ótimos monstrengos em filmes de terror amador. Acho que quando Deus inventou os órgãos sexuais humanos, Ele estava pensando que se os genitais fossem muito bonitos e cheirosos, as pessoas com certeza iriam se reproduzir incontrolavelmente por superestimá-los. Daí que Deus teve a ideia (quase) genial de fazer os genitais humanos os mais feios e fedorentos possíveis para se criar uma certa repulsa a eles. Ah, e não venha você dizer que o pinto e a xoxota são cheirosos, porque eles não são. Se eles fossem cheirosos estava todo mundo comprando fragrância de corrimento e perfume de esmegma (eca). Enfim, mas como podemos ver, deu tudo errado. A população mundial não para de crescer mesmo com toda feiura e fedor daquilo que temos entre as pernas.

Homem e mulher é tudo a mesma coisa. Ou não.

Mas enfim, eu acho inútil essa discussão besta do que é melhor ou pior, se é o homem ou a mulher; ou se é o pinto ou a xoxota. Acho que todos nós somos igualmente piores, seja macho ou fêmea. Acho que a única coisa certa a se fazer é respeitar as pessoas, respeitar a orientação sexual delas e usar camisinha sempre. O resto é falta de assunto ou uma guerra inútil de sexos.

Namastê!

Desculpem, eu estava bêbado quando escrevi esta postagem.

segunda-feira, 20 de março de 2017

Chuck Berry nos deixou órfãos


No dia 18 de março de 2017 morreu nada menos que um tal de Chuck Berry. Chuck Berry, para quem não sabe, foi o pai do rock. Não haveria rock como o conhecemos sem o Chuck Berry. Elvis Presley – considerado pioneiro no rock – foi, na verdade, um aprendiz de Chuck Berry. A magistral fusão do country com o blues feita por Chuck Berry foi que fez surgir a essência do que chamamos de rock n' roll. Os riffs, a dança, a batida e os solos com pegada de blues também foram uma criação de Berry.
A importância de Berry para a música foi tanta que até o Voyager Golden Record, que viaja pelo espaço sideral nas sondas Voyager, traz uma de suas canções mais conhecidas, a lendária Johnny B. Goode. Apesar dos altos e baixos da sua vida, Chuck foi e será eternamente uma lenda do rock. Chuck era a própria essência do rock. Se o rock n' roll não se chamasse de rock n' roll, ele provavelmente chamar-se-ia de Chuck Berry.

Descanse em paz, grande Chuck!

domingo, 19 de março de 2017

Desmistificando Cuba


Quer parar de falar merda sobre Cuba? Então assista a entrevista do Dr. Mao (ex-líder do Garotos Podres) para o Canal Púrpura onde ele revela detalhes sobre a democracia, a internet, a segurança, a saúde e a política externa cubana. Reveja seus preconceitos antes de vociferar contra a ilha caribenha.

sábado, 18 de março de 2017

"Carne Fraca" é no que querem transformar o nosso mercado de carnes


É indiscutivelmente suspeito o fato de termos as nossas maiores riquezas e empresas que competem no mercado externo sendo destruídas após o Golpe de 2016. Primeiro foi o petróleo sendo entregue absolutamente de graça para as multinacionais estrangeiras. Depois foi a vez da Lava Jato destruir as nossas maiores empreiteiras que atuavam no exterior: empreiteiras essas que estavam competindo com as empreiteiras dos EUA e da China de igual para igual. E agora é o nosso mercado de carnes e processados que, ao se tornar o mais competitivo do mundo, passa a ser atacado também. Não estou dizendo que as possíveis irregularidades não ocorreram nos frigoríficos: estou dizendo que é absolutamente estranho que justo agora, quando nos tornamos fortes no exterior, passamos a ter a PF e o judiciário pegando no pé também da nossa indústria de carnes. Será que as carnes de outros países passam pelas inspeções rigorosas a que somos submetidos? Será que em outros países não há corrupção neste sentido? Ou será que a corrupção e as irregularidades envolvendo carnes só existem no Brasil? A carne deles pode ser, sim, bem pior que a nossa, mas só a nossa carne é investigada e banida com um carnaval midiático totalmente imprudente.

É rir para não chorar.

Ao que me parece, essa tal Operação Carne Fraca tem suporte internacional e age com o objetivo de derrubar as exportações brasileiras. Essa onda moralista que começou na classe média fascistoide e infectou o judiciário e a PF me preocupa bastante. Se havia irregularidades, o processo deveria ocorrer em sigilo ao invés de ter sido feito esse espetáculo midiático inconsequente. Esse achincalhamento irresponsável em rede nacional de um problema local não me parece uma mera informação dada de forma "imparcial" para "proteger" os consumidores. Acho que tem coisa muito mais podre que as carnes por trás dessa história toda. A própria Europa já ameaça vetar a carne brasileira nessa brincadeira. E eu não acho que isso tenha sido por acaso.

Fontes:
-247 - Florestan aponta interesse dos EUA na destruição do Brasil
-247 - Para-exportadores-ação-da-PF-favorece-EUA-e-Austrália
-247 - Fernando Brito conta como o moralismo da classe média destruiu o Brasil
-Cafezinho - Meganhagem midiática e irresponsável pode fazer o Brasil perder mercado mundial de carne
-Sylvia Moretzsohn - Carne fraca: como se informar com essa mídia, essa PF e esse judiciário?
-Wagner Iglecias - Classe média de esquerda quer comer carne podre importada

sexta-feira, 17 de março de 2017

Aborto não é assunto pra homem se meter


Há pouco tempo me pediram para que eu desse mais uma vez a minha opinião sobre se o aborto deve ser legalizado ou não no Brasil. Cansei de dizer que o aborto no Brasil é um fato, uma realidade, e que a diferença entre mantê-lo ilegal e legalizá-lo está apenas no número de mortes e sequelas maternas que serão reduzidas drasticamente na segunda opção. Mas a minha opinião é irrelevante. Minha opinião deve ser desconsiderada porque eu sou homem. Isso mesmo: minha opinião não vale nada porque homem nenhum fica grávido ou sofre de dilemas femininos para decidir por elas o que elas devem fazer com os seus corpos. Vivemos em um país machista, com uma legislação machista e controlado por homens. Mulheres – que são maioria da população – têm suas vidas e seus corpos controladas por 90% de homens que estão no poder. Isso é absurdo: um absurdo total. Homens não podem mandar em mulheres. Homens têm a obrigação de respeitar as mulheres, seus corpos e suas decisões. ELAS é que devem determinar os seus próprios direitos. Não poderemos nos autointitular de "civilização" enquanto as mulheres não forem donas de si. Nós, homens, precisamos aprender a calar a boca e escutar o que elas têm a dizer. Nem Estado, nem Igreja, nem homens: só as mulheres têm o direito de decidir sobre a legalidade ou não do aborto. Ou você acharia justo que as mulheres legislassem sobre os corpos dos homens?


Chega de homens mandando em mulheres. Mulheres ao poder, já!

quinta-feira, 16 de março de 2017

O dia em que o Brasil sofreu uma revolução


Amigos, na noite passada, eu tive um sonho que seria um verdadeiro PESADELO para os coxinhas: sonhei que o Brasil tinha sofrido nada menos que uma revolução socialista. Quer saber dos detalhes? Então chega mais...

O sonho se passava no início dos anos 80 em um universo paralelo e a conjuntura geopolítica era bem diferente do que temos hoje. Para começo de conversa, Leon Trotsky havia sido o presidente da URSS ao invés de Joseph Stalin, fato que causou uma mudança radical na história da Europa. Com Trotsky no poder, o socialismo havia se espalhado por quase toda a Europa Ocidental: França, Itália e até a Alemanha haviam se tornado socialistas. Isso significa que Hitler não chegou ao poder e não tivemos a Segunda Guerra Mundial. Para desespero dos EUA, Fidel Castro também conseguiu fazer a Revolução Cubana nesse universo paralelo. Como resposta, a Doutrina Truman se radicalizou na América Latina, levando a ditaduras militares muito mais violentas e repressivas na América do Sul. Neste universo paralelo, a ditadura militar brasileira havia matado um número absurdo de pessoas – na casa dos milhões – para nos proteger do "perigo vermelho". E foi justamente esse autoritarismo, genocídio e repressão exacerbada das ditaduras na América do Sul que acabaram gerando um sentimento de revolta generalizado entre os brasileiros. O fato foi que lá por volta de 1982, dez milhões de pessoas foram às ruas para pedir o fim da ditadura e a implantação de uma espécie de socialismo democrático expressados pelos gritos de "democracia já". Para variar, até neste sonho a Globo fazia terrorismo psicológico contra a população dizendo que o "socialismo iria destruir o Brasil" e outras mentiras. O fato foi que Brasília foi cercada por milhões de pessoas com bandeiras vermelhas e gritos de "abaixo a ditadura". A coisa estava tão feia, que até a Igreja Católica e parte das Forças Armadas ficaram do lado do povão. O resultado dessa loucura toda foi um Golpe de Estado que tirou os militares do poder e implantou o tal "socialismo democrático".

Após essa revolução, lembro bem de ter visto um grande discurso de vários líderes revolucionários e de chefes de Estado de outros países de esquerda. Estavam presentes numa grande tribuna diante de um público gigantesco em Brasília nada menos que o presidente da União Soviética (que não consegui identificar quem era), Fidel Castro, Luiz Carlos Prestes, um general brasileiro que não lembro o nome, o arcebispo Paulo Evaristo Arns, Leonardo Boff, Frei Beto, Darcy Ribeiro, Leonel Brizola, vários outros homens que não reconheci e, claro, ele: Luiz Inácio Lula da Silva. Lula, foi, inclusive, um dos que mais falou nos discursos. No fim das contas, foi implantada uma espécie de parlamentarismo onde Brizola foi eleito primeiro-ministro.
Percebi que essa revolução, apesar de ter sido apoiada massivamente pela esquerda, não era exatamente socialista, porque não havia proposta de coletivização, de planificação econômica ou de perseguição a Igreja, muito pelo contrário: a própria Igreja havia apoiado a revolução depois de exigir uma série de condições em troca desse apoio. Mas enfim, o que aconteceu depois é que foi interessante.


Depois do Brasil ter feito a sua revolução, a América do Sul inteira acabou indo na onda, formando a URSAL: União das Repúblicas Socialistas da América Latina. Os EUA entraram numa crise profunda, mas não cederam de jeito nenhum ao socialismo, fazendo alianças com outros países capitalistas que restaram. A maioria dos países do mundo havia virado socialista, formando um grande bloco hegemônico, o que fortaleceu economicamente os países subdesenvolvidos.

No Brasil, houve uma nova Assembleia Nacional Constituinte escrita pelos trabalhadores e para os trabalhadores – bem diferente da nossa constituição burguesa de 1988. Tivemos uma grande reforma política, reforma econômica, reforma tributária, regulação da mídia, estatização de um monte de empresas e uma reforma agrária meio tímida devido a pressões contrárias de grupos mais "influentes" que se infiltraram no poder. O fato foi que, na prática, o Brasil continuou sendo um país capitalista, mas com uma constituição realmente democrática e com uma mídia mais pluralista. O resultado disso foi uma grande industrialização, grandes obras, redução drástica das desigualdades sociais e serviços públicos de qualidade. O ensino público passou a ter uma qualidade tão boa quanto o do ensino privado. Já os planos de saúde privados deixaram de ser obrigatórios para a classe média – já que a saúde pública tinha uma qualidade tão boa quanto a de países desenvolvidos. Devido à revolução agrícola, não ocorreram mais surtos de desabastecimento em nenhuma área e passamos a ser autossuficientes em energia e petróleo. O Brasil passou a desenvolver tecnologia de ponta nas universidades e tivemos os nossos programa nuclear e espacial retomados com força total. Na prática, o Brasil havia se tornado uma social democracia avançada, ou seja: uma terceira via. Não demorou até nos tornarmos uma potência econômica independente que passou a rivalizar com os EUA. Falando em EUA, os americanos – ou melhor: as oligarquias americanas – pararam de interferir na política do Brasil por exigência do bloco socialista Europeu. Apesar do mundo viver permanentemente numa grande tensão neste cenário devido à forte polarização entre capitalistas e socialistas, nenhuma grande guerra chegou a ocorrer.


De fato, devido ao nosso passado colonial, escravista e elitista, até neste universo paralelo criado no meu sonho, o Brasil não chegou a ser socialista de fato. No nosso mundo real então, essa possibilidade é ainda menor. Somos um país praticamente colonizado pelos EUA, controlado por uma plutocracia predatória que odeia o país e temos uma classe média majoritariamente elitista, preconceituosa e fascista. No mundo que vivemos seria impossível o Brasil virar social democrata, o que dizer então de se tornar socialista... Qualquer tentativa mínima de se criar um governo mais igualitário seria combatida com autoritarismo e violência pelos EUA e por nossas elites.
O sonho acabou com um país bem melhor que o nosso Brasil real. Daí fiquei imaginando o quão atrasados estamos hoje em relação a esse Brasil onírico. Direitos básicos que havíamos conquistado nos anos 80 do sonho estão distantes em pleno 2017...

Pode esquecer que isso é impossível

A dura verdade é que o "dinheiro grande" é quem manda neste país, nos nossos políticos, na nossa economia e no nosso modo de pensar. Somos massa de manobra de uma mídia burguesa prostituta do grande capital que ajudou a nos tornar consumistas, individualistas e indiferentes ao sofrimento dos menos afortunados entre nós. A repulsa que temos a tudo que for "de esquerda" é, na verdade, uma forma de disfarçar a nossa repulsa por um mundo menos desigual. O que a maioria de nós quer, infelizmente, não é justiça: nós queremos mesmo são mais privilégios. Agora me diga como um país com pessoas que pensam assim pode dar certo? Ou melhor: o Brasil deu certo, sim, mas apenas para aqueles 0,05% mais ricos que comem, dormem, se divertem, enriquecem e riem à nossa custa. Somos mesmo uns idiotas.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Quem é ele?


Se tem uma coisa que não sai da minha cabeça é como os livros de história do futuro irão tratar o nosso atual momento político. Como será que irão resumir o governo Temer daqui a 50 anos? Como irão explicar para os alunos os ataques à previdência, aos direitos trabalhistas e aos investimentos públicos básicos em saúde e educação? Como irão explicar os milhares de mortos devido à intensificação de políticas neoliberais? Como irão explicar o aumento imoral da verba publicitária para a grande mídia golpista e a doação de bilhões de reais para as operadoras de telefonia? Que legado o atual presidente deixará na história do Brasil?
Duvido que daqui a cinquenta anos ainda exista a Globo para mentir e manipular a realidade contra os interesses da população. A Globo não aguenta nem mais vinte anos de competição contra a internet, o que dizer de cinquenta? Quando a Globo cair, o povo saberá a verdade. Saberá do golpe parlamentar e da plutocracia autoritária que, mais uma vez, destruiu a nossa frágil democracia. Daí todos saberão quem foi Michel Temer: um capanga insignificante, um covarde, um carrasco do povo que será tratado como realmente merece: como um NADA, como um ser lamentável a ser enterrado na lata de lixo da história.

Eis aí o que MT é.