quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

As feministas e o BDSM


Pois é, eu já estava com saudades de falar delas: das nossas tão controversas "defensoras da igualdade de gêneros", ou, simplesmente, feministas, se preferir. O que me motivou a escrever este post foram os comentários das leitoras (a maioria delas feministas, certamente) sobre o tal BDSM neste post do blog feminista Escreva Lola Escreva. O BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo) é um tema que costuma causar reações totalmente imprevisíveis entre as feministas, porque ora ele é visto como "mais um meio machista de glamurizar a opressão contra as mulheres", ora é visto como uma válvula de escape onde as mulheres é que dominam a relação (sexual ou não). Mas o que mais me impressionou nesses comentários foi a alienação, a burrice, o preconceito, a frigidez, a castração, o recalque e o fanatismo de muitas mulheres que comentaram sobre o tema. E mais uma vez a associação que fizeram com a pornografia e a prostituição foi geral, como se o BDSM fosse exclusividade de filme pornô. E as críticas eram sempre de que o BDSM e a pornografia são machistas e aquele mimimi todo de quem só faz papai e mamãe no escuro com fins de procriação. Fora, claro, as que consideravam que o BDSM é uma "violência contra a mulher". O que essas castradas moralistas não enxergam é que o sadomasoquismo e a dominação são, sim, formas alternativas (e consentidas) de dar e receber prazer (ou dor). E elas se esquecem também que os tais mascus (que elas tanto odeiam) provavelmente cometeriam suicídio coletivo se soubessem o significado de palavras como "dominatrix", "domme" ou "femdom", pois elas representam tudo aquilo que eles mais têm medo na vida.
Pesadelo mascu
O BDSM é uma possibilidade alternativa de relação que envolve dominação, inversão de papéis e sadomasoquismo como fetiche. É ridículo querer impor o universo "baunilha" de um bando de mulheres mal comidas para tod@s, incluindo aí as ideias absurdas de censura de filmes e livros que falam sobre o assunto. O BDSM, quando consentido é, sim, saudável e divertido, sendo uma brincadeira para adultos. Mas o mais interessante mesmo é que nenhum desses comentários critica o sadomasoquismo entre homens gays: só há críticas quando há alguma mulher no meio da história, afinal, ter liberdade para se divertir com o sexo de todas as formas e sem críticas continua sendo privilégio dos homens. Mais uma vez essa ala conservadora do feminismo tem prestado um desserviço enorme às mulheres e à sociedade tentando condenar através de críticas pueris e cheias de jactância todo e qualquer tipo de sexo não convencional em que mulheres estejam envolvidas no meio, como se essas feministas fossem donas das vidas das outras mulheres. Muito bem, queridas, vocês estão fazendo exatamente o que o patriarcado quer que vocês façam: sejam eternamente castradas e, claro, castrem umas às outras julgando que mulher sexualmente livre é uma "vítima do machismo". Enquanto isso, os maridos de vocês estão pagando para que prostitutas façam uma sessão secreta de BDSM com ele, já que vocês são mente fechada demais para entrar nessa brincadeira. Ai, ai, santa inocência, viu?

Chega de papai-e-mamãe e vamos apimentar a relação

PS: Os últimos comentários do post me pareceram mais lúcidos, inclusive, uma das leitoras comentou que muitas vezes as feministas se parecem com os conservadores ao abordar assuntos mais polêmicos, dando a impressão de que são censoras, reducionistas, estereotipadas, intolerantes, hostis e proto fascistas. Dar piti achando que todo mundo vai virar sadomasoquista é tão tosco quanto imaginar que há uma ditadura gayzista te obrigando a dar o bumbum. Enfim, chega desse assunto por hoje para não me dar azia. Namastê!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Abaixo o Bolsa Família uma ova!


Tem um pessoal aí, quase sempre formado por mauricinhos, playboyzinhos, patricinhas e filhinhos de papai em geral, que estão fazendo campanha na internet para revogar (ou extinguir) o programa do Governo Federal chamado Bolsa Família. E as razões para isso são várias, pois dizem que o Bolsa Família é um programa eleitoreiro, que é uma forma de comprar votos, que torna as pessoas preguiçosas, que só estimula pobre a fazer filhos e que é um "roubo" aos cofres públicos. Essa visão elitista é típica de quem ou é egoísta, ou é estúpido, ou fecha com a cambada da direita reacionária. Para derrubar o argumento dessa gente que vive criticando a tal "geração nem-nem" (mas que, curiosamente, também não trabalha, nem estuda e vive torrando o dinheiro dos pais) e o Bolsa Família (mas que, curiosamente também, só faz retirar os juros de suas poupanças milionárias), vou lançar as seguintes questões para reflexão:

- Você trocaria de vida com um pobre?
- Você sabe o que é passar fome e dividir um prato de farinha com mais 12 irmãos pequenos?
- Você sabe o que é andar 15 km por dia para pegar um balde d'água no sertão?
- Você prefere passar fome a ter uma ajuda governamental para evitar que você morra de desnutrição?


Eu até concordo que o Bolsa Família não resolve o problema da fome, da pobreza e nem das injustiças sociais no Brasil. Porém, mais injusto que isso é querer viver num país onde você tem tudo e os outros não tem nada. Esse pensamento fascistóide que é contra a tributação de grandes fortunas e contra os programas sociais tem que acabar, porque ele só serve para piorar a situação desse país. Além disso, o Bolsa Família é um programa de custo baixo que ajuda a distribuir melhor a renda e faz o dinheiro circular, movimentando a economia. Isso tanto é verdade que o Bolsa Família é um programa reconhecido e copiado por vários países de primeiro mundo.


Portanto, se você tem essa mentalidade plutocrata, achando que pobre é preguiçoso, defendendo uma meritocracia fajuta e vociferando que o Estado é opressor, por favor, seja mais justo com a humanidade e deixe de ser egoísta, individualista e hipócrita.

sábado, 31 de janeiro de 2015

Tá faltando homem?


Pois é, a vida das mulheres heterossexuais não anda nada fácil. Arrumar um bom partido para casar não tem sido tarefa fácil. Além da população masculina ser numericamente menor que a feminina, ainda temos outros problemas, tais como:

- Homens morrem mais e mais cedo que as mulheres.
- Muitos homens são gays.
- Muitos homens fazem voto de castidade e se celibatam.
- Muitos são nerds e preferem um videogame a uma mulher.
- Muitos são casados e comprometidos.
- Muitos só saem com prostitutas.
- Muitos odeiam relacionamentos (eu, por exemplo).
- Alguns preferem uma Real Doll a uma mulher de carne e osso.
- Outros são machistas, masculinistas e misóginos.

Isso sem falar na cambada de homens feios, ignorantes, estúpidos, violentos, chatos e preguiçosos. Realmente sobra muito pouco que preste para alegrar a mulherada. Pior ainda é a situação no Recife, que é a capital brasileira onde há proporcionalmente mais mulheres que homens (e segunda do Brasil, ficando apenas atrás de Santos). Deve ser por isso que as mulheres recifenses são as mais carentes do país. Vai ser preciso judiar do santo pra sair do caritó, visse?

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Homem é tudo tarado


Não é preciso ser um especialista em comportamento sexual humano para perceber que os machos da nossa espécie se comportam de forma muito similar aos animais ditos irracionais. Em parte, podemos culpar a nossa biologia, porque a missão de quem produz gametas constantemente ao longo da vida é se acasalar com o maior número de parceiras possível para ter maior variabilidade genética e aumentar as chances de sobrevivência da espécie. Mas também temos o fator cultural, que sempre incentivou os machos a serem mais promíscuos. O que acontece então é isso que vemos a torto e a direito por aí: assédios, caras filmando mulheres por baixo da saia na rua e postando no Youtube, homens espiando mulheres se trocando pela fechadura, alto consumo de pornografia, olhares maliciosos para mulheres atraentes, etc. Eu sei que parece meio estúpido dizer isso, mas esses e outros comportamentos provam que nós, seres humanos, ainda somos seres essencialmente tribais.
Do ponto de vista da cronologia evolutiva, nós deixamos as cavernas há pouquíssimo tempo, de modo que em nada mudamos dos últimos 50 mil anos para cá. O nosso cérebro é o mesmo de um homo sapiens do final do paleolítico. Ou seja: tudo é muito novo, essas regras sociais, a tecnologia e a forma repressora e confusa com que lidamos com a nossa sexualidade. Nós somos literalmente macacos travestidos de seres civilizados tentando conviver com todas essas mudanças que ocorrem tão rápido. O problema todo é que os nossos instintos não mudaram em nada e esses comportamentos neanderthais da nossa sexualidade (especialmente a masculina) ainda persistem de forma muito insistente. E pra piorar, os homens são muito visuais, não ficam grávidos e não sofrem de frigidez (não existe homem frígido, existe homem broxa), fatores que estimulam ainda mais a taradice masculina.

É isso que nós somos

O que eu acho nessa história toda é que devemos buscar um ponto de equilíbrio: nem devemos nos comportar como primatas do pleistoceno e nem virar santinhos assexuados como querem as feministas fanáticas e os bitolados religiosos. Acho que ser tarado, até certo ponto, é natural e saudável. O que devemos sempre ter em mente é que o meu direito termina onde começa o do outro. Ser tarado (ou tarada) é natural, mas com moderação.

Somos todos primatas

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Sete músicas que me fizeram chorar

Honestamente falando, sou bastante duro na queda quando o assunto é chorar. Porém, essa coisa amolecedora de corações chamada música é uma das poucas coisas capazes de fazer meus olhos se enxerem de lágrimas. A seguir vou listar em ordem crescente sete músicas que fizeram eu me emocionar em momentos marcantes da minha vida e que, de certa forma, ajudaram a tirar aquele peso que as vicissitudes da vida deixam na alma.

7 - I'll Take the Rain (REM)


6 - Last Kiss (Pearl Jam)


5 - Lightning Song (Anathema)


4 - My Heart Will Go On (Celine Dion)


3 - Now We Are Free (Lisa Gerrard)


2 - Layla (Eric Clapton)


1 - Heal The World (Michael Jackson)