domingo, 25 de abril de 2021

O racismo é irmão siamês do capitalismo


Se tem uma coisa que me deixa bastante indignado é ver o tanto de gente que, por desonestidade ou desinformação, gosta de tratar Cuba e EUA como se fossem iguais na questão do racismo. Notavelmente, ambos países possuem, sim, racismo – mas o que ocorre em Cuba é muito diferente do que ocorre nos EUA. O racismo cubano existe de maneira mais branda e residual, enquanto que nos EUA ele é muito mais agressivo e estrutural. Isso porque o capitalismo gera naturalmente mais racismo. Por ser um sistema que estimula a competição, o capitalismo dá para a classe média branca empobrecida a ideia – especialmente em tempos de crises – de que os "não brancos" (latinos, negros, orientais, muçulmanos, etc) querem "roubar" os seus empregos e seus privilégios. Daí o crescimento da xenofobia, do racismo e da extrema-direita como um todo especialmente na centralidade do capitalismo. Você não vê em Cuba, por exemplo, policias brancos espancando ou exterminando cidadãos de pele escura por qualquer motivo (ou sem motivo nenhum). O racismo em Cuba ocorre mais em casos isolados e está presente devido a um contexto histórico de exploração dos povos afro descendentes na América Latina como um todo. Ou seja: ele é, essencialmente, herança dos tempos anteriores à Revolução Castrista. Tanto é que em Cuba não há fascistas, não há xenofobia ou essa extrema-direita rancorosa para requisitar seu direito à supremacia. Já nos EUA, o racismo vive sendo retroalimentado e sempre piora nos tempos de crise e desemprego.

Portanto, nunca cometa o erro de achar que o capitalismo é igual ou menos pior que o socialismo quando se trata de racismo. Enquanto em Cuba o racismo é combatido de maneira estrutural através da educação, nos países capitalistas ricos ele é socialmente fomentado.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Sabe por que existem países ricos e pobres?

 

A imagem acima é autoexplicativa. Países ricos e pobres existem graças à dinâmica exploratória do sistema capitalista. O capitalismo, para quem não sabe (ou finge não saber), é um jogo de soma zero, ou seja: para existirem países ricos, é necessário que existam países pobres. Riqueza não surge do nada: ela vem ou do trabalho, ou da exploração dos que trabalham. Sabe por que o EUA é o país mais rico do mundo? Simples: porque ele investe mais em tecnologia, industrialização e poder bélico. Os países pobres também tentam investir em tecnologia, industrialização e poder bélico. O problema é que eles são rapidamente boicotados, sabotados, saqueados, pilhados, minimizados e explorados pelos países ricos que não querem concorrência. Políticas ultraliberais, embargos, lawfare e medidas de transferência de renda advindas do Consenso de Washington destroem qualquer ambição de qualquer país em desenvolvimento em se tornar rico um dia. O Brasil é um bom exemplo disso. As políticas neoliberais têm se tornado cada vez mais agressivas na terra descoberta por Cabral. Isso porque temos um potencial enorme para incomodar as grandes potências econômicas. Veja o nosso programa nuclear e a nossa base de Alcântara, por exemplo. Ambos foram sabotados pelas políticas de guerra híbrida estadunidenses. O que os países do G7 querem é a nossa dependência econômica: querem que sejamos um país extrativista que vende matéria-prima quase de graça para eles e, em troca, importamos produtos industrializados de alto valor agregado.

Portanto, esqueça esses argumentos racistas de que brasileiro é preguiçoso, de que japoneses e norte-americanos são mais inteligentes, de que somos um bando de vira-latas corruptos e outras tolices que nos cegam diante da real causa das desigualdades. Temos que lutar pelo fim do capitalismo, porque enquanto ele existir, viveremos para sempre em um planeta divido entre pobres e ricos.


terça-feira, 13 de abril de 2021

Lava-Jato foi arma de guerra imperialista contra o Brasil


Desde o início da Operação Lava-Jato que a esquerda brasileira grita para o mundo inteiro ouvir que essa operação foi uma armação política coordenada pelos EUA. A esquerda foi, apesar dos apelos, ridicularizada e estigmatizada. Porém, como não há mentira que dure para sempre, a verdade foi exposta nua e crua pela imprensa progressista com a divulgação das conversas indecorosas da turma da República de Curitiba: conversas essas capturadas pelo hacker Walter Delgatti Neto. 

A confirmação dos fatos saiu em um artigo recente do Le Monde, da França, que mostrou detalhadamente como a Lava-Jato serviu aos interesses do Departamento de Estado Norte-Americano. A função da Lava-Jato, como todos agora já devem saber, era de destruir a economia brasileira, de falir as nossas empresas de construção civil, de impedir a nossa autonomia diante da descoberta do Pré-Sal e de sabotar o nosso elo econômico com os Brics. Até mesmo o almirante Othon Pinheiro, pai do programa nuclear brasileiro, foi preso com acusações falsas para destruir o nosso projeto de defesa. Tudo não passou de uma estratégia bem-sucedida dos Estados Unidos para minar a autonomia geopolítica brasileira. Globo, Moro, Dallagnol e companhia limitada são, tão somente, traidores da pátria que protagonizaram o maior escândalo judicial na história do planeta. Nunca se viu o lawfare ser aplicado de maneira tão descarada e atroz como ocorreu no Brasil: fato este que estará didaticamente estampado nos livros de história do futuro. 

O neoimperialismo capitalista é exatamente isso: destruição e pilhagem de nações abaixo da linha do Equador para enriquecer as que estão acima. Enquanto o capitalismo não for superado, pode ter certeza que mais operações como a Lava-Jato irão surgir para fomentar ainda mais as desigualdades entre os seres humanos. É neste mundo que você quer continuar a viver?

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Imagina se fosse o PT...


Em um dia trágico qualquer durante o auge da pandemia do coronavírus, Boçalnaro mandou o seguinte questionamento: "Imagina se o Haddad estivesse no meu lugar". Não é difícil de imaginar. Pelo histórico de lutas do Partido dos Trabalhadores, pelo seu comprometimento com as causas populares e pela administração responsável da capital paulista, fica evidente que um governo Haddad seria, no mínimo, MUITO MELHOR. Seria tudo ao contrário do atual (des)governo: a pobreza não teria aumentado, o auxílio emergencial de R$ 600 duraria até o fim da pandemia, teríamos um avanço na vacinação muito maior, o lockdown já teria sido feito há tempos, milhares de vidas seriam poupadas, não teríamos novos bilionários surgindo durante a pandemia, não teríamos farra com leite condensado superfaturado...  Enfim, a lista é grande.

Mas como optamos pelo Golpe, pela prisão ilegal do Lula e pela eleição de um miliciano autoritário, apedeuta e negacionista, agora temos que lidar com as consequências dos nossos atos irresponsáveis. E não adianta chorar o leite derramado. Quem apoiou o golpismo lavajatista sabia dos riscos de despertar o fascismo ao desrespeitar a democracia. O resultado agora é essa tragédia que já está fazendo o número de mortes superar o de nascidos.

Se em sã consciência você afirmar que com o PT seria pior, aconselho que procure um psiquiatra. Você não está bem.


quinta-feira, 8 de abril de 2021

O capitalismo é a ditadura do poder econômico


O pensamento individualista, consumista e egoísta do capitalismo segue uma lógica simples: se eu sou aquilo que eu tenho, então os fins justificam os meios. Nesse sistema, se eu sou um canalha, não importa. O que importa é que os meus bens materiais e meu poder aquisitivo definam o que eu sou. Ou seja, criamos um vale-tudo moral na busca de atingirmos nossas ambições pessoais, mesmo que isso prejudique os nossos semelhantes. Daí que o capitalismo premia implicitamente quem joga sujo, quem parasita, quem dá golpes e quem passa os outros para trás. Bilionários, por exemplo, são a prova viva desse fato. O capitalismo é, portanto, uma selvageria, um sistema anticivilizatório que favorece e naturaliza todo tipo de sociopatia e competição em nome do dinheiro e do lucro. Um sistema onde os mais ricos governam e impõem fome, miséria, guerras e devastação ambiental para maximizar seus lucros é autodestrutivo e, por isso, está fadado ao fracasso no longo prazo.

E não pense você que esses capitalistas de sucesso um dia poderão ser bonzinhos com o resto da humanidade. Esse bando de burgueses safados que parasitam a classe trabalhadora e dominam o mundo num culto macabro ao "deus mercado" nunca largará seus privilégios e sua avareza, porque essa é justamente a essência que os mantém indefinidamente com o controle do real poder. Mas há uma luz no fim do túnel. A população oprimida que serve de hospedeira para esses plutocratas pode, unida e politizada, derrotar a lógica cruel e desumana desse sistema. E o nome dessa batalha entre nós (99% da população) e eles (1% da população) chama-se Revolução Socialista. É o socialismo que irá derrotar o capitalismo. Ou será isso, ou iremos todos deixar de existir como espécie nessa imensa esfera azul chamada Terra. Chega dessa ditadura sangrenta e autodestrutiva do capital. Democracia, qualidade de vida e justiça social de verdade só será possível no socialismo.