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Vem aí a festa da música tupiniquim... |
terça-feira, 3 de dezembro de 2024
As 100 melhores músicas brasileiras de todos os tempos
terça-feira, 26 de novembro de 2024
Cadeia para todos os golpistas
Às vezes eu tenho a impressão que certos "CPFs" do Partido Fardado têm titica no lugar do cérebro. Isso porque qualquer coisa que tenha o Q.I. oscilando entre o de uma ameba e uma ostra sabe muito bem que um Golpe de Estado só funciona quando toda uma conjuntura política ocorre favorável a sua execução. O plano golpista fracassado nomeado de "Punhal Verde e Amarelo" foi contra todos os manuais de golpes de Estado, porque ele era absolutamente insustentável tanto internamente quanto do ponto de vista do apoio internacional. Os golpistas queriam causar o caos com assassinatos e anarquia institucional para implantar um governo militar provisório com generais de quinta-coluna no poder. Não daria certo, obviamente, porque isso faria o Brasil parecer uma Venezuela de direita para o resto do mundo. Além de que nem a Globo, nem parte dos milicos e nem os EUA estavam dispostos a apoiar essa loucura golpista. Mas independentemente de ter dado certo ou não, qualquer tentativa de Golpe é crime com punição severa prevista na Constituição. A democracia que custou o sangue de tantos brasileiros não pode ser conivente com tentativas descaradas de destrui-la. Do contrário, voltaremos à barbárie dos anos de chumbo de uma era que deve ser estampada nos livros de história para que nunca mais volte a ocorrer. Não pode haver nenhum acordo de anistia com golpistas.
sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Escala 6x1 é a escravidão moderna
Para quem tem memória fraca ou não sabia, a frase estampada com letras garrafais nos portões de entrada de vários campos de concentração nazista afirmava: "Arbeit macht frei" que em alemão significa "o trabalho liberta". E não eram só os nazistas que pensavam assim. Os senhores de engenho do século XIX tinham lema semelhante quando condenavam seus escravos a trabalharem até a morte. Daí eu pergunto: será mesmo que o trabalho é algo tão bom quanto os donos do capital nos fazem pensar?
Estou farto de repetir que o trabalho NÃO é algo sagrado ou uma panaceia contra os males do mundo. Só quem trabalha 8 horas todo santo dia sabe como é terrível, desgastante, deletério, estressante e punitivo ter apenas um mísero dia de descanso na semana. Foi pensando nisso que a deputada Erika Hilton (PSOL) resolveu criar um projeto que prevê o fim dessa escala de semiescravidão de 6x1, fazendo com que o assunto entrasse em discussão em todos os lugares dentro e fora da web.
É provável que esse projeto não vá muito longe por termos o congresso mais reacionário da história e uma imprensa calhorda que sequer consegue fingir que não é de direita. Contudo, foi importantíssimo que essa semente tenha sido plantada para que num futuro não muito distante exista a possibilidade real de reduzir pelo menos para uma escala de 5x2 e torne o trabalho mais produtivo para os trabalhadores e mais lucrativo para os patrões. Mas como a burguesia do nosso país não pensa com o cérebro e sim com o bolso, então seguirão com o discurso escravista de que a escala 6x1 é para evitar o "colapso da economia" e outras mentiras já refutadas por países que já adotam escalas menos cruéis. A luta será árdua e longa para conquistarmos esse direito no Brasil.
Sendo franco, a escala de trabalho ideal seria de 0x365, onde ninguém precisasse trabalhar. Todo o trabalho deveria ser realizado por máquinas, robôs e IAs enquanto os humanos estariam livres para viverem suas vidas com mais liberdade, conhecimento, saúde, lazer e tempo de qualidade junto com as pessoas que amamos. Fora que ninguém mais passaria fome ou sede. O Projeto Vênus proposto por Jacque Fresco, por exemplo, traz uma ideia de como esse modo de produção poderia ser implementado.
O mais importante é que a redução da jornada de trabalho SEM reduzir os salários torne-se uma pauta fixa daqui em diante não apenas dentro do campo progressista, mas para toda a classe trabalhadora.
quinta-feira, 31 de outubro de 2024
A importância do trabalho de base na política
Existe uma ala da esquerda que tem feito críticas severas ao atual governo petista por sua "passividade" diante das reformas neoliberais que estão avançando sobre o país. O ministro da fazenda Fernando Haddad tem sido o principal alvo dessas críticas por estar numa espécie de "lua de mel" com o mercado financeiro. A questão é que o temível corte de investimentos não é uma ideia do atual ministro da fazenda – isso trata-se, tão somente, de uma imposição da elite econômica. Essa situação só ocorre porque o presidente Lula tem quatro canhões apontados contra si. O primeiro deles é o canhão do mercado financeiro que exige essa política antipopular para aumentar a transferência de riqueza do capital produtivo para o capital especulativo. O segundo canhão vem do Congresso que é o mais reacionário da história, cheio de bolsonaristas que juntam suas forças com as bancadas BBB (Boi, Bala e Bíblia) para forçar o governo a ceder nas negociações. O terceiro canhão vem do Tio Sam que pressiona o Brasil a se afastar do Brics e a manter o Consenso de Washington. E o último deles vem dos militares que subverteram a Constituição e seguem atuando como poder moderador, impedindo, por exemplo, que um reaça como o atual ministro da defesa seja demitido. Lula é o presidente, mas é um presidente refém dessas forças que ameaçam recolocar o fascismo no poder caso suas exigências não sejam atendidas. E é aí que entra a necessidade de um trabalho de base para colocar o maior dos poderes em jogo que é o poder popular.
Somente um povo politizado pode contrabalancear essa situação. É preciso um trabalho que mostre para a classe trabalhadora que ela é que tem o mais temível dos poderes e que os direitos dela estão sendo destruídos por uma classe de exploradores super ricos. Se querem cortar gastos, então que taxem os ricos e as grandes fortunas ao invés de cortar garantias institucionais da população. Sem entender quem é, qual o seu real poder e os seus reais interesses, a classe trabalhadora irá continuar elegendo os mesmos reaças de sempre seja para conselhos tutelares ou para a Câmara dos Deputados. Infelizmente, enquanto os donos do real poder não sentirem medo, o chicote vai continuar a estalar no lombo do povo.
domingo, 20 de outubro de 2024
A ignorância NÃO é uma benção
Dizem por aí que a ignorância é uma benção, porque o ignorante vive preso na feliz ilusão de uma falsa esperança. Pois bem, eu até sou fã do estilo Hakuna Matata que prega que devemos ignorar os nossos problemas para sermos mais felizes no presente. Contudo, ser ignorante dá as pessoas o risco de ostentar algo muito perigoso que é a ilusão do conhecimento, também conhecido como Efeito Danny Kruger. A ilusão de sabedoria é mais perigosa que a própria ignorância, porque ela faz os indivíduos acreditarem convictamente nas próprias mentiras, fazendo elas chafurdarem no poço sem fundo do sofrimento sem entender o porquê. Assim é o caso do trabalhador assalariado que defende a propriedade privada dos meios de produção. É bizarro e lamentável ao mesmo tempo ver um capitalista sem capital defendendo a própria exploração e batendo no peito para dizer que é de direita. Daí que governos de extrema direita estão sempre indo e voltando ao poder graças a essa ignorância quanto à consciência de classe.
Mas não é só o trabalhador pobre e a classe média fascistoide que são ignorantes. A própria elite econômica também é. Somente uma classe dominante burra, arrogante e imediatista que não percebe que ao acelerar o processo de exploração capitalista, aumenta com isso as chances de ruptura do tecido social, criando o risco precoce de convulsão social antes do fim inevitável do capitalismo. Se é que ninguém percebeu ainda, só existem três formas naturais do capitalismo terminar: ou em guerra nuclear, ou em apocalipse climático, ou em revolução socialista. E ao aumentar a desigualdade em nome do lucro imediato, as elites tornam o risco de colapsar o sistema ainda mais cedo, causando explosão de violência, desabastecimento e prejuízos às classes dominantes.
Então até para ser ignorante é preciso ter um mínimo de sabedoria.