sábado, 10 de setembro de 2011

Níveis de consciência dos seres vivos

Sistemas reptiliano, límbico e neocortical do cérebro

De acordo com uma teoria que eu mesmo desenvolvi, os seres vivos são classificados em cinco níveis de consciência, que vão do grau 0 até o 4.

Estrelas-do-mar não têm cérebro, logo, não possuem consciência

O grau de consciência 0 se refere aos organismos unicelulares e também aos pluricelulares que não possuem cérebro. Esses seres não possuem consciência alguma, porque eles realizam apenas algumas funções bioquímicas para gerar energia e executar uma autocopiagem. Esses seres não possuem qualquer discernimento ou vontade própria.

Lagartos possuem um sistema reptiliano primitivo
O grau de consciência 1 refere-se aos animais cujo cérebro se limita a um sistema reptiliano. Esses animais são guiados basicamente por instintos, suas reações são inconscientes e baseadas apenas na sua necessidade de sobrevivência, seja individual ou coletiva. Instintos como a fome, o sexo e a territorialidade são os que regem as ações dessas criaturas.

Cães possuem sentimentos

A graduação seguinte, o grau de consciência 2, refere-se aos seres vivos que possuem o sistema límbico, ou seja, aqueles que possuem um cérebro emocional - o que os torna capazes de aprender e demanisfestar emoções. Além de também possuírem o sistema reptiliano (instinto), esses animais são capazes de manifestar memórias, empatias, emoções e, consequentemente, sentimentos. Os mamíferos são um exemplo clássico dos animais que possuem o cérebro límbico, implicando na existência de humores e preocupações com as crias. Esses seres podem, ou não, ser conscientes.

Chimpanzés posseum um córtex quase tão desenvolvido quanto o humano

Já o grau de consciência 3 é relativo aos animais que possuem um sistema neocortical bem desenvolvido, que nada mais é que o córtex cerebral: a região mais externa do cérebro. O córtex é o que traz a racionalidade e a consciência. O juízo crítico, a intuição, a capacidade de tomar decisões livremente e a capacidade de calcular eventos futuros são características típicas dos seres que possuem o córtex bem desenvolvido. Entre eles estão alguns primatas, como o chimpanzé, e o ser humano. O ser humano possui um córtex notavelmente mais desenvolvido, o que nos revela a possibilidade agirmos conscientemente. Esse é o grau máximo da consciência que nós conhecemos.

O cérebro humano é o mais desenvolvido da natureza, mas possui suas limitações

Bem, mas acontece que nossas decisões não acontecem baseadas exclusivamente na nossa razão. Nós, humanos, somos seres que possuímos tanto o sistema límbico quanto o reptiliano embutido nas camadas interiores do nosso cérebro. Isso impede que nós tomemos decisões baseadas apenas na lógica, porque sempre haverá um contingente emocional e até instintivo por trás das nossas decisões. É como se o livre-arbítrio fosse uma ilusão, uma vez que não fazemos escolhas 100% baseada no nosso juízo crítico. Isso nos leva a crer que somos seres semiconscientes, o que faz surgir um novo degrau na escala da consciência: o grau de consciência 4.

Nosso cérebro e composto de três partes distintas

Este grau de consciência 4 é baseado na tomada de decisões que seja totalmente ligada a nossa própria vontade, sem a influência de instintos ou de emoções. Este seria o verdadeiro livre-arbítrio, exatamente por ele ser pura e simplesmente baseado na nossa vontade e razão. Apenas nesse grau de consciência seríamos levados a ter uma visão não distorcida de nós mesmos e do universo, livres de superstições, de crendices ou de misticismo. Seríamos capazes de entender a importância e o valor da vida, ascendendo a uma consciência universal. Eu imagino que daqui a alguns milhares de anos, o ser humano evolua para uma espécie que seja plenamente consciente e que seja capaz de ver e perceber além de nós. Ou talvez o nosso cérebro evolua para mais uma camada além do cérebro neocortical e que nos leve a uma consciência muito mais real e profunda. Mas isso é apenas teoria. Só o tempo e a evolução poderão responder a essa questão.

Será que o nosso cérebro ainda irá evoluir?

Possivelmente, após uma longa escala de tempo, os descendentes da espécie humana possam chegar a um nível de consciência realmente muito superior ao nosso. Talvez, a própria engenharia genética nos leve a esse caminho e nos torne seres capazes de compreender a essência de todas as coisas. Mas até lá, há um longo caminho a ser percorrido.

Fontes:
Teoria do cérebro trino
Série Cosmos - A persistência da Memória
Por que as baleias têm o cérebro tão grande

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