domingo, 13 de janeiro de 2019

Padre Quevedo foi o James Randi brasileiro


Eu tinha um post político importante para ser publicado hoje, porém, como nesta semana morreu o parapsicólogo padre Quevedo, eu não poderia deixar ao menos mencionar a importância dele para a minha formação cética.

O padre Oscar Quevedo, nascido na Espanha e naturalizado brasileiro, tornou-se uma figura pop emblemática na mídia nos casos onde fenômenos sobrenaturais eram colocados à prova. Lembro-me no programa do Ratinho nos anos 90 e também em sua série no Fantástico onde ele desmascarava com grande autoridade todos os charlatões, farsantes, golpistas, mágicos de araque, enganadores e fenômenos que aparentavam ser sobrenaturais. O próprio padre Quevedo mostrava como os truques eram feitos e ensinava as pessoas a terem o mínimo de senso crítico diante de coisas aparentemente inexplicáveis. Eu deixei de acreditar em fantasmas, poltergeists, espíritos obsessores, truques e curas sobrenaturais graças a esse bom velhinho. Eu, inclusive, gostava de compará-lo ao mágico canadense James Randi que fazia o mesmo que ele e ainda oferecia um prêmio de 1 milhão de dólares para quem provasse que possuía poderes sobrenaturais. O único defeito do padre Quevedo é que todo o ceticismo que ele usava contra os charlatões e contra as crendices de outras religiões era posto de lado com relação ao cristianismo. O padre sempre encarava como legítimos os milagres católicos e jamais contestava os dogmas. Tudo bem, isso eu perdoava porque, afinal de contas, ele era um padre. Se fosse cético em tudo sem qualquer duplipensar, ele seria um Christopher Hitchens com sotaque espanhol, mas aí já seria querer demais.


Enfim, apesar dos poréns, eu era muito fã do padre Quevedo. E até hoje eu uso o seu bordão "isso non ecziste" quando me deparo com coisas que não acredito. Descanse em paz, caro Oscar Quevedo. E obrigado por tudo.

6 comentários:

  1. eu tbm fiquei triste com a noticia da morte dele, eu conheci ele pela desciclopedia com o bordao do "isso non ecziste"

    ResponderExcluir
  2. Wellington criei um blog em 2017 e a alguns dias voltei a postar nele depois de um tempo que fiquei parado, mas já fiz cerca de 70 posts nele, falo de política e história nele, gostaria de pedir humildemente a sua ajuda para a divulgação do blog, já que vc é um blogueiro famoso e recebi conselhos para pedir ajuda sua. O nome do blog é palavras de um estudante
    ( https://palavrasdeumestudante.blogspot.com/ ). Ficarei muito grato com sua ajuda.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Thiago. Vou deixar um link permanente para seu blog no menu lateral (blogosfera) junto com outros que recomendo. E, possivelmente, farei referências a ele também em algumas postagens.

      Um grande abraço e vida longa seu blog.

      Excluir
  3. Os espíritas falam tanto de amor e amor, mas é só da boca para fora. Dirigente de casa espírita normalmente são maçons arrogantes e extremamente reacionários. Pessoas que choram e reclamam do sofrimento eles chamam de vitimistas e ignoram aqueles que sofrem de bullying. Espiritismo é um covil de cobras.

    ResponderExcluir
  4. Empresários ligados a Steve Bannon financiam o astrólogo geriátrico e débil mental Olavo de Carvalho. Vejam só que vergonha:
    https://www.revistaforum.com.br/lobista-de-bolsonaro-nos-eua-promove-encontro-entre-olavo-de-carvalho-e-steve-bannon/

    ResponderExcluir
  5. Roberto Autran Nunes28 de julho de 2023 às 07:03

    Para ter certeza que minha blasfêmia está minuciosamente clara, por meio desta declaro minha opinião que a noção de um deus é uma superstição básica, que não há evidência para a existência de nenhum deus(es), que diabos, demônios, anjos e santos são mitos, que não há vida após a morte, paraíso nem inferno, que o Papa é um dinossauro medieval perigoso e intolerante, e que o Espírito Santo é um personagem de história em quadrinhos digno de risadas e escárnio.

    ResponderExcluir