sexta-feira, 12 de junho de 2020

A república dos generais continua a mesma


O general da ativa e chefe do estado-maior das Forças Armadas dos EUA, Mark Milley, teve uma atitude de humildade e sabedoria que serviu de lição de moral para os milicos brasileiros. Ontem, 11 de junho, o general Milley pediu desculpas publicamente por ter participado de um ato político ao lado do presidente dos Estados Unidos. O general deixou claro que a função das Forças Armadas norte-americanas não é política, mas sim de defesa.

Enquanto isso, aqui na terra da Lava-Jato, a maior parte dos generais brasileiros acha normal a politização dos quartéis e a participação massiva dos militares no governo. Essa é a diferença de uma república bananeira para um país civilizado. Aqui, os generais extrapolam suas funções e se aventuram profundamente no campo político, chegando ao cúmulo de ameaçar a Suprema Corte, como fez o General Villas Boas em 2018. Outro exemplo recente disso foi a fala do general Luiz Eduardo Ramos, ministro chefe da Secretaria de Governo. Ele deixou claro que os generais enxergam parte do povo brasileiro como inimigo ao falar para o "outro lado" que "não estica a corda". Já na América do Norte, Europa e Oceania, nunca se escuta falar em militares no poder ou em intervenções militares, porque lá as Forças Armadas são uma instituição de Estado e não se metem em política doméstica.

Parafraseando o colega Marcio Cotrim em seu comentário no 247: Que inveja da Costa Rica! Lá não tem Forças Armadas e o país pode investir tudo que serviria para fins bélicos em saúde, educação e outros investimentos sociais de base.

5 comentários:

  1. Uhum...
    Tá certo...

    Como se em Cuba Fidel Castro não governasse com o apoio dos milicos

    kkkkkkkkk

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    1. Comparar os militares cubanos com os brasileiros é um disparate. Primeiro que o exército cubano está, de fato, ao lado do povo cubano - e não ao lado das elites rentistas e do imperialismo, como é o nosso caso. E segundo que as Forças Armadas cubanas nunca foram responsáveis por torturas, assassinatos, suicídios forjados e rupturas da ordem democrática.

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    2. Como bem disse Jeferson Miola ao 247:

      "As Forças Armadas brasileiras se enxergam como guarda pretoriana, no próprio território brasileiro, do exército invasor que ocupa, domina, explora, saqueia e pilha nosso território e extermina nosso povo"

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    3. "o exército cubano está, de fato, ao lado do povo cubano"

      kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
      hahahahahahahahahahahahaha

      Cara, há muito tempo eu não ria tanto. Essa tua sentença foi muito hilária mesmo.
      É incrivel o que ser contaminado com viés ideologico é capaz de escrever para argumentar.
      TENHO CERTEZA QUE NEM VOCÊ MESMO ACREDITA NISSO QUE ESCREVEU.

      Cuba é um lugar onde não existe liberdade de expressão, os cidadãos de lá não podem se quer deixar o país.
      AMIGO, ENTENDA, CUBA É UMA DITADURA.

      Tu aqui no Brasil tem esse blog onde você pode vomitar seu ódio contra o governo sem ter problema algum.
      O mesmo já não seria possível caso tu fosse cubano residindo em Cuba.

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    4. E você acha que as Forças Armadas cubanas estão do lado de quê? Da burguesia? Das classes dominantes? Dos latifundiários? Dos banqueiros? Claro que não. A Revolução de 1959 politizou os militares de lá. Se está duvidando, pergunte a qualquer militar cubano de que lado ele está, se é do povo ou do capital.

      Não existe liberdade de expressão em Cuba? E a blogueira Yoani Sánchez? O que ela fazia mesmo? E os cubanos PODEM, SIM, deixar o país, camarada. Isso vale desde 2013.

      Você precisa desconstruir essa visão arcaica sobre a ilha caribenha, caro amigo.

      Sobre criticar o atual governo brasileiro, isso POR ENQUANTO ainda é possível. Mas se a coisa piorar um pouquinho e vier um novo AI-5, aí você vai ver o que é ditadura de verdade.

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