sábado, 3 de dezembro de 2022

Copa das zebras? Não.

 

Algumas pessoas têm feito uma análise errada desta Copa do Mundo do Catar. Resultados que favoreceram a seleções com menos tradição em copas não foram exatamente uma "zebra". Isso porque hoje não existe mais seleção de futebol ingênua disputando a Copa do Mundo. Boa parte dos jogadores de seleções mais "fracas" joga campeonatos de nível técnico alto em seus clubes, especialmente os que atuam no futebol europeu. Adicione a isso o fato de que o futebol hoje é muito mais tático do que técnico. Daí vemos resultados inesperados como a derrota da Argentina para a Arábia Saudita ou a vitória do Japão contra a Alemanha. Com relação a derrota de seleções como França, Espanha, Portugal e Brasil, essas seleções ou já estavam classificadas, ou praticamente classificadas no último jogo da fase de grupos. Jogaram com seus times reservas enquanto que as seleções mais fracas jogaram com o time principal brigando por classificação. Daí o festival de "zebras". Aliás, como sempre estive do lado dos oprimidos, gosto de ver os países colonizados dando um chocolate nos países colonizadores. E isso, diga-se de passagem, tem sido divertidíssimo nesta Copa, porque dá aquele gostinho de reparação histórica.

A Copa do Mundo começa para valer mesmo nas oitavas de final, onde quem perde, faz as malas. Agora, sim, podemos afirmar que a vitória de seleções menos tradicionais será zebra. Uma final entre Japão e Marrocos, por exemplo, seria a maior zebra da história. Mas o mais provável pelo chaveamento é que a final seja entre uma seleção sul-americana contra uma europeia. Enfim, quem viver, verá.

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