domingo, 24 de maio de 2015

O sexo como profissão e as recalcadas

Sexo e dinheiro: as duas melhores coisas da vida!

Vez por outra eu recebo comentários toscos, ridículos, infantis e sem noção de militantes feministas me atacando desmioladamente quando o tema é prostituição, pornografia, liberdade sexual feminina e ganhar dinheiro com sexo. Entre as alegações dessas extremistas, temos que a prostituição e a pornografia são - na visão delas - um "estupro generalizado e institucionalizado das mulheres". Eu já escrevi muitos posts tratando sobre esse assunto, inclusive escrevi uma série só falando sobre a legalidade da pornografia (link aqui). Em todos esses posts, eu sempre enfatizei a pornografia e a prostituição em si, mas nunca coloquei em discussão as razões para tantas feministas radicais atacarem insistentemente essas modalidades de entretenimento adulto. Portanto, este post aqui vai ser justamente para que eu apresente uma resposta para a origem desse comportamento anti-sexo de tantas supostas feministas.

Abaixo o sexo!
Sim, existem feministas que são anti-sexo. Elas são contra qualquer manifestação sexual feminina fora do casamento e que não esteja dentro dos "padrões". E se esse sexo envolver dinheiro, pior ainda. Eu não vou aqui debater sobre os argumentos estapafúrdios usados por essas feministas sem noção, até porque eles são uma cópia descarada do que os fundamentalistas religiosos usam por aí há séculos (neste link  e neste outro temos bons exemplos disso). O que eu quero abordar, como já disse anteriormente, são as causas desse comportamento radical e irracional. A principal razão - como muitos já deduzem facilmente por aí e que muitos machistas usam para provocá-las - é o fato de que muitas delas são "mal comidas". Eu iria até mais longe, eu diria que a vida sexual dessas mulheres é horrível e elas devem ter trabalhos horríveis onde ganham um salário horrível. Ora, a razão principal para odiarem tanto a prostituição e a pornografia é porque tanto em uma como em outra é possível que uma mulher fique muito rica em pouco tempo apenas fazendo sexo sem tabus. Ou seja: atrizes pornôs ficam milionárias rapidamente apenas transando e seduzindo homens - o contrário perfeito dessas militantes anti-sexo que são frígidas e ganham mal. Não há como esconder a inveja que sentem de ver uma atriz como a Sasha Grey, por exemplo, que transou loucamente em sua curta carreira e ganhou tanto dinheiro que se aposentou aos 25 anos. Sasha Grey fez apenas sexo e ganhou o suficiente para nunca mais precisar trabalhar na vida aos 25 anos! Como que querem tratar uma atriz pornô como coitadinha? Só podem estar de brincadeira.

Sasha Grey: um beijinho para as recalcadas

Outra razão para haver tanta militância anti-sexo é que muitas dessas feministas são cristãs conservadoras. Só isso já diz tudo. Onde que o cristianismo vai apoiar o sexo fora do casamento? E a última razão é que algumas dessas militantes possivelmente devem ter sofrido abusos sexuais e acham que todo sexo heterosseuxal é estupro. Claro que tem as doidas que são contra futebol, cerveja, videogames, prostituição e pornografia porque o público majoritário disso tudo é masculino - então elas militam contra essas coisas para provocar, irritar e até se vingar dos homens (reduzindo o assim o entretenimento privilégio deles).
A dica que eu dou para essas debiloides fundamentalistas é que elas procurem transar mais para tentar esquecer um pouco da vida sexual de mulheres que ficam ricas só com sexo. Eu até entendo que a pornografia mainstream e a prostituição priorizam o prazer masculino, mas uma coisas é você propor mudanças, outra coisas é querer o fim disso tudo só porque você não gosta.

Ser profissional do sexo é mais divertido

E antes que alguma pessoa argumente que há exploração das mulheres pela indústria pornográfica e pela prostituição, alegando isso ou aquilo, eu concordo que há sim exploração - mas acontece que a exploração abusiva do trabalhador no mundo é muito mais generalizada. Há exploração em todos os lugares onde exista o capitalismo. E isso vai desde a mão de obra semiescrava das fábricas chinesas indo até os rockstars que são explorados pelas gravadoras e empresários mal intencionados. Mas militar apenas contra a pornografia, o bdsm e a prostituição mostra somente que o sexo em si é algo que incomoda particularmente essas militantes. Elas não reclamam de trabalho escravo nas lavouras, do trabalho infantil ou das péssimas condições de trabalho em certas indústrias. Só querem reclamar de mulheres adultas que transam por escolha própria em troca de dinheiro. E vão me desculpar, mas essa militância anti-sexo é uma anedota vinda de gente que ao invés de estar transando e sendo feliz, fica querendo controlar os corpos e as decisões das outras mulheres. Ah, vão se catar, meu!

Feminazis sendo feminazis

Enfim, por hoje chega. Acho que essas feminazis desmioladas já tiveram atenção demais de minha parte.

Não gostou?
Então...
 

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Se não existisse prostituta, eu teria virado padre

O frei e a prostituta em Hilda Furacão

A frase engraçadinha do título deste post foi proferida por mim mesmo numa conversa que tive com um velho camarada sobre garotas de programa. E, realmente, se a prostituição fosse mesmo proibida, eu preferiria ser padre do que casar (e olha que eu sou ateu). E não é para menos: prostitutas são a válvula de escape sexual de uma sociedade hipócrita e moralista. Qualquer homem que chegue numa mulher desconhecida na rua e peça para transar com ela, vai ouvir "não" em 100% das tentativas - isso quando não levar um tabefe, escutar insultos ou não ouvir a garota chamando a polícia. Para um homem conseguir sexo com uma estranha, antes ele precisa fazer todo aquele ritual de conquista, aquela verdadeira dança do acasalamento social (vulgo galanteio) que pode durar horas, dias ou meses até ele conseguir afogar o ganso. Inclusive, conheci um sujeito que precisou ficar cozinhando o galo por três meses com uma garota, levando ela para bares, restaurantes, boates, cinema, shoppings, dando presentinhos e gastando muita gasolina só para ouvir um NÃO no fim das contas. O coitado foi feito de trouxa só para ser deixado na mão, ou seja: um investimento alto que não deu em nada!
Sem quenga não dá!
Tá bom, mas aí você pode lembrar das piriguetes de balada, que são aquelas gurias fáceis que geralmente transam no primeiro encontro. Acontece que elas também não são tão fáceis quanto parecem, porque se o pretendente não atender a todas as exigências delas, já era! Tem mulher por aí que é tão seletiva que só libera a xavasca para profissionais específicos, como empresários, banqueiros, jogadores de futebol, rockstars e até blogueiros com mais de 15 mil seguidores (que não é o meu caso, infelizmente). Daqui a pouco a mulherada tá exigindo carteira de trabalho e selo de qualidade do Inmetro para dar pro sujeito. Namoro e casamento então não vou nem comentar, porque como já dizia o velho ditado: "casar é a forma mais cara de comer uma mulher de graça", ou como já dizia meu pai: "se casamento fosse bom, não precisava de testemunhas". A rotina do casamento transforma rapidamente dois namorados em irmãos e aí o sexo morre numa monogamia exclusivista totalmente castradora e broxante. Fora os ciúmes, brigas, tpm, chantagens, DR, greves de sexo e outras merdas que fazem a sua vida sexual repousar eternamente no berço esplêndido de uma vala comum. Casamento é para quem não gosta de sexo, ou para quem o faz muito pouco. Então o que resta para homens bem resolvidos (como eu, por exemplo)? O que resta para nós são as quengas, oras! Prostitutas fazem o que nenhuma mulher comum consegue fazer, pois sempre transam no primeiro encontro (dããã), fazem posições acrobáticas, liberam todos os orifícios (na verdade, nem todos), transam como leoas selvagens, não te julgam, não ficam achando que você é gay por adorar um fio-terra, entendem mais do que ninguém que os homens têm um fetiche enorme pelos clichês do mundo pornô e elas não vão te julgar pelo que você tem, se você tem deficiência, se você é gordo, se você é pobre, se você é negro, se você é casado, se você tem tara por pés, se você tem peru pequeno... Enfim, as putas são foda (ou sim).

Eu não seria um bom padre! ahahaha!

É por isso que eu amo as prostitutas. Se você é prostituta e está lendo este textículo (diminutivo de texto, assim como versículo é o de verso) muito obrigado por você existir. Porque se você não existisse, eu teria que usar batina, fazer voto de castidade e aturar crente chato todo domingo nas missas, afff (mas ainda assim, é melhor que casar!). Viva as prostitutas!

Oh, yes, baby!

quarta-feira, 22 de abril de 2015

O delírio da intervenção militar


Foi só eu ficar um mês e meio longe da internet que um monte de notícias ruins surgiram por aí: gente querendo impeachment, "jente" (com jota mesmo) querendo intervenção militar, inflação subindo, dólar alto e toda essa polêmica envolvendo a terceirização. E para tirar o atraso, reservei o direito de escrever sobre alguns desses temas. Mas para este post eu vou abordar apenas o delírio da intervenção militar. Isso porque eu acho totalmente sem sentido a ideia da volta de uma ditadura para combater os "comunistas do Foro de São Paulo" (vulgo petistas e esquerdistas em geral).
Pois bem, sendo curto e grosso, eu resumiria afirmando apenas que essa intervenção militar que muitos coxinhas querem é simplesmente um delírio reacionário totalmente fora do alcance da realidade. Isso por seis razões básicas:

O bicho-papão comunista vem aí! Buuu!!

1 - Não há ameaça de golpe comunista
Só os idiotas, olavetes e acéfalos de extrema direita são capazes de achar que o Brasil vai sofrer (ou pior: já sofreu!) um golpe comunista totalitarista. É simplesmente ridículo ver esses trogloditas vociferando e balançando seus cartazes insanos em manifestações tragicômicas que mal juntam 5 mil pessoas nas ruas pela volta da ditadura militar. Quem manda neste país - para quem não sabe - são os proprietários dos meios de produção, a alta burguesia, a elite plutocrata, as grandes empresas de telecomunicações, os banqueiros e as empreiteiras. Se algum golpe comunista estivesse realmente a caminho, a nossa elite - que não é analfabeta política - certamente já teria tomado as devidas medidas antidemocráticas para evitá-lo.
Se você é mais um sem noção que acredita em ditadura cubana gayzista abortista satanista bolivariana ateísta soviete anarco afro brazuca stalinista marxista nordestínica feminazi venezuelana vegana ecochata juche cossaca guarani kaiowá do parto humanizado golpista petralha farc maconhista jedi maoísta esquerdopata jihadista comunista gramsciana internacional socialista do Foro de São Paulo, por favor, procure tratamento psiquiátrico para o bem da sua saúde mental.

2 - Não há mais Guerra Fria
A principal causa do golpe civil-militar de 1964 foi a Guerra Fria. Ora, naquela época o mundo estava dividido entre socialistas e capitalistas e estávamos na eminência de um conflito nuclear. A crise dos mísseis cubanos foi a prova disso. Acontece que em 2015 não há mais URSS, não há mais Muro de Berlim e o modelo socialista mostrou ser um fracasso na prática. Se não há mais Guerra Fria, a razão para haver um golpe de Estado para evitar um "golpe comunista" também não existe mais.

3 - Não há apoio dos EUA
Sim, os Estados Unidos estavam por trás das ditaduras que ocorreram durante a Guerra Fria na América Latina: a Operação Condor e a Operação Brother Sam foram as maiores provas disso. Agora com esse governo progressista de Barack Obama e a atual conjuntura política, o possível apoio ianque a um golpe militar tornar-se-á muito, mas muito improvável.

4 - Sem adesão da maioria da população
Mesmo sem o apoio dos EUA, alguém ainda pode cogitar a possibilidade de uma guerra civil onde os militares tomariam o poder a força. Mas isso não funcionaria por três razões muito simples: primeiro porque a maioria da população não apoia esse golpe; segundo porque os partidos políticos não apoiam esse golpe e terceiro que talvez nem os próprios militares queiram ter esse trabalho.

5 - Sem o apoio dos grandes meios de comunicação em massa
A mídia não está interessada em golpe porque ela também deve estar mamando gostoso nas tetas do Estado. Os meios de comunicação têm um carinho doce demais pro meu gosto com os partidos que se revezam no poder desde a redemocratização. Sem a mídia conspirar em massa contra a nossa democracia, uma intervenção militar será impossível.

6 - Dificuldade em censurar a internet
Com a nossa elite, os nossos políticos e os meio de comunicação em massa confortáveis com a atual situação, uma intervenção militar jamais poderia ocorrer. E para piorar, com uma ditadura, ainda teriam o trabalho de censurar a internet e as redes sociais - coisa que é impossível desde que inventaram a deep web. Portanto, o único jeito seria proibir a internet no Brasil - fato este que prejudicaria a economia, os veículos de telecomunicação e as pessoas comuns usuárias de redes sociais. Ditadura com internet não é ditadura, pois ela não se sustentaria diante de ataques de anônimos, hackers e de usuários comuns que poderiam organizar levantes contra os ditadores.

Se esses seis pontos não te convenceram que a intervenção militar não passa de um delírio psíquico, me desculpa, mas você é tão sonhador quanto quem acredita no Coelhinho da Páscoa ou no Saci Pererê. Ou pior ainda, você é quem está precisando de uma intervenção, mas uma intervenção psiquiátrica.


terça-feira, 21 de abril de 2015

Outras sete músicas que me fizeram chorar

Há três meses eu fiz um pequeno compilado com sete músicas que me emocionaram em momentos diferentes da vida. Mas como faltaram várias canções que considero indispensáveis, resolvi fazer uma nova lista com mais sete canções que arrancaram lágrimas de mim seja pela beleza/tristeza delas ou por me servirem de fundo musical durante as intempéries da vida.

O blog voltará às suas atividades normais em breve, podendo incluir aí algumas novidades como um novo layout e a retomada de temas como astronomia, religião e ciência. Enfim, segue a lista das sete músicas:

7 - With or Without You (U2)


6 - La Solitudine (Laura Pausini)


5 - The Scientist (Coldplay)


4 - Con Te Partiró (Andrea Bocelli)

 
3 - Schindler´s List (Itzhak Perlman)


2 - Imagine (John Lennon)


1 - A Via Lactea (Legião Urbana)

domingo, 8 de março de 2015

O mito do sexo frágil 2


Há três anos atrás escrevi um post desconstruindo a falsa ideia de que as mulheres seriam o "sexo frágil" - em contraponto aos homens que seriam o "sexo forte". Claro que esses estereótipos dados a homens e mulheres são bastante infantis e perigosos, sendo prejudiciais tanto para um gênero quanto para o outro - mas o fato é que eles são indiscutivelmente falsos e construídos por uma sociedade que ainda é sexista e desigual.

Qual é o sexo frágil mesmo?

É comum nos fóruns masculinistas da vida achar argumentações que tentam colocar as mulheres como inferiores aos homens e, como hoje, 8 de março, é dia internacional da mulher, então resolvi aproveitar o pouco tempo livre que tenho para mostrar que de frágil e inferior as mulheres não têm nada. Vamos rebater os três argumentos mais comuns que supostamente "provam" que as mulheres são frágeis:

A força feminina está muito além dos músculos

1.Mulheres são naturalmente mais fracas que os homens...
É verdade que os homens possuem mais testosterona e, por isso, têm mais massa muscular, mais agressividade, mais libido e mais pêlos. Mas isso não significa ser mais forte. Ser forte, para a natureza, não é ter força bruta. A evolução mostra que ser forte é ser mais adaptável. Mulheres são menos fortes fisicamente (na média) que os homens, mas são mais resistentes a doenças genéticas por terem um duplo cromossomo sexual x, imunidade a certas doenças como a hemofilia, são capazes de sangrar todo mês sem morrer e ainda aguentam dores que os homens nem sonham em suportar (a dor do parto, dor da depilação, dor das cólicas, etc.). Não diria, com isso, que as mulheres são superiores ou biologicamente mais fortes, mas diria que "frágil" elas estão bem longes de ser. Aliás, essa história de "frágil" e de "docilidade" sempre foi uma forma de tentar fazer uma lavagem cerebral nas meninas para dominá-las e também para que elas pensem ser o que nunca foram numa sociedade dominada por homens.

Programadoras do 1º computador digital da história, o ENIAC

2.Mulheres são menos inteligentes que os homens, pois têm menos neurônios e inventaram menos coisas...
Essa afirmação é uma aberração total, e mesmo assim ela é muito levada a sério por pessoas supostamente sérias. Quantidade de neurônios não tem nada a ver com inteligência, o que torna uma pessoa inteligente é o conhecimento que ela acumula ao longo da vida e as conexões entre os neurônios. A prova disso é que pessoas com doenças degenerativas cerebrais, usuárias de drogas ou com idade avançada possuem um número menor de neurônios operantes, mas eles podem funcionar melhor que os de pessoas saudáveis que mantém o cérebro e a mente sedentárias. Testes de QI e exames de vestibular mostram todos os dias que mulheres e homens têm a mesma capacidade cognitiva e intelectual.
Quanto a inventar menos coisas, é bom que se diga que as mulheres passaram boa parte da história humana presas a uma vida doméstica onde suas existências se limitavam a cuidar do lar, dos filhos e do marido. E muitas ainda hoje deixam os estudos e a carreira de lado para se dedicar a cuidar da família. Jornada dupla não é para qualquer um, e mesmo assim, olha só nesse link o tanto de coisas que as mulheres inventaram - fora as informações extras sobre o ENIAC aqui. Isso sem falar, claro, de mulheres como Marie Curie e Lise Meitner que deram contribuições generosas à ciência.

Quem disse que mulheres não vão à guerra?

3.Mulheres não vão lutar na guerra...
É verdade que os homens normalmente vão lutar na guerra e morrem por lá enquanto as mulheres ficam em casa. Acontece que isso não é por culpa da suposta fragilidade das mulheres, mas sim por questões práticas. Numa guerra muita gente morre e biologicamente falando, a morte de muitos homens é menos perigosa que a morte de muitas mulheres, porque um único homem pode engravidar dezenas de mulheres, mas uma mulher só pode ficar grávida de um homem por vez e ainda leva mais nove meses para ter um bebê. Preservar as mulheres da carnificina da guerra tem muito a ver com isso também. Fora que mesmo assim muitas mulheres lutam voluntariamente em guerras. Não é por uma questão de força, mas por questões políticas e práticas.

Enfim, por hoje basta. Feliz Dia das Mulheres a todas aquelas conscientes, ou não, da verdadeira força que possuem.