domingo, 31 de julho de 2022

A companheira ideal para um homem


Quem conhece este bloquinho há mais tempo sabe que eu sempre fui um defensor incansável do sexo pago. Mas de uns tempos para cá, tenho começado a achar que essa opção não é mais tão compensadora assim. Digo isso porque viver de putaria a vida inteira cansa, drena muito dinheiro e traz alguns riscos. Um programa decente hoje não sai por menos de 200 paus, tem ainda o transporte, o motel e o risco de pegar DST sempre existe, especialmente no caso do HPV. Fora que é cansativo ficar catando prostitutas nos Skokkas da vida e verificando se são confiáveis nos fóruns. E depois de já ter experimentando de tudo, chega uma hora que você entra num estado de anedonia sexual. Você perde o interesse nessa vida sem futuro de putanheiro. Sem falar que, com o avanço da idade, a libido vai baixando naturalmente e o interesse em se arriscar por sexo também diminui.

Uma só parceira é o ideal?

 
Isso quer dizer que agora virei um defensor da monogamia? Rarará! Nem a pau, Juvenal! O sexo monogâmico é, de longe, a PIOR opção. O homem fiel a sua namorada ou esposa vai ter que ficar preso àquele sexo borocoxô e burocrático sempre com a mesma mulher que, não, raro, sente ciúmes até dos pornôs que o cara assiste. Isso sem falar de caras que convivem com parceiras frígidas, pudicas, anorgásmicas, traumatizadas, cheias de não-me-toques, com doenças que inviabilizam o sexo convencional (ex: vulvodinia) e que se amarram em usar greve de sexo como chantagem. Com prostitutas é muito diferente, porque o nobre cavalheiro tem acesso ao green card da putaria. Ora, o cara pode transar a hora que quiser e do jeito que quiser com loiras, morenas, afros, mestiças, ruivas, com duas ao mesmo tempo e fazer mil e uma surubices. É muito intenso, mas, como já disse, tudo na vida cansa.
 
Viver de promiscuidade a vida inteira cansa.
 

Então qual seria a solução? Poliamor? Casamento aberto? Parasitar a mulher do próximo? Pegar a mulherada na balada? Morrer "na mão"? Não. Apesar de que, em muitos casos, essas opções se mostram mais interessantes que um sexo monogâmico tradicional. Mas a saída mais barata, menos arriscada e mais moderna é a de adquirir amantes de silício e cyberskin. Sim, são elas mesmas: as bonecas sexuais modernas também conhecidas como real dolls!
 
Elas vieram para ficar!


Sim, eu sei que parece piada, mas o nível de realismo dessas bonecas tem se tornado tão impressionante que há algumas que são fisicamente indistinguíveis de mulheres de verdade. Parece até coisa de ficção científica, mas é sério e real, muito real! São réplicas perfeitas, respeitando dimensões, simetria e texturas. Lógico que há caras que sentem vontade de rir ao olhar para uma doll dessas e imaginar que terão que transar com elas. Realmente, tem muita doll por aí que é tão bizarra que cai facilmente no vale da estranheza. Mas há muitos homens ao redor do mundo que se divorciaram de suas mulheres de verdade para viver ao lado dessas bonecas e até se casar com elas. E isso nem foi só pelo lado sexual, mas pelo lado do cuidado, do carinho e do apego emocional. Parece coisa de doente se olharmos essa interação recente entre humanos e bonecas (ou ginoides) de forma fria, mas isso possivelmente será uma tendência no futuro. No fim das contas, com a tecnologia avançado cada vez mais rápido, em breve essas dolls atingirão a perfeição e ficarão tão ou mais reais que pessoas de carne e osso.
 
Mulher ou boneca?


Raciocine comigo: uma boneca dessas, apesar de muito cara, custa menos que 1 ano com prostitutas, custa muito menos que manter uma namorada ou esposa, estão sempre lindas, em plena forma, jovens, cheirosas e disponíveis para você fazer o que quiser, quando quiser e quantas vezes você puder – fora que serão suas para sempre e 100% fiéis. Você ainda pode ter um harém delas, escolher aparência, personalidade (no caso das robóticas), altura, medidas e até a textura das cavidades internas. Fora que não haverá brigas, greve de sexo, DR, golpes, cobranças, chantagens emocionais, divórcio, doenças, gravidez indesejada, fofocas, intrigas, mentiras, problemas de convivência, compromissos chatos, atritos com a família, perda de liberdade, prejuízos econômicos e centenas de outras coisas indesejáveis em relacionamentos. Claro que há algumas desvantagens nessas dolls como o peso (algumas pesam mais de 40kg), a dificuldade para higienizar após o "uso" e o fato delas não se moverem sozinhas (ainda). Mas, se colocarmos numa balança, os prós superam os contras de forma bastante contundente.
 
Mano, olha o nível de detalhe disso!


É claro que essas bonecas são totalmente inúteis se você quer formar uma família, ser aceito socialmente ou ter amparo emocional. Elas ainda fazem parte de um universo underground de pessoas que cansaram de vidas que não valem a pena ao lado de pessoas reais. Se olharmos por uma visão mais ampla, a proposta dessas bonecas é até nobre, porque elas servem para controle social em países onde há mais homens que mulheres ou para "salvar" sujeitos que não conseguem arrumar uma parceira de jeito nenhum por falta de habilidades sociais ou por serem muito horrorosos. Fora que elas servem também para evitar que homens violentos e machistas se relacionem com mulheres de verdade – além, claro, do controle populacional e da redução da transmissão de DSTs. E é sempre bom lembrar que aquele lado romântico e sexual plenamente felizes em relacionamentos entre dois humanos são bobagens que idealizamos de novelas e filmes adultos. A realidade é muito mais cruel e infeliz do que vemos nas artes. Eu creio que, num futuro relativamente próximo, ter amantes robóticos será algo comum. Além disso, nunca é demais lembrar, como já proferiu o poeta Menotti Del Picchia: Não amar é sofrer, amar é sofrer mais. Ninguém nunca vai ser 100% feliz com o que tem. Então o segredo é tentar ser o menos infeliz possível. E essas bonecas parecem contribuir sensivelmente para este fim.

Essa é pra casar (ou não sim)!


PS: Só para não deixar dúvidas, todas as "garotas" que usei para ilustrar este post são bonecas. 

Para quem quiser conhecer sites onde vendem essas bonecas, vou deixar alguns links abaixo. Mas já vou logo avisando para preparar o bolso, porque os gringos cobram os olhos da cara nelas. Para quem preferir, há também versões masculinas e versões trans.

DS Doll Robotics
https://dsdollrobotics.com/shop/

Silicone Lovers
https://siliconelovers.com/

Safe Sex Dolls
https://www.safesexdolls.com

My Wonder Doll
https://mywonderdoll.com/

Your Doll
https://www.yourdoll.com/

Real Doll Oficial
https://www.realdoll.com/

WM Doll Oficial
https://www.wmdolls.com/

quarta-feira, 27 de julho de 2022

A pior lavagem cerebral do capitalismo


A pior lavagem cerebral do capitalismo é ficar se orgulhando da própria exploração. Se gabar de dizer que você trabalha 80 horas por semana desde os 17 anos ou de ser um workaholic não é uma vitória: é uma tragédia masoquista. Ora, mesmo com leis trabalhistas, nós trabalhamos mais que o necessário e ganhamos menos do que merecíamos. Ao contrário do que a classe patronal pensa, 8 horas de trabalho por dia é, sim, muita coisa. É um terço da vida se perdendo em algo que quase nunca nos faz feliz. E o pior que trabalhar nem é uma escolha, porque ou trabalhamos, ou morremos de fome. Daí que sobra pouco ou nenhum tempo para irmos aos médicos, fazermos exames de rotina, fazermos atividade física, nos divertir e ficar com a família. E, normalmente, o trabalho é algo estressante, deletério, desgastante e que suga nossa força vital – isso quando ele não coloca nossas vidas em risco. O trabalho já foi até mesmo usado como forma de tortura, exploração, punição e pena capital por governos tiranos no passado. É uma espécie de escravidão moderna, porque gera uma dependência do salário, causa síndrome de burnout e favorece casos de abusos, humilhações e assédios de todo tipo no ambiente de trabalho. Isso tudo afeta terrivelmente a nossa saúde física e mental.



Então se questione: por que temos que trabalhar? É para enriquecer nossos patrões? É para sustentar governos corruptos? É para aumentar os rendimentos exorbitantes dos parasitas do capital especulativo? Ou é para trazer prazer, engajamento e significado para nossas vidas? A dura verdade é que temos que trabalhar para sustentar riquezas que não usufruímos em troca de um salário que na maioria das vezes é injusto. O trabalho dentro do capitalismo não liberta e nem traz dignidade para ninguém. Chega de romantizar a nossa própria exploração.

 


terça-feira, 26 de julho de 2022

A luta pela justiça social não pode parar

 

Ontem, dia 25 de julho, foi o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana. Foi, sem dúvida, uma data importante para conscientizar as pessoas de como a vida da mulher preta é sofrida nesta maldita sociedade capitalista e patriarcal em que vivemos. Mas se a vida da mulher negra já é marcada por injustiças, violência e dor, o que dizer então da vida da mulher negra trans... Ontem mesmo eu ouvi uma mulher trans dizer na fila do supermercado que o mercado de trabalho praticamente exclui as pessoas trans. Se for trans negra então, nem se fala. Só há vagas de trabalho para mulheres negras trans ligadas a salões de beleza e serviços sexuais (sempre com baixa remuneração). É por isso que precisamos sempre lutar pela equidade para todos. Não é possível haver justiça num mundo onde exista uma hierarquização social tão cruel quanto esta que coloca o homem branco cis hétero no topo e todo o resto abaixo, como se fossem menos humanos. Eu quero viver num planeta onde todos sejam vistos, de fato, como irmãos e com todo respeito que merecem.

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Quanto mais sozinho eu fico, menos solidão eu sinto


Ah, como é gostosa a sensação de estar em paz consigo mesmo! O curioso é que, diferentemente da maioria das pessoas, eu só consigo atingir esse estado de espírito de plenitude quando estou longe de todos, isolado em meu paraíso pessoal. Sozinho, eu reflito melhor sobre a vida, tenho paz, tenho liberdade, tenho privacidade e me livro do medo do julgamento dos outros. Viver em coletividade é complicado, estressante e opressor. Somente quando estou sozinho é que eu posso realmente ser eu mesmo e ir às dimensões mais profundas da minha mente. Fico, assim, mais inteligente, mais sábio e mais feliz. Não sinto solidão quando estou sozinho. Aliás, sinto solidão quando estou cercado por pessoas e não consigo me sentir seguro para falar, expressar minhas ideias e agir diferente da maioria. Felicidade mesmo, só sinto na solitude: ela renova minhas energias e me faz sentir em contato com o cosmo de maneira que nenhuma outra experiência espiritual é capaz de me oferecer. É por isso que o autoconhecimento é tão vital. É através da autodescoberta existencial que a gente pode dar o nosso 100% nesta vida. E, sendo bem franco, acho que essa é a maior descoberta da vida.


domingo, 24 de julho de 2022

Entrar em contato com aliens pode ser suicídio


Já escrevi em outras postagens os porquês pelos quais as pessoas deveriam tomar mais cuidado ao criar uma conta "gratuita" nas redes sociais. Afinal de contas, nessas redes você expõe para quem quiser ver quem você é, sua vida, onde você mora, seu cotidiano, seus parentes, seus gostos, suas opiniões políticas, sua orientação sexual, seus medos, sua dieta, seu treino, lugares onde você foi e, não bastasse tudo isso, TODAS as suas informações são comercializadas entre empresas parceiras da rede social. Isso é MUITO perigoso, porque você não sabe quem pode estar te observando e nem as intenções dessas pessoas. Você pode estar sendo 'stalkeado' por pessoas perigosas sem nem desconfiar. É por isso que eu praticamente sumi das redes sociais. Mas há algo nessa linha que eu considero ser muito mais perigoso que as próprias redes sociais.

Talvez muita gente não saiba, mas, no longínquo ano de 1974, a humanidade embarcou numa arriscada exposição de dados através da famigerada Mensagem de Arecibo. Essa mensagem foi um sinal de rádio extremamente potente que os cientistas enviaram para o espaço sideral informando quem nós somos, onde vivemos, nossa aparência, nossa composição química, nosso DNA e até a nossa base numérica. Essa mensagem foi enviada com a intenção de mandar um "olá" para possíveis extraterrestres inteligentes no aglomerado globular de Hércules a cerca de 25 mil anos-luz, onde contém aproximadamente 300 mil estrelas. Claro que essa mensagem vai levar 25 mil anos para chegar até lá, mas isso coloca toda a humanidade em risco desde já, porque alguma espécie alienígena inteligente hostil pode interceptar este sinal antes e sabe-se lá o que eles podem fazer com nossas informações (e conosco). Para se ter uma noção do risco, se por acaso eles não entenderem o sinal (coisa que não é difícil de ocorrer), isso pode ser encarado até como uma ameaça pelos aliens. E daí que eu não quero nem pensar no que pode acontecer como retaliação. Já se eles entenderem a mensagem, quem garante que eles não usarão nossas informações contra nós mesmos por motivos que jamais conheceremos?

A grande loucura de enviar mensagens pelo espaço é que se houver vida lá fora, não temos a mínima ideia de como ela é e do que ela é capaz de fazer. Até a comparação com as redes sociais fica inocente demais neste caso, porque a coisa vai bem mais além. É semelhante a você enviar seus documentos, seu smartphone desbloqueado e as senhas do seu cartão para um estranho e achar que isso não será arriscado. O grande erro da humanidade é enxergar os aliens com se eles fossem parecidos conosco, usando nós mesmos como referência de inteligência. Se os ETs forem muito mais evoluídos e avançados tecnologicamente, eles serão mais poderosos que qualquer deus ou super herói imaginado pelo ser humano. Não seria exagero que eles nos vissem como seres tão relevantes quando baratas são para nós: baratas implorando para serem pisoteadas.