terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Você sabe o que são "esquerdomachos"?


Nesses tempos de radicalismo sem imites na internet, especialmente entre os justiceiros sociais, vira e mexe e aparece alguma feminista radical para me "xingar" de esquerdomacho ou de esquerdopiroco. Se você não sabe o que significam esses termos, eles nada mais são que apelidos que as feministas dão para os homens de esquerda que não estão em consonância com suas opiniões. Você, caro socialista, pode até ser contra o patriarcado, contra o machismo, contra a cultura do estupro, contra a violência contra a mulher, contra a misoginia e contra tudo mais que oprime as mulheres, mas se discordar de um único ponto delas, pronto, aí você vira um esquerdomacho. O problema dessa história é que é preciso saber separar o joio do trigo. Machistas de esquerda realmente existem e eles são mesmo um problema – mas achar que a 'falta de passividade' diante da doutrinação radical é "ser machista", bom, aí já é demais. Na verdade, para a maioria das mulheres feministas, é irrelevante você ser de esquerda ou de direita: o que interessa mesmo para elas é que você apoie o movimento. O problema desse termo "esquerdomacho" é que ele é uma antítese, porque se a esquerda tem como foco a igualdade, não faz sentido um socialista ser contra o feminismo, porque o feminismo, na sua essência, é igualdade também. Mas enfim, também posso afirmar, por isso, que existem as "esquerdofeminazis", que são mulheres de esquerda que aderiram ao feminismo misândrico só para alimentar o seu ego revanchista contra os homens. Esse último também é uma contradição, mas se é para rotular de forma estabanada quem discorda de mim, eu também sei fazer.

"Esquerdomachos não merecem protagonismo!" - disse a onça pintada feminista

Evidentemente que não estou exigindo "docilidade" ou qualquer tipo de padrão de comportamento de nenhuma feminista. As pessoas confundem crítica com "cagação de regra". E eu critico o que bem entender, seja futebol, política, religião, etc, e o feminismo não é exceção. O grande problema, ao meu ver, é que muitas feministas querem ser sempre o centro das atenções quando se fundem com outros movimentos, seja na esquerda, no ateísmo, no veganismo, no movimento negro ou no LGBT. E cada um desses movimentos precisa saber ter o seu momento de protagonismo, porque senão vira essa bagunça de rotulações estúpidas fora de contexto: veganopiroco, esquerdomacho, pirocoateu, gaychista, negromacho ou qualquer outra coisa do gênero.
Essa discussão toda merece um pouco de reflexão – pena que quase ninguém está disposto a fazê-la.

Segregacionismo: tá teno!


Deu para entender o que elas querem dizer? CLARO QUE NÃO!

PS: Não mencionei as feministas radicais misândricas porque elas não odeiam os "esquerdomachos" por eles discordarem delas em um ou mais pontos ou por serem machistas: elas os odeiam simplesmente porque eles não possuem vagina. Duvida que esse tipo existe? Então se deleite com o print abaixo:

Clique para ampliar essa bosta

15 comentários:

  1. Você não entendeu a charge sobre o Latuff porque você não sabe os fatos!

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  2. É tão infantil esse movimento aí que surgiu, digamos neo-feminista, mas que de feminismo não tem nada. Não é com agressão e radicalismo que se consegue alguma coisa além de holofotes, é estudando, realizando projetos e ações que realmente promova uma educação sem distinção de gênero (porque machismo é uma coisa que vem n apenas da cultura, mas da forma que a pessoa foi educada). É preciso lutar, não pelo instinto, mas pela razão, como ser humano racional e inteligente que somos e podemos ser. E sim, sou feminista e meus irmãos também!
    "Feminismo é um movimento social e político que tem como objetivo conquistar o acesso a direitos iguais entre homens e mulheres e que existe desde o século XIX."

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    1. Verdade, Amanda. Radicalismos não costumam trazer resultados satisfatórios. Apesar de entender que é de certa forma machista exigir um comportamento mais "dócil" das feministas, não dá para dialogar com setores mais conservadores com radicalismos, porque logicamente eles não vão querer ouvir. É preciso pensar primeiro e depois agir racionalmente, com projetos, com estratégia e com diálogo com toda a sociedade. Agir de forma totalmente emocional e revoltada só mostra imaturidade e descontrole.

      Obrigado por sua participação. Abraço.

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    2. O movimento que nasceu desde o sec XIX É o feminismo radical...

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  3. Está de parabéns pelo post. Muito bom! 👏

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  4. kkkkkkkkkk Eis o típico esquerdomacho! E ainda usa o termo de extrema-direita/bolsominion "feminazi"... Parabéns por essa demonstração prática do termo!

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    1. Eis a típica analfabeta funcional! Esses termos que vc citou sequer aparecem no texto, o que prova que ou vc é burra, ou não sabe ler. Parabéns por essa demonstração prática do termo 'analfabeto funcional'.

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  5. Sou homem, de esquerda, e sobre seu post só digo minha opinião da seguinte forma: Eis mais um lamentável discurso esquerdomacho.

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    1. Engraçado que relendo este post, notei que ele realmente ficou meio machista e não tiro sua razão. Mas nem tudo nele é machista. Tem pontos que eu continuo concordando com o que escrevi. Discordar de uma opinião feminista não torna ninguém obrigatoriamente machista ou "esquerdomacho".

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  6. Essa esquerda regressista está ruindo sozinha. Sou centro esquerda e esse post não passa de um damage controle que não ataca o real problema: SJWs. Feministas de terceira onda em particular, são um câncer para a verdadeira luta contra a plutocracia. Vocês mais dividem e criam repulsa das pessoas do que as unem.

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  7. Nunca pensei que a esquerda tinha problemas dentro dela, pensei que o pessoal era tudo Unido no único objetivo maior: Igualdade.

    Conceitos interessantes no seu texto, mostra que o que realmente dentro da esquerda é que cada um quer ser o herói da vez, querem o apoio incondicional de todo mundo, e se não tiverem, são machistas, fascistas, etc...

    No fim das contas vocês querem que todos sejam iguais, mas só se for para o que você quer.

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  8. Gostei do texto!!!
    Eu nem sabia que o termo existia. Somente hoje soube dele. E quando fui buscar uma resposta sobre o que é, achei este blog e concordo com o post. O termo em si já me parece contraditório, assim como a luta das feministas radicais.

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