terça-feira, 6 de setembro de 2022

Qual é a cor da sua bandeira?


Você sabe para que serve uma bandeira? Bandeiras servem, geralmente, para simbolizar ideias, nações, clubes e grupos de pessoas. No caso das bandeiras nacionais, elas representam algo ligado à história do país, suas conquistas, suas tradições, seus símbolos nacionalistas ou seus territórios. A bandeira brasileira, ao contrário do que muita gente aprendeu na escola, não representa nossas florestas, riquezas naturais e estados sob um "ordem e progresso" influenciada pelo positivismo de Auguste Comte. Esses significados vieram apenas após o golpe da proclamação da república em 1889. A verdade é que as cores e formas da nossa bandeira foram desenhadas pelo pintor francês Jean-Baptiste Debret na época do Brasil império para atender aos interesses da família imperial. O verde representava a Casa de Bragança de D. Pedro I e o amarelo representava a Casa de Habsburgo da imperatriz Leopoldina. Após a proclamação da república, a única mudança feita na bandeira foi que tiraram o brasão das armas do império e colocaram aquele círculo azul com a frase positivista no meio. Na prática, o verde e amarelo da nossa bandeira atual representam as cores da família imperial. Não é à toa que monarquistas e movimentos da extrema-direita brasileira usam a bandeira nacional e suas cores como símbolo. Os fascistas não se apropriaram das cores da nossa bandeira, porque ela sempre representou as oligarquias, o tradicionalismo e a monarquia. O povo, os trabalhadores e a democracia nunca fizeram parte da nossa bandeira.


Bandeira do Brasil ao longo da história.

 

Apesar dos reaças sempre defenderem fanaticamente que a nossa bandeira jamais será vermelha, a única cor que une todos os oprimidos do mundo é a cor do nosso sangue derramado quando o chicote bate nas nossas costas. Não é por acaso que os movimentos de esquerda usam a cor vermelha em seus estandartes. Se temos que nos sentir representados por uma bandeira, então essa bandeira nunca poderá ter a cor de um império elitizado que nem existe mais. Temos que usar as cores comuns a todos os proletários, oprimidos e excluídos não apenas do país, mas do mundo. Aliás, a própria ideia de patriotismo, que favorece a xenofobia e ultranacionalismos, precisa ser repensada, até porque o sangue vermelho que corre nas minhas veias é o mesmo que corre nas suas e nas de todos os seres humanos de todos os países do planeta. Essa ideia de territórios, de fronteiras, de muros e divisões precisa ser desconstruída para que possamos ser, de fato, todos irmãos. E precisaremos de um novo estandarte para representar essa mudança e marcar uma nova era na história da humanidade.

O mundo precisa de uma única bandeira.

Para terminar, uma canção Antifa para desmascarar a bandeira de muita gente:



Bandeiras que desmascaram outras bandeiras.

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