sexta-feira, 1 de setembro de 2023

É ridículo adulto jogar video game?


Tem uma galerinha aí que, por não ter nada de construtivo para fazer, insiste em julgar a vida alheia e lança polêmicas sem sentido por total falta de assunto. Uma delas é a de que é "ridículo e infantil" um adulto com mais de 30 anos jogar vídeo games, porque adulto (segundo essa galerinha) tem que trabalhar para pagar as contas e cuidar dos filhos. É desnecessário dizer que essa "polêmica" sequer existe no mundo real, ainda mais no século XXI. Você joga vídeo game com qualquer idade e ponto, ninguém tem nada a ver com isso. Até porque cada pessoa tem a sua própria dinâmica de vida. Inclusive, há muitos jogos com classificação etária +18 justamente porque são produzidos especificamente para adultos. E quando digo adultos, estou falando de gente com bem mais de 30 anos de idade.

Videogame é para todas as gerações.

Para se ter uma ideia, na clínica de fisioterapia que minha mãe frequentava, por exemplo, eles usavam jogos do Nintendo Wii para reabilitação de adultos, incluindo idosos. No meu caso, o melhor game que joguei na minha vida foi o Witcher 3 e eu tinha mais de 30 anos quando o zerei pela primeira vez. Aliás, hoje tenho 40 anos de idade e, ocasionalmente, jogo alguma partidinha de game casual no celular, também alguns jogos na Steam e mato a saudade dos retrogames nos emuladores do notebook quando estou sem nada para fazer. Claro que eu sou suspeito para falar, porque sou de uma geração que nasceu e se criou jogando videogame. Eu jogo vídeo game desde os meus 6 anos de idade e nunca parei. Chego a passar algumas semanas sem jogar por falta de tempo ou de vontade, mas aqui e acolá estou jogando alguma coisa.

Retrogames são verdadeiras máquinas do tempo.

Engraçado que vídeo game ganhou há tempos o status de obra de arte e muita gente adulta coleciona jogos em diversas mídias como se fossem pinturas, livros, discos ou armas. Aquela visão oitentista de que "videogame" é coisa de piá já caiu por terra há décadas. Isso acontecia porque, como os vídeo games dos anos 80 eram basicamente arcades (voltados para o público infantojuvenil) e o resto eram adaptações domésticas dos mesmos, criou-se, na época, a visão de que jogos eletrônicos eram "coisa de criança". Afinal, ninguém via um vovozinho jogando um After Burner da vida nos fliperamas. Mas isso já mudou faz tempo. 

Eu, pessoalmente, considero o videogame uma espécie de remédio ansiolítico para todas as idades, porque a gente relaxa e se esquece das merdas da vida ao se envolver com a história, ao se apegar aos personagens, ao se desafiar em dificuldades maiores e ao ficar encantado com as trilhas sonoras. Aliás, tem muito jogo de vídeo game com trilha sonora melhor que muito filme blockbuster hollywoodiano. E falando de filmes, é engraçado que eu não tenho mais vontade nenhuma de assistir filmes. Mas, por outro lado, apesar de não ser mais tão apaixonado por games como na infância e adolescência, eu não abro mão de um bom joguinho eletrônico. Isso vale especialmente para retrogames, porque além da diversão, tem a questão da nostalgia dos bons momentos que vivi na era de ouro da minha vida enquanto jogava. É um verdadeiro turbilhão de emoções nostálgicas quando sento no chão para jogar Super Nintendo numa tevê de tubo enquanto lancho aquele potão de sorvete de chocolate. Ah, vai me dizer que não isso não é uma delícia?

2 comentários:

  1. ficar o dia todo em casa jogando videogame é bem coisa de vagabundo esquerdista mesmo

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