segunda-feira, 8 de abril de 2019

Epidemia de ignorancia


Quando a internet chegou ao Brasil, lá em meados de 1995, eu acreditei que estávamos entrando numa nova era, na era da informação e do conhecimento pela rápida transmissão de dados via web. A internet, no meu entendimento da época, seria a ferramenta perfeita para alfabetizar e educar as pessoas independentemente da distância. Só que vinte quatro anos depois, com a internet banda larga acessível de qualquer smartphone, as minhas previsões se mostraram totalmente equivocadas. O que mais circula na internet atualmente são fake news, revisionismo histórico e teorias conspiratórias diversas, tais como nazismo de esquerda, Terra plana, negacionismo da ditadura, negacionismo da evolução, negacionismo do holocausto, negacionismo climático, movimentos antivacina e coisas piores. E como se toda essa loucura não fosse suficiente, quase que como consequência desse tsunami de ignorância, temos fenômenos paradoxais como pobre neoliberal, negro racista, mulher machista, gay homofóbico e até ateu criacionista.


Diante disso, é uma obrigação daqueles que têm amor ao conhecimento desmascarar as mentiras que circulam pela internet e, sobretudo, lutar por uma educação de qualidade no nosso país. Não podemos continuar vivendo como se os 365 dias do ano fossem primeiro de abril. Se quisermos evoluir tanto quanto indivíduos quanto como civilização, não poderemos considerar a ignorância como sendo uma opção. Só a verdade nos liberta da escuridão da ignorância.

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