quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Bolsonaro já era


Ainda falta um ano para as eleições de 2022, mas pelo andar da carruagem já dá para perceber que as chances de reeleição do atual presidente da república estão se tornando cada vez menores. As pesquisas mostram que o inominável já conta com menos de 30% das intenções de voto e seu governo tem sido cada vez mais mal avaliado pelos brasileiros. Como a tendência é que os preços de alimentos, gás, energia e combustíveis continuem a subir e o auxílio emergencial seja extinto em breve, pode ter certeza que a coisa ainda vai piorar para o presidente. Outro aspecto que complica ainda mais o presidente é que os jovens que tinham entre 12 e 15 anos de idade quando ele se elegeu em 2018 já poderão votar em 2022. Ora, um presidente que pouco ou nada faz pelos jovens, que se opõe a movimentos sociais formados predominantemente por jovens (movimentos feminista, negro, lgbtqia+) e que chegou ao cúmulo de vetar até mesmo a distribuição de absorventes para estudantes de baixa renda não terá muito apoio desse novo grupo de eleitores. Fora que muitos bolsonaristas negacionistas morreram de covid-19 e serão votos a menos para ele. Aí você pega a derrota que Trump sofreu nos EUA e percebe que o inominável também não terá apoio formal dos EUA. 

O resumo da ópera é que possivelmente teremos um segundo turno em 2022 entre um candidato petista (Lula, mais provavelmente) contra um da "terceira via" (provavelmente Ciro Gomes). Os candidatos da direita tradicional (Eduardo leite, João Doria, José Serra, Sérgio Moro, Luciano Huck, João Amoedo) estão todos enfraquecidos e certamente irão dançar no primeiro turno. Então o mais sábio para o Bolsomorte é desistir da reeleição e tentar uma vaga no senado para manter a imunidade parlamentar e fugir da punição de seus crimes. A menos, claro, que ele leve outra facada para se vitimar e o povo brasileiro seja masoquista.

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