quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Essa guerra não tem o menor sentido


Eu prometi a mim mesmo que daria um tempo sobre qualquer assunto que envolvesse política neste bloguinho, mas não posso ficar calado diante de tantas barbaridades que tenho lido e escutado nos últimos dias sobre a tal 'guerra em Israel'. 

Vamos começar esclarecendo um ponto fundamental: essa guerra NÃO é entre Israel e Palestina. A guerra é entre a extrema-direita israelense e o Hamas. E quem paga o ônus dessa guerra é o povo palestino e o povo israelense que não têm nada a ver com esse conflito. Assim como também não há uma guerra entre Rússia e Ucrânia, já que o que ocorre ali é uma guerra entre o imperialismo do Ocidente versus os interesses da oligarquia Russa. Mas voltando ao Oriente Médio, o resultado dessa loucura é que civis – em especial mulheres, idosos e crianças – estão sendo trucidados de forma covarde na Faixa de Gaza e o que vemos é uma imprensa alinhada aos interesses norte-americanos e israelenses, alegando que tudo não passa de "direito de defesa de Israel". Não, camaradas. Não é isso que está acontecendo. Estão confundindo defesa com ataque ao apoiar um dos maiores massacres contra o povo palestino já visto na história. Da mesma forma que condenam a devastação da Ucrânia pela Rússia, deveriam execrar também o que ocorre no Oriente Médio. O "Ocidente" está enviando armas para Ucrânia se defender por um lado, enquanto que, pelo outro, estão fazendo pouco caso para a ajuda humanitária para Gaza e ignorando qualquer acordo de cessar-fogo. Eles não querem paz. Quem quer paz mesmo é o Papa Francisco que mostra esforço diplomático pelo fim do massacre. Mas os puxa-sacos do Tio Sam estão tornando-se verdadeiros monstros ao apoiar bombardeios insanos e invasões genocidas. E quanto mais Israel ataca, mais o grupo Hamas se fortalece a nível ideológico para tentar retaliar a violência sofrida pelas forças ofensivas israelenses.

É esse o nível da loucura.

E, por favor, isso que escrevi não tem nada a ver com antissemitismo. Tem a ver com antissionismo, porque a forma como o Estado de Israel foi fixado no Oriente Médio foi totalmente desorganizada, se impondo na base da autoridade e da força. Inclusive, vários judeus são antissionistas. O Hamas é, sim, um grupo terrorista violento, mas que só existe como resposta à maneira como Israel se impõe em seu território. Enfim, é sempre o mesmo filme, o mesmo drama, a mesma tragédia e o mesmo papo sem sentido da imprensa hegemônica. Chega de guerras, caramba!

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