quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Jogos da minha vida #11: Banjo-Kazooie


Apesar de muita gente considerar que o Super Mario 64 foi o melhor jogo de plataforma 3D criado nos anos 1990, eu abro divergência com essas pessoas para citar um game que, na minha opinião, superou com folga o jogo do bigodudo. Sim, o Banjo Kazooie, lançado em 1998 pela Rare para o Nintendo 64, foi o mais incrível jogo de plataforma/aventura que joguei na vida. Diferentemente dos outros games desta série "Jogos da Minha Vida", eu não me lembro quando foi a primeira vez que joguei este clássico. O que eu me lembro foi que este jogo me encantou do início ao fim. Apesar de ser fã do Mario 64 e de ter completado 100% dele, eu tinha alguns problemas com o game, especialmente com relação à camera. Aquela câmera do Mario 64 controlada pelo Lakitu era muito irritante, porque movia-se sozinha o tempo inteiro, bugava, não enquadrava bem e às vezes ficava travada em alguns locais. No Banjo Kazzoie, os problemas com a câmera eram praticamente inexistentes. E só isso já trouxe uma melhora incrível na experiência com o game. Fora as fases do Banjo Kazooie que juntamente com as músicas deram um show à parte. A parceria do Urso Banjo com a pássara Kazooie era divertida e trazia a possibilidade de usar truques e power ups que eu nunca tinha visto até então. Este jogo foi, sem dúvidas, um dos maiores acertos da Rare.

Voar nessa fase era pura diversão.


Cansei de ouvir das mais variadas línguas, desde os anos 90, que o Banjo Kazooie não passava de uma cópia mal feita do Mario 64, mas eu sempre discordei totalmente disso. Na verdade, Banjo era a evolução natural do Mario 64, uma espécie de sucesso espiritual. É verdade que a fórmula era a mesma, mas a dinâmica, o visual e a interação tinham uma personalidade própria. Era muito divertido procurar os jiggies (peças de quebra-cabeça) naquelas fases de temas variados (praia, neve, deserto, pântano, halloween) e usá-los para abrir as fases e acessar pontos novos do Castelo da Gruntilda através das notas musicais. Quando comecei a jogar o game, eu já devia ter uns 15 anos de idade e mesmo não sendo mais criança, o jogo fez eu me sentir criança de novo, porque era muito divertido, musical, colorido e bem produzido. O game, como citei, tinha uma personalidade própria. Tinham os jinjos coloridos para encontrar, tinham as transformações hilárias do Mumbo Jumbo, os desafios engraçados dos mini games, as habilidades lúdicas aprendidas com o Bottles, os personagens que falavam pelas orelhas e as trapaças através das páginas do Cheato. A sensação de imersão era maravilhosa, até porque o game reunia alguns elementos de RPG e fazia a gente se sentir parte do jogo, envolvido na história.

Não tinha como não amar essa dupla.
 

Banjo Kazooie era uma obra de arte em formato de jogo de videogame. Apesar do enredo ser meio bobinho com aquela coisa meia nada a ver da Bruxa Gruntilda querer roubar a beleza da irmã do Banjo, o desafio que o game trazia era bacana. Fora que o game era longo e conseguia nos manter entretidos por bastante tempo. O grande destaque do game foi a última fase do jogo, a inesquecível Click Clock Wood, que era um bosque ao redor de uma árvore gigante onde se passavam as quatro estações. Cada estação tinha a sua entrada própria e o que você fazia em uma, alternava o futuro na estação seguinte. E você meio que podia voltar no tempo para resolver alguns puzzles no futuro. Achei maravilhosa a ideia.

O único ponto negativo do Banjo Kazooie era que a dificuldade da boss final, a Bruxa Gruntilda, era muito alta, fora que também era uma batalha demorada e cheia de etapas. Eu nunca consegui zerar o game no console por isso (só nos emuladores). Aquele mini game de perguntas e respostas no final, apesar de divertido, me deu muito trabalho também, porque meu inglês era (e ainda é) horroroso.

Essa fase era realmente incrível.

O game teve uma continuação, que foi o Banjo Tooie que, diga-se de passagem, era muito mais longo, difícil, desafiador e complexo. Não achei o Banjo Tooie tão divertido quanto o primeiro, mas o jogo também era muito bom, especialmente por trazer inovações como ovos de múltiplos efeito, fases interligadas, mais truques e habilidades, a possibilidade de montar os quebra-cabeças num palácio e um enredo melhorzinho. O fato é que em matéria de jogos de plataforma 3D, Banjo Kazooie continua imbatível para mim até hoje.

PS: Algum fã resolveu fazer o projeto de um remake completo do game e divulgou o resultado no YouTube. O trabalho ficou bastante impressionante. Vou deixar o vídeo abaixo para quem ainda não conferiu.


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