terça-feira, 8 de agosto de 2017

Destruindo o pseudo argumento da Terra plana


Eu sei que parece brincadeira, mas o que tem de vídeos no YouTube tentando provar que a Terra é "plana" chega a ser assustador. E o pior é a quantidade de avaliações positivas nesses vídeos. Isso mostra mais uma vez a necessidade urgente da divulgação científica para a população em geral. Não é possível estarmos vivendo no século XXI com gente acreditando que a Terra é chata.

Pois bem, para acabar com essa palhaçada e provar de uma vez que a Terra é, de fato, esférica, resolvi deixar dois vídeos que destroem esse conspiracionismo medieval. No primeiro deles, uma câmera foi amarrada num balão que subiu até a estratosfera, a 25.000 metros de altura. Se a Terra fosse plana, daria para enxergar os "cantos do planeta" e o sol também seria plano nas filmagens. No segundo vídeo, a hipótese da Terra Plana é destruída em 10 argumentos rápidos.






Será que agora ainda vai continuar tendo maluco defendendo a "planice" da Terra?

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

O Golpe dentro do Golpe


Para quem não se lembra, o mensalão do PT – amplamente denunciado pela mídia burguesa – ocorreu porque parlamentares receberam dinheiro público para votar a favor dos projetos do governo. Com Michel Temer ocorreu algo ainda pior: dinheiro público sendo surrupiado da nação para comprar deputados e salvar o presidente golpista da justiça. Diferentemente do que ocorreu contra o PT, poucos se indignaram desta vez. O fato é que Michel Temer segue impune, servindo ao grande capital e aumentando impostos para cobrar dos brasileiros a conta do Golpe. Mas não foi nem por isso que eu escrevi esta postagem...

Temer quer dar um segundo Golpe.

A razão de ter escrito este post foi para denunciar um segundo Golpe. O presidente Michel Temer está defendendo abertamente o parlamentarismo, ou seja: o povo deixa de escolher diretamente o presidente da república. Em um cenário onde Lula lidera as pesquisas, nada mais oportuno para os corruptos e para a direita golpista que impor um sistema onde o nosso parlamento escolha o nosso chefe de Estado. Isso dará a oportunidade para que todas essas reformas truculentas impostas pelas oligarquias e pelo sistema financeiro internacional continuem para sempre.


O que os donos do mundo querem é transformar o nosso país em um fornecedor de matéria-prima barata com mão de obra igualmente barata e precarizada. Estamos trabalhando cada vez mais e ganhando cada vez menos para sustentar o rentismo e o luxo das elites dominantes. E nada melhor que um Golpe dentro de outro Golpe para manter esse objetivo. Primeiro foi a farsa do impeachment e agora é a farsa do parlamentarismo que vai manter no poder esta casta cleptocrata para sempre: ou pelo menos até o povo se cansar e resolver se unir para fazer uma revolução com as próprias mãos. Porém, com esse povo apático, alienado, despolitizado e colonizado intelectualmente pela lavagem cerebral midiática, sempre iremos rumo ao pior. É como uma manada de búfalos correndo rumo ao precipício.


Precisamos politizar mais as pessoas, dialogar com as comunidades carentes, ouvir as pessoas nas periferias e montar uma frente popular organizada para ter força política para mudar e eliminar esse paradoxo do "pobre de direita". Não é possível continuar nesta apatia diante de tanto absurdos.
Ainda é possível mudar.

domingo, 6 de agosto de 2017

Um drink para os haters


Ter opiniões divergentes do senso comum, ser progressista e subversivo em uma sociedade tomada pelo reacionarismo é garantia de que você será odiado, atacado e trollado. E nas últimas semanas eu recebi um verdadeiro bombardeio. Foi quase uma centena de comentários que recebi neste bloguinho com ofensas, xingamentos e até ameaças por parte de gente que não tem a menor capacidade de diálogo e de empatia pelos semelhantes. Obviamente, nenhum desses comentários foi ou será publicado em respeito aos leitores. Também li em fóruns e páginas de redes sociais coisas impublicáveis ao meu respeito e a respeito deste blog. Mas quer saber? Tô nem aí!

Olha a minha cara de preocupação com os haters

Quando decidi exteriorizar o meu modo de pensar, eu sabia que estava remando contra a maré. Ser de esquerda e a favor dos oprimidos nunca foi fácil. Somente os fortes são de esquerda, porque ser "esquerdista" exige muita coragem. Quem se assume de esquerda vai tomar muita porrada por ir contra o nosso status quo elitista, individualista e conservador. Se esses trolls que aqui comentam acham que irão me fazer desistir, estão muito enganados. Quanto mais me batem, mais motivado eu fico, porque isso é sinal que eu estou incomodando e falando verdades.

Para os pobres diabos que babam de ódio contra a Venezuela, Cuba, o PT, a esquerda e os movimentos negro, feminista, ateu e LGBT, só desejo que tenham uma vida menos amarga para que não acabem hospitalizados em decorrência do ódio patológico que sofrem. Ódio não faz bem para ninguém.


Não gostou?
Então eu dedico a música abaixo em sua homenagem:



Namastê!

sábado, 5 de agosto de 2017

Este país não é para mim


Certo dia, eu disse a um amigo uma coisa que estava entalada na minha garganta faz tempo: eu não queria ter nascido no Brasil. Eu não fiz essa afirmação por não gostar do meu país ou por arrogância. O meu desabafo foi porque, infelizmente, ao invés de me preocupar com temas do meu interesse, tenho que gastar um tempo precioso lendo, refletindo, falando e escrevendo sobre política. Política não é e nunca chegou nem perto de ser o meu assunto favorito, mas a situação política, social e econômica do Brasil me obrigam a deixar de estudar o que eu gosto para falar sobre política. E para piorar, o Brasil está repleto de gente despolitizada, preconceituosa e ignorante: o que aumenta ainda mais a necessidade de dedicar meu tempo sobre o assunto.

Se tivesse nascido num país mais estável politicamente, como a Suíça, a Dinamarca ou até mesmo o Uruguai, por exemplo, eu estaria lendo, estudando, escrevendo e debatendo sobre meio ambiente, veganismo, amor, sexo, música, cinema, games, astronomia, arte e poesia. Mas como nasci num país instável politicamente e repleto de injustiças sociais, sou forçado a falar diariamente sobre política, porque não dá para viver ignorando a realidade que me cerca.
Apesar de existirem países piores que o nosso para se viver, a situação política e social do Brasil é tão grave que chega a ser surreal. Parece até que perdemos uma conflito e estamos pagando as dívidas de guerra. É inacreditável o que a elite e os políticos safados estão fazendo com este país sob o silêncio das panelas, dos patos e de uma classe média que só está preocupada em ver o Lula preso e mais nada.

Não tá fácil viver neste país...

Enfim, assim que eu tiver condições de ir morar em outro país, irei sem titubear. Isso aqui não tem mais salvação. O Brasil vai se tornar um país fantasma onde todo mundo vai se perguntar o que foi que deu de errado, mesmo com as respostas bem na nossa cara. Depois do ataque à democracia, do desmonte do Estado, da destruição da soberania nacional e do fim das garantias constitucionais sobre o trabalho, não vai sobrar nem pó do Brasil.

Game over, Brasil. O último a sair, feche a porta.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

O problema do Brasil é o poder legislativo


Conversando com um conhecido sobre política, ele me disse o óbvio: o problema do Brasil é o poder legislativo. Sim, sem dúvida. Afinal, são os deputados e senadores que estão aprovando essas reformas ultra liberais e foram eles também que por ganância, avareza e sede de poder rasgaram a Constituição naquele impeachment bizarro contra Dilma Rousseff. Daí que eu fiz ao meu conhecido a pergunta que não quer calar: como evitar que esses deputados salafrários cheguem ao poder? A solução para essa questão, infelizmente, não é fácil. Vejamos o porquê...


O meu conhecido sugeriu que o povão deve votar nos deputados e senadores que lutem pelos trabalhadores, pelos mais pobres e pelas minorias. Mas é aí que está o problema. Nenhum deputado do mundo se elege prometendo congelar os investimentos em saúde e educação ou atacando a aposentadoria. Todos eles sempre prometem governar para o povo em campanha, mas eles governam, na verdade, para quem financia suas campanhas, que são: empresários, banqueiros, latifundiários, pastores, magnatas e plutocratas em geral. Infelizmente, a campanha de um político só é financiada se ele fizer favores para quem a financia. Neste contexto de uma 'democracia de faz de conta', o povo vira massa de manobra porque cai no velho truque da demagogia e das falsas promessas. Desse modo, apenas os candidatos do grande capital têm chances reais de vencer as eleições. Temos que mudar isso proibindo o financiamento privado ilimitado das campanhas eleitorais. Essa é a solução mais democrática, mas só surtirá efeito a longo prazo – além de não ser nada fácil aprovar uma mudança dessa magnitude no atual sistema político oligarca.
A curto prazo, o que nos resta é que os candidatos progressistas ao executivo – Lula, Ciro e Luciana Genro – peçam para que os seus eleitores votem em candidatos também progressistas para o poder legislativo. Isso reduziria a fatia gigantesca que compõe o centrão, os empresários, os ruralistas e a bancada evangélica: fatia esta responsável por aprovar as reformas neoliberais e por salvar Michel Temer. Se quase metade do congresso fosse formada por deputados progressistas, daria para garantir, pelo menos, a não aprovação dessas reformas do pós Golpe.

Tem outro aspecto que também precisa ser incluído: a educação política. Um povo que aceita vender o voto, que vota em candidatos só pelo jingle de campanha ou para receber favores pessoais em troca não poderia esperar ter políticos preocupados com o social. É preciso mudar essa mentalidade mesquinha, tosca e egocêntrica de parte da população.

Enfim, o Brasil só irá para frente quando o povo aprender a votar para o legislativo.