sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Por que regulamentar a prostituição?


No post sobre a Regulamentação da Prostituição, eu apresentei vários argumentos à favor da legalização da prostituição (sociais, políticos, sexuais, etc), mas deixei de apresentar algumas vantagens cruciais que a sociedade, como um todo, terá com a legalização dessa forma de trabalho.

Vamos pontuar as vantagens em regulamentar a prostituição:

1º - Maior arrecadação de impostos
Com a prostituição devidamente legalizada, as garotas de programa pagarão impostos como qualquer outro trabalhador. E isso é ótimo para o país, porque com mais arrecadação de impostos, temos mais dinheiro sendo investido na educação, na saúde, na segurança pública, na pavimentação, etc. Em Amsterdã, na Holanda, onde essa atividade é legalizada, as prostitutas pagam impostos e o aluguel das cabines onde elas ficam à espera dos seus clientes.

Em Amsterdã, as prostitutas têm direitos trabalhistas

2º - Combate à prostituição infantil
Com a prostituição regulamentada, apenas mulheres maiores de 18 anos poderão exercer essa atividade. Alguém pode dizer: "Ah, mas no Brasil é proibida a prostituição infantil e mesmo assim temos crianças e adolescentes nesse submundo". Isso acontece justamente pela não regulamentação da profissão. Citando novamente a Holanda, lá as garotas de programa têm um cadastro, um sindicato e só podem trabalhar em locais específicos. Se prostituir fora do locais permitidos e das condições específicas é crime e dá cadeia! E da mesma forma que crianças não podem trabalhar em qualquer outra área (trabalho infantil é ilegal) também não poderão trabalhar como profissionais do sexo.

Elas têm um papel fundamental até nos games

3º - Proteção policial
Com a prostituição regulamentada, as garotas poderão trabalhar com proteção policial 24 horas, com câmeras nos arredores para identificar possíveis agressores e em locais apropriados. Isso elimina as pessoas que exploram as meninas (cafetões) e previne boa parte da violência. As garotas de programa correm muitos riscos e, com essas medidas, elas terão direito a, pelo menos, um pouco mais de proteção - e os seus clientes também, uma vez que uma prostituta pode também dar golpes (o "Boa noite, Cinderela", por exemplo).

Antes de serem prostitutas, elas são, sobretudo, seres humanos

4º - Fim do preconceito
As profissionais do sexo serão reconhecidas como trabalhadoras comuns e não sofrerão mais tantos preconceitos. Isso pode parecer irrelevante, mas ninguém hoje se orgulha de ter uma prostituta na família. Sem esse preconceito, muitas dessas mulheres passarão a ser menos mal vistas e serão tratadas com um pouco mais de dignidade.

Um comentário:

  1. Quanta mentira. Quem garante que com legalização isso tudo vai mudar? Nosso Brasil é uma farsa.

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