sábado, 15 de maio de 2021

O problema não é a religião, mas sim o seu mau uso


Tem muito ateu militante por aí que age com bastante sectarismo com relação a crenças religiosas. Eles combatem não somente a religião do ponto de vista institucional, mas também a própria crença em divindades. Eu entendo o ponto de vista deles, porque também sou ateu e cético, mas não acho que a militância em si tenha algum efeito prático positivo. Isso porque é impossível eliminar as religiões do mundo. Os seres humanos sentem a necessidade de escapismo, de crer em algo sobrenatural, de se sentir parte de um grupo, de ter suas dores e angústias amenizadas. Incluídas em uma igreja, muitas pessoas se sentem acolhidas e passam a ganhar tanto engajamento quanto significado na vida. Não acho que as igrejas, sinagogas ou mesquitas sejam o problema. O problema é o fundamentalismo, o pensamento dogmático de impor o seu ponto de vista para todos e o uso da sua crença como justificativa para fazer coisas erradas. Eu sou contra os ataques ao estado laico, contra os pilantras travestidos de pastores que só querem roubar os fiéis e o uso político das igrejas. Fora isso, para mim é ado-ado-ado, cada um no seu quadrado. O que eu tolero, no máximo, é a regulamentação do uso das religiões para que elas sejam domesticadas e não transformem o país em uma teocracia.

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