domingo, 18 de julho de 2021

Vem aí o golpe do "semipresidencialismo"


No meu último post sobre política, eu abordei algumas possibilidades do que as classes dominantes deste país poderiam aprontar para malograr as eleições de 2022. Afinal, não faria qualquer sentido ter gasto tempo e dinheiro no Golpe de 2016 para depois devolver o poder ao PT e ver todas as reformas neoliberais serem desfeitas. A solução parcial para resolver esse "inconveniente" já está sendo debatida no legislativo e até no judiciário que é o tal do "semipresidencialismo".

Para quem não sabe, o "semipresidencialismo" é um parlamentarismo fantasiado de presidencialismo. Isso porque no semipresidencialismo há eleições diretas para escolher o presidente, mas quem comanda, de fato, o país é o primeiro ministro escolhido indiretamente nos conchavos do congresso. O presidente, neste cenário, é uma figura meramente diplomática e figurativa. Quem controlará o Banco Central será alguém não indicado pelo presidente e os ministérios serão um balcão de negócios dos parlamentares mais do que já é. Então, nesta conjuntura, o presidente da república seria meio o que a rainha da Inglaterra é para a política britânica.

O que eu acho absurdo é que muita gente aparentemente inteligente está aceitando isso numa boa. O problema é que não se muda o sistema de governo de um país dessa forma. Em 1993 já tivemos um plebiscito onde escolheu-se o presidencialismo ao invés da monarquia e do parlamentarismo. Qualquer mudança sem plebiscito neste sentido é GOLPE. Portanto, abram o olho.

Parlamentarismo travestido NÃO!

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