sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Nem as ginoides escaparam da objetificação


Ai, ai... Eu já estava ficando com saudade de abordar esse tema tão contraditório e subjetivo que é a tal da objetificação sexual (da mulher, neste caso). Mas como este post não tem a intenção de ridicularizar as justiceiras sociais que se inspiraram em tudo de mais moralista que houve na segunda onda feminista dos anos 70, então eu vou tentar fazer uma crítica sem envolver as feministas androfóbicas.

Olha aí o motivo da histeria: a mulher-robô Roxxxy

Pois bem, o que está pegando é que tem umas ativistas conservadoras por aí que criaram uma campanha para combater a criação de robôs sexuais femininos, alegando que essas ginoides podem "prejudicar as relações humanas". Além disso, para piorar o discurso, a ativista Kathleen Richardson insistiu que "esses robôs reforçam os estereótipos tradicionais das mulheres bem como a percepção de que o relacionamento entre duas pessoas não pode ir além do sexo". Em resumo: as bonecas sexuais estão "objetificando" as mulheres, de novo. Eu sei que isso parece uma piada, mas, infelizmente, não é. O link dessa pérola é esse bem aqui. E se você duvida da existência dessa militância antissexo que ora se mistura com os moralistas, ora se mistura com os anticapitalistas, basta lembrar que há muitas "ativistas" por aí que defenestram o entretenimento adulto masculino (a pornografia, a prostituição, o BDSM e qualquer outra atividade sexual masculina livre) com mais tenacidade que os cristãos mais bitolados. Proibir robôs sexuais é apenas mais um delírio psíquico dessa cambada ranzinza e desocupada.
Para quem não sabe, aqui no blog tem vários posts que falam sobre bonecas sexuais (vou até deixar uns links lá no fim dessa postagem para quem quiser conferi-los), mas em nenhum deles eu citei essa ideia maluca de se opor às sex dolls. Pelo visto, a popularidade delas tem crescido tanto que começou a incomodar os pseudo entendidos.

Davecat (à direita) ao lado da sua "esposa" de plástico

Sabe, às vezes eu acho que tem religioso infiltrado entre os justiceiros sociais. Viram que o papo de pecado tá perdendo força e estão apelando para sem-noçãozices como essa. Na minha opinião, essas reações contra tudo que mistura luxúria com tecnologia são uma total perda da noção do ridículo. Os tecnofóbicos nem me surpreendem com essa visão reacionária diante das máquinas, mas são as (pseudo) feministas que realmente passam dos limites neste aspecto, chegando a cair em contradição em seus argumentos toscos. Tem feminista que vê objetificação num robô, mas não vê essa mesma objetificação nos vibradores e pintos de borracha que elas usam quando não tem um macho por perto. A tal ativista Kathleen sei lá do quê quer proibir robôs e convenientemente deixa vibradores fora da discussão.
Libertação sexual feminina é massa, mas homem tem que continuar escravo da vontade da mulher. Na minha sincera opinião, isso é medo de perder o controle sobre os homens, já que elas sabem que o homo héterus é um gênero muito dependente de sexo. Tanto é que greve de sexo ainda é uma das armas mais eficientes de chantagem que uma fêmea pode impor a um macho mesmo no século 21. E como as robôs sexuais são verdadeiras sex machines, as ativistas não têm chance nenhuma de competir com elas para dar seus golpes do baú ou da barriga. Eu sei que isso tá parecendo papo de mascu, mas eu não vejo nenhuma vantagem num mascu ou machista qualquer se relacionar com uma mulher real. Para esses, é melhor que vivam com uma boneca inflável para sempre do que viver humilhando e manipulando as suas próprias mulheres de carne e osso. Aliás, essa ideia de criar doll robóticas é tão boa, que acho que eu vou começar a pensar seriamente em abrir uma empresa de robôs sexuais para enriquecer e fazer um monte de marmanjo feliz, rarará! Esperto era o Kuririn, que casou com uma robô no Dragon Ball Z!

Kuririn garantindo a sua robô namorada

Enfim, tentando falar (digo, escrever) um pouco mais sério, eu até concordo que o capitalismo é bastante cruel ao vender imitações de corpos femininos (ou masculinos) para lucrar em cima de uma carência humana que poderia ser resolvida de outra maneira. Mas pelo menos dessa maneira teremos menos brigas de casais, menos gente com DSTs e menos infelicidade sexual. As ginoides sexuais são uma evolução mecânica das Real Dolls, que, por sua vez, foram uma evolução necessária das bonecas infláveis. Talvez, no futuro, as próximas bonecas sexuais sejam holográficas ou mesmo inseridas em alguma realidade virtual que rode diretamente no cérebro. Mas como o ser humano, de um modo geral, é muito medroso com relação a mudanças, acho bastante plausível que as bonecas infláveis do futuro sofram bastante por criarem uma competição real com os prostíbulos. Mas enfim, acho que isso é algo para as futuras gerações se preocuparem. Por hora, vamos deixar a rapaziada se divertir com suas bonequinhas.

Selfie abraçadinho já é possível para os forever alones

Links:
-BBC - Contra reprodução de estereótipos, campanha pede proibição de robôs sexuais
-Extreme Tech - O mais sofisticado robô sexual hoje é um produto de saúde (site em inglês)
-Ideias Embalsamadas - Real Doll a Boneca para marmanjos
-Ideias Embalsamadas - Os amantes do futuro

2 comentários:

  1. Quanta besteira por nada, né? Mil vezes melhor os caras terem essas bonecas que ficarem stalkeando mulheres, ou enchendo o saco das parceiras quando elas engordam/não querem dar/não se comportam como eles gostariam/não fazem o que eles querem na cama/calam a boca etc. Cara imaturo tem mais é que se contentar com bonequinhas mesmo rsrs...

    Mila

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Exatamente. Se os caras já são doentes por natureza, então é melhor que eles sejam felizes com suas bonecas ao invés de ficar tratando as mulheres como se fossem objeto ou propriedade deles.

      Excluir