quinta-feira, 22 de maio de 2014

O futuro das impressoras 3D


Para quem acha que a revolução industrial chegou ao fim, um novo tipo de impressora, a impressora tridimensional, está causando uma verdadeira reviravolta tecnológica por mudar a maneira com a qual os artefatos são produzidos. Impressoras 3D, para os que não sabem, são periféricos de computadores capazes de imprimir objetos tridimensionais – ao invés de imprimirem apenas tinta num papel, como é o caso das impressoras 2D. Pela primeira vez, é possível criar artefatos inteiramente funcionais (antes fabricados exclusivamente na indústria) de dentro das nossas próprias casas. Se essa tecnologia crescer em grande escala, possivelmente, não teremos mais necessidade de sair do conforto do nosso lar nem mesmo para fazer compras. Além de imprimir brinquedos, alimentos, joias, guitarras, calçados, artigos de sex shop, peças para automóveis, próteses, pequenos veículos e até órgãos humanos, as impressoras 3D também podem criar cópias perfeitas de objetos tridimensionais usando um scanner 3D. Inclusive, uma impressora 3D pode ser autorreplicante, podendo ser capaz de imprimir uma cópia idêntica de si mesma.
Tudo isso pode parecer fantástico, mas nem tudo são flores...

Ideias perigosas
Liberator Gun
Pode parecer absurdo, mas uma impressora 3D pode imprimir gratuitamente uma arma perfeitamente funcional. A famosa pistola plástica, a Liberator Gun, é capaz de usar munição de verdade (calibre 380) e pode ser impressa de qualquer garagem. Claro que essa arma possui alguns problemas, porque o cano dela derrete após alguns disparos, mas isso pode levar, num futuro próximo, ao desenvolvimento de similares mais sofisticados.

Carro de 285 micrometros impresso com nanotecnologia

Da forma como progride a tecnologia, muito em breve seremos testemunhas da impressão molecular 3D. Uma impressora molecular é capaz de imprimir, em teoria, pequenas cadeias de moléculas. Isso representaria uma revolução gigantesca por permitir a criação de novos materiais e até mesmo de novos polímeros. Como resultado disso, em uma escala de tempo relativamente pequena, seria possível imprimir organelas celulares, células, vacinas e até mesmo tecidos vivos inteiros. Imprimir seres vivos, vegetais, animais, bebidas e drogas seria uma consequência direta desse avanço tecnológico. O próprio dinheiro teria que ser totalmente virtual para não ter suas cédulas impressas molecularmente por falsários. A engenharia genética certamente também seria influenciada e poderíamos ver o surgimento de super humanos com poderes semelhantes aos dos X-Men.
O que mais me preocuparia nesse cenário seria a possibilidade de imprimir materiais realmente perigosos, como o urânio enriquecido ou o césio 137, o que exigiria um controle muito rigoroso dos cartuchos de impressão ou das próprias impressoras. Mas tudo isso é apenas uma hipótese. Só o tempo trará as respostas. Quem viver, verá.

Para saber mais:
A revolução da simpressoras 3D - Superinteressante

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