terça-feira, 4 de abril de 2017

Não é crime ser rico


É provável que algum leitor desatento acredite que eu odeie os ricos por eles normalmente serem colocados como "vilões" nas minhas postagens sobre política. Mas a realidade não é tão linear quanto parece. Eu não odeio os ricos e nem os plutocratas. O que eu odeio são as políticas estúpidas orquestradas pela plutocracia. Digo isso porque, para quem ainda não sabe, quem manda no mundo – excetuando-se Cuba e Coreia do Norte – são justamente os tais plutocratas. É por isso que eu costumo fazer críticas duras aos mesmos.

Ao contrário de muitos esquerdistas que odeiam os ricos e adoram ver eles se ferrarem, eu não tenho esse rancor. Há ricos generosos e até mesmo filantropos. A questão não é ser rico. O problema é usar a sua riqueza para ferrar os mais pobres, aumentar ainda mais as desigualdades, vender o patrimônio nacional quase de graça, destruir o meio ambiente e agir de maneira inescrupulosa e irresponsável para aumentar seus lucros a curto prazo. E, infelizmente, tem sido justamente isso que tem ocorrido no Brasil e até nos Estados Unidos.

Como bem disse o plutocrata Nick Hanauer, ricos são necessários para uma sociedade capitalista por uma questão até motivacional. A desigualdade em si não é o que gera mazelas sociais e violência. O que gera problemas na sociedade é a sensação de injustiça quando as desigualdades são altas demais. A plutocracia da Suécia, por exemplo – que é um dos países mais igualitários dentre os capitalistas – apesar de manter várias desigualdades estruturais, tem uma postura mais humanitária que se reflete na maior tolerância ao bem-estar social.

Portanto, o problema não é a riqueza, mas sim as injustiças sociais financiadas pelos ricos que exercem o verdadeiro poder.

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